Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Feliz Ano Novo 20 de dezembro de 2008

Filed under: Eventos — José Antonio Küller @ 3:17 pm

 

Natal 2008  

Como sempre faço, pedi à Helena uma ilustração para minha mensagem de fim de ano. Recebi essa.

 

Depois, também como  todo ano, fui à procura de um poema ou letra de música para que, juntos texto e  imagem criassem o contexto de meu desejo de ano bom.

 

 Sempre consegui estabelecer um nexo simples entre os versos e a imagem. Este ano não foi possível. Depois de folhear todo Pessoa, todo Drummond, todo Borges, muito Neruda, um pouco de outros, descartei uma busca em Cecília e desisti. Por mais que tentasse mudar a escolha, um poema me perseguia. É o seguinte:

 

 

SANTA CLARA, clareai

Estes ares.

Dai-nos ventos regulares,

De feição.

Estes mares, estes ares

Clareai.

 

Santa Clara, dai-nos sol.

Se baixar a cerração,

Alumiai

Meus olhos na cerração.

Estes montes e horizontes,

Clareai.

 

Santa Clara, no mal tempo

Sustentai nossas asas.

A salvo de árvores, casas

E penedos, nossas asas

Governai.

 

Santa Clara, clareai.

Afastai

Todo risco.

Por amor de S.Francisco,

Vosso mestre, nosso pai,

Santa Clara, todo o risco

Dissipai.

 

Santa Clara, clareai.

 

Há de certo algo mais fundo que pode unir a ilustração ao poema de Manuel Bandeira. Mas, mesmo sendo óbvio e pouco imaginativo, desejo a todos um ano de muita paz e aconchego e, apesar de todos os obstáculos, repleto de dias felizes.

 

SANTA CLARA, clareai!

 

José Antonio Küller

 

Dimensão Ser Pessoa – Jovem Aprendiz Rural – Textos completos 17 de dezembro de 2008

Jovem Aprendiz Rural de Batatais (SP)

 

Temos, em relação aos nossos projetos, publicado apenas pequenos excertos do material produzido para apoiá-los.

 

Assim também o fizemos  em relação ao Programa Jovem Aprendiz Rural, que desenvolvemos para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Administração Regional de São Paulo.

 

Nessas publicações, editamos os textos de uma forma distinta de suas versões originais. Para ver os excertos já publicados do Jovem Aprendiz Rural, clique aqui.

 

No entanto, muitos dos Manuais do Instrutor ou das Cartilhas do Aprendiz do Programa estão sendo publicados na íntegra na Internet, aparentemente pelo próprio SENAR.
 
 
Dos textos disponíveis na Internet, já relacionamos em outro post os que dizem respeito ao Projeto Articulador: Tornar uma Área Produtiva de Forma Sustentável. Esse projeto, além de articular todo o currículo do Programa, é também o projeto central da dimensão Ser um Profissional da Agricultura e da Pecuária.

 

Aprendiz rural de Batatais (SP)

Em post separado, também já divulgamos todos os textos publicados em relação à dimensão Ser Cidadão. Já foram publicados os Manuais do Instrutor e as Cartilhas do Aprendiz do Projeto de Ação Comuintária e da Oficina de Promoção da Saúde, além do Manual do Instrutor da Oficina de Ética e Cidadania. Para acesso aos manuais clique aqui ou procure-os na coluna da esquerda, nos links da categoria Aprendiz Rural – Manuais Criados pela Germinal.

 

 Em relação à dimensão Ser Pessoa, já estão disponíveis textos completos sobre todos os componentes curriculares da dimensão, em formato de Cartilhas do Aprendiz ou de Manuais do Instrutor. Para acessá-los, basta clicar sobre os links em azul que apresentamos a seguir:

 

1. PROJETO DE VIDA – Manual do Instrutor

 

2. OFICINA DE COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA  – Manual do Instrutor

 

3. OFICINA DE COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA – Cartilha do Aprendiz

 

4.  OFICINA DE APRENDER A APRENDER – Cartilha do Aprendiz

 

Da Oficina de Comunicação Oral e Escrita estão disponíveis tanto o Manual do Instrutor como a Cartilha do Aprendiz. Uma comparação entre os dois textos revela a lógica de construção das Cartilhas, que são derivadas dos Manuais.

