Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Letramento Digital 20 de junho de 2008

 

O Projeto Letramento Digital foi desenvolvido e está sendo implementado  pela Germinal e pelo Senac Rio, em parceria. Destina-se à inclusão digital de pessoas com dificuldades de leitura e escrita, objetivando, ao mesmo tempo, ampliar as competências de ler e escrever dessas pessoas com o uso do computador.

 

 Lançado em 26 de maio de 2006, na sede do Senac Rio, a população alvo do Projeto é a que está incluída no nível mais elementar de alfabetismo (nível 1), do Índice Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF), criado pela Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro (IBOP).

 

”O nível 1 de alfabetismo corresponde à capacidade de localizar informações explícitas em textos muito curtos, cuja configuração auxilia o reconhecimento do conteúdo solicitado. Por exemplo, identificar o título da revista utilizada na testagem ou, num anúncio, localizar a data em que se inicia uma campanha de vacinação ou a idade a partir da qual a vacina pode ser tomada gratuitamente[1]“.

 

 

O logotipo ao lado identifica o Projeto. Notícias sobre a implementação do Projeto podem ser vistas na internet:

 

 

1. Existe disponível na internet uma apresentação em PowerPoint do Projeto. Ela pode ser acessada em:  http://www.inclusaodigital.gov.br/inclusao/noticia/arquivos/outros/5-oficina/apresentacoes-nao-governamentais/monica.ppt

 

2. O site Assessibilidade Brasil assim convida para o lançamento do Projeto Letramento Digital: “Será lançado no dia 26, de 13 às 18h, o projeto Letramento Digital, voltado para a inclusão digital de pessoas com dificuldades de leitura e escrita. Outro objetivo é ampliar, nessas pessoas, as competências de ler e escrever com o uso do computador.”

Lançamento do Projeto Letramento Digital - FComércio RJ

 

3. O Boletim da FComércio – RJ, assim noticiou o lançamento do Projeto: “O Centro de Educação para o Trabalho e a Cidadania do Senac Rio lançou, dia 26 de maio, no auditório da Casa do Comércio, no Flamengo, o Programa de Letramento Digital, em parceria com a Germinal Consultoria, destinado a pessoas incluídas no nível mais elementar de analfabetismo. No Brasil, esse universo abrange mais de 30 milhões de indivíduos que, até agora, não tinham um projeto de inclusão digital voltado para eles. O programa conta com tecnologia de fácil replicação e foi testado durante quatro anos. O objetivo é incluir digitalmente pessoas de baixa escolaridade, ampliando as competências de ler e escrever com o uso do computador.”

 

 

FGV/RJ - Revista Sistema - ilustração -exclusão digital

4. Em um bom artigo sobre o mapa da exclusão digital no Brasil, sobre o Projeto Letramento Digital diz a Revista Sistema da Fundação  Getulio Vargas do Rio: “Atento ao problema e ainda para o alto grau de analfabetismo real, o Senac Rio está desenvolvendo o programa Letramento Digital, uma solução de conhecimento destinada a analfabetos e aos não-letrados, que objetiva um significativo avanço nas competências de ler e escrever, necessárias ao desenvolvimento da cidadania e ao desempenho profissional. A proposta busca, ao mesmo tempo, a inclusão digital tornando os participantes aptos à navegação e a utilização de comandos fundamentais de seus principais aplicativos, especialmente o editor de texto.”  

 

No site do Senac Rio o Projeto é assim apresentado:

O programa Letramento Digital inclui digitalmente pessoas com baixa escolaridade, possibilitando o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação.

Foi desenvolvido em parceria entre a empresa Germinal Consultoria e o Senac Rio, e destina-se à inclusão digital de pessoas com dificuldades de ler e escrever, objetivando, ao mesmo tempo, ampliar essas competências com o uso do computador.

É um programa resultante de pesquisa aplicada que durante quatro anos vem obtendo resultados positivos.

É uma importante ferramenta no combate à exclusão digital.

As comunidades interessadas em participar do projeto podem procurar o Centro de Educação para o Trabalho e a Cidadania do Senac Rio. Nosso telefone (21) 2473-8671.”

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Clique no link se estiver interessado em mais informações sobre o Projeto Letramento Digital ou em Amostra I ou Amostra II se quiser conhecer exemplos de sessões de aprendizagem (aulas) do Projeto Letramento Digital.


[1] Vera Masagão Ribeiro, Letramento no Brasil, São Paulo, Global Editora, 2003, p.16. Numa concepção distinta, os incluídos na população em questão são considerados analfabetos funcionais. 
 

O Projeto Letramento Digital

 

 

 Neste post estão publicados excertos do Plano de Curso do Projeto Letramento Digital. O Projeto é uma iniciativa do Senac Rio e da Germinal Consultoria, em parceria. Destina-se à inclusão digital de pessoas com dificuldade de leitura e escrita. O texto a seguir é um excerto do livro Letramento Digital, de José Antonio Küller e Natalia F. Rodrigo, publicado pela Editora Senac Rio (2006). O excerto foi editado de forma diversa da originalmente publicada no livro.

 

 

   INTRODUÇÃO

 

Ilustração de Maraina Massarani

Mariana Massarani - Ilustação do Livro Navegar é Preciso

A inclusão digital da população com dificuldade de leitura e escrita é um desafio metodológico.

