Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Feliz ano novo – 2011 28 de dezembro de 2010

Filed under: Eventos — José Antonio Küller @ 3:18 pm
Tags: ,
Ano Novo 2011 - Helena Kuller

Imagem: Helena Kuller

 

 

(…)

Renova-te.

Renasce em ti mesmo.

Multiplica os teus olhos para verem mais.

Multiplica os teus braços para semeares tudo.

Destrói os olhos que tiverem visto.

Cria outros, para visões novas.

Destrói os braços que tiverem semeado.

Para se esquecerem de colher.

Sê sempre o mesmo.

Sempre outro.

Mas sempre alto.

Sempre longe.

E dentro de tudo.

(…)

 

Os versos são de Cecília Meireles.  Juntos, texto e imagem resumem o que desejamos para todos em 2011.

 

 

Viver: uma abordagem da relação homem e trabalho 23 de dezembro de 2010

Filed under: Uso didático de vídeos — José Antonio Küller @ 9:35 pm
Tags: , , , ,

 

Um filme: “Viver”, de Akira Kurosawa, introduz e permite um primeiro desenvolvimento do tema. Nele, em uma aparente contradição com o título, o titular de uma repartição burocrática japonesa nos anos 50, a Sessão de Cidadania, defronta-se com a morte. O filme começa mostrando o cotidiano de trabalho do funcionário. Permanentemente atrás de uma mesa, onde a papelada vai acumulando o protagonista rotineiramente despacha processos para as repartições supostamente competentes. Nada o afasta ou o retira do universo fechado da mesa e dos papéis. Uma redoma invisível o isola dos seus funcionários e dos problemas concretos, dos quais a papelada é apenas um reflexo. No filme, a apresentação do personagem diz: “está apenas preenchendo o tempo. Está sendo levado pela vida”.

Em uma cena, uma comissão de mulheres que reivindicam a construção de um parque é atendida por um subordinado do protagonista que as remete a uma sucessão de outras repartições, cada uma delas eximindo-se da responsabilidade pelo problema e encaminhando a comissão para o balcão de atendimento de outra sessão, onde a mesma situação se repete. Kanji Watanabe, o personagem em tela, durante o atendimento da comissão, nem sequer levanta os olhos tristes e desesperados do processo que examina. Apenas o final do expediente o retira de sua mesa e o remete para casa onde, solitário e silencioso, vive com o filho e a nora.

Um problema no estômago leva o Sr. Watanabe à procura de um médico. Após os exames ele constata estar com câncer e ter apenas aproximadamente 6 meses de vida. A perspectiva da morte próxima faz Watanabe rever sua vida. Próximo à aposentadoria e não tendo nunca faltado ao trabalho, repentinamente e sem explicações abandona a repartição. Retira parte de suas economias e começa a freqüentar bares e a vida noturna, a princípio em companhia de um boêmio e depois acompanhado por uma ex-funcionária da repartição, muito mais jovem do que ele, que tinha tido a coragem de abandonar um emprego estável e um trabalho que a entediava.

A moça irradia alegria de viver. Na noite e no espelho da juventude, Watanabe procura a si mesmo. Revê o passado e pergunta pelo sentido da vida. Como ele próprio diz: “Não entendo o sentido de todos esses meus anos de vida”. Relembra a morte da esposa e começa a atribuir a sua vida vazia ao sacrifício que fez para a criação do filho.

A companhia do Sr. Watanabe acaba não sendo agradável para a jovem. Uma noite, ela provoca uma discussão, tentando acabar com os insistentes convites de Watanabe para sair com ela. Durante a discussão, ao responder a uma pergunta sobre a sua alegria de viver, ela fala de seu novo trabalho em uma fábrica de brinquedos e da satisfação de saber que participa de um fazer que alegra as crianças. Mostra um brinquedo e diz: “Na verdade, faço brinquedos como esse. Mas é divertido. Sinto como se todos os bebês do Japão fossem meus amigos. Por que não faz algo assim?” Watanabe alega a impossibilidade de fazer algo significativo na repartição e ser muito tarde para mudar de emprego. Mas, de repente, os seus olhos se iluminam e ele diz: “Nada é tarde demais. Nada é impossível. Posso fazer algo se estiver determinado a fazê-lo!”. No dia seguinte retorna ao trabalho.