 

Para saber mais sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural, clique aqui.

 

Alunos do Programa Jovem Aprendiz Rural auxiliam alunos do Sesi 16 de dezembro de 2008

 

O jornal A Tribuna de Jaboticabal, em sua edição de 03/10/2008, publicou a seguinte notícia sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural do SENAR/SP:

 

As crianças receberam as orientações necessárias para cuidar das mudas de alface crespa e americana e rúcula

Os integrantes do “Programa Jovem Aprendiz Rural” estiveram quarta-feira (01), no Centro Educacional do Sesi, para auxiliarem os alunos do ciclo inicial II (9 e 10 anos) a montarem uma horta, nas dependências da escola.

Na oportunidade, as crianças receberam as orientações necessárias para cuidar das mudas de alface crespa e americana e rúcula, que foram plantadas no local.

De acordo com a professora de ciências e responsável pelo projeto no Sesi, Áurea Fiel Barbosa, a idéia da implantação da horta surgiu durante as aulas. “Estamos estudando o solo e suas transformações e nas aulas explico que solo é uma camada muito superficial, é onde plantamos, onde os animais e vegetais vivem e comecei a mostrar todo esse processo de diferentes formas. E foi aí que pensamos em fazermos uma horta”, explica.

 Segundo o instrutor do programa “Jovem Aprendiz Rural”, Lucas Gouveia Santana, a escola dispõe de ampla área externa, o que possibilitou a realização do projeto. “Os alunos do programa puderam colocar em prática o que aprenderam no curso até agora, como preparar a terra e as mudas e, além disso, ensinaram as crianças a como plantar e cuidar da horta”, diz.

A aluna Leandra Francieli Silva dos Santos comenta o que achou da iniciativa. “Estou achando muito legal tudo isso. Serve para aprendermos a cuidar mais da natureza”, fala.

 O plantio da horta foi acompanhado pelo prefeito municipal, pelo coordenador do SENAR Sérgio Lui e pela diretora do Centro Educacional do Sesi, Marlene Aparecida Polomini Bonato.

O “Programa Jovem Aprendiz Rural” é desenvolvido pelo Fundo Social de Solidariedade em parceria com o Sindicato Rural e o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

Autor: Ass. Com. Bebedouro

 

O Programa Jovem Aprendiz Rural, destinado aos jovens oriundos do campo e aprendizes, foi desenvolvido pela Germinal Consultoria para o SENAR de São Paulo. Busca desenvolver competências básicas para o trabalho, competências gerais para o trabalho rural e competências para o empreendedorismo.

 

Para o desenvolvimento dessas competências, tem uma organização curricular composta por Projetos e Oficinas, como pode ser visto aqui. A atividade a que se refere a notícia é provavelmente derivada do Projeto de Ação Comunitária, que articula a dimensão  Ser Cidadão e é destinado ao desenvolvimento de competências para o exercício da cidadania.

 

Para cada um dos componentes curriculares foi elaborado um manual para o coordenador docente e uma Cartilha do Aprendiz, de modo a propiciar um referencial para a ação docente, um material de apoio para os alunos e facilitar a integração e o treinamento dos professores do Programa. Para conhecer agumas amostras desses manuais, clique aqui.

 

Dimensão Ser Cidadão – Jovem aprendiz Rural – Textos completos 13 de dezembro de 2008

Jovem Aprendiz Rural de Fartura

 

Temos, em relação aos nossos projetos, publicado apenas pequenos excertos do material produzido para apoiá-los.