Em geral, as propostas de inclusão digital utilizam métodos que pressupõe o ler e escrever com um mínimo de desenvoltura. Assim, a população alvo do Projeto se defronta, no interior das propostas usuais de inclusão digital, uma forma sutil de exclusão: a didática. O seu fracasso no domínio da tecnologia deriva da proposta pedagógica dos programas de iniciação à informática, centrada na leitura e na escrita, e não de sua incapacidade de dominar os comandos que lhe dariam acesso aos recursos e benefícios da nova tecnologia.

O primeiro levantamento do INAF, em 2001, indicou que, na população brasileira, cerca de 70% dos que estão incluídos no nível 1 de alfabetismo tem entre um e quatro anos de escolaridade.

A inclusão digital da população com escolaridade entre um e quatro anos e o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever dessa população são os objetivos centrais do Projeto Letramento Digital.

O projeto se justifica pela ausência de qualquer outro programa de inclusão digital especificamente destinado a esta população. Uma população que é constituída por cerca de quarenta milhões de brasileiros. Destes, segundo o INAF, apenas 4% usam de alguma forma o computador.

Cantinho virtual da educação - ilustração

No desenho metodológico do projeto Letramento Digital, buscou-se superar a dificuldade de leitura e escrita e transformá-la de empecilho em objeto de desenvolvimento educacional. Procurou-se favorecer uma aproximação à informática em que a leitura e a escrita fluentes não fossem requisitos, mas competências a serem desenvolvidas simultânea e sinergicamente ao domínio das competências de navegação e operação de aplicativos.

Procurou-se, além disso, que o interesse no domínio da informática fosse instrumento de uma nova aproximação da leitura e da escrita, que facilitasse a superação da sensação de incompetência e de traumas derivados de mal sucedidas experiências escolares anteriores. O objetivo de recuperar a auto-estima e a vontade de voltar a estudar dos participantes esteve presente desde as formulações iniciais do projeto.

         

AS COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS

Professor - ilustração de "A Nossa Escola"

           

  • Navegar, sem receio, por um sistema operacional.
  • Utilizar o ambiente da Internet para melhoria da comunicação e da interação social.
  • Utilizar as principais ferramentas de um editor de textos na criação de documentos eletrônicos.
  • Produzir pequenos textos adequados aos seus destinatários e aos assuntos e objetivos propostos.
  • Interpretar textos com complexidade equivalente aos das notícias sobre o cotidiano de um jornal.
  • Dominar ferramentas que possibilitem a continuidade da aprendizagem digital e o aprimoramento da produção e interpretação de textos.

 

 A METODOLOGIA

Pipa e casal - misterangel.wordpress.com

A proposta pedagógica do Projeto Letramento Digital funda-se nas perspectivas de construção do conhecimento e no desenvolvimento de competências. Uma e outra perspectiva exigem a atividade criadora do educando como centro do processo de aprendizagem.

Assim, o desenho metodológico do Projeto está orientado no sentido de criar situações concretas ou simuladas em que as competências em desenvolvimento e o conhecimento em construção sejam requeridos, exercitados e avaliados.

Para desenvolver a competência de navegar por um sistema operacional e construir o conhecimento correlato, por exemplo, é preciso criar situações onde o participante é solicitado a enfrentar desafios de navegação, buscar referências para superá-los, refletir sobre suas tentativas de solução e continuamente aprimorá-las.

O uso do termo letramento dá mais nitidez ao contorno do desenho metodológico do Projeto. A palavra letramento, quando utilizada no contexto da aprendizagem da leitura e da escrita, refere-se não a capacidade de converter signos escritos em orais ou vice-versa, mas ao domínio das habilidades, atitudes e conhecimentos necessários ao uso efetivo e competente da leitura e da escrita nas práticas sociais que as requerem e no cotidiano das pessoas (Magda Soares).

A competência manifesta-se no desempenho concreto. Ela é requerida para enfrentar os desafios e problemas cotidianos e inusitados da vida, da convivência em sociedade e do trabalho. Assim, para o letramento digital, para desenvolver a capacidade do uso efetivo do computador (também da leitura e da escrita), as situações de aprendizagem devem ser propostas de forma que os desafios desse uso surjam no ambiente de aprendizagem de forma muito semelhante de como aparecem ou podem aparecer no cotidiano, na vivência social e no trabalho.

 

               DESAFIOS, PROBLEMAS, PROJETO

Época - Época na Educação - Monte a sua Revista (capa)

A metodologia circunscreve, então, um contexto de problemas, desafios, tarefas e projetos em que as competências em desenvolvimento serão constantemente requeridas.

Posto o desafio, tarefa, projeto ou problema, os participantes são estimulados à busca da solução a partir de referências também buscadas por eles. Primeiro, no contexto do grupo mais imediato. Depois em recursos disponíveis no próprio computador, inclusive no software que foi desenvolvido especialmente para o Projeto. Depois, mais além.

Definida e experimentada a solução, os educandos são instados a criticá-la, a revê-la, a melhorá-la. Desafio ou problema, busca de referências, geração da solução, atividade, reflexão sobre a atividade e reformulação da ação são, assim, os passos metodológicos fundamentais usados em Letramento Digital.

