Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Organização dos Serviços de Alimentos e Bebidas 31 de agosto de 2008

 

Esta é uma amostra do trabalho desenvolvido para o Projeto Trilha Jovem. O Projeto Trilha Jovem é uma inicitiva de capacitação para o turismo de jovens oriundos de famílias de baixa renda. A primeira versão do Projeto derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto Trilha Jovem, que hoje já está implementado em 10 destinos turísticos do Brasil.

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem da oficina de Organização dos Serviços de Alimentos e Bebidas (OAB), do Eixo II, do Projeto Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui

 

organização dos serviços de alimentos e bebidas (OAB)

Aula 2/5

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

Agir de acordo com a missão, visão, valores e serviços de diferentes prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e participar dessas definições estratégicas, quando solicitado.

Situar-se e agir de acordo com a posição ocupada na estrutura organizacional de diferentes prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

Identificar e descrever os processos básicos de trabalho de diferentes prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e os papéis desempenhados na execução deles.

Identificar necessidades de diferentes clientes de processos de A&B, relacionando-os com postos de trabalho.

Definir metas para satisfazer diferentes públicos.

1. Aquecendo.

Log Book.

30’

2. Planejando a pesquisa na Internet.

Relação de prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e de sites.

15’

3. Pesquisando na Internet.

Laboratório de Informática.

60’

INTERVALO

15’

4. Apresentando os resultados da pesquisa.

Tarjetas e papel metro.

60’

5. Planejando a pesquisa em campo.

Cadernetas de campo.

60’

         

 

Objetivos

1. Discutir o papel e a importância das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas no fluxo do turismo.

2. Discutir a responsabilidade dos estabelecimentos de alimentação na promoção do desenvolvimento sustentável.

3. Propor o estudo de estabelecimentos de alimentação, tendo em vista caracterizá-los enquanto organizações de prestação de serviços.

4. Promover a observação das diferenças entre os serviços oferecidos por distintas prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

5. Incentivar a investigação da visão estratégica, da estrutura organizacional, da orientação para o cliente (política de qualidade), dos processos de trabalho e de iniciativas de promoção do turismo sustentável que possam existir nas prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

6. Descrever e situar o papel dos profissionais de A&B dentro da organização e dos processos de trabalho das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

7.Promover a identificação dos clientes (internos e externos) dos setores de sala, bar e cozinha e de suas necessidades.

 

 Descrição das situações de aprendizagem

1. Aquecendo

Log Book

Com o grupo sentado em semicírculo, inicie a aula com a sua leitura do Log Book. Ao fim, escolha o redator do dia (No caso da classe de Hospedagem, apenas a leitura do Log Book).

Passe-lhe o livro, dando a mesma orientação de redação que a feita em relação ao Diário de Bordo, no Eixo I.  Ou seja, para redigir o Log Book, o responsável pelo registro deverá anotar os acontecimentos relevantes do dia em sua caderneta de campo. Após a aula do dia e antes da aula seguinte, o redator deverá organizar suas anotações e transcrevê-las para o Log Book. Só constarão do Log Book os acontecimentos cujo registro é de interesse de todo o grupo.  

No início de cada aula será reservado um tempo para a leitura do Log Book. A leitura será feita pelo próprio redator. Após a leitura, este redator terá cumprido a sua missão. Deverá, então, escolher o redator do dia de trabalho que se inicia e entregar-lhe o Log Book.

 

Dinâmica de ativação

ineedstimulation.blogspot.com

ineedstimulation.blogspot.com

 Informe que você vai iniciar a aula com um jogo: o Jogo do Abraço. Os jovens, em pé, devem organizar dois círculos concêntricos, de forma que cada participante do círculo interior fique frente a frente e cara a cara com um outro do círculo exterior (Se o número de participantes for impar, peça que um jovem faça-lhe companhia na coordenação).

Como em um jogo de par ou impar, a partir da mão direita fechada e estendida, os membros de cada dupla mostram simultaneamente 1, 2 ou 3 dedos. Em cada dupla, se ambos mostrarem um dedo, a dupla dá um aperto de mão. Se ambos mostrarem dois dedos, um toque nos ombros será o prêmio da coincidência. Se ambos mostrarem três dedos, segue-se um abraço. Se não houver coincidência de números de dedos esticados, nada acontece.

 

Terminada a primeira rodada, os membros do círculo interior movem-se para a direita até postarem-se na frente do próximo integrante do círculo exterior. O jogo recomeça. Promova tantas rodadas quantas forem necessárias para o jogo terminar em um festival de abraço.

Observação: Em geral, os grupos logo percebem que, cada um mostrando sempre três dedos, as duplas são premiadas com o abraço. Assim, a cada rodada, o número de abraços tende a aumentar.       

      

 2. Planejando a pesquisa na internet

 
 
 

 

blogrexona

Faça a composição de quatro novos grupos, com cada grupo contando com participantes de todos os grupos que foram formados na aula anterior, em painel Integrado.

Observação: No caso da classe de HPD, podem ser utilizados os grupos que funcionaram na oficina de Organização dos Serviços de Hospedagem (OHP).

Para isso, você pode fazer um sorteio ou atribuir números de 1 a quatro aos integrantes dos grupos originais, formando outros grupos com os que receberam o mesmo número.  Atribua, a cada grupo resultante, a responsabilidade pela pesquisa no site de uma das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

Antes de dar início à pesquisa, elabore um roteiro com a participação de todos e a partir dos conceitos discutidos na aula anterior. Ao final da discussão, verifique se o roteiro envolve as seguintes ações:

 

·  a caracterização e a análise do papel daquela prestadora de serviços de alimentos e bebidas no fluxo turístico como um todo (cadeia produtiva) e na promoção do desenvolvimento sustentável do turismo. Essa caracterização e análise devem possibilitar discussões posteriores com o objetivo de articular o que foi aprendido no Eixo I com a aprendizagem prevista para Eixo II;

·  estabelecer as diferenças entre os vários tipos de prestadores de serviços de alimentos e bebidas;

·  obter a informação sobre a missão, visão e valores da prestadora de serviços de alimentos e bebidas, ou inferir essas perspectivas estratégicas a partir de outras informações veiculadas pelo site;

·  relacionar os principais serviços prestados pelo estabelecimento pesquisado pelo grupo;

·  conhecer ou inferir a política de qualidade da prestadora de serviços de alimentos e bebidas, envolvendo as formas de identificação das necessidades dos clientes e os princípios de qualidade expressos ou implícitos;

·  localizar ou desenhar a estrutura organizacional, identificando como o trabalho está organizado e dividido entre todos os que trabalham na prestadora de serviços de alimentos e bebidas;

·  identificar os principais  processos empresariais existentes;

·  definir o papel de cada profissional, especialmente do cozinheiro ou lancheiro e do garçom, barman ou atendente de lanchonete;

·  identificar os clientes (internos e externos) dos profissionais e suas prováveis necessidades e expectativas. 

 

 

Observação: todo o trabalho posterior decorrerá da pesquisa orientada pela indicação das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e pelo roteiro elaborado. As aulas posteriores também dependem da adequação do roteiro e da pesquisa decorrente. Na seleção das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas a serem pesquisadas (virtual e presencialmente), é importante verificar se apresentam, no site, informações sobre a maioria dos itens do roteiro de pesquisa. Se não apresentarem todos os itens, o segundo e o terceiro item (missão e serviços prestados) são considerados os mais importantes.

 

 

3. Pesquisando na Internet

Convide o grupo para ir ao Laboratório de Informática. Oriente a pesquisa na Internet, segundo o roteiro elaborado na atividade anterior. Os grupos se subdividem em duplas que depois de coletarem as informações disponíveis, se reúnem para trocar e sistematizar o conjunto de informações, preparando uma apresentação dos resultados. As informações são transferidas para tarjetas e/ou impressas (fotos por exemplo). Os gupros devem também indicar as informações não disponíveis no site.

