Germinal – Educação e Trabalho

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Curso de Especialização (Pós-graduação lato sensu) em Docência da Educação Profissional 30 de outubro de 2010

O site do SENAC Nacional, em 22/10/ 2010, publicou a notícia a seguir sobre o curso de especialização em Docência da Educação Profissional. A Germinal Consultoria prestou  serviços ao SENAC no desenvolvimento do projeto pedagógico do curso.


Competências para ensinar e aprender

As transformações vividas pelo mundo do trabalho nas últimas décadas afetaram a educação em todos os aspectos, exigindo dos profissionais atualização e uma nova forma de qualificação. Atento a isso, o Senac iniciou, em outubro, a primeira turma do curso de especialização em Docência para a Educação Profissional, pós-graduação a distância lato sensuoferecida exclusivamente ao corpo docente da Instituição, com reconhecimento do MEC. Possibilitada pela tecnologia e pela capilaridade das unidades do Senac espalhadas por todo o Brasil, o curso, oferecido pela Rede EAD, tem carga de 470 horas, distribuídas em 14 meses.

As aulas inaugurais das 54 primeiras turmas – que reúnem 1.500 alunos – aconteceram nas primeiras semanas de outubro por todo o Brasil. O plano é oferecer, até 2012, esse aperfeiçoamento aos cerca de 7.500 docentes com curso superior que atualmente trabalham na Instituição. Segundo Maria Teresa Nori, que coordena as turmas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, os alunos “se animaram com o curso e ficaram admirados com a iniciativa do Senac de investir no desenvolvimento das competências docentes”.

O curso tem como objetivo sistematizar o saber, melhorando a elaboração, operação dos currículos e dos processos avaliativos, aprimorando, assim, a qualidade oferecida pela Instituição. Para Cícera Paiva, diretora técnica do Senac Alagoas, “esse será mais um diferencial dos instrutores Senac para a educação profissional do estado”. A instrutora e agora aluna Claudia Rosita de Lima, de Recife, a oportunidade é única: “Grande é a minha expectativa em me ver fazendo parte de um curso tão importante para minha vida profissional. Estou muito feliz em fazer parte do primeiro grupo. Estamos fazendo história no Senac”.

Segundo a coordenadora do curso no Maranhão, Alda Baldez, todos demonstraram estar ansiosos pelo início da nova proposta: “As expectativas destacadas pelo grupo estão na melhoria da qualidade das ações educativas desenvolvidas a partir da valorização dos saberes que eles já detêm”.

Daniela Papelbaum, Lucia Prado e Solange Luçan, técnicas do Centro de Educação a Distância do Senac Nacional e responsáveis pelo desenvolvimento do conteúdo do curso – com a ajuda do consultor José Antonio Küller –, reafirmam que o objetivo é aprimorar as competências dos que lidam diretamente com a missão de educar para o mundo do trabalho. Para elas, é muito importante fortalecer nos docentes o compromisso de formar profissionais que estejam em sintonia com o mercado e, ao mesmo tempo, capazes de ter uma atitude reflexiva sobre a área e a atividade produtiva na qual pretendem atuar.

“A proposta pedagógica do curso toma como referência a prática de nossos docentes em sala. Não propõe formas de condução de aulas ou de situações de ensino, mas o desenho de aprendizagem”, diz Lucia. A proposta acompanha a mudança de paradigma que representa o papel atual do professor que, se antes priorizava a transmissão de conteúdos, hoje pressupõe a construção do conhecimento e o desenvolvimento de competências.

Comunidades virtuais

Com essa diretriz, o curso foi estruturado a partir de três eixos. Pesquisa e Produção é totalmente online, tem 210 horas de duração e propicia um contato com o ambiente virtual de aprendizagem. O eixo Experimentação, que tem carga de 140 horas, está organizado em quatro laboratórios de prática, realizados no ambiente de aprendizagem no qual o participante atua, como a sala de aula. Já o de Cooperação e Sistematização fortalece ainda mais a questão da troca de experiências e de saberes. Nele, há uma proposta nova – a comunidade virtual de prática, que permite a todos os participantes estabelecer uma discussão online. Além disso, como a comunidade ocorre paralelamente aos laboratórios, possibilita ainda mais a troca de ideias e experiências sobre a prática de sala de aula.