Os desafios e atividades decorrentes são enfeixados por um projeto. Dando sentido aos desafios iniciais e articulando os posteriores, será proposto o projeto de edição de uma revista eletrônica pelo grupo de aprendizes. A revista eletrônica versará sobre os saberes existentes no grupo de aprendizes. A revista será o espaço para a expressão do saber individual e coletivo dos aprendizes. A idéia da revista foi, depois proposta para outros usos e contextos, como mostra o fascículo 4 (Monte sua Revista) da revista Época na Educação (ver figura e em: http://epoca.globo.com/educacao/). Continua novo e, provavelmente, inédito o público para o qual o projeto é proposto e o contéudo da revista.

Cada participante terá, na revista, uma coluna onde falará sobre o que mais conhece e o que mais sabe fazer.  Iniciada depois de 40% do percurso do Projeto, a revista será o desafio fundamental que exigirá todas as competências em construção e desenvolvimento.

Para a prática da metodologia, os participantes precisam acreditar nas suas potencialidades e envolver-se com a busca, a troca, a criação, a experimentação, a reflexão e o crescimento que pavimentam o percurso do enfrentamento do desafio e que resulta na construção do conhecimento e na atuação cada vez mais competente. Para tanto, a proximidade e o envolvimento do participante com o desafio, o problema, a tarefa ou com o projeto é fundamental.

 

 A ESTRUTURA

Flor da Paixão, baixaja.com.br

Flor da Paixão, baixaja.com.br

       

Letramento Digital terá a duração de setenta e cinco (75) horas, divididas em vinte e cinco (25) sessões de três (3) horas. Estará organizado em torno de um projeto que funcionará como eixo articulador das situações e atividades de aprendizagem: a criação de uma revista eletrônica sobre os saberes dos membros do grupo de aprendizagem.

O conjunto das sessões estará dividido em cinco (5) grandes etapas: Nutrir, Partilhar, Agir, Refletir, Criar. Cada etapa terá cinco (5) sessões de sprendizagem, com a duração de três (3) horas cada uma. Inspiradas nos impulsos humanos fundamentais identificados por Jung, as etapas envolvem estímulos, referências, ambientações e elementos simbólicos ligados a impulsos que afetam o comportamento de todo o humano.

Em cada etapa, usam-se referências simbólicas ao impulso privilegiado.   As referências simbólicas são veiculadas por atividades, músicas, textos (especialmente os poéticos) e imagens. Através do uso intensivo de símbolos procura-se criar um ambiente sucessivamente propício à assimilação, à troca, à atividade, à reflexão e à criatividade.

 Nutrir

Nesta primeira etapa, um conjunto de problemas, desafios, atividades e situações de aprendizagem estarão organizados em torno da busca e descoberta individual e do domínio das capacidades básicas necessárias para efetuar operações simples.

 Compartilhar

Nesta etapa, os problemas, desafios, atividades e situações de aprendizagem proporcionarão o compartilhar das aprendizagens da etapa anterior, alinhando o grupo em relação às aprendizagens da primeira etapa. Além disso, através da busca coletiva e do intercâmbio, o ampliar da capacidade de manusear o computador.

 Agir (atividade)

Nesta etapa, os problemas, desafios, atividades e situações de aprendizagem proporcionarão a consolidação das aprendizagens das etapas anteriores e o alinhamento do grupo em relação às aprendizagens da primeira etapa e da segunda etapa.  Além disso, através do projeto central (Revista Eletrônica), facilitar a ampliação da capacidade de transferir textos, refazer operações, formatar textos e gerenciar mensagens.

 Refletir

Além da consolidação das aprendizagens anteriores, esta etapa será concentrada na revisão dos textos da Revista Eletrônica que foram elaborados na etapa anterior. Dar-se-á especial ênfase à melhoria, ampliação e correção dos textos.

 Criar

Nesta etapa os textos da revista serão articulados, ilustrados e recriados a partir de pesquisa na Internet ou outras formas de acesso à informação e, por fim, a revista será editada. O ambiente de informática será totalmente aberto.

 

OS RECURSOS DE ENSINO/APRENDIZAGEM

Para ao atendimento simultâneo dos objetivos de inclusão digital, desenvolvimento das competências de ler e escrever e de retorno aos estudos, foi necessário um desenho metodológico inovador e o desenvolvimento de recursos didáticos de suporte, adaptados à metodologia e à diversidade dos objetivos em jogo.

Foi criado um Software específico para possibilitar que todas as atividades didáticas fossem desenvolvidas e controladas com o uso do computador, considerado como o recurso didático fundamental.

Além do controle do ambiente de informática, o software inclui um Livro Eletrônico de Leitura, contendo os textos que serão utilizados no projeto; DICIONÁRIOS de vários tipos; e um recurso de Ajuda, contendo a versão eletrônica de um Livro de Informática, denominado Navegar é Preciso, que depois será distribuído para os participantes em forma impressa.

O software também inclui um arquivo de imagens onde estarão disponíveis, em formato eletrônico, os Painéis que ambientarão o espaço de aprendizagem, caracterizando as diferentes etapas do Projeto. Uma pasta com Jogos para o desenvolvimento das competências de ler e escrever e para exercitar o manuseio do mouse. Finalmente, o software inclui o BATE-PAPO, um chat para troca de mensagens on line.