 

Assim também fizemos  em relação ao Programa Jovem Aprendiz Rural, que desenvolvemos para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Administração Regional de São Paulo.

 

Nessas publicações, editamos os textos de uma forma distinta de suas versões originais. Para ver os excertos já publicados do Jovem Aprendiz Rural, clique aqui.

 

 

No entanto, muitos dos Manuais do Instrutor ou das Cartilhas do Aprendiz do Programa estão sendo publicados na íntegra na Internet, aparentemente pelo próprio SENAR.

 

Dos textos disponíveis na Internet, já relacionamos em outro post os que dizem respeito ao Projeto Articulador: Tornar uma Área Produtiva de Forma Sustentável. Esse projeto, além de articular todo o currículo do Programa, é também o projeto central da dimensão Ser um Profissional da Agricultura e da Pecuária.

 

Em relação à dimensão Ser Cidadão, já estão disponíveis  todos os Manuais do Instrutor e quase todas as Cartilhas do Aprendiz. Para acessá-los, basta clicar sobre os links em azul que apresentamos a seguir:

 

1. PROJETO DE AÇÃO COMUNITÁRIA (Manual do Instrutor)

 

2. PROJETO DE AÇÃO COMUNITÁRIA  (Cartilha do Aprendiz)

 

3. OFICINA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE (Cartilha do Aprendiz)

 

4. OFICINA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE (Manual do Instrutor)

 

5. OFICINA DE ÉTICA E CIDADANIA (Manual do Instrutor)

 

Do Projeto de Ação Comunitária e da Oficina de Promoção de Saúde estão disponíveis tanto o Manual do Instrutor como a Cartilha do Aprendiz. Uma comparação entre os dois textos revela a lógica de construção das Cartilhas, que são derivadas dos Manuais.

 

Para saber mais sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural, clique aqui.

 

Educadores do Brasil – Darcy Ribeiro 12 de dezembro de 2008

 “Confesso que me dá certo tremor d’alma o pensamento inevitável de que, com uns meses, uns anos mais, algum sucessor meu, também vergando nossa veste talar, aqui estará, hirto, no cumprimento do mesmo rito para me recordar. Vendo projetivamente a fila infindável deles, que se sucederão, me louvando, até o fim do mundo, antecipo aqui meu agradecimento a todos. Muito obrigado.”

 

“Estou certo de que alguém, neste resto de século, falará de mim, lendo uma página, página e meia. Os seguintes menos e menos. Só espero que nenhum falte ao sacro dever de enunciar meu nome. Nisto consistirá minha imortalidade.”
 
(Darcy Ribeiro, no discurso de ingresso na Academia Brasileira de Letras)

 

 

 

 

 

Excertos de uma Biografia

 

Darcy Ribeiro nasceu em Minas Gerais (Montes Claros, 26 de outubro de 1922), no centro do Brasil. Formou-se em Antropologia em São Paulo (1946) e dedicou seus primeiros anos de vida profissional ao estudo dos índios do Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia (1946/1956). Neste período fundou o Museu do Índio e estabeleceu os princípios ecológicos da criação do Parque Indígena do Xingu. (…)

 

Nos anos seguintes, dedicou-se à educação primária e superior. Criou a Universidade de Brasília, de que foi o primeiro Reitor, e foi Ministro da Educação, no Gabinete Hermes Lima. Mais tarde, foi Ministro-Chefe da Casa Civil de João Goulart e coordenava a implantação das reformas estruturais quando sucedeu o golpe militar de 64, que o lançou no exílio.

 

A propagação de suas idéias rompeu fronteiras. Viveu em vários países da América Latina, onde conduziu programas de reforma universitária, com base nas idéias que defende em A Universidade Necessária. Foi assessor do presidente Salvador Allende, no Chile, e de Velasco Alvarado, no Peru. (…).  Recebeu ainda títulos de Doutor Honoris Causa da Sorbonne, da Universidade de Copenhague, da Universidade da República do Uruguai e da Universidade Central da Venezuela.

