Germinal – Educação e Trabalho

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Variações Criativas na Dinâmica de Grupo (Aprendizagem criativa / A análise – III) 10 de fevereiro de 2009

 Em uma série de posts anteriores temos procurado explicitar as caracaterísticas de uma abordagem educacional possivelmente inovadora que denominamos de Aprendizagem Criativa. Dela já postamos as características gerais, a metodologia e algumas de suas linhas e passos metodológicos. Os links a seguir permitem o acesso aos posts anteriores, na ordem lógica da apresentação, que estamos desenvolvendo em capítulos:

1. Aprendizagem Criativa

2. Aprendizagem Criativa – Metodologia

3. Aprendizagem Criativa – Focalização e simbolização

4. Aprendizagem Criativa – A amplificação

5. Aprendizagem Criativa – A análise (I) – falar e ouvir

6. Aprendizagem Criativa – A análise (II) – o grupo-sujeito

Além desses textos mais teóricos, postamos dois artigos sobre aplicaçações metodológicas:

1.Dinâmica de apresentação (Grupo-sujeito)

2. Falar e ouvir

Neste post vamos continuar descrevendo as caracaterísitcas da fase de Análise na Aprendizagem Criativa.

 

Variações Criativas na Dinâmica de Grupos

Andrew Bains - Escultura Humana - foto by Ian Waldie

A análise pode ser o momento menos agradável de uma abordagem que até agora foi lúdica e imaginativa. É o momento em que predomina o exercício da função pensamento (ver Jung). A escola tem usado a função pensamento quase exclusivamente. Então,  a fase de análise pode parecer um retorno à escola convencional e aos métodos ativos mais tradicionais. Em geral, nas escolas que utilizam métodos mais ativos, há uma predominância da discussão em pequenos grupos e de debates em painel, entendido o painel como o momento de apresentação e discussão das conclusões dos pequenos grupos.

Já vimos que a análise pode ser criativa quando o grupo assume a coragem de criar suas próprias referências teóricas e inventar seus meios de fazer e praticar (grupo-sujeito). Mas, aqui, a criatividade do educador é também solicitada. É preciso inventar meios de fazer com que a síntese seja invadida pela atuação das outras funções conscientes (percepção, intuição e sentimento). É factível que isso aconteça a partir de dinâmicas grupais mais criativas, que superem a convencional sequência: discussão em pequenos grupos, a apresentação oral das conclusões e debate em painel.

Em um primeiro momento podemos modificar e tornar criativa a forma de apresentação das conclusões dos pequenos grupos. Ao mudar a forma de apresentação mudamos também a dinâmica do debate no interior dos pequenos grupos.

A arte pode ser, de novo, um recurso importante nessa etapa. Imagine se os pequenos grupos forem instados a apresentar as suas conclusões sobre  a fase anterior (Amplificação) utilizando uma sequência de esculturas feitas com os corpos dos próprios participantes. Tal desafio mudará radicalmente a dinâmica do trabalho no interior dos pequenos grupos.

Além da fala e do pensamento, precisarão usar outras formas de representação e outras funções conscientes. Os corpos alternarão momentos de movimentação com breves “congelamentos” para se tornarem expressivos. Terão que usar a percepção e o sentimento para constatar e avaliar se a apresentação será bela e agradável para o público, em geral composto pelos integrantes dos outros grupos. A intuição será necessária para criar uma unidade na comunicação produzida pela alternância dos momentos de parada e movimentação.

O painel também é transformado. Na apresentação dos grupos, a fala  é substituída por uma série de representações artísticas sobre o tema. Todas as funções conscientes são demandadas para acompanhar, compreender, analisar e avaliar as apresentações. A discussão posterior às apresentações também sofre uma transformação. Agora não estamos discutindo sobre conclusões abstratas. As conclusões de cada grupo literalmente se consubstanciaram. Ao fazê-lo, ganham vida e profundidade emocional. O debate é aceso, vivo, quente, pouco burocrático, criativo…

É claro que este é apenas um exemplo de inovação da dinâmica dos grupos na fase da Síntese. Em post posterior vamos mostrar um exemplo em que o pensamento é predominante e a dinâmica possibilita a apresentação de conclusões mais verbais e objetivas. Mas, mesmo neste novo exemplo, se mantém a preocupação de tornar a dinâmica agradável e desafiadora e, sempre, de demandar o uso simultâneo das quatro funções conscientes (pensamento, sentimento,percepção e intuição). Até lá!

 

2 Responses to “Variações Criativas na Dinâmica de Grupo (Aprendizagem criativa / A análise – III)”

  1. Preciso de infomacoes sobre dinamicas para pequenos grupos de jovens me mande para esse email por favor.


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