A comunidade virtual entrará no ar em novembro para ambientação e, de maneira definitiva, em janeiro, exclusivamente para os alunos da primeira turma. À medida que o curso for formando novas turmas, mais instrutores serão convidados a integrar o espaço. A intenção ao desenvolver a comunidade virtual de prática no curso é perpetuar os efeitos do curso após seu término. O objetivo é incentivar os docentes a dar continuidade ao trabalho colaborativo, a compartilhar boas práticas e conhecimentos relativos à docência e a publicar materiais interessantes, em uma perspectiva de educação continuada.

Para Léa Viveiro de Castro, diretora de Educação Profissional do Senac Nacional, essa forma de organização, desenhada especialmente para o curso, atende aos propósitos de oferecer aos docentes do Senac, que já conhecem e aplicam a proposta pedagógica da Instituição, uma oportunidade de aprimorar suas ações: “E isso só seria possível se os professores partissem de uma reflexão sobre a prática em sala de aula e pudessem, com os demais participantes, ampliar e aperfeiçoar seu trabalho”.

 

Jovem Aprendiz Rural: investimento no Futuro 29 de outubro de 2010

Site da Folha de Itapetininga publica a seguinte notícia sobre o Jovem Aprendiz Rural:

 

Sindicato Rural de Ibitinga e Prefeitura Municipal são parceiros na implantação do Programa Jovem Aprendiz Rural, promovido pelo SENAR/SP e que ensina noções de cidadania e técnicas agrícolas para jovens

 

Não basta acreditar no futuro do país. É preciso investir na formação das próximas gerações, com noções de cidadania, valores de vida e técnicas profissionais bem sedimentadas, para que possamos traduzir a esperança de dias melhores em um futuro realmente promissor.

Focando perspectivas melhores para os jovens que tenham vínculos com o setor produtivo rural (filhos de produtores ou trabalhadores rurais), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SP) criou há alguns anos o Programa Jovem Aprendiz Rural, que tem como objetivo proporcionar ao jovem de 14 anos completos a 18 anos incompletos a educação profissional básica e genérica, necessária para o mundo do trabalho em todas as atividades produtivas do meio rural, complementadas com o desenvolvimento das competências de empreendedorismo e noções de cidadania.

Em Ibitinga, o programa JAP está sendo aplicado pelo segundo ano consecutivo, através da parceria entre SENAR/SP, Sindicato Rural de Ibitinga e Prefeitura Municipal. A seleção dos alunos contou com a participação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e a Prefeitura ainda cedeu os locais para as aulas teóricas e práticas, incluindo um terreno de aproximadamente 2.500m2 onde os alunos desenvolvem atividades agrícolas e de criação de pequenos animais, simulando uma produção agrícola das propriedades rurais da região.

As aulas do JAP acontecem de abril a novembro/2010, com 35 participantes, que contam com os ensinamentos teóricos e práticos ministrados por um instrutor pedagógico (o assistente social Welberth Drumond) e um instrutor técnico (o engenheiro agrônomo José Cláudio Jorge).

O curso é promovido com metade das atividades em sala de aula, onde os jovens desenvolvem temas como projeto de vida, comunicação oral e escrita, projeto profissional, tecnologia da informação, trabalho em equipe, atendimento ao cliente, ação comunitária, promoção da saúde, ética e cidadania, entre outras.

A outra metade do curso é desenvolvida na área destinada às atividades práticas, em um Projeto Articulador desenvolvido em 05 etapas: Planejar e programar a produção agrícola e pecuária definindo a área de plantio e culturas; preparação do solo para o plantio; identificação e combate a pragas e doenças em plantações e viveiros; definição do regime alimentar das criações; e manejo da área de cultivo para colher, armazenar ou comercializar a produção.

Além das aulas e oficinas, os alunos ainda participam de missões técnicas para conhecerem propriedades agrícolas voltadas para diferentes culturas e criações, feiras agropecuárias e agroindústrias.

No próximo ano, o objetivo do Sindicato Rural de Ibitinga e do SENAR/SP é ampliar ainda mais o programa, beneficiando outros jovens da comunidade e transformando em realidade o sonho dos adolescentes em um futuro melhor.

Para mais informações sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural, vejam os posts da categoria Aprendiz Rural deste blog.

