Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

OFICINA DE TRABALHO EM EQUIPE 24 de junho de 2008

 

O material apresentado neste post refere-se a um excerto extraído do Manual do Instrutor da oficina “Trabalho em Equipe” (Eixo I, dimensão “SER PROFISSIONAL”) do Programa Jovem Aprendiz Rural. O Programa foi criado para o SENAR, Administração Regional de São Paulo. A Germinal Consultoria, sob supervisãso da equipe técnica do SENAR, desenvolveu todos os Manuais do Instrutor e as Cartilhas dos Alunos de 19 unidades didáticas (Oficinas e Projetos) do Programa. O excerto deve ser encarado como uma amostra do trabalho que pode ser desenvolvido pela Germinal Consultoria.

 

 I. INTRODUÇÃO

 

 

Alaska - Birds

 

Caro Instrutor

 
Este manual é uma orientação para o trabalho docente no desenvolvimento da Oficina de Trabalho em Equipe do Programa de Aprendizagem Rural do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado de São Paulo. A Oficina de Trabalho em Equipe está situada no Eixo I do Programa e está diretamente relacionada à dimensão educativa “Ser Profissional”. Nesse sentido, integra-se diretamente ao Projeto que articula o currículo destinado a essa dimensão educativa: Elaborar um Projeto Profissional.

Trabalhar em Equipe é, hoje, uma competência necessária ao exercício de praticamente todas as profissões.
Através do Projeto Articulador “Tornar uma Área Produtiva de Forma Sustentável”, a Oficina integra-se com as demais dimensões educativas do Programa: Ser Cidadão, Ser Pessoa, Ser um Profissional da Agricultura e da Pecuária e Ser um Empreendedor Rural.

A Oficina é composta de cinco aulas ou sessões presenciais de aprendizagem com a duração de 4 horas cada uma, totalizando 20 horas. Ela está didaticamente organizada para o desenvolvimento de competências. Isso implica, você sabe, no tratamento integrado da teoria (conhecimento), da prática (habilidades) e das disposições e posturas relacionadas ao desejo de bem fazer (atitudes). Os conhecimentos, habilidades e atitudes serão tratados em conjunto, de maneira integrada, na medida em que forem necessários para a constituição das competências.

A aprendizagem orientada por competências requer uma metodologia específica de trabalho. Requer, fundamentalmente, a atividade do aprendiz. O aprendiz deve atuar no interior de situações em que as competências em desenvolvimento são requeridas. Disso decorre que o envolvimento pleno do aprendiz nas situações de aprendizagem propostas é requisito essencial. As situações de aprendizagem, sempre que possível, devem ser estimulantes, envolventes e prazerosas.

Dentro dessa perspectiva, o presente manual apresenta: as competências a serem desenvolvidas na Oficina de Trabalho em Equipe; as propostas de situações de aprendizagem destinadas ao desenvolvimento dessas competências; a previsão dos recursos didáticos necessários e a estimativa do tempo demandado por cada situação de aprendizagem e atividades que a constituem.  

Na sugestão de situações de aprendizagem, proporcionar a inserção ativa do aluno no desenvolvimento das atividades foi um cuidado permanente. A mobilização das experiências e conhecimentos dos participantes foi sempre o ponto de partida das propostas de desenvolvimento das competências. Buscou-se valorizar a construção do conhecimento em detrimento da transmissão de informações descontextualizadas e sem sentido. A base, ou alicerce, ou ponto de partida para a construção do conhecimento será o conjunto das experiências e conhecimentos existentes no grupo de aprendizes.

No início de cada sessão de aprendizagem, a sua preocupação principal será sempre a mobilização e o aproveitamento desses conhecimentos e experiências. Você deve estar percebendo que o seu papel será o de orientador da aprendizagem. O seu papel será mais o de proporcionar as condições para aprendizagens plenas de sentido e menos o de ensinar.

Como sugestões que são, todas as situações de aprendizagem propostas a seguir podem ser suprimidas, substituídas, ou adequadas ao grupo específico de aprendizes com o qual você está trabalhando. O importante é que as competências previstas para a Oficina de Trabalho em Equipe sejam desenvolvidas e a perspectiva metodológica do Programa de Aprendizagem Rural seja mantida.

A intenção do caminho pedagógico, a seguir apresentado, é de ajudá-lo a proporcionar aos jovens participantes experiências significativas e fascinantes de aprendizagem integradas à vida e ao trabalho. Desejamos ardentemente que você consiga tal resultado e que essa experiência seja igualmente significativa para você.
Boa sorte!