 

Retornando ao Brasil, em 1976, voltou a dedicar-se à educação e à política. Elegeu-se Vice-Governador do Estado do Rio de Janeiro (1982), foi Secretário da Cultura e Coordenador do Programa Especial de Educação, com o encargo de implantar 500 CIEPs, que são grandes escolas de turno completo para mil crianças e adolescentes. Criou, então, a Biblioteca Pública Estadual, a Casa França-Brasil, a Casa Laura Alvim, o Centro Infantil de Cultura de Ipanema e o Sambódromo, em que colocou 200 salas de aula para fazê-lo funcionar também como uma enorme escola primária.

 

(…)

 

Elegeu-se Senador da República (1991), função que exerceu defendendo vários projetos,  (…) Elaborou e fez aprovar no Senado e enviar à Câmara dos Deputados a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, sancionada pelo Presidente da República em 20 de dezembro de 1996 como Lei Darcy Ribeiro.

 

Leia o Texto completo no site da Fundação Darcy Ribeiro, clicando aqui.

 

Jovem Aprendiz Rural – Textos completos 9 de dezembro de 2008

Temos, em relação aos nossos projetos, publicado apenas pequenos excertos do material produzido para apoiá-los.

 

Assim também fizemos  em relação ao Programa Jovem Aprendiz Rural, que desenvolvemos para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Administração Regional de São Paulo. Nessas publicações, editamos os textos de uma forma distinta de suas versões originais. Para ver os excertos já publicados do Jovem Aprendiz Rural, clique aqui.

 

No entanto, muitos dos Manuais do Instrutor ou das Cartilhas do Aprendiz do Programa estão sendo publicados na íntegra na Internet, aparentemente pelo próprio SENAR.

 

Já estão disponíveis vários Manuais do Instrutor e uma Cartilha do Aprendiz do Projeto Articulador – Tornar uma área produtiva de forma sustentável. Clicando sobre os links em azul é possível o acesso à integra dos seguintes textos:

 

Jovem Aprendiz Rural de Batatais (SP)

Jovem Aprendiz Rural de Batatais (SP)

1. PARTE I – PLANEJAR E PROGRAMAR A PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA (Manual do Instrutor).

 

2. PARTE II –  PLANTAR CULTURAS DIVERSAS E PREPARAR AS INSTALAÇÕES … (Cartilha do Aprendiz).

 

3.  PARTE III – MANEJAR A ÁREA DE CULTIVO E A CRIAÇÃO DE ANIMAIS (Manual do Instrutor).

 

4. PARTE IV – MANEJO E COLHEITA (Manual do Instrutor).

 

5. PARTE V – AGREGAR VALOR E COMERCIALIZAR PRODUTOS AGROPECUÁRIOS (Manual do Instrutor).

 

 

O Projeto Articulador, mais a OFICINA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (excerto) e a OFICINA DE MANUTENÇÃO DE PROPRIEDADES AGRÍCOLAS (Catilha do Aprendiz) são responsáveis pelo desenvolvimento das competências básicas para o trabalho na agricultura e na pecuária.

 

Para saber mais sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural, clique aqui.

 

Apresentação Pessoal, Moda e Beleza 2 de dezembro de 2008

 

O material apresentado neste post refere-se um excerto retirado do Manual do Instrutor, da Estação de Trabalho de Apresentação Pessoal, Moda e Beleza, um dos componentes curriculares de uma versão alternativa ao Programa de Educação para o Trabalho (PET)do Senac/SP. O programa é destinado a jovens em situação de busca do primeiro emprego. A versão alternativa foi criada pela Germinal e não chegou a ser publicada e implementada na forma aqui apresentada. O excerto deve ser encarado como uma amostra do trabalho que pode ser desenvolvido pela Germinal Consultoria.

 

 

 Movimento 3: A Estética de Si Mesmo

Don Hong-Oai – Fotografia – Fishing Journey – s/d

 Objetivos:

Incentivar a inserção de cada um e do grupo como um todo em um processo de subjetivação (fazer da própria vida uma obra de arte) ou em processos de singularização (ver nota).

 

Relacionar e escolher regras éticas e estéticas (incluindo formas de apresentar-se) que configurem, ao longo da vida, um modo de existir no trabalho e um modo de viver o trabalho que seja belo e apaixonante.

 

 Possibilitar a experimentação dramática da incorporação de tais regras.

 

 Subsidiar uma ampla revisão e ampliação nos planos de desenvolvimento pessoal e profissional que estão sendo elaborados no Núcleo Central.  

 

 

Nota

(…) “processos de singularização: uma maneira de recusar todos esses modos de encodificação preestabelecidos, todos esses modos de manipulação e telecomando, recusá-los para construir, de certa forma, modos de sensibilidade, modos de relação com o outro, modos de produção, modos de criatividade que produzam uma subjetividade singular. Uma singularização existencial que coincida com um desejo, com um gosto de viver, com uma vontade de construir o mundo no qual nos encontramos, com a instauração de dispositivos para mudar os tipos de sociedade, os tipos de valores que não são os nossos.”

 

In: Guattari, Félix, Rolnik, Suely, Micropolítica- Cartografias do Desejo, Editora Vozes, Petrópolis, 1994, p.17.

 

 

 

Atividade 10: A vida como arte

 

Descrição: ao iniciar a sessão o poema de Cora Coralina está projetado (Cora Coralina, Aninha e suas pedras (1981). In:  http://www.marpoesias.net/framep.htm.)

 

 

José Boldt – Fotografia -Escada

 

 

Não te deixes destruir…

Ajuntando novas pedras

e construindo novos poemas.

Recria tua vida, sempre, sempre.

Remove pedras e planta roseiras e faz doces.

Recomeça.

Faz de tua vida mesquinha

um poema.

E viverás no coração dos jovens

e na memória das gerações que hão de vir.

Esta fonte é para uso de todos os sedentos.

Toma a tua parte.

Vem a estas páginas

e não entraves seu uso

aos que têm sede

 

 

 

 

O poema é lido e discutido pelos participantes. O coordenador encaminha a discussão para uma possibilidade de superação das regras codificadas do saber e das regras coercitivas do saber nas formas de apresentar-se: a escolha de regras éticas e estéticas que signifiquem um projeto de existir que transforme a vida em uma obra de arte. Ou seja, “fazer de sua vida um poema”, como diz Cora.

 

 

 Definindo regras facultativas

A seguir, o coordenador retoma à sessão anterior e apresenta a gravação em vídeo dos vídeo-clips produzidos pelos grupos. Orienta, para que, no assistir aos vídeos, os participantes, pelo verso e reverso, tentem extrair regras que poderiam ser assumidas e que produziriam uma bela existência.

 

O coordenador interrompe a projeção após a exibição de cada vídeo-clip para que os participantes possam efetuar anotações. Divididos em pequenos grupos, os participantes compartilham e discutem as anotações acrescentado outras regras éticas e estéticas que possam surgir do debate.

 

As regras são transcritas em tarjetas. Os grupos apresentam suas conclusões, que são debatidas. Não há um fechamento.

 

 

Vendo um caso 

 

O coordenador projeta o filme “Feitiço do Tempo”.

 

 

 

Após a projeção, a vida do personagem (Phil) como obra de arte e as regras facultativas por ele assumidas são discutidas.

 

 

Texto de referência (para o coordenador):

 

 

 

 

 

 

Na seqüência final do filme “Feitiço do Tempo”, depois de esgotadas todas as possibilidades de manipulação e negação de sua vivência repetitiva do tempo, Phil imprime à situação dois movimentos inéditos. O primeiro deles é voltado para si mesmo: a busca de auto-aprimoramento, que a existência em eterno presente lhe propicia.