 

Bahia: municípios lançam jornais comunitários 27 de outubro de 2010

Filed under: Acontece — José Antonio Küller @ 12:52 pm
Por Débora Menezes

debieco@uol.com.br

Morador de Coronel João Sá, no semiárido baiano, o auxiliar administrativo Alex de Santana Carvalho virou repórter comunitário e garante que aprendeu a “superar as barreiras que envolvem o processo de produção de informações”. O resultado de seu trabalho pode ser conferido no jornal A Pedra, que foi lançado ontem (22/10) e teve a participação de mais de 30 alunos de oficinas de educomunicação do Projeto de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento (Peamss). O município vizinho de Cícero Dantas, que faz parte do projeto, também irá lançar o seu impresso comunitário hoje, o Jornal Cicerodantense.

A estratégia de ensinar pessoas da comunidade a produzir mídias comunitárias é uma das ferramentas de educação ambiental e mobilização do projeto, que está sendo realizado em 13 municípios da Bahia. A iniciativa é da Secretaria de Desenvolvimento Urbano/Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Sedur/Embasa) em convênio com a Fundação Juazeirense para o Desenvolvimento Científico, Tecnológico, Econômico, Sócio-cultural e Ambiental (Fundesf), ligada a Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Ao todo foram produzidos 13 jornais que tratam de temas socioambientais, levantados em cursos promovidos dentro do projeto e a partir de um diagnóstico participativo denominado biomapa – espécie de mapeamento da realidade de cada lugar, elaborado pelas próprias comunidades. Além de abordar a comunicação e a produção desses jornais, há cursos com temas que vão de saneamento e mobilização social a permacultura e legislação ambiental.

Para a coordenadora do projeto em Coronel João Sá, Karine Pereira da Silva, juntar educação ambiental e comunicação comunitária é um diferencial do projeto, que contribui para o exercício da cidadania desses alunos. Já a coordenadora da equipe local do Peamss em Cícero Dantas, Cristina Carvalho, lembra que o fazer jornal despertou nas pessoas habilidades pouco trabalhadas por muitos alunos – desde manusear equipamentos como máquinas fotográficas até desenvolver a leitura e a escrita.

Além disso, houve “a surpresa em reconhecer com um novo olhar problemas e belezas da cidade, que antes poderiam passar despercebidas”, lembra ela.

Nos próximos dias, será disponibilizada a versão em PDF dos 13 jornais no blog oficial do projeto: www.peamssbahia.com. E até o final de 2010, serão lançados o número 2 de cada um dos impressos, e spots e programas de rádio que estão sendo produzidos na segunda etapa de cursos de educomunicação

 

Sobre os fins da educação: uma resposta 22 de outubro de 2010

Meu amigo Jarbas Novelino Barato, em seu Boteco Escola, em um post denominado Fins da Educação, me provocou. Fez uma crítica aos educadores que aderiram à chamada Pedagogia das Competências. Eu estou entre eles, segundo Jarbas.

A parte mais incisiva da crítica diz:

O movimento das competências volta-se para o mercado ou, quando mais ampliado, para a sociedade. Mas, não cuida de aspectos essenciais de como formar seres humanos melhores, mais felizes, mais capazes de fruirem cultura e arte. Ou seja, a pedagogia das competências tem um horizonte dominado por interesses da eficiência social. Com ela, a educação humanista, preocupada com formação cultural justificada por seus próprios méritos, fica esquecida ou secundarizada.

Sem questionar a minha discutível inclusão entre os que “embarcaram na pedagogia das competências“, nos comentários ao post, respondi:

Como fui provocado nominalmente cabe uma pronta resposta, embora incompleta.

A sua crítica tem uma fragilidade básica: a falta de uma definição do conceito de competência. Como o termo é polissêmico, cada um o usa de acordo com suas convicções.

No meu caso, por exemplo, o uso do conceito permite que eu afirme como competências os seguintes enunciados:

Apreciar uma obra de arte.
Elaborar uma crítica musical.
Definir e perseguir um projeto de vida.
Definir e observar um código de ética.

Veja que, asssim, parte da crítica esvanece. Ou, não? Bem, acho que a continuidade da discussão fica para aquele simpósio que aguardamos com ansiedade.


No entanto, faltou dizer que outra abordagem é possível mesmo na educação profissional, onde o risco de orientação para o mercado e para a eficiência social é maior. Na página Uma introdução a um projeto para a formação continuada de docentes, que acabamos de postar, essa posibilidade de abordagem alternativa é demonstrada. Clique aqui para acessar a página.

 

Ao mestre com carinho 15 de outubro de 2010

Filed under: Eventos,Sem Categoria — José Antonio Küller @ 3:53 pm
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Em homenagem ao dia do professor:

 

 

Dinâmica: usando a comunicação não-verbal no trabalho 6 de outubro de 2010

Organize pequenos grupos e faça a eles uma proposta de trabalho: montar um videoclipe em que as três possibilidades de comunicação não-verbal no trabalho (equipe/equipe, cliente/cliente, cliente/equipe)  estejam integradas. Ao som de uma música previamente escolhida, cada grupo deverá criar uma cena em que uma comunicação empática, tranqüila e multi-expressiva é estabelecida entre a equipe de trabalho e os clientes. O videoclipe deve envolver:

  • a escolha da música[1];
  • apresentação do cenário;
  • a equipe se comunica de forma-não verbal;
  • o cliente expressa suas necessidades de forma não-verbal;
  • a equipe entende e atende às necessidades do cliente e comunica-se com ele de forma não-verbal.

Faça sugestões aos grupos de utilizar, na criação dos videoclipes, diferentes gêneros teatrais: drama, comédia, suspense, etc.

 

 

Refletindo sobre a comunicação não-verbal

Em painel, coordene a apresentação dos videoclipes. Combine com os grupos apresentações sucessivas, sem intervalo ou dispersão. Consiga o compromisso do público (grupos que não se apresentam no momento) em assistir atentamente todos os trabalhos e registrar tudo o que parecer significativo.

Após a apresentação dos videoclipes, proponha a análise dos trabalhos, referenciada nos objstivos educacionais previstos. Faça perguntas aos observadores, em relação a cada trabalho em foco. Faça também os seus comentários e sintetize a contribuição de cada trabalho apresentado. Não se esqueça de valorizar a criatividade e o empenho de fazer bem feito.


[1] Leve para a sala de aula, neste dia, uma série de CDs contendo um repertório musical diversificado e, se possível, relacionado ao tema.

 

Dinâmica do Abraço 1 de outubro de 2010

Em um espaço livre, os participantes, em pé, devem organizar dois círculos concêntricos, de forma que cada integrante do círculo interior fique frente a frente com um outro do círculo exterior, formando duplas nas quais cada participante pertence a um dos círculos [1].

Como em um jogo de par ou impar, a partir da mão direita fechada e estendida, os membros de cada dupla mostram simultaneamente 1, 2 ou 3 dedos.

Em cada dupla, se ambos mostrarem um dedo, a dupla dá um aperto de mão. Se ambos mostrarem dois dedos, um toque nos ombros será o prêmio da coincidência. Se ambos mostrarem três dedos, segue-se um abraço. Se não houver coincidência de números de dedos esticados, nada acontece.

Terminada a fase, os membros do círculo interior movem-se para a direita até postarem-se na frente do próximo integrante do círculo exterior. O jogo recomeça. Promove-se tantas rodadas quantas forem necessárias para o jogo terminar em um festival de abraços[2].


[1] Se o número de participantes for impar, um dos participantes participará da coordenação como observador.

[2] Em geral, os grupos logo percebem que, ao mostrar sempre três dedos, o resultado é sempre o abraço. Assim, a cada rodada, o número de abraços tende a aumentar.

A dinâmica descrita anteriormente pode ser usada simplesmente como um aquecimento para o início de uma aula ou de sessões de aprendizagem, principalmente quando é necessária uma ativação do grupo de participantes.

Como envolve a possibilidade e a escolha de maior ou menor contato físico entre os participantes, dá ensejo: à manifestação de um conjunto de preconceitos, à avaliação do nível de proximidade com o outro,  à percepção e vivência do sentimento de rejeição e de acolhimento e, se o grupo for composto por homens e mulheres, à emergência de uma conjunto de valores e problemas típicos das relações de gênero.

É uma dinãmica poderosa para iniciar o tratamento de problemas de relações inter-grupais e de gênero. Nestes casos, requer uma observação atenta do desenvolvimento da dinâmica e um mediador competente no tratamento das questões que a dinâmica suscita ou pode suscitar.

 

 
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