 

II. COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS


Trabalhar em equipe, contribuindo efetivamente com o esforço grupal em direção aos resultados, demonstrando cooperação e solidariedade, envolvendo:

  • Participar como membro de um grupo de trabalho, contribuindo com os seus resultados.
  • Transmitir suas experiências e conhecimentos aos colegas.
  • Empenhar-se em convencer sobre o que considera mais adequado, útil ou produtivo no que diz respeito ao andamento dos processos de trabalho.
  • Negociar com o grupo, trocando idéias, fazendo acordos, resolvendo divergências.
  • Liderar o grupo.
  • Trabalhar bem com homens e mulheres de diversas origens.

 

 

 III. METODOLOGIA

Pet-friends - Bird

A Oficina de Trabalho em Equipe foi organizada tendo em vista o modelo de aprendizagem orientada para o desenvolvimento de competências. A metodologia e as estratégias de ensino-aprendizagem estarão orientadas no sentido de criar situações concretas ou simuladas em que as competências em desenvolvimento sejam requeridas, exercitadas e avaliadas. Para desenvolver a competência de liderar a equipe, por exemplo, é preciso criar situações onde o participante é solicitado a exercer a lidernça, refletir sobre sua conduta e modificá-la.

Além da situação de aprendizagem requerer a competência, ela deverá ser proposta em um contexto muito próximo ao do enfrentamento concreto dos problemas que demandam uma determinada competência. A competência é requerida para enfrentar os desafios e problemas cotidianos e inusitados da vida, da convivência em sociedade e do trabalho.  A situação de aprendizagem deve ser organizada de forma que os desafios e problemas pessoais, os de convivência social e os profissionais surjam no ambiente de aprendizagem de forma muito semelhante a como aparecem na vida, na sociedade e no trabalho.

O que irá separar fundamentalmente a situação de aprendizagem dos desafios reais da existência, do trabalho e da convivência é o fato de que, nela, a vivência é controlada e protegida. Nela, a conseqüência do erro ou do acerto é uma oportunidade de reflexão e de aprendizagem. A situação de aprendizagem deverá permitir o ensaio, a reflexão constante sobre a ação e a experimentação repetida.

Além dessas indicações mais gerais, serão observadas as seguintes orientações específicas no desenho das situações de aprendizagem:

  •  Na impossibilidade de vivência em situação real, serão utilizadas situações em que a vivência, o jogo e a simulação reproduzem as características das situações reais em que as competências são requeridas.
  • Sempre será valorizada a perspectiva de construção e reconstrução do conhecimento pelos participantes (individualmente ou em grupo).
  • Em todas as situações serão estimulados a ação autônoma dos educandos e o aprender a aprender, em detrimento de outras possibilidades centradas na transmissão e absorção de informações. Aprender a aprender requer a vivência de situações de aprendizagem autônomas.
  • As estratégias de ensino-aprendizagem serão organizadas em torno da atividade dos participantes, da reflexão crítica sobre a atividade e sobre os resultados alcançados. Quando não funcionarem, a revisão das atividades deve ser feita pelos próprios participantes.
  • Os fundamentos e os conhecimentos necessários para a reflexão sobre a ação e as mudanças nas atividades também serão obtidos pelos participantes, graças às iniciativas estimuladas e apoiadas pelos docentes, vistos como coordenadores de atividades.
  • A sala de aula será convertida em ambiente de aprendizagem. A tradicional sala de aula e seu visual clássico (cadeiras arrumadas uma atrás da outra) devem ser transformados em espaços e ambientes flexíveis, vivos e estimulantes de atividades e reuniões de trabalho dos participantes, apoiados pelos educadores.
  • A realidade externa, os seus espaços e suas organizações serão utilizados como laboratórios ou ambientes de aprendizagem;
  • Será explorado, ao máximo, o potencial pedagógico das atividades.
  • Será valorizada a diversidade de estratégias, sempre articuladas com os projetos em construção.

 

  

 

IV . DESENVOLVIMENTO

 

Oficina de Trabalho em Equipe

SESSÃO 4/5

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

Negociar com o grupo, trocando idéias, fazendo acordos, resolvendo divergências…

 

Participar como membro de um grupo de trabalho, contribuindo com os seus resultados.

 

Transmitir suas experiências e conhecimentos aos colegas.

 

Empenhar-se em convencer sobre o que considera mais adequado, útil ou produtivo.

Liderar o grupo.

Trabalhar bem com homens e mulheres de diversas origens.  

 

Breve recapitulação

 

10’

Aquecimento: Refazendo tudo

CD Refazenda. Manual do aprendiz

30’

Apresentação dos objetivos e metas de equipe

Registros da sessão anterior

30’

Estratégias e resultados – Globo Rural

 

Manual do Aprendiz. Câmera de vídeo (opcional)

50’

Intervalo

15

Apresentação da reportagem / Globo Rural

Câmera de vídeo (opcional)

 

30’

Avaliação do trabalho em equipe

 

 

60’

Para conseguir tornar-se um grupo eficaz é preciso…

Post-it

 

5’

Avaliação do dia

Papel sulfite

10’

 

Receba os participantes afetuosamente. Cumprimente-os, chamando cada um pelo seu nome. Como sempre, peça que escolham uma cadeira para sentar, dentre as dispostas em semicírculo, previamente arrumadas e em quantidade idêntica ao do número de participantes.

