Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Programa Educação para o Trabalho – PET 29 de junho de 2008

 

O Programa de Educação para o Trabalho (PET) foi desenvolvido pelo SENAC/ SP e implementado, na sua forma atual, em 1996. É “voltado ao desenvolvimento de jovens, especialmente daqueles com limitadas oportunidades de acesso aos bens tecnológicos que possibilitam a apropriação do conhecimento, o domínio de competências, bem como de contato e convívio com padrões estéticos requisitados por um mercado de trabalho exigente e seletivo, inflexível a justificativas de natureza sociopolítica” (José Luiz Gaeta Paixão. Introdução do Programa de Educação para o Trabalho. São Paulo, SENAC, 1996).

 

Sucesso em resultados e parcerias, o Programa Educação para o Trabalho (PET), até 2002, tinha capacitado mais de 20.000 jovens de baixa renda para a inserção no mercado de trabalho. Em 1999, O SENAC já tinha  recebido, da Câmara Americana do Comércio, o Prêmio Eco 99 na categoria Especial do Júri, pela realização do Programa Educação para o Trabalho, em prol da cidadania.

 

GERMINAL participou da concepção do Núcleo Central do PET e da capacitação de todos os docentes (cerca de 1.000) envolvidos na implementação inicial do Programa. Desenvolveu também uma versão alternativa ao Plano de Curso original do Programa, o manual do Núcleo Central e todos os manuais das Estações de Trabalho dessa versão alternativa. Tal versão, por um conjunto de circunstâncias, acabou não sendo implementada, pelo menos em sua totalidade.

 

Ainda em 2008, o Programa Educação para o Trabalho continua a ser  implementado. No site do SENAC SP você pode encontrar mais informações sobre o Programa e sobre a forma como hoje ele continua a ser desenvolvido.

 

Na Internet existem inúmeras páginas que fazem referência ao PET. Os links a seguir dão acesso a alguns exemplos.  Observe-se que as fotos, são outras formas de acesso a links que falam do Programa. Embora pertinentes ao PET,  não se referem e não foram necessariamente publicadas junto aos textos.

 

Compostagem - Programa Educação para o Trabalho - São Carlos

Compostagem - Programa Educação para o Trabalho - São Carlos

1. Gilberto Dimenstain, na Folha de São Paulo, informa: “O Programa Educação para o Trabalho (PET) do Senac nasceu em 1996 a partir de uma pesquisa para verificar as reais necessidades do jovem ao entrar no mercado de trabalho. “Com isso, pudemos formatar o programa para incluir as competências básicas para o mercado, como relações interpessoais, auto estima e autonomia,” relata Maria Tânia Bueno, coordenadora do programa para o Estado de São Paulo.

Durante seis meses, adolescentes de baixa renda entre 14 e 18 anos, aprendem a cuidar da saúde, da aparência pessoal, recebem noções de alimentação, informática, transações comerciais, atendimento ao cliente, simulam um processo seletivo e passam dez dias vivenciando situações de trabalho em empresas de verdade. Desde 1997 o programa já formou 14 mil jovens, a um custo, bancado pelo Senac e empresas parceiras, de R$ 720 por aluno. Destes, 6.600 estão empregados.”

 

 

Prática do PET em Santa Fé do Sul

2.  No site da Prefeitura de Limeira, está registrado:

“Em Limeira, interior de São Paulo, o Programa Educação Para o Trabalho entrou, recentemente, para o orçamento do município, tornando-se política pública pela primeira vez no Brasil. Desenvolvido pelo Senac de São Paulo desde 1996, o Programa tem por objetivo capacitar adolescentes, visando sua inserção no mundo do trabalho. Durante o curso, os jovens aprendem Informática, conceitos de Saúde, Comunicação, Atendimento ao Cliente, entre outros. Ao final do programa, eles são encaminhados para um rápido estágio em empresas privadas, para que se familiarizem com o ambiente de trabalho. Desde sua implantação, o Programa Educação Para o Trabalho atendeu cerca de 35 mil jovens em todo o Estado. Estima-se que, seis meses após a conclusão do curso, 40% deles consigam ingressar no mercado de trabalho”.

 

 

3. A Tribuna Catarinenese diz:  “A regional de Santa Catarina do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) está desenvolvendo em parceria com as entidades públicas e privadas o Programa de Educação Profissional (PET). A iniciativa consiste na realização de curso preparatório na área comercial voltado aos adolescentes entre 15 e 18 anos com baixa renda, com objetivo de inserção no mercado de trabalho, graças ao patrocínio de empresas e pessoas físicas que fazem a “adoção” de adolescentes.
 
 
4. O Senac São João promove formaturas do Peti e do PET:  Na terça-feira, 4 de abril, o Senac São João da Boa Vista formou sua 16ª turma do Programa de Educação para o Trabalho (PET) e a primeira do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Ao todo, foram 134 alunos com idades entre 12 e 18 anos. O evento aconteceu na Sociedade Esportiva Sanjoanense, às 19h30, com a presença do prefeito da cidade Nélson Mancini, do gerente do Senac Luiz Afonso Fuganti Jaria, da diretora da Promoção Social Ofélia Chiari, além de outras autoridades e empresários locais.
 
 

5. Mais recentemene o Portal Setor 3  Informa:  “Mais de 120 jovens, de 15 a 24 anos, deram um novo passo rumo a sua vida profissional e ingresso no mercado de trabalho ao concluírem o Programa de Educação para o Trabalho, desenvolvido em São Paulo, numa parceria inédita entre a Coca-Cola Femsa, Senac e Governo do Estado. O programa, que visa desenvolver capacidades empreendedoras nos jovens, contou com cinco turmas que, durante seis meses, participaram de diversas atividades desenvolvidas no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, zona Sul da capital paulista. 

O Senac desenvolve o Programa de Educação para o Trabalho há cerca de 10 anos e, de acordo com Sérgio de Oliveira e Silva, técnico de Desenvolvimento Profissional da instituição, o projeto teve origem após a constatação das dificuldades que jovens tinham em ingressar e permanecer no mundo do trabalho. Até agora, a metodologia já foi transmitida para mais de 100 mil meninos e meninas. No momento estão em andamento 72 turmas no Estado de São Paulo e 41 na capital.”

 

Projeto de ecologia - Programa Educação para o Trabalho - São Carlos (SP)

6. Encontra-se também, na internet, blogs editados por alunos e professores do Programa. O blog de São Carlos (SP) por exemplo, informa: “Atento à crescente oferta para os chamados trabalhos inteligentes, o Senac aborda durante as aulas questões como percepção crítica, iniciativa, discernimento e criatividade para a busca e a geração de novas soluções.

 

 

 

 

Amostras de uma versão alternativa do PET

Em outros posts, pubicamos excertos de uma versão alternativa do Programa de Educação para o Trabalho (PET), elaborada pela GERMINAL, que não chegou a ser implementada, pelo menos na forma que é ali apresentada. Os excertos devem ser encarados como amostras do trabalho que pode ser desenvolvido pela Germinal.

A versão alternativa é composta por um Núcleo Central e por Estações de Trabalho destinadas ao tratamento de áreas específicas do Setor de Comércio e Serviços. Dela já publicamos os seguintes excertos:

  • Estrutura e Objetivos para a Versão Alternativa (extraída do Manual do Núcleo Central)
  • Amostra I: Exemplo de uma Sessão de Aprendizagem (extraído do Manual da Estação de Trabalho de Organização e Administração
  • Amostra  II: Exemplo de mais uma Sessão de Aprendizagem (extraído do Manual da Estação de Trabalho de Organização e Estética de Ambientes
  • Amostra III: Exemplo de outra Sessão de Aprendizagem (extraído do Manual da Estação de Trabalho de Saúde)  
 

Oficina de Recuperação de Áreas Degradadas

 

O material apresentado neste post refere-se a um excerto da oficina “Recuperação de Áreas Degradadas”,  do Programa Jovem Aprendiz Rural. O Programa foi desenvolvido para o SENAR, Administração Regional de São Paulo.  A Germinal Consultoria, sob supervisãso da equipe técnica do SENAR, desenvolveu todos os Manuais do Instrutor e as Cartilhas dos Alunos de 19 unidades didáticas (Oficinas e Projetos) do Programa. O excerto foi extraído do Manual do Instrutor. O presente material é uma amostra do trabalho que pode ser desenvolvido pela Germinal Consultoria.

 

Oficina de Recuperação de Áreas Degradadas

 

SESSÃO 4/7

 

Competências 

Situação de Aprendizagem 

Recursos 

Tempo 

 

Identificar matas ciliares para preservação.

 

 Recuperar matas ciliares.

 

Reflorestar e/ou recuperar áreas degradadas.

 

 

Roteiro de pesquisa em área recuperada

Cartilha do Aprendiz

20’

Reconhecimento da área reflorestada

Música Borzeguim / Cadernetas de Campo

90’

INTERVALO

15’

Expressando sentimentos

Cartilha

20’

Respondendo roteiros de pesquisa

Cartilha

40’

Iniciando projeto de recuperação de mata ciliar

Flip-chart

50’

Avaliação do dia

5’

 

A quarta sessão será realizada em uma área de mata ciliar já recuperada (ou em recuperação) por reflorestamento, previamente identificada.

 Roteiro de Pesquisa em área recuperada

Na chegada à área, reúna a turma e estimule o aprimoramento de um roteiro de pesquisa na área já recuperada ou em recuperação. Parta do seguinte esboço de roteiro, também incluído na Cartilha do Aprendiz.

 Discuta a adequação do esboço de roteiro enquanto apoio à exploração da área recuperada. Introduza as modificações indicadas pelo debate. Solicite que os aprendizes também modifiquem o roteiro em suas Cartilhas.

                              

               VARIÁVEIS

            

   RESULTADOS DA OBSERVAÇÃO

 

Condições do solo

 

Condições do ar

 

Condições do curso d’água

 

Vida animal

 

Processo utilizado

 

Espécies plantadas

 

Estágio atual de recuperação

 

 Reconhecimento da área reflorestada

Agro-Floresta - Negócios Ambientais - Reflorestamentos

Agro-Floresta – Negócios Ambientais – Reflorestamentos

Em seguida, realize o reconhecimento da área juntamente com os participantes. Desafie-os, através de perguntas provocadoras, a perceberem como a mata ciliar foi (ou está sendo) recuperada; qual o processo utilizado, que mudas foram plantadas e com quais funções ecossistêmicas.

Estimule os aprendizes a atentarem para as sensações e emoções durante o trajeto. Interrompa a visita, após 40 minutos. Solicite que ouçam a música Borzeguim (Borzeguim, música e letra de Antonio Carlos Jobim, disco Passarim, Polygram, 1987. Para a execução da música, use um aparelho de som portátil.), de Antonio Carlos Jobim. Os aprendizes podem acompanhar a audição com a leitura da letra disponível na Cartilha do Aprendiz.

  

 

Borzeguim

 

Borzeguim, deixa as fraldas ao vento
E vem dançar
E vem dançar
Hoje é sexta-feira de manhã
Hoje é sexta-feira
Deixa o mato crescer em paz
Deixa o mato crescer
Deixa o mato
Não quero fogo, quero água
(deixa o mato crescer em paz)
Não quero fogo, quero água
(deixa o mato crescer)
Hoje é sexta-feira da paixão sexta-feira santa
Todo dia é dia de perdão
Todo dia é dia santo
Todo santo dia
Ah, e vem João e vem Maria
Todo dia é dia de folia
Ah, e vem João e vem Maria
Todo dia é dia
O chão no chão
O pé na pedra
O pé no céu
Deixa o tatu-bola no lugar
Deixa a capivara atravessar
Deixa a anta cruzar o ribeirão
Deixa o índio vivo no sertão
Deixa o índio vivo nu
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa, deixa
Escuta o mato crescendo em paz
Escuta o mato crescendo
Escuta o mato
Escuta
Escuta o vento cantando no arvoredo
Passarim passarão no passaredo
Deixa a índia criar seu curumim
Vá embora daqui coisa ruim
Some logo
Vá embora
Em nome de Deus é fruta do mato
Borzeguim deixa as fraldas ao vento
E vem dançar
E vem dançar
O jacú já tá velho na fruteira
O lagarto teiú tá na soleira
Uirassu foi rever a cordilheira
Gavião grande é bicho sem fronteira
Cutucurim
Gavião-zão
Gavião-ão
Caapora do mato é capitão
Ele é dono da mata e do sertão
Caapora do mato é guardião
É vigia da mata e do sertão
(Yauaretê, Jaguaretê)
Deixa a onça viva na floresta
Deixa o peixe n’água que é uma festa
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa
Deixa
Dizem que o sertão vai virar mar
Diz que o mar vai virar sertão
Deixa o índio
Dizem que o mar vai virar sertão
Diz que o sertão vai virar mar
Deixa o índio
Deixa
Deixa

Após a audição, solicite que os participantes relacionem o que ouviram com o que observaram até então.