 

Capa do Livro Navegar é Preciso - ilustração de Mariana Massarani

                                                                          

 

 

O livro Navegar é Preciso

 

Para os participantes foi escrito um livro didático, denominado Navegar é Preciso, de Marcelo Brum de Azevedo e José Antonio Küller, com ilustrações de Mariana Massarani, publicado pela Editora Senac Rio. O livro apóia a busca autônoma de conhecimento pelos participantes, além de ser instrumento no desenvolvimento da competência de leitura.

 

 

 

 

 

                                                                                                        

  O livro Letramento Digital

Capa do livro Letramento Digital

O conjunto dos recursos criados para o Projeto é complementado pelo livro do docente, denominado Letramento Digital, de José Antonio Küller e Natalia F. Rodrigo, publicado pela Editora Senac Rio. Ele é um manual de operação. Destina-se a orientar a ação das instituições parceiras e dos futuros coordenadores (docentes) na implementação do Projeto.

Para uso das instituições parceiras, o livro define e especifica as competências que serão desenvolvidas, descreve a metodologia utilizada, apresenta a estrutura curricular, indica a infra-estrutura necessária, especifica a configuração dos equipamentos de informática e apresenta a perspectiva de avaliação do Projeto.

O cerne do livro Letramento Digital, no entanto, interessa especialmente ao docente que será o coordenador das atividades de aprendizagem. Trata-se da descrição de uma proposta de desenvolvimento das atividades educacionais do Projeto, etapa a etapa, sessão de aprendizagem a sessão de aprendizagem (aula a aula), passo a passo. Um roteiro de orientação das atividades docentes dentro do ambiente de aprendizagem, do início ao fim do Projeto.

As definições pedagógicas fundamentais, os recursos criados e o roteiro foram testados entre 2003 e 2005 em inúmeros grupos e em diversificadas circunstâncias. Em todas elas, o Projeto mostrou-se eficaz na inclusão digital, no aprimoramento da capacidade de leitura e escrita e no incentivo à continuidade de estudos.

As falhas observadas nos grupos experimentais e nas versões originais foram sistematicamente registradas. Esses registros orientaram reformulações e substituições de atividades de aprendizagem que foram consideradas menos adequadas. Este trabalho de revisão deu origem às definições pedagógicas e ao roteiro ora apresentados.

O roteiro incluído no livro está redigido no formato de uma peça de teatro. A escolha não foi aleatória ou por motivo de sofisticação de estilo. O formato foi escolhido por suas ressonâncias simbólicas.

O teatro evoca um ambiente criativo e requer a criatividade de todos os envolvidos na produção do espetáculo teatral. A peça escrita pelo dramaturgo é interpretada criativamente pelo diretor de cena, pelos atores, cenógrafos, iluminadores… Embora a orientação dada pelo texto original possibilite o reconhecimento da obra teatral, cada espetáculo singular é o resultado da criatividade de seus realizadores na relação com um público específico. Neste sentido, cada montagem e cada espetáculo são únicos e irreproduzíveis.

Ao adotar o formato do drama, espera-se que efeito similar ao do teatro seja obtido em cada implementação do Projeto Letramento Digital. O roteiro, embora detalhado e específico, deve ser uma orientação básica que provoque e estimule a criatividade de indivíduos, instituições e grupos autônomos e independentes de realizadores.

O livro Letramento Digital, desta forma, cumpre um papel decisivo na estratégia de difusão do Projeto Letramento Digital. A sua ambição é proporcionar, articulando o conjunto de recursos didáticos, todas as informações e orientações que possibilitem que uma organização, grupo ou pessoa possa, independentemente de orientação ou vinculação institucional, reproduzir o Projeto em qualquer local do país que disponha dos recursos e dos equipamentos de informática que são fundamentais no seu desenvolvimento.

 

 O CONTROLE DO AMBIENTE DE INFORMÁTICA

Núcleo Avançado de Educação do Senac Minas - ABRH/MG

Núcleo Avançado de Educação do Senac Minas - ABRH/MG

Para possibilitar que o enfrentamento autônomo dos desafios e possibilitar a coordenação do grupo por um único docente, foi necessário controlar o ambiente de informática. A exploração livre dos inumeráveis recursos do computador pode resultar em uma navegação errática e inútil para efeito de aprendizagem. A complexidade pode tolher a busca e a iniciativa.

Para evitar esses efeitos, o software controla o sistema operacional. Ele reduz as possibilidades de navegação às que são úteis no enfrentamento dos desafios de cada sessão ou etapa.

Inicialmente, o ambiente de aprendizagem, no computador, é altamente controlado. Na medida em que as sessões de aprendizagem vão se sucedendo ele vai sendo liberado. Ao final, o controle é exercido apenas como forma de manter acesso ao ambiente inicialmente criado, às pastas de arquivos do Projeto e às pastas de arquivos criadas pelos participantes no momento inicial.

 

 Se você estiver interessado, clique nos links para ver a Amostra I ou a Amostra II de Sessão de Aprendizagem do Projeto Letramento Digital

 

Letramento digital – Amostra I de sessão de Aprendizagem

                           

Neste post está publicado texto correspondente ao roteiro para o coordenador orientar a  Sessão de Aprendizagem (aula) 1/5 da primeira etapa (Nutrir) do Projeto Letramento Digital. Foi extraído do livro Letramento Digital (Küller J. A. e Rodrigo, N. Rio de Janeiro, Senac Rio, 2006.). O texto foi editado de forma diversa a da publicação original. Corresponde à primeira sessão da quinta etapa (Criar).