Breve recapitulação

Faça uma breve recapitulação da sessão anterior. Lembre que ainda falta o painel de apresentação dos objetivos grupais elaborados na sessão anterior. Apresente uma síntese das avaliações (aprendizagens importantes de um integrante de um grupo de trabalho) e comente seus resultados, sem personalizá-los.

Aquecimento: Refazendo tudo

Como aquecimento inespecífico, convide os participantes a ouvirem a música Refazenda, de Gilberto Gil. Peça para que localizem a letra no Manual do Aprendiz para acompanhar a audição.

Vídeo: Refazenda

 

Abacateiro com ninhos de abelha -www. apacatame.org.br

Gil declara que “Refazenda é rememoração do interior; do convívio com a natureza; reiteração do diálogo com ela e do aprendizado do seu ritmo”(Gilberto Gil: todas as letras / organização Carlos Rennó. – São Paulo: Companhia das Letras, 1996,  pág  168.).

Chame a atenção para a brincadeira com as palavras “Refazenda” e “Refazendo” que acaba por abrir outros significados. “Refazendo tudo” pode significar a possibilidade de mudança, de tudo ser recriado, reconstruído.

A seguir, convide os aprendizes a participarem de um rápido jogo (Jogo da roda invertida). O objetivo do jogo é vivenciar uma situação problema cuja solução depende da criatividade, da tomada de decisão por consenso e da cooperação de 100% do grupo. Coordene o jogo conforme as instruções a seguir.
 

 

Jogo da roda invertida

 

 

Procedimentos:

 

· Peça que os aprendizes façam uma roda de mãos dadas, com os rostos voltados para fora e as costas voltadas para dentro da roda.

· Apresente o desafio grupal: encontrar uma forma de virar a roda para dentro, sem que ninguém solte as mãos.

· O grupo fica com autonomia para vencer o desafio. Os componentes devem dar sugestões do que fazer e de como fazer para conseguir virar a roda. Os participantes do grupo decidem que sugestões eles devem experimentar.

·  A ação do jogo termina quando o grupo conseguir virar a roda.

 

 

Quando o grupo demora mais para vencer o desafio e faz mais tentativas o material para discussão é maior. Mas, de qualquer forma, este jogo fornece elementos para discutir o funcionamento do grupo nos aspectos relacionados à: participação, empenho individual e grupal para vencer o desafio, criatividade, abertura para novas e estranhas idéias, sem preconceito, tomada de decisão em grupo por consenso e, às vezes, conflito.

Tente aproveitar todas as oportunidades para discutir a criatividade no grupo de trabalho. A criatividade surge muitas vezes de situações de pressão ou de conflito. Outras vezes, a criatividade surge da busca permanente do homem de mudar para melhor. Daí surgem as tentativas de fazer diferente, de melhorar sempre, de pensar o novo, de enfrentar situações inéditas.

Explore, se possível, a tomada de decisão por consenso. Para alcançar o consenso, o grupo deve dar tempo a cada um de seus componentes para externar sua opinião livremente. Todos os participantes do grupo devem sentir que tiveram sua opinião compreendida e avaliada pelos demais. Assim, mesmo que diferente das deles, acatam e assumem a posição final do grupo.

Não se trata, portanto, de unanimidade de pensamento. Uma vez tomada a decisão por consenso, a execução do trabalho flui muito melhor porque todos sabem o que fazer e responsabilizam-se por isso. Procure identificar e apontar situações de consenso explícito ou implícito nas múltiplas decisões tomadas pelo grupo durante o jogo.

 

 
Apresentação dos objetivos e metas de equipe

M.C. Escher- Céu e Mar (1938)

M.C. Escher- Céu e Mar (1938)

Organize o painel de apresentação dos objetivos e metas das equipes do Desafio Grupal, que foram elaborados na sessão anterior a partir da sua missão e valores. Cada grupo apresenta seus objetivos elaborados e devidamente registrados nas transparências.

Solicite que todos observem, em cada apresentação, se todas as proposições constituem realmente objetivos da equipe de trabalho e se apontam para a realização da missão, sob a égide dos valores assumidos.

Essas definições são muito importantes para a eficácia do grupo. Todos os integrantes de um grupo precisam saber e participar da definição do desafio grupal (objetivos e metas). Como já visto, apenas assim todos se comprometem com os resultados. Só assim, todos direcionam os seus esforços e as suas contribuições na rota correta. Para conseguir isso, a comunicação clara é fundamental.