A sua transformação é notável. A perspectiva da morte o transforma. Desenterra o processo do parque. Entra em contato com a comissão de mulheres que o tinha originado. Paciente e perseverantemente, enfrenta os caminhos e entraves burocráticos para a aprovação do projeto. Acompanha a construção da praça. Na praça já concluída,  numa noite fria de nevasca, cantando docemente a canção que o acompanhou pelo filme inteiro e que diz:

“A vida é tão curta…

Apaixone-se querida…

Enquanto seus lábios têm cor,

E antes que a paixão termine,

Pois não haverá o amanhã.

A vida é tão curta…

Apaixone-se querida…

Enquanto seus cabelos são negros,

E antes que o fogo do amor se apague.”;

sentado em um balanço destinado às crianças usuárias, Watanabe morre.

Na cerimônia que sucede ao enterro, onde se come e se bebe muito, o seu feito é rememorado. O que intriga, sobremaneira, os seus pares e subordinados é a transformação de Watanabe. Após longo debate chegam à conclusão que ele sabia de sua doença e de sua morte iminente, por isso a mudança. De repente, alguém diz: ”Um dia morreremos também.” À reflexão que sucede à óbvia constatação da finitude de todos, juntos e já bêbados fazem um pacto de transformação de suas vidas no trabalho.

A cena final do filme é melancólica. Na repartição, com um novo chefe, a possibilidade de dar continuidade à transformação imprimida por Watanabe se apresenta. O novo chefe, embora participante do pacto, reage da maneira convencional e os demais também. O pacto está morto. Na cena observa-se, por parte de um único funcionário, um olhar de cobrança, um movimento corporal de indignação e, por fim, um último gesto de desengano e impotência. Tudo volta ao normal.

O filme contrapõe duas perspectivas de relação do homem com o seu trabalho. O início e o término mostram uma relação esvaziada de sentido. O trabalho alheio àquele que o executa, é visto como meio para fins exteriores a si mesmo: a sobrevivência, a criação dos filhos, a acumulação de uma reserva para a velhice, a obtenção de salários mais elevados, o exercício do poder, o exercer de um ritual imerso em um tempo despersonalizado, um despender de tempo e de vida ausente de alma e de paixão. A segunda visão de trabalho implica em laborar na direção de um projeto assumido e valorizado. Um valor que não se esgota em si, mas que articula o homem que trabalha com o outro e que vai de encontro a uma necessidade coletiva.

Há uma visão de servir e de sentir-se útil aí. Há uma música de criação e de solidariedade na praça recém-construída e embelezada pela neve que cai. É perceptível também, nessa segunda forma de trabalho, um contínuo trafegar entre o projeto e as capacidades e habilidades do homem que o persegue. Para a concretização do projeto é necessária a atualização do que há de melhor em Watanabe. O projeto solicita o que ele tem de melhor e no processo de concretização suas melhores qualidades são ainda desenvolvidas. Ao cabo, não resta apenas a praça, onde as crianças brincam, como testemunho da capacidade humana de criação e de transformação da natureza. Sobra, ao fim, um homem melhor. Um homem reconciliado com sua vida e com sua finitude.

O texto anterior foi retirado de  KÜLLER, J.A. Ritos de Passagem – Gerenciando Pessoas para Qualidade. São Paulo, Editora SENAC, 1996.


[1] Kurosawa, Akira, Viver, Toho, 1952, distribuído em vídeo por FJLucas Vídeo.

 

Portal do Futuro 18 de dezembro de 2010

Cristo Redentor - foto de David Berkowistz

O site do Senac Rio traz a seguinte informação sobre o Programa Portal do Futuro.

 

O programa Portal do Futuro insere, no mercado de trabalho, jovens com idades entre 16 e 21 anos em situação de risco social, tendo como base métodos pedagógicos modernos, sintonizados com as tendências socioambientais do novo milênio.

Organizado por projetos: Ser Pessoa, Ser Cidadão e Ser Profissional, propõe desafios que levam o participante à produção de trabalhos relevantes para seu amadurecimento pessoal e profissional. O programa  já passou por 45 municípios, capacitando mais de seis mil jovens.