O projeto Letramento Digital é uma iniciativa do Senac Rio e da Germinal Consultoria, em parceria. Destina-se à inclusão digital de pessoas com dificuldades de leitura e escrita. Para mais informações sobre o Projeto, clique aqui.      

 

                                                                 

 Primeira Sessão de Aprendizagem

 

 

PROJETO LETRAMENTO DIGITAL

ETAPA: NUTRIR

SESSÃO 1/5

Competências

 Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

 

Ter autonomia em seu processo de aprendizagem, desenvolvendo estratégias de superação de desafios.

 

Estabelecer relações de parceria para facilitar a aprendizagem.

 

Resolver problemas autopropostos, explorando sem receio todas as possibilidades do ambiente computacional limitado.

 

Operar o mouse.

 

 

Cena 1: Recepção com bolo e parabéns.

Bolo, café e música.

15’

Cena 2: Meu computador, o letramento e eu

Tarjetas com nomes.

45’

 

Cena 3: Liberou geral

 

 

 

60’

 

Cena 4: Conversando sobre a experiência

 

 

 

 

 

45’

 

Cena 5: A despedida

 

Chá, café e bolo.

 

15’

Vincent Van Gogh - Sunflowers in Vase - Wikipedia

Vincent Van Gogh - Sunflowers in Vase - Wikipedia

 

 

A sala já está ambientada para a etapa Nutrir. Cada computador recebe um número, que deve estar escrito em um cartão nele afixado. O computador de número 1 é o do coordenador. Na mesa de cada computador, escritos em um cartão, estão distribuidos os nomes dos participantes. O computador do coordenador reproduz a música Parabéns pra Você:

 

 

Parabéns pra você

Nesta data querida,

Muitas felicidades,

Muitos anos de vida.

 

 

Em uma mesa lateral: um vaso com flores, uma bandeja com chá, café e um bolo caseiro[1], metade dele cortado em pedaços. Na toalha, que cobre a bandeja e abriga o bolo ou sobre a mesa, está escrita a frase: Parabéns pra Você! Embaixo de cada pedaço de bolo, estão os nomes dos participantes escritos com o mesmo tipo de letra utilizada nos cartões distribuídos pelos computadores. 

 

 

DESENVOLVIMENTO DA PRIMEIRA SESSÃO (1/1) 

 

Cena 1: Recepção dos Participantes com Bolo e Parabéns

Participantes: entram na sala e são recepcionados pelo coordenador com “Parabéns pra você” como fundo musical, à chegada de cada participante.

Coordenador: cumprimenta o participante, apresenta-se, pergunta-lhe o nome e o convida para tomar um café, enquanto aguarda a chegada dos demais participantes e/ou o início dos trabalhos. 

Atenção, coordenador:     o momento pode ser aproveitado para a observação da reação dos participantes. Verificar se eles levam em consideração a identificação dos pedaços de bolo; que aspectos da sala chamam mais a atenção. Notar a atração ou a repulsa provocada pelos computadores ligados.  

 

Cena 2: Meu Computador, o letramento  eu              

                                                                 

Quando a maioria dos participantes já estiver presente…   

Aplle Mouse - Wikipeia

Aplle Mouse - Wikipeia

Coordenador: Vamos começar? Quero desejar boas vindas a todos vocês. A música Parabéns pra Você está sendo tocada em homenagem a todos os que estão presentes. Hoje é uma data querida para todos nós. O dia do início de uma nova aprendizagem é sempre um dia especial. É como um renascimento. Deve ser comemorado. Aqui estão os computadores já ligados. Na mesa de cada computador, está escrito um nome. O nome de cada um de vocês está escrito na mesa de um dos computadores. O nome na mesa do computador marca o local de trabalho de cada um. Quero que cada um encontre o seu lugar.  

                                                                      Uma pausa um pouco mais longa…

Coordenador: Todos encontraram seu lugar? Muito bem! Gostaria conversar um pouco sobre o nosso curso. Pelo início, vocês já perceberam que vai ser um curso diferente. Não é apenas pela arrumação da sala, pela presença dos computadores, pela música a tocar que este curso será diferente. Mas vamos, primeiro, fazer uma apresentação mais geral do curso. (Apresentar o programa, os objetivos, as etapas, o cronograma, a importância da inclusão digital. Fazer uma exposição tão detalhada quanto permita o interesse inicial do grupo).

Coordenador: Gostaria agora de saber um pouco de vocês. O nome de cada um. O que faz. O que gosta de fazer. Por que se interessou pelo Letramento Digital.

Participantes: Incentivados pelo coordenador, os participantes se apresentam.

 

Cena 3: Liberou geral

Beispielbild für Computerkunst, erstellt mit Adobe Illustrator CS2

Fhoto taken by Kobato - Computer art: Beispielbild für Computerkunst, erstellt mit Adobe Illustrator CS2

Coordenador: Como já foi mencionado na apresentação do projeto Letramento Digital, nós vamos aprender sempre com base em problemas, em desafios. Aprendemos melhor sempre que temos um problema a resolver. Aquilo que se aprende com a solução de um problema jamais se esquece. Bem, todos já devem estar cansados de tanta conversa e loucos de vontade de mexer nos computadores. Afinal de contas, é para isso que vieram aqui. Não vou fazê-los esperar mais. Lanço, então, o primeiro desafio de aprendizagem. Vocês vão explorar livremente o computador e todos os seus recursos. Para isso basta usar o mouse.

                               Mostrar rapidamente o uso do mouse.

Participantes: Sem nenhuma intervenção do coordenador, livremente, exploram os recursos do computador e trocam suas descobertas.

  

Cena 4: Conversando sobre a experiência

Coordenador: Muito bem! Vamos conversar um pouco agora. Como foi para vocês esse primeiro contato com o computador?

Participantes: Incentivados pelo coordenador, que explora as falas que revelam a perda do receio e o encanto das descobertas, falam sobre seu primeiro contato com o computador.

 

Cena 5: A Despedida

Coordenador: É muito bom perceber que vocês não acharam tão difícil mexer com o computador. Perceberam que para aprender a trabalhar com o computador é preciso mexer nele. Usá-lo. Por isso, é muito importante que vocês aproveitem todo o tempo disponível de nossos encontros. Procurem não chegar atrasados; não faltar. Cada momento perdido é uma oportunidade perdida de aprender. Antes de terminarmos, vamos tomar mais um café e comer mais um pedaço de bolo?

Coordenador e participantes: Confraternizam-se e despedem-se em torno da mesa do café.


[1] O bolo deve provocar, na maioria, reminiscências da infância. Sugere-se o bolo de fubá.  

[2] É interessante que os nomes escritos nos cartões colocados sobre as mesas dos computadores e nos suportes dos pedaços de bolo sejam aqueles pelos quais os participantes gostam de ser chamados. Tais nomes poderão ser conhecidos no momento da inscrição para a Oficina. Um campo na ficha de inscrição, por exemplo, pode ser preenchido com o nome pelo qual o participante gosta de ser chamado.

 

Letramento Digital: Amostra II de Sessão de Aprendizagem

 

                                                                                                   

 Etapa criar – Primeira sessão de aprendizagem

 

 
 
Neste post está publicado texto correspondente ao roteiro para o coordenador orientar a vigésima primeira Sessão de Aprendizagem (aula) do Projeto Letramento Digital. Foi extraído do livro Letramento Digital (Küller J. A. e Rodrigo, N. Rio de Janeiro, Senac Rio, 2006.). 
 
Parte das ilustrações são de Mariana Massarani (in: Küller, J. A. e  Azevedo, M. B., Navegar é Preciso, Rio de Janeiro, editora Senac Rio, 2006.). A edição do excerto difere da original. Corresponde à primeira sessão da quinta etapa (Criar).
 
O projeto Letramento Digital é uma iniciativa do Senac Rio e da Germinal Consultoria, em parceria. Destina-se à inclusão digital de pessoas com dificuldades de leitura e escrita. Para mais informações sobre o Projeto, clique aqui.

 

PLANO DA SESSÃO DE APRENDIZAGEM (21/25)

ETAPA: CRIAR

SESSÃO 1/5

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

 

Utilizar ferramentas de pesquisa para melhorar textos em forma e conteúdo.

Recriar textos integrando contribuições de várias fontes (companheiros, revistas, Internet, etc.).

Revisar, modificar e organizar textos tendo em vista uma finalidade comunicativa (Revista Eletrônica).

Fazer a edição eletrônica de textos, integrando e fixando a utilização de todos os recursos de Informática disponibilizados.

 

Cena 1: Recepção e introdução

 

Água, chá, café e capas de revista.

    10’

Cena 2: Tempo Rei

Livro de Leitura.

    30’

Cena 3: Organizando o trabalho

Word.

     30’

CENA 4: Planejando a edição

Roteiro.

     30’

CENA 5: Editando a revista

Disquetes e impressora.

     50’

Cena 6: Avaliação

Correio.

    20’

 

A sala já está ambientada para a etapa Criar. Os computadores encontram-se desligados; quando ligados já estarão articulados em rede para possibilitar comunicação escrita entre os participantes. Como descanso de tela, alternam-se cópias dos painéis que compõem a ambientação da etapa Criar. Em uma mesa lateral: uma garrafa de água, uma garrafa térmica de café e outra de chá.  Em lugar central da sala estão expostas as capas de revistas produzidas pelos participantes na etapa anterior.

 

 DESENVOLVIMENTO DA VIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO (21/25)

 

 Cena 1: Recepção e Introdução

Mariana Massarani - ilustração do livro

 

Coordenador: Olá, tudo bem? Vamos entrando. Já temos café à nossa espera. Vamos nos servir enquanto chegam os demais. Estão todos aqui? Ótimo. Estamos entrando na última etapa do nosso curso. Passou muito rápido, não? Tentemos tirar o máximo proveito desses últimos dias.  Nossa missão agora é aprimorar, aperfeiçoar e integrar todos os trabalhos feitos individualmente numa revista da turma.

 Participantes: Fazem comentários sobre a continuidade do curso, perguntas sobre o desenvolvimento do programa, que são respondidas pelo coordenador.