 

 

 

 Definindo Estratégias e Resultados – Globo Rural
 

Rafael - Detalhe da Madona da Capela Sistina (Roma / Itália)

Rafael - Detalhe da Madona da Capela Sistina (Roma / Itália)

 Prepare-se, pessoalmente, com alguma antecedência, para construir uma situação dramática. Faça uma comunicação dramática às equipes do Desafio Grupal, como representante da produção do programa Globo Rural, nos seguintes moldes:

 “Eu sou responsável pela pauta das reportagens do Globo Rural, da Rede Globo de Televisão. Soube que a equipe de ex-aprendizes do Programa de Aprendizagem Rural, do SENAR, que assumiu a responsabilidade pelo espaço do Projeto Articulador concluiu o seu trabalho e já entregou a responsabilidade pelo espaço.

A experiência que essa equipe desenvolveu e os resultados que conseguiu foram tão relevantes que chamaram a atenção das comunidades do meio rural. Houve um crescente interesse pelo trabalho desenvolvido pela equipe. O interesse foi tão grande que a produção do Globo Rural ficou interessada em fazer uma reportagem.

Decidiu-se que a reportagem deveria ser feita pelos próprios membros da equipe responsável pelos resultados. A própria equipe de aprendizes fará a apresentação de sua experiência de trabalho e dos resultados obtidos. Desta forma, a equipe deve preparar a sua reportagem, utilizando mais uma vez todo o seu talento e criatividade.

Todas as informações adicionais foram enviadas pela produção do Globo Rural de forma escrita. Qualquer esclarecimento adicional poderá ser obtido comigo mesmo, representante da produção do programa Globo Rural”.

 

 Observação: Entenda-se que o ator está falando com todas as equipes como se fossem uma.

 

Depois da comunicação dramática, distribua instruções impressas para todos os grupos que devem se reunir e começar a trabalhar. Estas instruções não estarão no manual do aprendiz. Coloque-se à disposição para esclarecimentos adicionais.

 

 

Globo Rural / Reportagem de Equipe de Aprendizes – Sugestão de Roteiro

 

 

Este roteiro é apenas uma sugestão. A equipe de aprendizes do Programa de Aprendizagem Rural está autorizada a fazer toda alteração que julgar necessária ou conveniente. Nosso representante estará à disposição da equipe para esclarecer, ajudar e fornecer os recursos necessários. De nossa parte, queremos apenas que a equipe prepare uma reportagem tão fascinante quanto foi a experiência desenvolvida no espaço cedido pelo SENAR. O roteiro a seguir pontua possíveis focos a serem abordados, mas a forma de abordagem ficará a cargo das equipes.

1. Chamada inicial – Os resultados: apresentar, sinteticamente, mas com emoção, os resultados obtidos através da experiência.

 

2. A equipe realizadora: apresentação individual através da maior contribuição que cada um deu à experiência e da maior aprendizagem que pessoalmente retirou dela.

 

3. A origem da experiência: apresentar as idéias que fundamentaram o desenvolvimento da experiência.

 

4. O desenvolvimento da experiência: como aconteceu

 

5. Os desafios: os principais desafios enfrentados.

 

6. Os resultados obtidos: apresentação de dados de avaliação de acordo com os critérios definidos com a situação problema.

 

7. Perspectivas futuras da equipe: o que pretende fazer em termos de trabalho e estudo.

 

As equipes preparam suas reportagens para serem apresentadas ao vivo, em painel. Estimule as equipes a manterem o contexto dramático da reportagem e a construírem o seu trabalho final da forma mais criativa possível.
Com a disponibilidade de uma câmera de vídeo, as reportagens poderão ser gravadas e apresentadas no vídeo. A câmera de vídeo também poderá ser utilizada na gravação do programa ao vivo. A música também poderá utilizada como fundo para as entrevistas e locuções. Os grupos estarão livres para formatarem suas reportagens. Procure fornecer os recursos necessários às produções das equipes.
Depois que todos os grupos estiverem com suas reportagens prontas para serem apresentadas e antes das apresentações, convide os participantes para um pequeno intervalo.

 
Apresentação (dramática) das reportagens/Globo Rural

Durante o intervalo, prepare o espaço para a apresentação dramática: espaço para a equipe em cena e para os expectadores. Na apresentação, os expectadores também serão atores. Devem simular que assistem à apresentação no vídeo, mesmo quando ela acontecer ao vivo. Combine a apresentação de todas as reportagens das equipes em seqüência, sem interrupções, para não quebrar a concentração.

 

Avaliação do trabalho em equipe

Gansos - Twiki do DCC/UFBA

Gansos - Twiki do DCC/UFBA

Peça às equipes que voltem a se reunir. Atribua a cada uma delas uma reportagem apresentada por uma outra equipe para avaliarem. Peça para que todas as equipes localizem a orientação de trabalho no Manual do Aprendiz. Coloque-se à disposição para esclarecimentos.