Muitas empresas são parceiras desse projeto, que demonstra  resultados de impacto para o participante, sua família, para as comunidades e para os mercados.

 

 

O Portal do Futuro foi um programa desenhado para ser um exemplo da Proposta Pedagógica do Senac Rio. Tanto o programa como a construção da proposta pedagógica contaram com a consultoria da Germinal Consultoria. A Construção da Proposta Pedagógica do Senac Rio está, inclusive, documentada em livro. Clique aqui para mais informações.

 

UNESCO – Coleção História Geral da África em português 15 de dezembro de 2010

Filed under: Acontece — José Antonio Küller @ 11:45 am
Tags: , , , , ,

Download gratuito


A UNESCO acaba de publicar uma coleção de livros sobre a História da África. A coleção completa tem oito volumes Clique aqui para acesso aos links do download gratuito da versão em português.

 

Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010.
Resumo: Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili.
Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente.
A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.
 

PROGRAMA JOVEM APRENDIZ RURAL DE JUQUIÁ 14 de dezembro de 2010

O site Portal Vale Online, divulgou a seguinte notícia sobre o Programa Jovem Aprendiz Rural:

7 de dezembro de 2010Colocado em: Juquiá

O Programa de Aprendizagem Rural, do SENAR-AR/SP tem como objetivo proporcionar ao jovem a educação profissional, básica e genérica, necessária para o mundo do trabalho em todas as atividades produtivas do meio rural, complementadas com o desenvolvimento das competências de empreendedorismo. A capacitação promovida em Juquiá desde abril deste ano, foi encerrada com uma confraternização na empresa Palmito Floresta, na segunda-feira, dia 29, e oferecida aos alunos, pais e professores do curso.

O evento contou ainda com uma palestra motivacional sobre empreendedorismo proferida pelo prefeito Merce Hojeije e integrou a programação da formatura dos 27 alunos que concluíram o Programa Jovem Aprendiz Rural. O prefeito, também produtor rural e empreendedor de sucesso, destacou e passou aos alunos todo seu conhecimento com objetivo de proporcionar aos jovens do meio rural conhecimento e qualificação de aprendizagem profissional. A realização do curso em Juquiá contou com as parcerias do Sindicato Rural, Departamento de Agricultura e Turismo, Departamento de Educação, Prefeitura  de Juquiá, Sitio Pedra Cavalo (da família Areias Vieiras), Empresa de ônibus Mina do Vale, Fabrica de Palmito Floresta e as escolas estaduais e particulares.

Durante a realização do programa os alunos receberam orientações e informações técnicas e pedagógicas dos instrutores Engenheiro Agrônomo Ricardo Diniz e a Pedagoga Professora Janice Rodrigues. Participaram da cerimônia de encerramento o presidente do Sindicato Rural Lourival Koji, o coordenador do programa, Amarildo Vassão, o diretor do departamento de agricultura e turismo, Ilso Luiz dos Santos, a diretora de educação Regina Alice Nakao, a presidente do Fundo social Ana Emilia Hojeije, os diretores das escolas Alice Rodrigues Mota, Osvaldo Florência, João Adorno Vassão e Instituto Logos, além dos familiares dos alunos.

Durante o ano letivo em que transcorreu o programa, os alunos não só tomaram conhecimento das mais modernas técnicas que podem ser praticadas nas atividades do meio rural, como se preparam para o incremento do setor da agropecuária, por estarem munidos de modernos instrumentos, tanto em nível teórico como prático, necessários para o desenvolvimento socioeconômico e cultural do campo. “Particularmente o programa destacou-se pela representativa participação dos alunos e também pela marcante solenidade de certificação dos 27 jovens ocorrida na ocasião e posso garantir que este diferencial se deu graças a garra e dedicação do nosso prefeito Merce e sua equipe, que não medem e não mediram esforços para concluir as ações realizadas pelo sindicato”, concluiu presidente do sindicato rural de Juquiá, Lourival Koji Kawashima.