 Coordenador: Estes últimos dias correspondem à etapa Criar do curso. É verdade que já criaram muitas coisas, mas agora vamos criar o produto final do curso: a revista da turma. Vamos utilizar todo o material que já produzimos. Continuarão criando. (mudando de tom) O que acham do trabalho criativo? Não é bom inventar, fazer, compor, escrever algo original?

 Participantes: Estimulados pelo coordenador, comentam suas sensações em relação ao trabalho criativo: dificuldades, prazer, surpresa com os resultados, sofrimento, insight etc…

 Coordenador: Quem ainda não aprendeu alguma das coisas que já trabalhamos em sessões anteriores precisa aproveitar para aprender logo. Não deixem para depois. Explorem os colegas. Qualquer pessoa que ensina alguma coisa acaba aprendendo mais. É um privilégio ensinar, não acham? Em último caso, se ninguém puder ajudar, explorem também o Coordenador. Vamos aproveitar o tempo. Liguem as máquinas, abram o Livro de Leitura.

  

Cena 2: Tempo Rei

 Coordenador: Abram o Livro de Leitura no capítulo Criar e na página onde está a música “Tempo Rei” (escrever). Vamos ouvi-la lendo a letra. Mas, atenção! Durante a audição, cada um de vocês deverá escolher uma frase da música que sinta que esteja relacionada com as sensações proporcionadas pelo trabalho criativo. (Pausa) Pensem nas sensações e sentimentos que acompanham o trabalho criativo.Estávamos conversando sobre isso na hora do café. Durante a execução da música, escolham uma frase da letra que mais se aproxime dessas sensações e sentimentos. Entenderam?

Participantes: Solicitam esclarecimentos e são orientados (brevemente) pelo coordenador, se necessário. Depois ouvem a música em silêncio, lendo a letra na tela.

 

 

 

 

Tempo Rei

Não me iludo

Tudo permanecerá do jeito que tem sido

Transcorrendo, transformando

Tempo e espaço navegando todos os sentidos

Pães de Açúcar, Corcovados

Fustigados pela chuva

E pelo eterno vento

Água mole em pedra dura

Tanto bate que não restará

Nem pensamento

 

Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei

Transformai as velhas formas do viver

Ensinai-me, ó pai, o que eu ainda não sei

Mãe senhora do perpétuo, socorrei

 

Pensamento

Mesmo o fundamento singular do ser humano

De um momento para outro

Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos

Mães zelosas, pais corujas

Vejam como as águas de repente ficam sujas

Não se iludam, não me iludo

Tudo agora mesmo pode estar

Por um segundo

Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei[1]

Coordenador: Escolheram a frase, o trecho da canção, que mais se aproxima das sensações suscitadas pela criação, ou melhor, pelo trabalho criativo? (Pausa) Fulano, qual foi a frase que escolheu?

Participante: Repete em voz alta a frase que escolheu

O coordenador escreve cada frase escolhida em letra cursiva. Se o participante chamado não escolheu nenhuma frase…

 Coordenador: Tudo bem. Você terá outras oportunidades para encontrar uma frase que faça sentido. Fique atento para encontra-la. Beltrano, qual foi a sua escolha?

 Beltrano: Lê em voz alta a frase que escolheu. 

Quando todos tiverem lido as frases, ou versos que escolheram…

Coordenador: As frases escolhidas são poéticas. Frases como essas, retiradas de textos do Livro de Leitura, podem ser aproveitadas na revista, usadas para enfatizar ou introduzir as idéias que queremos comunicar; podem também ser utilizadas como chamadas. Chamadas são pequenos textos destacados do todo da revista. Elas têm por objetivo chamar a atenção do leitor. Já fizemos chamadas nas capas da revista. (mostrar) Lembram?

 

Mariana Massarani - ilustração do livro Navegar é Preciso

 Cena 3: Organizando o trabalho

 Coordenador: Agora organizaremos o trabalho dos próximos três dias, que será diferente dos dias anteriores. Nós já temos muito texto escrito e material para utilizar na edição final da revista, que faremos em dois grupos. Assim, cada trabalho individual poderá ser cuidadosamente analisado e aproveitado no trabalho final. Vamos dividir a turma em dois grupos para fazer esse trabalho: o Grupo X e o Grupo Y(escrever). Entenderam?

 Participantes: Comentam a proposta da divisão dos grupos e esclarecem as dúvidas por ventura existentes.

 Coordenador: Temos que dividir a turma em dois grupos do mesmo tamanho. A minha sugestão é que o Grupo X seja formado pelas pessoas que escreveram sobre algum tipo de trabalho manual: cozinhar, pentear, consertar, pintar (paredes), reciclar, etc. O Grupo Y pode ser composto por pessoas que escreveram sobre alguma atividade artística, incluindo artesanato: dançar, cantar, tocar, pintar (tecido, cerâmica, papel, etc.), bordar, tricotar, etc. O que vocês acham?

 Participantes: Opinam sobre o critério de formação dos grupos.

 

Para o coordenador: Outra organização grupal deverá ser proposta se esta não fizer sentido para um grupo específico. A tentativa é de integrar num mesmo grupo pessoas com algum tipo de afinidade em relação aos trabalhos que produziram. Isso nem sempre será totalmente possível pela necessidade de formação de dois grupos numericamente iguais. Sentimentos e sugestões manifestados pela turma em relação à formação dos grupos deverão ser considerados. 