 

Avaliação do trabalho em equipe – Roteiro

 

 

Vocês devem escolher, de início, um coordenador do grupo. O coordenador terá a incumbência de orientar as atividades do grupo de forma que a tarefa seja concluída em 60 minutos.

 

Sobre a reportagem apresentada por outra equipe:

1. Ler novamente a proposta de trabalho da reportagem.

2. Levantar indicadores para avaliação.

3. Avaliar a reportagem apresentada pela equipe de acordo com os indicadores levantados.

4. Fazer outras observações que forem consideradas importantes sobre a reportagem.

5. O coordenador fará a apresentação da avaliação com o compromisso de respeitar a equipe autora do trabalho avaliado. Se o grupo preferir, poderá escolher um outro representante que assuma o mesmo compromisso.

 

Sobre a reportagem da própria equipe:

1. Os componentes da equipe ficaram satisfeitos com a própria reportagem? Citar os pontos fortes e os pontos fracos na opinião da equipe.

2. Como foi o trabalho de preparação? Citar os pontos fortes e os pontos fracos.

3. Atribuir notas para os seguintes quesitos do trabalho de grupo que acabaram de fazer:

·  Atendimento das necessidades individuais.

·  Orientação para a tarefa (produtividade).

·   Compromisso de todos os componentes (incluindo envolvimento no trabalho e participação efetiva).

·  Aceitação da diferença e do conflito de idéias.

·  A criatividade grupal.

·  Utilização do consenso na tomada de decisões.

 

 

Para conseguir tornar-se um grupo eficaz é preciso…

Antes de passar à avaliação do dia, distribua folhas de bloco de post-it para todos e peça para cada aprendiz pensar em toda a vivência desta sessão e escrever o que considera mais importante para um grupo conseguir ser eficaz.

Avaliação do dia

Nas equipes do Desafio Grupal, os aprendizes apontam formas de avaliar a concretização de seus objetivos e metas, por escrito, e entregam ao instrutor.

 

Projeto Articulador: tornar uma área produtiva de forma sustentável

 

O material apresentado neste post refere-se a um excerto do programa desenvolvido no Projeto Articulador: Tornar uma Área Produtiva de Forma Sustantável ,  do Programa Jovem Aprendiz Rural, desenvolvido para o SENAR – Administração Regional de São Paulo. O excerto foi extraído do Manual do Instrutor. A Germinal Consultoria, sob supervisãso da equipe técnica do SENAR, desenvolveu todos os Manuais do Instrutor e as Cartilhas dos Alunos de 19 unidades didáticas (Oficinas e Projetos). O excerto deve ser encarado como uma amostra do trabalho que pode ser desenvolvido pela Germinal. A edição original do Manual do Instrutor difere do excerto apresentado aqui.

 

Parte I: Planejar e Programar a Produção Agropecuária

Seticac/UFSC - agro

Seticac/UFSC - agro

Três meses antes do início da Parte I, o solo do terreno experimental já deverá ter sido analisado. No primeiro uso como terreno experimental da área, devem ser feitas as correções do solo, que exigem de dois a três meses de antecedência ao plantio. Material orgânico capaz de fertilizar um canteiro de flores de 4 metros quadrados deve estar disponível. Os materiais, equipamentos e implementos agrícolas previstos no Plano de Curso também devem estar disponíveis. Nesta parte, com duração de cinco (5) sessões de quatro (4) horas serão desenvolvidas as competências de planejar e programar a produção agropecuária, divididas nos seguintes elementos: 

  • Identificar mercados consumidores.
  • Definir culturas a serem plantadas e animais a serem criados
  • Definir área de plantio e criação.
  • Definir rotatividade de culturas.
  • Especificar o sistema de produção.
  • Definir o itinerário técnico
  • Definir tipo e quantidade de insumos agropecuários.

 

 

PROJETO ARTICULADOR: TORNAR UMA ÁREA PRODUTIVA DE FORMA SUSTENTÁVEL

       SESSÃO 1/5

Competências

Situações de aprendizagem

recursos

tempo

 

 

Planejar e programar a produção agropecuária.

Definir área de plantio e criação.

Definir culturas a serem plantadas e animais a serem criados.

 

 

 

Recepção dos participantes

Aquecimento inicial

Cartilha do Aprendiz

30”

Canteiro de flores coletivo

Cartilha do Aprendiz. Terreno experimental. Sementes de flores.

 

90’

INTERVALO

15’

Coletando amostras do solo do terreno experimental

Enxadões ou trados. Sacos ou caixas para amostra.

 

60’

Mapa provisório do uso do solo

 

Cartilha do Aprendiz, folhas de papel, lápis ou canetas coloridas.

 

30’

Finalizando e avaliando a sessão

Cartilha do Aprendiz

15’

 

img88.imageshack.us/img88

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É necessário que os participantes levem a Cartilha do Aprendiz para o terreno experimental. Esta sessão deve ser realizada em uma sala próxima ao terreno experimental ou no próprio terreno experimental. Havendo a possibilidade do uso de uma sala, antes do início da sessão, usando o retroprojetor, deixe projetado em uma das paredes do ambiente, o poema de Cora Coralina: O Cântico da Terra. No caso de não haver, nas proximidades, uma sala disponível , a projeção do poema, pode ser substituída por uma leitura coletiva.

        

Texto de Apoio 1: O Cântico da Terra

 

Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.

Sou a razão de tua vida.De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.

 

Juntamente com o coordenador do Programa, receba os participantes na porta da sala ou no terreno experimental. O coordenador deve apresentá-lo a cada um deles. Aproveite para entregar uma folha ou um cartão em branco a cada aprendiz. No papel ele deverá escrever o nome pelo qual gosta de ser chamado.

Escritos os nomes, os papéis devem ser fixados nas carteiras dos aprendizes ou no peito. O objetivo do crachá é permitir que, desde a primeira sessão, você chame cada participante pelo seu nome. Na sala, o seguinte texto deverá estar escrito no flip-chart ou em um cartaz. O mesmo texto pode ser encontrado no Manual do Aprendiz.

 

Borboleta - foto reproduzida do Blog "Faça sua Parte"

 

 

 

 “O desenvolvimento sustentável pretende combater a miséria humana sem repudiar a natureza ou desconsiderar as especificidades locais. Introduz o objetivo global de crescimento econômico e social duradouro, pensado com equidade e certeza científica, e que não dilapide o patrimônio natural das nações ou perturbe desastradamente os equilíbrios ecológicos” (Agenda 21, 1996).

 

 

 

 

Aquecimento Inicial

Não discuta os textos ainda. Solicite que todos abram a Cartilha do Aprendiz na página em que está localizada a letra de Passarim, música de Antonio Carlos Jobim . Com o aparelho de som da sala ou com um equipamento portátil, coloque para tocar a música, solicitando que os aprendizes acompanhem a audição lendo a letra da canção. 

 

 

 

Texto de Apoio 3: Passarim

Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro partiu mas não pegou
Passarinho, me conta, então me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Me diz o que eu faço da paixão?
Que me devora o coração..
Que me devora o coração..
Que me maltrata o coração..
Que me maltrata o coração..E o mato que é bom, o fogo queimou
Cadê o fogo? A água apagou
E cadê a água? O boi bebeu
Cadê o amor? O gato comeu
E a cinza se espalhou
E a chuva carregou
Cadê meu amor que o vento levou?
(Passarim quis pousar, não deu, voou)

Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho, me conta, então me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Cadê meu amor, minha canção?
Que me alegrava o coração..
Que me alegrava o coração..
Que iluminava o coração..
Que iluminava a escuridão..
Cadê meu caminho? A água levou
Cadê meu rastro? A chuva apagou
E a minha casa? O rio carregou
E o meu amor me abandonou
Voou, voou, voou
Voou, voou, voou
E passou o tempo e o vento levou
Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho, me conta então, me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Cadê meu amor, minha canção?
Que me alegrava o coração..
Que me alegrava o coração..
Que iluminava o coração..
Que iluminava a escuridão..
E a luz da manhã? O dia queimou
Cadê o dia? Envelheceu
E a tarde caiu e o sol morreu
E de repente escureceu
E a lua, então, brilhou
Depois sumiu no breu
E ficou tão frio que amanheceu
(Passarim quis pousar, não deu, voou)
Passarim quis pousar não deu
Voou, voou, voou, voou, voou

Música de Antonio Carlos Jobim

 

 

 

 

Após a audição da música, estimule uma discussão dos participantes, solicitando que comparem os dois textos (conceito de desenvolvimento sustentável e letra de Borzeguim). O objetivo aqui é fixar o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma conclusão definitiva da comparação não é necessária. Quando sentir que a discussão explorou as várias dimensões do conceito, passe para a próxima atividade.

Interrompa a discussão anterior num momento em que ela deixou de ser envolvente. Faça a projeção do segmento “Demônio Chorão’ do filme “Sonhos” de Akira Kurosawa.[4]

 

 

 

Solicite a atenção de todos para o filme. Ao final da projeção, abra espaço pra uma breve discussão. Interrompa-a depois de cinco minutos, mesmo sem ter havido uma conclusão.

 

Canteiro de flores

 

Claude Monet -

Claude Monet - The Artist's Garden at Giverny, 1900, Musee d'Orsay, Paris

 

Informe que, hoje, o grupo de aprendizagem vai conhecer o terreno experimental e fazer a primeira intervenção nele: plantar um pequeno canteiro de flores. Informe os participantes que eles têm, sobre a mesa, sementes de 30 espécies diferentes de flores[5]. Na seleção das espécies de flores é interessante escolher aquelas que possam ter uma função no equilíbrio ecológico do terreno experimental. As sementes estão identificadas por etiquetas feitas com Post-it. Cada participante deve escolher apenas uma espécie de flor.