 

 4. Apresentando os resultados da pesquisa

Solicite que cada grupo, usando uma das paredes da sala, crie um mural sobre a prestadora de serviços de alimentos e bebidas por ele pesquisada.

mural, originally uploaded by Guilherme.atencio

Depois de organizados os murais, cada grupo faz a apresentação da organização por ele pesquisada, utilizando o mural construído como suporte.

Complemente a exposição dos grupos, se necessário, evitando adiantar as informações que poderão ser levantadas na visita programada para a aula posterior.

Finalize a atividade, estimulando a comparação entre as prestadoras de serviços de alimentos e bebidas pesquisadas.

 

 5. Planejando a pesquisa de campo

 Promova um retorno aos painéis construídos, estimulando a constatação dos vazios de informação, comparando o roteiro original e os resultados das pesquisas dos sites. Com os jovens, identifique, em relação a cada grupo, os itens do roteiro que devem ser privilegiados em uma visita à prestadora de serviços de alimentos e bebidas.

Observação: É importante investigar se existem conseqüências práticas da definição de missão, visão e valores para o funcionamento das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e, especialmente, para o trabalho de cada profissional.       

 

yesalels.blogspot.com

yesalels.blogspot.com

Solicite que cada grupo programe a visita à prestadora de serviços de alimentos e bebidas a ele designada e preveja as formas de obtenção das informações que não estavam disponíveis no site. Solicite que todos anotem a programação da visita em suas cadernetas de campo.

 

 

Observação: As prestadoras de serviços de alimentos e bebidas devem ser previamente contatadas e as visitas previamente agendadas pela CPL.

 

 

Instrumentos e critérios de avaliação

  • Roteiro de pesquisa elaborado.
  • Murais construídos.
  • Discussão sobre a diferença entre as prestadoras de serviços de alimentos e bebidas pesquisadas.
  • Programação da pesquisa em campo.

 

 

 

Trilha Jovem na Campanha “Vote Cataratas” 29 de agosto de 2008

 

 

Na Germinal, acreditamos que a aprendizagem é mais efetiva quando o educando é incitado ao engajamento em uma ação concreta, criatiava e/ou transformadora. A Germinal procura imprimir esssa marca em todos os projetos que apoia. Neste blog, você pode encontrar inúmeros exemplos desta prática e de seus resultados. A notícia que postamos a seguir, veiculada no Portal H2FOZ, mostra os alunos do Projeto Trilha Jovem envolvidos com questões relevantes da sua comundidade e do setor econômico para o qual estão sendo preparados. 

 

Para saber mais sobre o Trilha Jovem, clique aqui. Para conhecer amostras do trabalho desenvolvido pela Germinal para o Trilha Jovem, clique aqui.

 

Ponte reforça campanha “Vote Cataratas”

 

 
  A partir desta quinta-feira, dia 28, quem passar pela aduana da Ponte da Amizade, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, poderá ajudar a eleger as Cataratas do Iguaçu como uma das Novas Sete Novas Maravilhas da Natureza. Às 9 horas, a campanha “Vote Cataratas do Iguaçu – Esta maravilha é nossa” ganhará um novo reforço com a inauguração de mais dois pontos de votação em um quiosque instalado na alfândega.  A solenidade contará com a presença de representantes do trade turístico da região, da Receita Federal, do Conselho e da Secretaria Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu, do Parque Nacional do Iguaçu e da Itaipu. Apenas na aduana, por onde circulam cerca de 4 mil pessoas diariamente, os promotores da campanha esperam receber mais de 60 mil votos até o fim de dezembro.  Para facilitar a votação, os novos quiosques se somam aos que já estão instalados no Parque Nacional do Iguaçu (nos lados brasileiro e argentino), no Centro de Recepção de Visitantes da Itaipu e no Cataratas JL Shopping. Há, ainda, um terminal itinerante que é levado a diversos eventos em Foz do Iguaçu. 

 

Em cada ponto de votação, integrantes do Projeto Trilha Jovem – realizado pelo Instituto Pólo Internacional Iguassu, com o apoio do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) – orientam turistas e moradores sobre os procedimentos para votação e a importância da campanha para a cidade.

 

Terceira no ranking
Nesta quarta-feira, dia 27, as Cataratas do Iguaçu, Patrimônio da Humanidade e segundo destino turístico mais visitado do Brasil, ocupavam a terceira posição na votação, a melhor que já alcançou até o momento. A atração brasileira e argentina concorre com centenas de outros paraísos naturais, de todos os continentes. À frente da “Iguazu Falls” estão apenas a praia de Cox’s Bazar, em Bangladesh, e a Floresta Sundarbans, de Índia e Bangladesh. A competição é organizada pela ONG suíça New Seven Wonders. 

 

As cataratas precisam terminar a primeira fase da eleição, que se encerra no dia 31 de dezembro deste ano, entre as 21 primeiras colocadas. Elas se classificarão para uma espécie de “segundo turno”, em 2009. O resultado final sairá em 2010. Para votar nas cataratas, basta acessar o site www.votecataratas.com e seguir a orientação. 

 

Projeto Trilha Jovem – 2007 27 de agosto de 2008

 

O vídeo postado a seguir se refere a uma turma do Trilha Jovem, de Salvador, em 2oo7. Para saber mais sobre o Projeto Trilha Jovem, clique aqui. Para amostras do trabalho desenvolvido pela Germinal para o Projeto Trilha Jovem, clique aqui.

 

 

Capacitação de Multiplicadores de Programa de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor do Turismo – Plano de curso 26 de agosto de 2008

O material apresentado neste post refere-se à estrutura de um programa de Capacitação de Multiplicadores, elaborado pela Germinal para o Instituto de Hospitalidade. Posteriormente, serão publicados dois exemplos de sessões de aprendizagem, com a descrição detalhada do seu desenvolvimento.

 

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 Apresentação

 

O Curso de Capacitação de Multiplicadores objetiva formar educadores capazes de operar com o Programa de Certificação da Qualidade Profissional e disseminá-lo. O Programa de Certificação é mantido pelo Sistema Brasileiro de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo, através do Instituto da Hospitalidade (BA). Foi desenvolvido para avaliar, desenvolver e certificar a competência prática de pessoas no trabalho. Visa melhorar a qualidade dos serviços e aumentar a competitividade do setor. Está fundado em uma perspectiva de desenvolvimento sustentável do turismo.

 

A Capacitação de Multiplicadores estimula e prepara para a utilização (em ações educativas) das Normas Nacionais, das Orientações para Aprendizagem e Processo de Avaliação e Certificação de profissionais desenvolvidos pelo Programa de Certificação.

 

O Curso é destinado a supervisores de primeira linha e a profissionais de nível gerencial do Setor de Turismo, responsáveis pelo desenvolvimento de uma equipe de trabalho. Atende também egressos de cursos de nível técnico e de nível superior na área de Turismo e Hotelaria, interessados em uma especialização em avaliação e educação profissional. É apropriado para professores universitários ou de educação profissional e para consultores envolvidos na tarefa de desenvolvimento de recursos humanos, na empresa e/ou na escola.

 

O Curso de Capacitação de Multiplicadores está fundamentado em instrumentos do Programa de Certificação da Qualidade Profissional. Baseia-se na Norma Nacional (NIH-43: 2001) e nas Orientações de Aprendizagem (OA-NIH-43: 2001) formuladas para a certificação e a educação profissional do Instrutor da Qualidade Profissional no Local de Trabalho. Leva em consideração a Norma Nacional (NIH-42: 2001) e as Orientações de Aprendizagem (AO-NIH-42) formuladas para o Instrutor da Qualidade Profissional no Meio Educacional. Utiliza ainda, como referência, uma Metodologia de Desenvolvimento de Competências no Trabalho, desenvolvida pelo Instituto de Hospitalidade (MDCT/IH: 2002).

 

Ao usar essas referências, o Curso de Capacitação de Multiplicadores facilita aos participantes a certificação como Instrutor da Qualidade Profissional. Possibilita, também, que os participantes atuem como consultores no desenvolvimento da qualidade profissional e estimuladores de processos de melhoria da qualidade e de promoção da excelência em serviços nas organizações em que atuam ou prestam serviços.

 

 

 

Perfil Profissional de Conclusão

 

Mondrian - Tableau nº 2 / Composition nº V

Mondrian - Tableau nº 2 / Composition nº V

O Multiplicador do Programa de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo terá um perfil profissional similar ao do Instrutor da Qualidade Profissional, com ênfase no perfil do Instrutor que Atua no Local de Trabalho. Deverá demonstrar, ao final do curso, as seguintes competências extraídas dos resultados previstos para os Instrutores da Qualidade Profissional nas Normas Nacionais do Programa de Certificação:

 

            Elaborar programas de capacitação de profissionais – o que pode incluir diagnosticar necessidades do ambiente de trabalho e defasagem de capacitação; identificar aspectos da cultura organizacional e competências necessárias para o aprimoramento profissional de indivíduos e de grupos; identificar oportunidades de desenvolvimento das pessoas e de seus potenciais; identificar evidências no mercado e necessidades de melhoria profissional; propor ações e meios de aprendizagem;

 

            Promover ações de capacitação no trabalho – o que pode incluir sensibilizar e mobilizar pessoas e grupos para a aprendizagem; viabilizar estratégias e logística para capacitação; sugerir métodos, recursos e ambientes dentro da educação flexível; participar da elaboração de programa de capacitação no trabalho; promover a formação de substitutos e de novos integrantes; estimular a capacidade crítica e criativa; identificar critério e indicador de mensuração de resultados; estimular o autodesenvolvimento e a evolução profissional; estimular a criatividade para solução de problemas;

 

            Estimular melhorias dos padrões de qualidade – o que pode incluir buscar referências de padrões de qualidade de produtos e serviços e de desempenho profissional; estimular a percepção sobre o estágio de desenvolvimento e possibilidades de crescimento, promover o desempenho profissional dentro dos padrões estabelecidos; estimular melhorias contínuas em ambientes de trabalho;

 

            Acompanhar e mensurar resultados – o que pode incluir analisar indicadores de desempenho dos programas de capacitação, índices de qualidade e produtividade, indicadores do grau de satisfação do cliente;

 

            Comunicar-se eficientemente – o que pode incluir comunicar-se de forma objetiva; certificar-se de que a informação foi compreendida; utilizar os termos mais usuais do conteúdo apresentado;

 

            Disseminar a ética e a postura profissional – o que pode incluir preservar a segurança e bem estar dos participantes; manter discrição com informações e situações; lidar com situações constrangedoras; informar sobre comportamentos éticos e posturas profissionais;

 

            Atuar como multiplicador da qualidade profissional pelo processo de certificação por competência – o que pode incluir divulgar a importância da certificação por competência; sensibilizar e motivar para o desenvolvimento de competências; acompanhar tendência de mercado em relação à qualificação profissional; utilizar as normas do Sistema Brasileiro de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo e as respectivas orientações para aprendizagem; sinalizar ao IH e outras instituições competentes as alterações para revisão das Normas Nacionais;

 

            Valorizar o turismo e a qualidade profissional – o que pode incluir informar sobre a importância e o impacto do turismo no desenvolvimento local e da comunidade; valorizar o papel do profissional neste contexto; valorizar a ação integrada e o impacto de serviço para a satisfação do cliente; identificar e manter redes de contato; preservar identidade cultural e recurso ambiental; divulgar referências de destaque no turismo; divulgar a cultura da hospitalidade e de sistemas de gestão da qualidade.

 

            Atuar como formador de opinião e articulador entre os agentes presentes na sociedade – o que pode incluir participar de propostas e envolver a participação de instituições de ensino, governo, empresários, trabalhadores e comunidade; divulgar experiências significativas; articular com segmentos do turismo em ação integrada.

 

 

Gráfico da Distribuição das Competências pelas Sessões de Aprendizagem

 

A tabela a seguir mostra a distribuição do trabalho de constituição de competências específicas entre as sessões de aprendizagem. Estão previstas 10 sessões de aprendizagem, com a duração de 4 horas cada uma.

 

 

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA

 

SESSÃO

 

1

 

2

 

3

 

4

 

5

 

6

 

7

 

8

 

9

 

10

Discutir, tomar posição e agir coerentemente em relação aos problemas, necessidades e alternativas de desenvolvimento do turismo brasileiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Traduzir as atuais e potenciais demandas dos clientes de serviços turísticos em requisitos de atendimento e de prestação de serviço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Traduzir os requisitos de atendimento e de prestação de serviços em necessidades de qualidade e de desenvolvimento profissional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Identificar necessidades de desenvolvimento profissional, decorrentes de uma cultura organizacional específica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apoiar a auto-avaliação dos profissionais como forma de conscientização sobre padrões de qualidade profissional, carências e potencialidades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Construir o perfil de competências da equipe de profissionais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estabelecer metas e firmar compromissos de aprendizagem, individuais e grupais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Identificar oportunidades de desenvolvimento das pessoas no ambiente de trabalho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Selecionar, as estratégias e processos de constituição e desenvolvimento de competências.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elaborar, executar e avaliar o Plano de Desenvolvimento de Competências no Trabalho (PDCT).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elaborar planos detalhados para situações de aprendizagem, formais ou em serviço,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Selecionar e prover subsídios variados, adequados a diferentes necessidades de aprendizagem dos profissionais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Atuar como mediador da situação de aprendizagem em processos de constituição e desenvolvimento de competências.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acompanhar e avaliar continuamente os processos de capacitação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apontar os efeitos do processo de capacitação na melhoria da qualidade dos serviços e na satisfação dos clientes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apontar, aos responsáveis, outras condições que interferem diretamente na qualidade dos serviços prestados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estimular a definição conjunta de novos padrões e metas de resultados mais desafiadores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Construir e utilizar estratégias para valorizar e marcar sempre a evolução e os ganhos de qualidade profissional obtidos pela equipe.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Planejar e encaminhar o processo de certificação, programando todas as ações requeridas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Propor estratégias de difusão do Programa de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Indicações Metodológicas

 

Alice Bodanzky, Frank Baral, Isabel Adler - Metodologia Visual - madeira e metal
A.Bodanzky, F.Baral, I.Adler, Metodologia Visual – madeira e metal

Para o desenvolvimento do Curso de Multiplicadores do Programa de Certificação da Qualidade Profissional serão adotadas, sempre que possível, as seguintes indicações metodológicas:

 

     Atividades, desafios e problemas

Toda situação de aprendizagem partirá de uma atividade, desafio ou problema que o coordenador (orientador de aprendizagem, monitor, instrutor) irá propor a pequenos grupos ou ao grupo total de participantes. Tais atividades, problemas ou desafios devem estar relacionados às competências a serem constituídas.

 

      Pesquisa e busca individual e coletiva de desenvolvimento

As atividades, os desafios e os problemas desencadearão a troca e a busca individual e coletiva dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à constituição das competências. Assim, a constituição das competências ocorrerá no mesmo e sinérgico movimento de construção dos conhecimentos, de aquisição das habilidades e apropriação das atitudes.

 

Referências e experiências dos educandos

As atividades, problemas e desafios propiciarão uma mobilização e atualização dos conhecimentos, habilidades e atitudes já presentes no educando ou no grupo. Suscitarão a troca e o compartilhar dos saberes já presentes no grupo de educandos. Na situação grupal, a troca antecederá ou, pelo menos, será simultânea à busca e à construção de conhecimentos, habilidades e atitudes novas e distantes da experiência grupal.