 

Numa primeira instância, o projeto de auto-desenvolvimento, assumido por Phil, dirige-se a um aperfeiçoamento permanente de sua ação profissional, compreendendo: a) a prestação de serviços à equipe que o auxilia na cobertura do “Dia da Marmota” ( traz ao “set” de gravação café e lanche, ajuda a carregar a câmara…); b) a mudança de postura em relação à equipe de gravação (chega sorrindo, cumprimentando, manifestando autêntica simpatia…); c) o apoio no desenvolvimento da ação dos outros integrantes da equipe (sugerindo uma melhor localização da câmara para gravação) e, por fim, d) o aprimoramento continuo da própria ação específica e sempre repetida, transformando a cobertura num momento de beleza e emoção. Converte em arte o enquadre de ação que antes era tortura e maldição.

 

Phil, no segundo âmbito de desenvolvimento, procura conhecimentos e desenvolve habilidades, em princípio pouco referenciadas à sua ação técnica específica (lê poesia e clássicos da literatura, aprende a tocar piano e esculpir…). Este esforço de desenvolvimento, embora inespecífico, reflete-se no seu desempenho como repórter. Phil, ainda, envolve-se decisivamente com a comunidade de Punxsutaweney e efetivamente compartilha com ela o seu eterno dia. Por fim, Phil permite-se amar e viver o seu amor.

 

O segundo novo movimento de Phil dirige-se para fora. Como no “Dia da Marmota” os eventos se repetem, ele pode antecipá-los por já tê-los vivido. Agindo preventivamente, pode evitar a ocorrência de incidentes prejudiciais aos habitantes de Punxsutaweney e estimular os eventos potencialmente positivos. Phil presta serviços.

 

Os dois movimentos são complementares. À medida em que se desenvolve, Phil pode servir melhor. O engajamento na prestação de serviços é fator de desenvolvimento.

 

O “Dia da Marmota” termina quando Phil complementa as suas tarefas de desenvolvimento. A mágica repetição cessa. Abre-se a perspectiva do futuro. Com a chegada do dia 3 de fevereiro, reinicia-se a série de amanhãs.

 

(Küller, José Antonio. Ritos de Passagem – Gerenciando Pessoas para a Qualidade. São Paulo, Editora SENAC, 1997, p.139.)

 

 

 

 

Sendo um caso 

 

Os participantes individualmente vão ser envolvidos em dois exercícios:

1)     Escrever uma continuidade da autobiografia (atividade 2), agora envolvendo os próximos 10 anos e projetando a vida como se fora uma obra de arte.

2)     Criar uma cena dramática, com a duração de um minuto, em ele se apresenta novamente para o grupo, agora 10 anos depois e de forma coerente com o previsto na autobiografia. No desenho da cena, deve considerar todas as formas de apresentar-se (falar, escrever, vestir, pentear-se, linguagem corporal, etc.)

 

 

 

Detalhe do Cartaz da Peça 10 anos em uma praça – Escola Recriarte

 

Câmaras, luzes…Ação!

 

 

As cenas de 1 minuto são apresentadas e gravadas em vídeo.

 

Na apresentação da cena, os participantes procuram vestir-se e atuar como se fora 10 anos depois.

 

Após as gravações, o vídeo é visto por todos. Cada um analisa o seu desempenho.

 

 A Estação de Trabalho é avaliada pelos participantes em função do avanço individual e grupal  que o vídeo (espera-se) registrou.

 

Recursos: Retroprojetor e transparência. Cópia do poema de Cora Coralina para todos os participantes. Vídeo e TV. Fita de vídeo gravadas no movimento anterior. Tarjetas. Caixa de pincéis atômicos. Filme Feitiço do Tempo. Câmara de vídeo.

 

Duração: 9 horas

 

 

Santa Catarina 1 de dezembro de 2008

Filed under: Sem Categoria — José Antonio Küller @ 9:48 am

 

 
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