 

Após a escolha, cada participante deve apresentar a sua flor e dizer o motivo de tê-la escolhido. Durante as falas, os participantes devem iniciar a construção do quadro a seguir. Ele deve ser completado até o fim do Programa de Aprendizagem Rural.

 

Tabela 5: Canteiro de  flores

Nome do Participante

Espécie Escolhida

Viva até …

Época(s) de florada(s)

Destino das Flores

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aproveite o momento em que os participantes falam sobre suas escolhas e a tabela em construção como instrumentos para a memorização dos nomes. Associar o nome do participante à espécie de flor escolhida pode auxiliar nessa tarefa.

 

Informe aos participantes qual é o primeiro desafio da atividade do projeto: plantar a sua espécie de flor e mantê-la viva até o final do Programa, colher pelo menos uma florada e dar um destino nobre às flores colhidas.

 

Plantio

Andy Whorhol

Andy Warhol - Flowers

O plantio deve ser feito imediatamente. Para tanto, o grupo deve escolher o local do canteiro de flores. Deve preparar um ou mais canteiros, cuja área total não exceda 4 metros quadrados. A escolha do local, a preparação do solo, a divisão do espaço total, a distribuição das espécies, o plantio e os cuidados posteriores ao plantio devem ser feitos sem nenhuma interferência sua ou do coordenador. Mesmo que solicitado, não responda a perguntas, a não ser as relativas à qualidade do solo. Se perguntado, informe que o PH do solo já foi corrigido.

O momento é de diagnóstico dos conhecimentos e das competências já existentes no grupo. É momento também de verificar o nível de desenvolvimento das competências para o trabalho em equipe da turma. A observação da forma de tomada de decisão em grupo, em especial o nível de consenso nas decisões grupais, é importante para subsidiar um debate mais específico, a ser travado na Oficina de Trabalho em Equipe.

Após o plantio, cada participante deve identificar o seu espaço no canteiro com seu nome e o nome da espécie de flor por ele escolhida. Esse é outro momento que você deve aproveitar para memorizar o nome de cada aprendiz. A partir de agora procure chamar cada participante pelo seu nome. Em caso de dúvida, pergunte o nome do aprendiz a quem você vai se dirigir ou consulte o coordenador que conhece o grupo a mais tempo.

Logo depois do plantio, os participantes devem planejar os cuidados posteriores com o canteiro e, se necessário, transmitir e recomendar esses cuidados ao auxiliar responsável pelas atividades de manutenção do terreno experimental. Feito isso, convide os participantes para um breve intervalo.

 

 

Observação para o coordenador

 

 

O canteiro de flores pode ser visto como a expressão da alma coletiva do grupo e como a síntese do conhecimento previamente existente e a construir. Permite aplicar e resumir, em um pequeno espaço, todas as competências já existentes no grupo e todas as competências em processo de desenvolvimento. Quanto mais o canteiro for significativo, mais pleno de sentido, mais depositário da emoção e da afetividade do grupo, maior será a importância dele no desenvolvimento do projeto. Cada instrutor, segundo sua própria sensibilidade, em função das características do grupo, encontrará a forma de dotar de encanto e magia o pequeno pedaço de terra destinado às flores.

 

 

Esquema de retirada de Amostra de Solo de um terreno de baixada (amostra 1) e de meia encosta (amostr 2)

Coletando amostra do solo do terreno experimental

Logo depois do intervalo, informe que os participantes devem colher uma amostra para efetuar a análise do solo do terreno experimental. Na análise do solo, eles vão supor uma dimensão de 20 ha para o terreno. Assim, supondo o terreno experimental topograficamente homogêneo, a amostra final do terreno experimental deve resultar da coleta em 20 subamostras em diferentes pontos do terreno. (Na eventualidade do terreno experimental não ser topograficamente homogêneo, iniciar pelo mapeamento topográfico que pode estar conectado com a divisão do terreno segundo o provável uso.).

Antes da coleta, os participantes devem fazer uma divisão hipotética do terreno experimental, segundo a sua provável utilização. Ou seja:

  • 30% para olericultura, incluindo o canteiro de flores nesta parte do terreno.
  • 30% para cultura perene;
  • 30% para cultura anual (milho, feijão);
  • 8% para criação de pequenos animais (aves, coelhos);
  • 2% para minhocultura;

A partir daí, os participantes devem:

  • Definir os pontos de amostragem;
  • Coletar as subamostras;
  • Homogeneizar a(s) amostra(s),
  • Preparar a(s) amostra(s) para envio ao laboratório;
  • Identificar a(s) amostra(s).

Para facilitar o trabalho, a turma pode ser dividida em grupos depois de definidos os pontos de amostragem. Durante todas as operações, deixe que os aprendizes atuem segundo seu conhecimento anterior ou segundo sua intuição. No caso de procedimento incorreto, faça questões que levem o grupo à reflexão e a fazer propostas alternativas de ação. Continue o questionamento até que o procedimento sugerido seja cientificamente correto e/ou eficaz.

 Não dê respostas prontas. Não demonstre procedimentos. Faça com que o grupo pense. Estimule a experimentação de procedimentos alternativos sempre que exista a possibilidade de diferentes cursos de ação.

 

Mapa provisório do uso do solo

Nos mesmos grupos que atuaram na atividade anterior, baseando-se no modelo de mapa mental, aprendido na Oficina de Aprender a Aprender, os participantes vão elaborar um Mapa Provisório do Uso do Solo. Os grupos trabalharão com as variáveis presentes no desenho a seguir:

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 Os mapas, depois de concluídos, deverão ser copiados na Cartilha do Aprendiz de cada participante. Eles não serão discutidos nesta sessão. Deverão ser reservados para uso em sessão posterior.

 No entanto, você deverá verificar se não existem erros muito sérios em relação às culturas perenes, semiperenes e anuais consideradas adequadas ao terreno experimental. Essa informação será usada na próxima sessão para selecionar fontes de pesquisa para o levantamento dos sistemas de produção e levantamento de itinerários técnicos utilizados na região.

 

Finalizando e Avaliando a Sessão

 

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Reúna os aprendizes depois da elaboração dos mapas. Se você não tiver feito isso no início da sessão, promova uma leitura coletiva em estilo jogral do poema “Cântico da Terra”, de Cora Coralina. Após a leitura, incentive uma breve fala de cada participante sobre como vivenciou a sessão.

 

 

Prevenção também se ensina (I)

 

Um dos trabalhos de capacitação de educadores e de estudos e pesquisas da Germinal Consultoria foi desenvolvido para o projeto “Prevenção também se ensina” da Secretaria  de Educação de São Paulo e coordenado pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação). O trabalho envolveu o desenvolvimento de uma sistemática de avaliação para o projeto “Prevenção Também se Ensina” e a realização da avaliação do projeto em dois anos consecutivos (1996 e 1997). No portal da FDE, o Projeto é, em 2008,  assim apresentado:

 

O projeto Prevenção Também se Ensina, coordenado pela SEE – Secretaria de Estado da Educação, é executado pela FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação em escolas da rede pública estadual de ensino desde 1996. A iniciativa é voltada à  promoção da cidadania saudável e à redução da vulnerabilidade da comunidade escolar à gravidez na adolescência, ao uso indevido de drogas e às DST/Aids.

A iniciativa abrange todas as escolas das 91 Diretorias de Ensino do Estado, beneficiando alunos dos ensinos Fundamental e Médio. Entre seus objetivos está a viabilização na rede estadual de ensino de um projeto de educação continuada que propicie condições para o desenvolvimento da auto-estima dos alunos e do senso de responsabilidade sobre a saúde individual e coletiva, promovendo a redução do abuso de drogas e a conscientização sobre as complicações relacionadas à gravidez na adolescência e sobre as DST/Aids.

Para atingir seus objetivos, o Prevenção Também se Ensina: capacita educadores das Diretorias de Ensino para assessorar, acompanhar e avaliar a implantação de projetos relacionados aos temas da iniciativa; capacita educadores das unidades escolares, dando condições para implantarem projetos de prevenção no âmbito da comunidade escolar; dota as escolas e Oficinas Pedagógicas de materiais didáticos específicos, de forma a viabilizar a implantação dos projetos de prevenção; e cria espaços comunitários informais para discussão e reflexão de temas pertinentes ao projeto, envolvendo centros de saúde, ONGs, associações comunitárias e outras entidades que desenvolvam ações de prevenção e tratamento na região.”

 

A partir de uma entrevista com o coordenador do projeto: Nivaldo Leal Santos, o site Ao Mestre com Carinho, afirma: “A independência das escolas foi proposital, a fim de dar ao projeto um caráter de permanência. Não é uma ação isolada que acontece em uma determinada época do ano letivo, mas um hábito incorporado que envolve mudanças de postura dos professores frente às questões sexo e drogas. De todas as maneiras, é bom saber que Prevenção Também se Ensina já atingiu 71% da rede escolar, 2.700.000 alunos e se expande e consolida cada vez mais, graças ao emprenho dos educadores nele envolvidos e à intenção de educar os adolescentes de forma completa, qualificando suas decisões frente à vida e aos problemas que ao longo dela encontrarão”.

 

 
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