 

Vivências de situações reais

A troca, o compartilhar, a busca e/ou a pesquisa suscitada a partir das atividades, dos desafios e dos problemas propostos pelo coordenador, sempre que possível, envolverão o grupo ou o indivíduo em processo de aprendizagem em situações reais do cotidiano profissional do instrutor ou multiplicador. Neste sentido, o ambiente mais propício para enfrentar o desafio ou para solucionar o problema proposto é o próprio local de trabalho onde as competências em constituição são requeridas.

 

Utilização do princípio da simetria invertida

Os Multiplicadores serão desenvolvidos no mesmo ambiente e na mesma situação em que irão exercer muitas das competências que serão constituídas: o ambiente e a situação de aprendizagem. Assim, todas as vivências no ambiente de aprendizagem ou dele decorrentes (mesmo as falhas do coordenador) serão utilizadas como oportunidade de aprendizagem.

 

Diferenciação das situações

A competência revela-se na capacidade de fazer frente a situações não usuais e inesperadas do cotidiano profissional. Então, o próprio ambiente de aprendizagem será variado e estimulante. Ao enfrentar o desafio ou solucionar o problema, os grupos e os participantes individualmente defrontar-se-ão com ambientes diferentes e situações inusitadas.

 

Explicitação dos resultados

Para cada atividade, problema ou desafio proposto, os resultados a serem obtidos devem ser claramente explícitos. As situações de aprendizagem devem claramente facilitar os resultados esperados. Tais resultados devem ser, ainda, claramente referenciados às competências a serem constituídas.

 

Situações contínuas de auto-avaliação

O desenho dos processos individuais e grupais de constituição das competências deve prever contínuas situações de auto-avaliação. Tais situações devem ser individuais e/ou coletivas em função da natureza do desafio ou do problema proposto. Os resultados claramente definidos de início e sempre referenciados às competências a serem constituídas orientarão essas situações de auto-avaliação.

 

Autonomia e espírito de equipe

As situações de aprendizagem suscitadas pelas atividades e pelos problemas e desafios, sempre que possível, combinarão momentos de trabalho individual e momentos em trabalho em equipe. Em uma situação ou outra, no entanto, a autonomia na busca da aprendizagem e a busca coletiva de soluções sempre serão estimuladas.

 

Estímulo a soluções criativas

Seja na proposta da atividade, do problema ou do desafio, seja na definição dos resultados, seja no desenho das situações de aprendizagem, o trabalho sempre será orientado para a busca de soluções criativas, entendidas como a procura de novos, mais produtivos e encantadores modos de prestação de serviços.

 

 

Organização do Programa

 

Paul Klee - Remembrance of a Garden
Paul Klee – Remembrance of a Garden

O Curso de Capacitação de Multiplicadores do Programa de Certificação da Qualidade Profissional será desenvolvido em duas etapas. A primeira parte será a distância e consistirá em um trabalho de leitura individual de textos de referência. A segunda parte será presencial, com a duração de 40 horas, em grupos de 15 a 30 participantes.

 

 

Conteúdo da Primeira Etapa (a distância)

 

Informações Básicas sobre Turismo.

 

Informações Básicas sobre o Programa de Certificação da Qualidade Profissional.

 

Observação: A orientação para o desenvolvimento dessa primeira parte encontra-se em documento à parte.

 

 

Organização da Parte Presencial do Curso

 

A parte presencial do Programa está organizada em 10 sessões aprendizagem, com a duração de 4 horas cada uma. O trabalho em torno das competências está assim dividido:

 

Sessões 1: Capacitação Profissional no Setor de Turismo

 

Sessão 2: Capacitação e Certificação Profissional para o Setor de Turismo.

 

Sessão 3: Diagnóstico da Qualidade Profissional

 

Sessão 4: Iniciando o Planejamento da Constituição e Desenvolvimento de Competências

 

Sessão 5: Planejamento da Constituição e Desenvolvimento de Competências (PDCT)

 

Sessão 6: Planejamento de Sessões Grupais e do Treinamento no Posto de Trabalho.

 

Sessão 7: Mediação de Sessões Formais

 

Sessão 8: Mediação da Aprendizagem e Melhoria da Qualidade

 

Sessão 9: Mediação e Avaliação do Treinamento no Posto de Trabalho

 

Sessão 10: Estratégias de Multiplicação do Programa de Certificação da Qualidade Profissional

 

 

“Jovem Aprendiz Rural” trabalha empreendedorismo e valoriza alunos da zona rural 25 de agosto de 2008

 

O site da Prefeitura de ITATIBA, divulga uma notícia sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural, que reproduzimos a seguir.  Para saber mais sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural e sobre a participação da Germinal no design e implementação do Programa, clique aqui. Para saber mais sobre o Projeto Articulador “Tornar uma área produtiva de forma sustentável”, clique aqui.

As aulas são aplicadas pelo professor Antonio José Armênio e pela engenheira agrônoma Clara Geromel.

 

Exercer o empreendedorismo e valorizar o trabalho no campo em adolescentes de escolas rurais da rede municipal de ensino. Esses são alguns dos principais objetivos do Projeto “Jovem Aprendiz Rural”, uma realização da Prefeitura de Itatiba por meio da Secretaria da Educação, em parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), com o apoio da Casa da Agricultura.

 

O projeto é realizado na EMEF “Sebastião de Camargo Pires”, no Bairro dos Pires, e atende 30 alunos de várias escolas da rede municipal, filhos de proprietários e funcionários de sítios ou fazendas. “O programa destina-se ao desenvolvimento das competências básicas necessárias a todo tipo de trabalho no campo, estimulando o nascimento de novos empreendedores”, explica a coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria Municipal da Educação, Creusa Segatto Cordery.

 

O “Jovem Aprendiz Rural” consiste em um curso de 600 horas, equivalentes a 150 dias letivos. Os participantes aprendem noções e técnicas de pecuária e agricultura, ética e cidadania, monitoramento da saúde de pequenos animais, e a trabalhar com planilha de custos e vendas. “O curso proporciona ao aprendiz uma educação profissional básica para atividades produtivas no meio rural”, enfatiza Creusa. As aulas são aplicadas pelo professor Antonio José Armênio e pela engenheira agrônoma Clara Geromel.

 

Engenho D’Água, Bairro dos Pires e Champirra. “O Jovem Aprendiz Rural possibilitou que esses alunos tivessem contato com uma área bem grande disponível para plantio de árvores frutíferas, mata nativa, hortaliças e flores”, conta Creusa. “Serão desenvolvidas nos alunos competências requeridas para um profissional criador de pequenas aves”, complementa. Entre as atividades programadas para este ano estão visitas a propriedades produtoras de hortaliças, apiários, turismo rural, feira de agronegócios, entre outras.

 

Creusa Cordery informa também que a aprendizagem durante o projeto acontece de forma organizada, de modo que os desafios e problemas pessoais surjam no ambiente do curso de maneira semelhante a como aparecem na vida, na sociedade e no trabalho. “São desenvolvidos os eixos de competências básicas para o trabalho, competências gerais para o trabalho rural e competências para o empreendedorismo, destacando-se como projeto profissional tecnologia da informação, trabalho em equipe, atendimento ao cliente, promoção da saúde, ação comunitária, ética e cidadania, oficina de manutenção de propriedades agrícolas, oficina de recuperação de áreas degradadas, marketing e comercialização, gestão de RH e empreendimento agrícola”.

 

A metodologia tem a aprovação dos alunos. “Eu uso o que aprendi no Jovem Aprendiz Rural no meu dia-a-dia. Esse programa é uma maneira de ocupar a mente com coisas boas. Espero que a turma que está participando este ano aproveite bastante o curso, pois quando ele terminar, deixará saudades”, disse a aluna Roseane da Cruz Silva, que fez parte da turma de 2007.

 

O curso é realizado em horário contrário às aulas do ensino regular, de segunda a sexta-feira, no período entre 13h30 e 17h30. Os participantes recebem almoço e lanche da tarde, oferecidos pelo SENAR, com apoio da empresa JVS e do restaurante A Palhoça. O transporte e o fornecimento de insumos agrícolas, implementos, ferramentas e animais, são de responsabilidade da Prefeitura.

 

Reflexões em torno do desenho de uma Oficina de Apresentação Pessoal 21 de agosto de 2008

Introdução Poética

 

 “O Que Eu Adoro em ti,

Não é a tua beleza.

A beleza, é em nós que ela existe.

 

A beleza é um conceito.

E a beleza é triste.

Não é triste em si,

Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

 

O que eu adoro em ti,

Não é a tua inteligência.

Não é o teu espírito sutil,

Tão ágil, tão luminoso,

– Ave solta no céu matinal da montanha.

Nem é a tua ciência

Do coração dos homens e das coisas.

 

O que eu adoro em ti,

Não é a tua graça musical,

Sucessiva e renovada a cada momento,

Graça aérea como o teu próprio pensamento.

Graça que perturba e que satisfaz.

 

O que eu adoro em ti,

Não é a mãe que já perdi.

Não é a irmã que já perdi.

E meu pai.

 

O que eu adoro em tua natureza,

Não é o profundo instinto maternal

Em teu flanco aberto como uma ferida.

Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.

O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!

O que eu adoro em ti, é a vida”

 

(Manoel Bandeira, Madrigal Melancólico. In: Poesia Completa e Prosa / O Ritmo Dissoluto. Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, 1995, p.189)

 

 

 

 

Uma outra introdução. Depois segue o poema…

 

Coordenando muitas turmas e um curso de capacitação para docentes de um Programa Educação para o Trabalho, repeti, sistematicamente, um exercício. Pedia aos participantes que representassem, sem falar, “O Caminho do Programa”.

The Dream - Pablo Picasso

The Drean - Pablo Picasso

Na encenação, as transformações nos adolescentes participantes deveriam ser evidenciadas na medida em que o Programa fosse sendo “desenvolvido”.

 

Invariavelmente, mudanças na apresentação pessoal eram utilizadas como indicação das transformações que o Programa objetivava. Em geral, as cenas tinham uma determinada configuração. No início do Programa, os adolescentes estavam desarrumados, despenteados e desleixados e o concluíam “bem arrumados”, ou seja, vestidos e penteados segundo os padrões socialmente aceitos como adequados.

 

Era também muito comum a forma utilizada pelo docente para a obtenção da transformação. Ou o docente demonstrava o que era um vestir correto (colocar a camisa para dentro das calças, abotoar a camisa, etc.) ou ele mesmo arrumava a roupa do adolescente.

 

Uma coisa e outra propiciavam uma interessante discussão a respeito dos objetivos e metodologia do Programa. A imagem mais freqüente e concreta do percurso do Programa estava intimamente relacionada ao conteúdo de uma Oficina de Apresentação Pessoal.

 

 Pode-se dizer que as opções em torno da apresentação pessoal são paradigmáticas na objetivação da proposta de um Programa Educação para o Trabalho. É aqui que ele diz a que veio.

 

 

Poster do filme Basquiat - tatianegodoy.files.wordpress.com
Poster do filme Basquiat – tatianegodoy.files.wordpress.com

De um lado, estou face a um ser que se apresenta como fruto de sua classe social, de sua faixa etária, de seu grupo, de sua tribo, de sua incerteza, de sua ignorância, de seu saber, de suas convicções, de seu operar sobre suas próprias circunstâncias…

 

De outro lado, percebo e conheço (ou penso conhecer) os limites e as exigências do mercado de trabalho. Devo aproximar as distâncias? E, se devo, em que sentido e como agir? 

 

 Na formulação de um Programa de Educação para o Trabalho, clarear a proposta de apresentação pessoal é fundamental na transparência da proposta do próprio Programa.

 

 

 

 

Agora, seguindo o poema…

 

O poema de Manoel Bandeira intriga pelo que ele pode dizer a respeito de uma proposta para uma Oficina de Apresentação Pessoal. Como motivo do “adoro em ti”, o poema descarta, em primeiro, o da beleza. Contrapõe, também logo de princípio, a beleza que se mostra, a que se apresenta, com a interior e diz: “a beleza é em nós que ela existe”.

 

 

Marina Fedorova - In front of shop windows

Marina Fedorova - In front of shop windows

De um lado, está posta a beleza que de pronto se mostra ou que se busca no externo ou que se produz por fora. Uma apresentação pessoal, uma estética, que depende de uma intervenção externa sobre o vestir, o pentear, o cuidar da pele, o aparecer e o mostrar-se para o outro…Uma apresentação pessoal que depende de um saber, de um conjunto de formas determinadas pelos profissionais e agentes culturais da Moda e Beleza. Uma estética do trabalho aplicada à exterioridade dos corpos e determinada por regras das organizações (poder), em relação às quais cabe a submissão, a adaptação, o desvio, o embuste ou a recusa.

 

Marc Chagall, The Three Candles

Marc Chagall, The Three Candles

 De outro lado, a beleza interior, a beleza pura. A aparência pessoal enquanto reflexo de uma individualidade ou de uma identidade que se expressa. Forma e conteúdo integrados. A forma como dependente e reflexo do conteúdo.

Mudanças na apresentação pessoal são correlativas de mudanças no ser. Interferir na apresentação pessoal implica em um trabalho com a identidade dos participantes.

 

Face a essas duas visões de beleza, qual o caminho do trabalho educativo? Ajustar e moldar os adolescentes ao saber e regras de apresentação pessoal dominantes? Isso parece ser possível e corresponde à primeira perspectiva de beleza e, por extensão, de apresentação pessoal. Mas, dentro da segunda perspectiva de beleza, tal proposta implica em ajustá-los como pessoas ao contexto do trabalho, tal como ele está hoje posto. Isso é válido? Quais as alternativas?

 

 Incentivar a contestação e a rebeldia? Mantenha sempre o seu estilo, ou o da sua classe, ou o de seu grupo ou o de sua tribo. Seja você mesmo!

 

 Pregar o disfarce, o embuste? Seja um ator!  Assuma a roupa e aparência do personagem que você vai representar. Isso é um jogo! Jogue você também!

 

 Ou trabalhar com a identidade: esperar que o amadurecimento traga a percepção de que é sábio adaptar-se. Ou facilitar a percepção que toda alternativa têm um custo e exige uma escolha? Apresentar todas as alternativas e deixar a opção a cada qual?

 

 

 Apresentação Pessoal é só um Conceito…

Pablo Picasso - Young Girl Struck by Sadness
Pablo Picasso – Young Girl Struck by Sadness

O poema de Bandeira diz: “A beleza é um conceito”. E afirma ainda que a beleza é triste pelo que tem de fragilidade e incerteza. O conceito de beleza muda e ela mesma é transitória. O saber sobre a beleza muda em função, inclusive, dos interesses da indústria da moda.

 

No tempo, mudam também as regras organizacionais que definem o que é uma apresentação pessoal adequada. Por outro lado, tais regras variam de acordo com os ambientes e as circunstâncias. É frágil e incerto centrar-se todo um programa educativo em um saber tão mutável e em regras tão variáveis.

 

É frágil centrar o conteúdo da Oficina de Apresentação Pessoal sobre o saber da Moda e da Beleza. Mais incerto ainda é apoiá-lo sobre as regras organizacionais estabelecidas de apresentação pessoal. Isso é mais verdade se o saber e as regras forem restritos apenas aos que prescrevem o vestir, o pentear, o maquiar, o comportamento à mesa de refeição…

 

No poema, ao descartar a beleza, Manoel Bandeira enumera um conjunto de outros motivos de adoração e de encantamento: a inteligência; o espírito sutil, ágil e luminoso; a ciência do coração dos homens e das coisas; a graça musical, sempre renovada, que perturba e satisfaz; o profundo instinto maternal; a pureza, a impureza…

 

No desenho da Oficina de Apresentação Pessoal, esta também foi uma primeira opção pensada: a ampliação. Usar a idéia de estilo pessoal e, ao fazê-lo, ampliar tal concepção para além da roupa e do arrumar-se. Incluir, nessa ampliação, um variado leque de formas de apresentar-se: a postura corporal (a graça…), o uso da voz, a letra e a forma de escrever, o uso da norma culta, a face que se expressa…

 

Assim como no poema, por esse caminho também não se alcança um motivo adequado para Oficina. No mínimo, na base do conjunto das formas de apresentar-se ainda permanece a discussão já posta (aparência pessoal x ser essencial). Corre-se o risco de ampliar ainda mais a representação como forma de escamotear a opção de fundo.

 

 

 

 As alternativas de desenho

 

 Não se trata mais de formas determinadas, como no saber, nem de regras coercitivas, como no poder: trata-se de regras facultativas que produzem a existência como obra de arte, regras ao mesmo tempo éticas e estéticas que constituem modos de existência e ou estilos de vida (Deleuze, Gilles, Conversações, Rio de Janeiro, Editora 34, 1992, p.123).

 

 

 Para superar o dilema é preciso negá-lo. A superfície não se contrapõe à profundidade.

 

 Em uma primeira possibilidade, no âmbito do saber, em vez de beleza pura ou beleza aparente, ambas ou nenhuma. Ver a possibilidade de participar e ver-se como participante do movimento de construção do conceito e do saber. Trata-se de fugir das formas determinadas do saber da Moda e da Beleza, entendendo a origem e os mecanismos de sua produção. Fugir através do vislumbre e da experimentação da possibilidade de produção autônoma, singular ou coletiva, dessas formas. Ou dito de outro modo, fugir através da experimentação da capacidade e da competência de produzir Moda e Beleza.

 

 Na segunda possibilidade, em relação às regras organizacionais que definem a apresentação pessoal adequada, o mecanismo de superação do dilema (meu estilo x normas organizacionais) não pode ser similar. Na organização, ela como um todo, ou segmentos organizacionais específicos, ou um pequeno chefe definem a apresentação pessoal adequada.

 

É bom notar que isso não tem, necessariamente, nada a ver com as formas determinadas do saber de Moda e Beleza. A apresentação pessoal exigida é um exercício de poder que utiliza mas pode perfeitamente prescindir do saber estabelecido. E, é um exercício sutil de poder. Em uma organização cinzenta, mesmo o terno que ousa imprimir algum colorido pode ser discriminado.

 

 Ao poder só existem as alternativas de submeter-se a ele, de detê-lo, de fugir dele ou de exercê-lo. Aqui, não existe uma estética e não se trata de construir um outro poder. No fugir e no deter, o saber produzir Moda e Beleza pode facilitar uma forma de resistência. Para tanto, esse saber deve ser estratégico, ou seja: utilizado para “incitar, induzir, desviar, facilitar ou dificultar, ampliar ou limitar, tornar mais ou menos provável…”.

 

Essas ações sobre as ações organizacionais não configuram uma guerra ou uma fuga definitiva. São procedimentos de guerrilha contra as regras coercitivas da apresentação pessoal e da submissão dos corpos. Na medida em que o poder está sempre se reconstituindo, esta é uma batalha sem fim. Restariam então, como alternativas, a submissão ou a luta incessante.

 

Pablo Picasso - Two Women Running on the beach
Pablo Picasso – Two Women Running on the beach

Existe, no entanto, ainda uma terceira possibilidade. É aquela que transcende o mero estilo pessoal. O poema de Bandeira já a anunciava: “o que eu adoro em ti é a vida”. Foge-se do dilema criando um por fora das formas estabelecidas e da relação de forças.

 

“Não é mais o domínio das regras codificadas do saber (relação entre formas), nem o das regras coercitivas do poder (relação da força com outras forças), são regras de algum modo facultativas (relação a si): o melhor será aquele que exercer um poder sobre si mesmo. É isto a subjetivação: dar uma curvatura à linha, fazer com que ela retorne a si mesmo, ou que a força afete a si mesma. Teremos então os meios de viver o que de outra forma seria invivível” (Deleuze, op. cit, p.141).

 

A terceira possibilidade aponta para estimular os participantes na inserção em um processo de subjetivação: uma construção ética e estética de um modo de existência ou de um estilo de vida, o que é diferente da construção de um estilo pessoal. É a invenção de novas possibilidades, novos modos de existência. Um envolver-se apaixonado na criação de uma obra de arte: a própria vida.

 

Como conclusão, um concerto em si maior (em três movimentos)

 

 

 

 

“Que a vida de cada qual seja um projeto de casa.

Seco, o projeto agride o olho da gente no papel,

Porém quando a casa se agarra no lombo da terra,

Ela se amiga num átimo com tudo o que enxerga em volta,

Se adoça, perde a solidão que tinha no projeto,

Se relaciona com a existência, um homem vive nela,

E ela brilha da força do indivíduo e o glorifica.

 

(…)

 

Eu trago na vontade todo o futuro traçado!

Não turtuveio mais nem gesto meu para indeciso!

Passam por mim pampeiros de ambições e de conquistas,

Chove tortura, estrala o mal, serenateia a alegria,

Futuro está gravado em pedra e não se apaga mais!

Por isso é que o imprevisto é para mim mais imprevisto,

Guardo na sensação o medo ágil da infância,

Eu sei me rir! eu sei me lastimar com ingenuidade!”

 

 

Mário de Andrade, Louvação Matinal, in: Andrade, Mário de,  Poesias Completas, Livraria Martins Editora, São Paulo, 1974, p. 194.

 

 

 

 

Como conclusão prática da reflexão anterior, uma Oficina de Apresentação Pessoal, pode ser estruturada em três movimentos.

 

 

anadejavu.blogspot.com

anadejavu.blogspot.com

 

 

 

O primeiro movimento, abarcará o domínio das formas estruturadas do saber. Trata-se de desvendar o modo de construção do saber dominante sobre o tema, em contraposição ao saber do grupo de participantes, em um primeiro tempo. Esse desvendar será o mais amplo possível. Não basta pensar a Apresentação Pessoal como algo restrito ao vestir. As múltiplas formas do apresentar-se devem ser focadas. Os universos de saber dominantes da estética e expressão facial, da escrita (norma culta) e da caligrafia, do gesto e da expressão corporal, da fala e do tom e colocação da voz…podem ser explorados. Nesse mesmo tempo, os profissionais que trabalham com esses universos podem se identificados e caracterizados.

 

 

 

Em um segundo movimento e no primeiro tempo dele, caracterizar o poder e as regras coercitivas

vidaemsociedade.wordpress

vidaemsociedade.wordpress

em relação ao campo (Apresentação Pessoal, Moda e Beleza). Perceber o poder como relação de forças. Como algo que não tem um foco, algo que circula. Algo que não é só definido pela direção das organizações que podem ou não impor uma “estética do trabalho”. As normas coercitivas circulam pela organização como um todo e não estão necessariamente explícitas. É necessário extraí-las da cultura organizacional em ato. Em um segundo tempo, desenvolver projetos de ajustes específicos, de linhas de fuga ou de esquiva (centradas no saber antes desenvolvido) é um exercício importante para a percepção dos limites e possibilidades objetivas de transformação. Experimentar criações nos domínios da Apresentação Pessoal, Moda e Beleza. Perceber e testar as possibilidades criativas e os limites do campo.

 

 

 

bonsai flamboyant

bonsai flamboyant

 O terceiro movimento tratará de incentivar a inserção de cada um e do grupo como um todo em um processo de subjetivação. Logo de início procurará identificar regras éticas e estéticas que configurem, ao longo da vida, um modo de existir no trabalho e um modo de viver o trabalho que seja apaixonante. Tais regras poderão abarcar o amplo leque das formas de apresentar-se, antes referidos, mas não devem ficar restritas a elas. Em um segundo tempo, do amplo conjunto de regras explorado, cabe uma escolha e uma escolha individual (regras facultativas). Tal escolha deverá contribuir para uma ampla revisão e ampliação dos planos de desenvolvimento pessoal e profissional, implícitos ou explícitos.

  

 

Proyecto Trilha Jovem (Sendero Joven) beneficia jóvenes de comunidades carenciadas 20 de agosto de 2008

Filed under: Trilha jovem — José Antonio Küller @ 8:35 pm
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La Presidente de Embratur (“Instituto Brasileño de Turismo”), Jeanine Pires, estuvo el 12 de julio, en el centro universitario Augusto Motta, Río de Janeiro, para la ceremonia de egreso del primer grupo del proyecto Trilha Joven (Sendero Joven), que contó con la participación la Ministra del Turismo, Marta Suplicy. El proyecto es un curso de capacitación desarrollado por el Ministerio de Turismo en conjunto con el Instituto de Hospitalidad y ejecutado en Río por el Sindicado de Hoteles y Restaurantes (SindRio), con enfoque en hotelería, alimentos y bebidas.

La iniciativa, que busca beneficiar a los estudiantes de la comunidad con bajos ingresos e insertarlos en el mercado de trabajo en el sector de turismo y alimentación, recibió elogios de Jeanine Pires: “La participación de jóvenes de bajos recursos en este proyecto hace que sean incluidos socialmente, y el trabajar con el turista les da una profesión”, dijo la Presidente de Embratur.

Los estudiantes calificados pasan a formar parte de un sistema de pasantías en establecimientos del área. De los 109 jóvenes egresados, 61 están ocupados, 34 alumnos participan de las pasantías y 27 ya se han insertado al mercado laboral.

Además de Río, el proyecto es desarrollado en Foz de Iguazú (Paraná), Porto Alegre ( Río Grande del Sur), Salvador (Bahía), y Belo Horizonte (Minas Gerais). Aparte la meta es capacitar cerca de unos 3 mil jóvenes en cinco destinos turísticos brasileños hasta el fin del año 2008.

Fuente: Asesoria de Comunicación de EMBRATUR

 

Para mais informações sobre o Projeto Trilha Jovem, clique aqui.

 

Proposta pedagógica e plano estratégico (pequenas cidades) 18 de agosto de 2008

 

 

 

PROPOSTA DE CONSULTORIA

 

 1. Proponente

Germinal Consultoria

 

 2. Clientes potenciais:

Prefeituras de pequenas cidades (até 10.000 habitantes) do Estado de São Paulo, cujos resultados no IDEP e na Prova Brasil ficaram abaixo da média estadual.

 

 

 3. Objeto

Capacitação de gestores, professores e pessoal de apoio da Educação Infantil e da Educação Fundamental do município.

 

 

 4. Justificativa

A proposta é justificada pela necessidade de elevar o índice do IDEP do Município e as médias dos resultados em Português e Matemática, que ficaram abaixo da média das escolas municipais do Estado de São Paulo, nas últimas avaliações.

 

 

5. Objetivos

  • Iniciar um processo individual e coletivo de desenvolvimento continuado das competências docentes.
  • Envolver os educadores municipais em um projeto participativo de desenvolvimento pessoal e coletivo, rumo à melhoria da qualidade da educação municipal .
  • Elaborar de forma participativa uma proposta pedagógica e projeto pedagógico estratégico para elevar os índices qualitativos e quantitativos da educação proporcionada pelo município.
  • Iniciar a discussão da viabilidade e de encaminhamento de um projeto de construção da cidade educativa.

 

6. Estratégia de Consultoria

A estratégia de consultoria e de desenvolvimento dos educadores do município será centrada no processo de construção coletiva e participativa de uma proposta pedagógica e de um plano estratégico para a educação do município.

A construção da Proposta Pedagógica e do Projeto Estratégico será efetuada em sete (7) passos fundamentais:

 

A. Primeiro Seminário: sensibilização, fundamentação e organização

Passo inicial do processo, o Seminário será desenvolvido em duas edições: uma para a os educadores da Educação Infantil e a outra para os educadores do Ensino Fundamental[1]. Terá a duração de 24 horas e a seguinte organização básica:

Primeiro dia (8 horas): estabelecer as referências pedagógicas e organizacionais para um diagnóstico da educação municipal. Elaborar um primeiro diagnóstico do município, tendo como horizonte os desafios:

  • Elevar os índices de aprovação na Prova Brasil de ? (número abaixo da média estadual) em 2007 para 94% em 2009 (acima da média estadual).
  • Elevar os resultados médios da Prova Brasil, em 2009. Em português, de Y para 183,03. Em matemática, de Z para 202,27. As letras representam resultados abaixo da média estadual e os números representam os resultados médios das escolas municipais do Estado de São Paulo, em 2007.
  • Elevar o IDEB do município de X para 5,0, em 2011.

Os dois primeiros desafios serão lançados aos educadores do Ensino Fundamental e o último para todos.

Segundo e terceiro dia (12 horas): efetuar uma análise fundamentada das possibilidades de transformação da educação no município, tendo como perspectiva e como horizonte utópico a concepção de cidade educadora ou educativa.

Terceiro dia (4 horas): concluir o diagnóstico e estabelecer o roteiro, a organização e o cronograma de trabalho para a elaboração da proposta pedagógica e do projeto estratégico.

 

B. Pequenos Grupos de Trabalho: em direção à autonomia pedagógica

Atividade de pequenos grupos, conforme roteiro e organização estabelecida para discussão e redação de segmentos da proposta pedagógica e do projeto estratégico. Os grupos trabalharão, conforme organização discutida, entre o Primeiro Seminário e o Segundo Seminário. Poderão contar com consultoria a distância, sempre que necessário.

 

C. Segundo Seminário: em direção à proposta e ao projeto

Duas edições (Educação Infantil e Ensino Fundamental) de um encontro para apresentação, discussão e sistematização dos textos resultantes do trabalho dos pequenos grupos. O encontro terá a duração de 8 horas.

 

D. Trabalho de Consultoria I: reunindo os elementos

A partir dos textos, apresentações, discussões e sistematização do segundo seminário, a consultoria (Germinal) articula e redige a primeira versão da proposta pedagógica e do projeto estratégico.

 

E. Trabalho de Pequenos Grupos: novo exercício de autonomia pedagógica

A primeira versão da Proposta Pedagógica e do Plano Estratégico é analisada pelos mesmos grupos que se reuniram no segundo passo.

 

F. Terceiro Seminário: rumo ao futuro

Em um encontro de oito horas, envolvendo todos os educadores do município, as análises dos pequenos grupos são apresentadas, discutidas e sistematizadas. Propostas de acréscimos, supressões e transformação são feitas e discutidas. Um consenso mínimo é estabelecido.

 

G. Trabalho de Consultoria II: aparando arestas

A partir e obedecendo as conclusões do Terceiro Seminário, a Germinal redige a versão final da Proposta Pedagógica e do Projeto Estratégico. A proposta é submetida aos gestores municipais, melhorada(se necessário e sem ferir as conclusões do Terceiro Seminário) e implementada.

 

 7. Previsão de tempo e cronograma de Consultoria:

 

ATIVIDADES

Carga horária

SEMANAS

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Primeiro Seminário

48 horas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pequenos grupos de Trabalho

12 horas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Segundo Seminário

16 horas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trabalho de Consultoria I

50 horas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Terceiro Seminário

8 horas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trabalho de Consultoria II

26 horas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TOTAL

160 h.

   Dois meses e meio de trabalho

 

Observação:

1. A primeira semana do cronograma é contada a partir da assinatura do contrato.

 

8. Produtos de Consultoria

  • Proposta Pedagógica da Educação Infantil
  • Proposta Pedagógica do Ensino Fundamental.
  • Projeto Estratégico da Educação Infantil e do Ensino Fundamental


[1] Chamamos de educadores todos os envolvidos no processo educacional, incluindo o pessoal de apoio.

 

Cabreúva redescobrindo seus encantos através da magia das mandalas! 16 de agosto de 2008

 

O título da notícia parece estranho ao contexto deste sítio. Fala de Cabreúva e da magia das mandalas. No entanto, a mandala em questão é a da horta em mandala. A horta em mandala é uma das propostas do movimento de permacultura, criado pelo ambientalista Bill Mollison, na Austrália.

Espiral de ervas

“O termo mandala vem do sânscrito e significa “sagrado” ou “círculo mágico”. Trata-se de um jardim de círculos concêntricos que respeitam a agricultura ecológica. “Um dos seus princípios é: copie o desenho da natureza. Como nela tudo é arredondado, os canteiros retos foram reformulados. Pode-se ter um tanque de irrigação no centro. Por meio de linhas de drenagem, a água escorre para o meio e é recaptada para o sistema. Na agricultura convencional, a água é barrada para evitar a erosão do solo, distingue Marcelo Martins, agrônomo paulista.” (Por Kátia Stringueto, em Revista Bons Fluidos – 09/2007). 

Cabreúva, cidade do Estado de São Paulo, interessa aqui porque supomos que o Jovem Aprendiz Rural referido no artigo abaixo reproduzido, trata-se do Programa de Aprendizagem Jovem Aprendiz Rural, do SENAR. Se certa a suposição e o que entendemos do texto, as docentes coordenadoras  do Jovem Aprendiz Rural da cidade, Ciça e Patrícia, inovaram no desenvolvimento projeto integrador: “Tornar uma àrea produtiva de forma sustentável”. Adotaram os princípios da permacultura e da horta em mandala. É importante que os resultados sejam acompanhados e, se positivos, difundidos.

 Para saber mais sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural e sobre a participação da Germinal no design e implementação do Programa, clique aqui. Para saber mais sobre o Projeto Articulador “Tornar uma área produtiva de forma sustentável”, clique aqui.

 

 

Escrito por Cristiano Andreazza   

Dom, 29 de Junho de 2008 04:45

A cidade de Cabreúva (Cabrué Yba = árvore da coruja) situa-se a cerca de 70 km de São Paulo e apresenta uma vasta riqueza histórico-cultural, enraizada principalmente na ligação de seus povos com a Floresta Atlântica e com seus rios.O currículo da cidade-árvore inclui pérolas como a Serra do Japi, o Manancial do Ribeirão Piray, as Corredeiras do Rio Tietê, o Roteiro dos Bandeirantes, o Caminho do Sol e a passagem das tradicionais Romarias rumo a Pirapora.

Atualmente o CJ Caipira desenvolve projetos de “Princípios de Permacultura e Reencantamento Humano através da Cultura Tupi-guarani”, com Escolas de Ensino Infantil, Fundamental e Médio da cidade, além de atuar como parceiro no projeto Jovem Aprendiz Rural de Cabreúva.Na última semana realizamos atividades de reencantamento e cuidado na Horta em Mandala da Escola Miguel Elpídio da Costa, no Bairro do Cururu, zona rural de Cabreúva.

A diretora da escola, nossa grande parceira Regina, bem como os professor@s, acolheram com grande entusiasmo o projeto e tem dado todo o apoio para sua realização.As crianças, mesmo as de ensino infantil, já começam a se familiarizar com o alfabeto ecológico e até a surpreender. Elas gravam com muita facilidade as músicas que cantamos, observam e perguntam tudo sobre a mandala, cooperam naturalmente nos tratos e se monitoram no cuidado, já que criamos a mandala ao lado do parquinho de diversões.

Os próximos passos envolvem a continuidade no acompanhamento da Horta, a criação de um Minhocário, de uma Composteira e uma espiral de ervas além da realização de um Lanche Saudável na Escola.

 

 

Nesta mesma semana desenvolvemos atividades com a juventude da Escola Estadual “Lucídio Motta Navarro”, do centro de Cabreúva. Fizemos uma discussão sobre segurança alimentar e transgênicos e a juventude cabreuvana se mostrou amplamente permeável aos princípios agroecológicos em detrimento dos transgênicos.

 

 

O encontro envolveu a visitação da área do projeto Jovem Aprendiz Rural de Cabreúva, no qual somos parceiros. A apresentação do projeto foi feita pelos próprios alunos, que já construíram na área Hortas em Mandala, Composteira, Canteiros retangulares, Galinheiro, etc. As Coordenadoras Pedagógicas do Projeto Ciça e Patrícia, tem desenvolvido seus trabalhos seguindo princípios agroecológicos e os alunos tem respondido muito bem.

 

 

Quanto a Escola Lucídio, estamos altamente sintonizados com professor@s da escola, que gostaram da metodologia de trabalho e sinalizam para uma possível implantação do Projeto “Conexão Braço de Órion”.

 

 

Seguimos em frente na sintonia de Gaia.

 

 

Programa de Educação para o Trabalho favorece o protagonismo juvenil 14 de agosto de 2008

 

O Programa Educação para o Trabalho do SENAC de São Paulo foi objeto de uma dissertação de mestrado que concluiu que ele favorece o protagonismo juvenil. Postamos, a seguir, o resumo da dissertação de Maria Cistina Durante Esteves. Para saber da participação da Germinal no Programa de Educação para o Trabalho, clique aqui. Para acesso a amostras de trabalho de uma versão alterantiva do Programa, clique aqui.

 

 

O protagonismo juvenil na percepção de jovens em um programa de educação para o trabalho na cidade de Ribeirão Preto.

 

ESTEVES, Maria Cristina Durante

 

RESUMO

 

O protagonismo juvenil é definido como a capacidade do jovem de atuar na sua esfera familiar, social e escolar, seja essa ação individual ou em grupo. Este estudo teve como objetivos identificar de que maneira ocorrem as aprendizagens no Programa de Educação para o Trabalho, verificar se essas aprendizagens favorecem o protagonismo juvenil e conhecer a percepção dos jovens participantes do programa quanto ao seu papel na sociedade. Participaram do estudo, jovens do Programa de Educação para o Trabalho, no município de Ribeirão Preto do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). A coleta de dados foi realizada através de seis grupos focais, envolvendo cinqüenta e seis participantes. As discussões enfocaram a percepção do jovem na sociedade, o significado de participar do Programa e em outros espaços de aprendizagens, assim como o processo educativo dentro do programa. Os dados foram analisados segundo sete categorias de análise: percepção do jovem quanto ao seu papel na sociedade; participação do jovem; trabalho e juventude; lazer e o jovem; prevenção, sexualidade e drogas; aprender e ensinar; e aprender para a vida. A análise dos dados mostrou que alguns jovens sentem-se pressionados a ajudar economicamente suas famílias, que no programa para jovens conseguem aprender para o trabalho e para a vida, que há poucos espaços que estimulam a participação do jovem em outras atividades e que a criação destes espaços é importante para seu crescimento pessoal. Eles vivenciam o medo da violência, apontam para a importância de orientações relacionadas à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e à gravidez. Concluiu-se que as aprendizagens ocorridas no programa de educação para o trabalho favorecem atitudes protagônicas nos jovens.

 

 

Palavras-Chave:

Educação; Juventude; Participação social

 

 

Dissertação de Mestrado; Programa de Pós-Graduação em Educação – UFSCar; Área de Concentração: Metodologia de Ensino; Orientador: Profª Drª Aida Victoria Garcia Montrone; Ano da Defesa: 2005.

 

 

 

 
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