Dê continuidade à visita. Incentive, desde o início, que os aprendizes observem a vegetação e reconheçam espécies nativas que também se encontram na área de trabalho. Oriente-os a relacionarem as espécies coincidentes nas cadernetas de campo e ajude-os a nomeá-las quando necessário. Após a visita à área, faça a proposta de um pequeno intervalo.

Expressando sentimentos

Reúna novamente o grupo em semicírculo e solicite que cada um escreva algo na Cartilha do Aprendiz que expresse os sentimentos vivenciados durante a visita de reconhecimento à área recuperada. Quando você perceber que todos já terminaram de escrever, solicite que cada um  leia o que escreveu.

Registrando os resultados da pesquisa

Oriente os aprendizes a registrarem, usando o roteiro, os resultados da pesquisa em suas cartilhas, sistematizando os dados obtidos no decorrer da visita. Enquanto eles trabalham, você esclarece, individualmente, pontos que ficaram obscuros.

Iniciando projeto de recuperação de mata ciliar

 

 

 

CATI - Mata Ciliar

CATI – Mata Ciliar

 

Solicite aos aprendizes que se reúnam nos mesmos grupos e, a partir de dos itens listados como relevantes para a elaboração de um projeto de recuperação, retiradas do texto Recuperação de Áreas Degradadas, elaborem um projeto esquemático de plantio de mudas de mata ciliar para a área de trabalho.

 

 

Recuperação de áreas degradadas

A implantação de um programa de recuperação de uma área tem como objetivo minimizar ou eliminar os efeitos adversos decorrentes das intervenções e alterações ambientais inerentes ao processo construtivo e à operação do empreendimento, as quais são potencialmente geradoras de fenômenos indutores de impactos ambientais que manifestar-se-ão nas áreas de influência do empreendimento. Para um projeto de recuperação como este seria necessário avaliar alguns tópicos como o que seguem:

1.     A análise da(s) região (ões) fitogeográfica(s) em que estão localizadas as áreas a recuperar.

2.     Seleção, mensuração e definição do tipo de uso futuro da área a recuperar.

3.     Análise da vegetação ocorrente na região de localização das áreas a reabilitar.

4.     Análise topográfica da área a reabilitar.

5.     Análise físico-química do solo para plantio.

6.     Seleção das espécies vegetais a serem introduzidas.

7.     Aquisição/produção das mudas.

8.     Atividades de plantio.

9.     Atividades de manutenção dos plantios.

(Excerto do texto Recuperação de Áreas Degradadas, de Aparecida Rosa Ferla Salvador  e Jussara de Souza Miranda, disponível no site: http://www.sobrade.com.br/textos/trabalhos/recuperacao_de_areas_degradadas.htm, acesso em 18/01/2006.)

Para a realização do projeto, oriente os grupos para construirem um mapa da área de trabalho, incluindo a topografia do terreno, as eventuais áreas com cobertura vegetal, o curso d’água. No próprio mapa devem indicar, com números, o local e as espécies a serem plantadas.

Os participantes devem transferir estes números para a primeira coluna de uma tabela, que incluirá colunas destinadas ao registro da função ecossistêmica da espécie, assim como da relação dos cuidados necessários ao plantio e ao pós-plantio. A tabela é apresentada a seguir e também será incluída na Cartilha do Aprendiz.

 

                                     Mapa da Área

Número

Espécie

Função ecossistêmica

Cuidados necessários

Plantio

Pós-plantio 

  

 

 

 

 

  

 

 

 

 

  

 

 

 

 

  

 

 

 

 

  

 

 

 

 

  

 

 

 

 

Solicite aos grupos que não concluírem o trabalho em tempo que o façam até a próxima aula.

Avaliação

Solicite uma rápida avaliação do dia e encerre a aula.

 

 
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