Coordenador: Então, o Grupo X será composto por… (menciona e escreve metade dos nomes da turma). O Grupo Y será composto por… (menciona e escreve a outra metade da turma). Todos estão de acordo e satisfeitos com essa divisão?

 Participantes: Manifestam discordâncias e ou consolidam a proposta apresentada.

Coordenador: Cada um dos dois grupos vai montar uma versão da revista. Vai utilizar todo o material existente no grupo. Vai usar todo o material produzido pelos integrantes do grupo durante todo o curso. Cada grupo vai construir uma versão da revista. Uma versão será resultante do material produzido pelas pessoas do Grupo X. A outra resultará dos trabalhos das pessoas do Grupo Y. Entenderam?

 Participantes: Comentam a missão dos grupos e esclarecem suas dúvidas.

Coordenador: Atenção! Vou apresentar um roteiro de trabalho para ser iniciado hoje (menciona o dia da semana e do mês) e estender-se por mais dois dias (menciona os dias da semana e do mês). Cada grupo deverá, no dia de hoje (escreve de forma sintética):

 

 

I.   Decidir como será a revista do grupo:

 

1. A seqüência da revista da primeira à última página, utilizando todos os materiais produzidos por todos os seus integrantes e arquivados com os nomes de:   Ensinando …, Ensinando … 2, Revista-Entrevista, Revista-Memória, Revista – Quem quiser que conte outra, Revista – Publicidade.

2. O grupo poderá organizar a revista como desejar, mas deverá utilizar o material produzido por cada um de seus integrantes, no todo ou parte dele. Todas as páginas de publicidade deverão ser aproveitadas.

3. Se necessário ou desejável, o grupo poderá introduzir frases retiradas dos textos do Livro de Leitura na revista. Sempre que isso for feito o nome do autor da frase deve ser citado.

4. Se necessário ou desejável, o grupo poderá incluir textos e ilustrações encontradas através de pesquisa na Internet e em outras fontes, que devem ser citadas.

5. Dicionários e gramáticas poderão ser utilizados para corrigir e melhorar os textos produzidos nas outras etapas.

 

 

II. Decidir como o grupo irá trabalhar em conjunto usando o computador:

 

1. Cada pessoa deverá ler os trabalhos de todos os colegas do grupo, levantando problemas de compreensão e sugerindo modificações.

2. Este deverá sempre ser o ponto de partida para a montagem de cada página.

3. Utilizem o MENSAGEIRO para trocar os materiais.

4. Salvem em Meus Documentos e nos disquetes tudo o que fizerem.

5. Combinem uma forma de arquivar os arquivos resultantes dos trabalhos individuais e coletivos.

 

Coordenador: Hoje vocês podem fazer uma primeira reunião para combinar a proposta de trabalho. Mas, sempre que necessário, podem voltar a reunir-se e conversar para fazer acertos de continuidade. Ficou claro este roteiro de trabalho?

Participantes: Comentam o roteiro e esclarecem dúvidas com o coordenador.

 

Cena 4: Planejando a edição

Mariana Massarani - ilustração do livro Navegar é Preciso

Mariana Massarani - ilustração do livro Navegar é Preciso

Coordenador: Podem fazer a primeira reunião de trabalho. Se houver dúvidas em relação à continuidade do trabalho podem me chamar.

Grupo X e Grupo Y: Reúnem-se para tomar as primeiras decisões sobre a organização da revista. Devem sair da reunião, obrigatoriamente, com um roteiro de trabalho escrito, para início imediato. Ele deverá prever atividades para todos os integrantes do grupo. As tarefas individuais ou em grupos menores (pares de preferência) devem estar articuladas pelo roteiro. O tempo total para execução do roteiro será resultado da soma do tempo que restar da primeira sessão da Etapa Criar mais as seis (6) horas das duas próximas sessões. 

Joan Miró - Tierra Labrada

O coordenador acompanha os trabalhos, intervindo sempre que verificar que o grupo está se distanciando do roteiro. Apóia os grupos para que consigam chegar aos resultados almejados no tempo disponível. Após 15 minutos de reunião…

 Coordenador: Vocês têm mais 5 minutos para concluir a reunião e, depois, colocar as mãos na massa.

 Grupos: Aceleram a conclusão da reunião e da proposta de trabalho para o dia.

 Depois do tempo esgotado…

Coordenador: Pronto? Podem tomar seus lugares nos computadores e começar a trabalhar.

 

Cena 5: Editando a revista

 Participantes: Tomam seus lugares e trabalham de acordo com as decisões do grupo. São acompanhados pelo coordenador, que acompanha os trabalhos e interfere somente se necessário. O clima de trabalho é estimulante e concentrado.

 

Cena 6: Avaliação

Dez minutos antes do final da sessão…

 Coordenador: Nosso tempo está esgotado. Podem encerrar o que estão fazendo. Na próxima sessão vocês continuam. Por favor, enviem para mim uma mensagem pelo correio avaliando o dia de hoje, completando as seguintes frases: “O trabalho de hoje foi bom porque ————” e “O trabalho de hoje não foi muito bom porque.——————–”.


[1]Gil, Gilberto, L.P. Raça Humana, WEA.

 

 
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