O Instrutor Ricardo Diniz ressaltou que esta turma foi privilegiada por estar concluindo o programa na administração do empreendedor prefeito e sua equipe. “Aproveito a ocasião para agradecer aos pais dos alunos, os parceiros que se fizeram presentes durante a realização deste programa”, disse o instrutor. Para o diretor do departamento de agricultura e turismo, Ilso Luiz dos Santos, ter participado do inicio desta turma e agora também em sua conclusão é uma alegria enorme. “Durante a realização do programa, acompanhamos de perto cada momento e podemos garantir que essa turma tem um diferencial: são comprometidas e envolvidos. Se comprometeram na realização da II Feira da Pupunha, no Encontro da Família Produtora de Banana e demonstraram porque estão no programa”, disse o diretor Ilso. O prefeito Merce não escondeu a satisfação e orgulho dessa administração estar conseguindo realizar e apoiar iniciativas como essa. “Vocês fizeram a diferença. Me emociono quando vejo 27 jovens com vontade e muita garra. Minha infância foi dura, não tive a oportunidade que vocês estão tendo hoje, porém eu tinha metas e objetivos. Na vida temos que ter objetivos. E hoje vejo aqui novos empreendedores prontos para o campo de trabalho. Vamos juntos buscar uma solução para a continuidade destes jovens e inclusão deles no mercado de trabalho”, destacou o prefeito Merce Hojeije. O encerramento contou com um delicioso almoço oferecido pela empresa Floresta e feito especialmente com muito carinho pelas mãos da primeira dama Ana Emilia.

Sobre o Autor

Danilo Camargo é professor de Educação Básica II, Técnico em informática, Web Designer. Desenvolvedor do Portal Cajati Online.

 

Lula envia Plano Nacional de Educação ao Congresso dia 15

Filed under: Acontece — José Antonio Küller @ 12:11 pm
Tags: , ,

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (13) que vai enviar o novo Plano Nacional de Educação (PNE) ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira (15). “Estaremos deixando público o compromisso do governo brasileiro até 2020”, disse em seu programa semanal Café com o Presidente.

Entidades da área educacional já haviam pedido urgência na divulgação do texto. Uma carta foi enviada ao Ministério da Educação (MEC) e à Presidência da República para que o projeto fosse encaminhado ao Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, que deve começar nesta semana, logo que for votado o Orçamento de 2011.

Lula lembrou que o novo PNE não deve ser visto como um programa de governo, uma vez que tem a duração de dez anos. “O que é importante é que as metas são ambiciosas”, disse, ao citar a previsão de chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) investidos em educação até 2020.

“[A qualidade da educação] é um desafio para a futura presidenta do Brasil, a companheira Dilma Rousseff. É um desafio para quem for escolhido por ela para ser ministro da Educação”, afirmou.

Lula destacou os investimentos em educação superior feitos nos últimos oito anos, mas avaliou que é preciso, a partir de agora, “mais ousadia” no ensino fundamental.

O atual Plano Nacional de Educação vigora até 31 de dezembro.

Ver em páginas a Íntegra do projeto de lei do Plano Nacional de Educação.

 

Aprender a aprender 3 de dezembro de 2010

Não gosto dos chamados vídeos didáticos. Em geral, são tentativas de substituir a aula magistral com o uso da tecnologia. São  exemplos de uma modernização conservadora.

Existem raras exceções. Lembro-me especialmente de um vídeo produzido no Japão que se chama (em português) “A última ceia em Nova Iorque”. Não o encontrei no Youtube.

Nesse vídeo, uma professora de arte  leva uma réplica da pintura “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, pelas ruas e escolas da cidade de Nova Iorque. Para explorar o quadro ela parte de um problema: Na pintura, quem é Judas?  O vídeo mostra as reações da população em geral e a de um grupo de estudantes à pintura e ao problema colocado. O problema proposto induz a uma exploração da pintura e a uma construção do conhecimento sobre ela  que nenhuma aula tradicional produziria.

Gosto também muito do vídeo que posto a seguir. Ele se chama “Aprender a Aprender”. Ele não é muito diferente dos usuais vídeos didáticos?

 

 

Educação para o século XXI 2 de dezembro de 2010

Abaixo postamos uma versão legendada em português de um vídeo no qual CEO de diversas empresas falam das exigências atuais postas à escola, na tarefa de formar cidadãos no Século XXI. A necessidade de incorporar as tecnologias digitais é destacada.

 

 
%d blogueiros gostam disto: