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Conheça bons resultados das escolas de educação integral 19 de setembro de 2012

Com texto de Marjorie Ribeiro, o  Portal Aprendiz , em 18/09/2012, publicou a matéria que reproduzimos a seguir. Interessante notar que quase todos os diferenciais das experiências inovadoras abordadas no artigo estão contidos nos Protótipos Curriculares de Ensino Médio e Ensino Médio Intergrado, projeto desenvolvido pela UNESCO. Para quem quiser ter mais informações sobre os Protótipos, clicar aqui.

A escola pode extrapolar seus limites e ir muito além de seus muros e ocupar também as ruas e bairros da cidade. Na chamada educação integral, os professores podem atuar como educadores comunitários e ajudar a identificar demandas, mapear espaços, pessoas e oportunidades que possam se tornar parceiros na construção de trilhas educativas; os alunos podem aprender os conteúdos curriculares a partir de vivências em diferentes espaços como na praças, quadras de esportes, lojas, igrejas, postos de saúde etc.

O conceito vem se tornando cada vez mais frequente devido à divulgação de iniciativas bem sucedidas desenvolvidas em diferentes municípios. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Ginásio Experimental Carioca está trabalhando a multidisciplinaridade dos professores; em Belo Horizonte, as parcerias entre escolas e universidades preparam os professores do futuro por meio de experiências chão-escola. Já em Apucarana, o modelo de educação integral é obrigatório em todas as escolas municipais; enquanto em Sorocaba, as atividades do contraturno seguem o conceito de cidade educadora.

Ginásio Experimental Carioca

Criado em 2011, o modelo de educação integral do Ginásio Experimental Carioca vem sendo desenvolvido em 19 escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro e a estimativa é chegar a 28, em 2013. A iniciativa é realizada especificamente com alunos de 7o, 8o e 9o anos e já vem colhendo frutos. No último Ideb, quatro das dez melhores escolas da rede municipal eram ginásios experimentais. Na cidade, a rede de educação é composta por 1.062 escolas, sendo que 416 são de fundamental II. “Precisávamos experimentar em algumas escolas para ver o que poderia ser feito no restante da rede”, afirma Heloísa Mesquita, coordenadora do projeto.

O conceito vem se tornando cada vez mais frequente devido à divulgação de iniciativas bem sucedidas desenvolvidas em diferentes municípios. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Ginásio Experimental Carioca está trabalhando a multidisciplinaridade dos professores; em Belo Horizonte, as parcerias entre escolas e universidades preparam os professores do futuro por meio de experiências chão-escola. Já em Apucarana, o modelo de educação integral é obrigatório em todas as escolas municipais; enquanto em Sorocaba, as atividades do contraturno seguem o conceito de cidade educadora.

Ginásio Experimental Carioca

Criado em 2011, o modelo de educação integral do Ginásio Experimental Carioca vem sendo desenvolvido em 19 escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro e a estimativa é chegar a 28, em 2013. A iniciativa é realizada especificamente com alunos de 7o, 8o e 9o anos e já vem colhendo frutos. No último Ideb, quatro das dez melhores escolas da rede municipal eram ginásios experimentais. Na cidade, a rede de educação é composta por 1.062 escolas, sendo que 416 são de fundamental II. “Precisávamos experimentar em algumas escolas para ver o que poderia ser feito no restante da rede”, afirma Heloísa Mesquita, coordenadora do projeto.

Uma das novidades do modelo de ensino são as disciplinas diferenciadas. Algumas são optativas, criadas para completar de forma lúdica o conteúdo tradicional, como é o caso das disciplinas de robótica, ciclos de leitura, teatro, cinema ou sexo e rock ‘n rol – nesta última, por exemplo, os alunos aprendem conteúdos sobre cuidado com o corpo e o uso de drogas.

Outra disciplina diferenciada é a que trabalha a vocação dos alunos. Chamada de projeto de vida, ela ajuda os estudantes a planejar aquilo que pretende ser “quando crescer”. Se ele quer ser um jornalista, por exemplo, os professores-tutores (que fazem a mesma função de um orientador da faculdade), acompanham e analisam o desempenho do aluno, dando sugestões do que fazer, como estudar.

Apucarana, Paraná

Já em Apucarana – a 365 km da capital Curitiba –, no Paraná, a experiência de educação integral foi estabelecida em lei pela câmara municipal há dez anos. Hoje, as 38 escolas de ensino fundamental I seguem um currículo que leva os mais de 11 mil alunos a se apropriarem de outros espaços da cidade. “Educação integral no nosso contexto tem sido um exercício de centralidade da educação, colocar efetivamente a educação como centro motor do desenvolvimento de uma comunidade, de uma sociedade”, afirma Claudio Silva atual secretário especial de educação superior, que trabalhou nos últimos sete anos como secretário de educação de Apucarana.

Essas mudanças aconteceram não apenas pela ampliação da carga horária –ampliada para nove horas diárias –, mas principalmente a partir da aproximação dos pais da escola (por meio de associações) e através parcerias com clubes sociais, postos de serviço e universidades.

Uma iniciativa realizada no município foi a instalação estratégica de 30 mini-postos de saúde próximos às escolas. “As crianças são levadas para serem atendidas com regularidade o que faz com que a educação integral se torne, de certa forma, uma economia para município. Com esse acompanhamento, as crianças tendem a ter menos problemas de saúde”, afirma Silva. Além disso, os dentistas dos postos, assumem também o papel de professor. “Eles entram na sala de aula, orientam as crianças, que passam a ter uma regularidade nos consultórios odontológicos”, completa.

O modelo trouxe melhorias no ensino do município. É o que aponta os dados do último Ideb, que mostra que as escolas estão todas acima da média nacional, de 5,5%. Os melhores resultados foram das unidades localizadas na periferia, consideradas campeãs por alcançarem a média de 7,5%. A melhora também é refletida na evasão escolar, praticamente zero.

Cidades educadoras

Outra experiência bem sucedida acontece em Belo Horizonte, Minas Gerais. Inspirado pela Associação Cidade Escola Aprendiz com o conceito de bairro-escola – ao envolver a comunidade em um processo educativo –, o programa desenvolvido em BH se tornou exemplo de cidade-educadora. Conhecido como Escola Integrada, o projeto vem sendo desenvolvido desde 2004, por meio de parcerias entre prefeitura, fundações, ONGs e instituições de ensino superior. O programa abrange cerca de 65 mil estudantes do 1o ao 9o do ensino fundamental, que, durante nove horas diárias, realizam trilhas educativas e participam de atividades culturais, esportivas e de formação cidadã.

Segundo Natacha Costa, diretora geral da Associação Cidade Escola Aprendiz, o diferencial do programa é que os educadores das comunidades têm a figura de um professor comunitário que é o gestor de todo o programa na escola. “Os educadores ajudam a reconhecer os saberes de arte, cultural e esporte da comunidade, pois eles estão no cotidiano das crianças”, afirma.

Para reforçar a ideia de redes, a secretaria de educação realiza parcerias com onze universidades para trabalhar com estudantes de cursos de extensão e licenciatura. A iniciativa possibilita, por exemplo, que universitários da área de música trabalhem musicalização na escola ou que alunos das faculdade de jornalismo ministrem oficinas de rádio ou jornal escolar. “Os estudantes desenham propostas de atividades, montam portfólios e as escolas escolhem quais atividades vão desenvolver, enquanto as universidades dão supervisão os estudantes”, afirma Natacha.

Oficina do Saber de Sorocaba

Já em Sorocaba, no interior de São Paulo, há cinco anos, o projeto Escola em Tempo Integral-Oficina do Saber leva atividades em contraturno para mais de 20 escolas de regiões vulneráveis em quatro bairros da cidade, atingindo 10% da rede municipal. Depois do turno tradicional, os estudantes, de 7 a 10 anos, almoçam na escola e de tarde realizam oficinas esportivas, culturais e outras atividades de reforço.

A diferença é que os espaços de aprendizagem não se limitam à sala de aula em estrutura formal de ensino. As atividades acontecem em praças, parques, quadra de esportes, igrejas, seguindo o mesmo conceito do programa Cidade Educadora.

Neste ano, o programa passou a contar também com o trabalho de universitários da Fefiso (Faculdade de Educação Física) e da Academia de Ensino Superior, além de alunos da Uniso (Universidade de Sorocaba), que atuam como estagiários. “A rede com a universidade contribui para a formação do educador do futuro, fornecendo uma formação no chão-escola. No fundo é um ciclo virtuoso que está sendo criado na cidade entre futuros professores, comunidade, coordenadores e alunos”, afirma Natacha.

 

Traduzir-se 18 de setembro de 2012

Uma ânfora? Foto de Marcus Teshainer

A atividade de projeto para elaboração do Plano de Vida e Carreira,  no Trilha Jovem, tem início com um momento de introspecção.  Convida-se  o jovem para olhar para si  mesmo. Reconhecer os próprios valores e/ou pontos fortes, aumentar a auto-estima, incentivar a  ampliação  contínua de suas qualidades e potencialidades são objetivos que se quer alcançar nesse momento. Acreditar na própria capacidade de realização é fundamental à formulação de um plano de vida e carreira. Para compor o clima e induzir a reflexão, como aquecimento para a primeira sessão de aprendizagem, foi usado o poema Traduzir-se, de Ferreira Gullar.

Traduzir-se

Uma parte de mim   é todo mundo:   outra parte é ninguém:   fundo sem fundo.

Uma parte de mim   é multidão:   outra parte estranheza   e solidão.Uma parte de mim   pesa, pondera:   outra parte   delira.

Uma parte de mim   almoça e janta:   outra parte   se espanta.

Uma parte de mim   é permanente:   outra parte   se sabe de repente.

Uma parte de mim   é só vertigem:   outra parte,   linguagem.

Traduzir uma parte   na outra parte   – que é uma questão   de vida ou morte –   será arte?

Ferreira Gullar

O poema foi musicado e  pode-se optar pela apresentação do vídeo a seguir, além do poema escrito.

Clique aqui para abrir a página Dinâmica de Aquecimento com Traduzir-se, que apresenta uma amostra do trabalho desenvolvido para o  Projeto Trilha Jovem, pela Germinal Consultoria, para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia.

 

A contribuição dos prêmios de qualidade para a gestão do desempenho da empresa 12 de setembro de 2012

Publicamos a seguir resumo de artigo de Flavio Hourneaux Junior, Hamilton Luiz Correa e Antonio C. Amaru Maximiano ( todos da FEA/USP), que fazem uma análise comparativa entre prêmios nacionais de qualidade (Brasil, USA, Japão), incluindo o Prêmio Europeu de Qualidade. O artigo replica e amplia uma comparação que já tinhamos feito no livro Ritos de Passagem – Gerenciando pessoas para a qualidade. O livro é, inclusive citado no artigo.

Resumo:

A busca crescente de competitividade e de maiores índices de eficiência têm levado as organizações a utilizarem os mais diversos conceitos e ferramentas no campo da administração. Uma das áreas já consolidadas como fundamentais para o funcionamento das organizações é a Administração da Qualidade Total, também chamada de Total Quality Management, ou TQM. As práticas de qualidade total, que tiveram muita influência no sucesso das empresas japonesas, são hoje condição sine qua non para as operações de uma empresa de classe mundial. Este artigo tem por objetivo fazer uma análise comparativa entre quatro prêmios de qualidade, de grande relevância no tema: Deming, no Japão; Malcom Baldrige, nos Estados Unidos; Prêmio Europeu de Qualidade; e Prêmio Nacional de Qualidade, no Brasil. O enfoque da comparação é o desempenho organizacional, ou seja, de que forma a utilização destes modelos contribuiria para o desempenho da organização e que elementos seriam contemplados na avaliação deste desempenho. A metodologia utilizada é a análise de conteúdo e, ao final, pretende-se sugerir uma proposta para a avaliação de desempenho organizacional que englobe os elementos presentes nos quatro modelos estudados.

Para os interessados, o artigo completo pode ser acessado clicando aqui.

 

 

Princípios sociotécnicos de organização do trabalho e a educação dos trabalhadores 5 de setembro de 2012

Dentre as propostas administrativas que procuram superar a crise da organização clássica do trabalho, a abordagem sociotécnica pode contribuir significativamente para a formulação de alternativas de organização do trabalho que o tornem (o trabalho) efetivamente educativo.

Praticamente todos os princípios do desenho sociotécnico da organização do trabalho guardam uma preocupação com a ampliação dos limites da participação e a ampliação da complexidade e variabilidade da atuação dos trabalhadores. Dentro de uma perspectiva estritamente educativa são muito importantes os princípios detalhados a seguir e todos eles podem ser incorporados como tarefas educativas da gerência.

1. Princípio da compatibilidade

O princípio prevê que o desenho organizacional deve criar o maior espaço de participação em todos os níveis e que deve ser efetuado com a participação de todos os níveis organizacionais. A oportunidade educativa prevista pelo princípio é similar à dos Círculos de Controle da Qualidade (CCQ): buscar competência e aprender sobre a organização global do trabalho a partir de um efetivo engajamento na tarefa de sua transformação. Transcende o CCQ na medida em que não propõe uma atividade restrita aos microprocessos sob a responsabilidade de um grupo operacional. O campo de ação e, portanto, do projeto de aprendizagem é a organização toda em seu momento e em seu devir.

Um caminho para a implantação do princípio consiste em começar em um local de trabalho específico e expandir gradativamente as oportunidades de concepção da organização do trabalho até envolver a empresa como um todo. Esse começar do pequeno implicaria transformar gradativamente cada locus de trabalho num espaço de definição compartilhada de objetivos e procedimentos. Tal espaço seria gradativamente ampliado até abranger a organização toda e seus fins.

2. Princípio da mínima especificação crítica

Ao possibilitar a variação nas tarefas e nos métodos de consecução dos objetivos, este princípio preserva espaços de permanente participação, experimentação e criação dentro do cotidiano de trabalho. É o oposto da proposta de fundo e das aplicações correntes das normas ISO e dos programas de qualidade centrados na busca de certificação ou premiação.

Além dos resultados, que devem estar compatíveis com as necessidades implícitas e explícitas dos clientes, só o mínimo indispensável à articulação horizontal (especialmente) e vertical da organização deve ser definido de forma mais permanente e normatizado. A ideia fundamental é liberar espaço à participação, à criação, à experimentação e à aprendizagem coletiva. Tal espaço envolveria o trabalho de criação, de desenvolvimento e de implantação dos métodos e dos processos de ação.

Uma possibilidade imediata de aplicação do princípio, articulada com o Movimento da Qualidade Total, seria a de especificar os resultados na relação interna e externa de clientela e normatizar genericamente as interfaces. Em passo concomitante ou posterior, colocar em questão as próprias interfaces (ver o princípio de localização dos limites).

3. Princípio da multifuncionalidade

Prever, já no desenho da organização do trabalho, a demanda e a facilitação da polivalência dos operadores. A ideia educativa fundamental é evitar os trabalhos rotineiros e repetitivos e seu séquito de desumanização. Ampliando os espaços onde a participação, a experimentação e a criação possam ser exercidas, a qualidade educativa da organização do trabalho dá um salto.

Essa ideia foi explorada pelo Movimento da Qualidade Total, em especial no que foi denominado toyotismo. Entretanto, o Movimento tem operado essencialmente por justaposição de tarefas fragmentadas a um cargo parcial ou pela atribuição de um conjunto de tarefas parciais a um grupo de trabalhadores. É interessante relembrar os avanços da Reengenharia, com a concepção de proprietário de processo e o “conceito de artesão” de Juran, como caminhos mais promissores.

A proposta fundamental, aqui, é recompor a complexidade e variabilidade do trabalho a cargo de cada pessoa, beirando sempre as fronteiras e as possibilidades, cada vez menos restritivas, abertas pela tecnologia emergente. O princípio seguinte pode ser um estágio na implantação da multifuncionalidade.

4. Princípio da localização dos limites

Os limites dos departamentos devem ser fixados de forma a possibilitar o máximo de troca de experiências e conhecimento entre os responsáveis por um processo completo. Isso pode facilitar o domínio pelos operadores do processo como um todo e, portanto, facilitar as alternativas de multifuncionalidade.

5. Princípio do trabalho adequado

O cargo deverá ser sempre estimulante e proporcionar oportunidade de desenvolvimento integral para seu ocupante. Para tanto, a Abordagem Sociotécnica estabelece as seis propriedades intrínsecas de um cargo bem desenhado: Variação e desafio, Aprendizagem contínua, Autonomia e julgamento, Reconhecimento e apoio, Contribuição social significativa e Futuro promissor.

A possibilidade de aprendizagem contínua é colocada, especificamente, como uma das propriedades de um cargo bem desenhado e a questão da formação permanente como imanente a uma abordagem prescritiva da organização do trabalho. Isso sem descartar os efeitos educativos das demais propriedades intrínsecas dos cargos e dos demais princípios do desenho sociotécnico.

6. Princípio do estado incompleto

Estabelece que o desenho organizacional não deve ser definitivo e que equipes multifuncionais, de múltiplos níveis e multidisciplinares, devem estar continuamente operando no repensar da organização do trabalho. A adoção desse princípio acarreta que os efeitos educativos dos demais fiquem em permanente estado de atualização e renovação.

7. Princípios do desenho sociotécnico e a educação dos trabalhadores

Esses princípios do desenho sociotécnico de organizações do trabalho, especialmente em suas decorrências para um projeto educativo, não são em geral incorporados pelo Movimento da Qualidade Total. Exceção: aspectos do princípio de multifuncionalidade dentro do Toyotismo e do princípio do estado incompleto, na vertente da melhoria contínua da qualidade.

Na transcendência do Movimento da Qualidade e para um projeto reeducativo do trabalho, a retomada dos princípios sociotécnicos parece promissora. Na vertente da organização do trabalho enquanto instância educativa per se, os princípios praticamente esgotam as possibilidades atuais de avanço e podem ser totalmente incorporados a uma proposta de organização educativa ou de organização que aprende.

Texto adaptado d original publicado em:  Küller, J. A. Ritos de Passagem: gerenciando pessoas para a qualidade. São Paulo, Editora Senac, 1996.

 

A formação de professores está em crise

O Jornal da Ciência, órgão da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), publica um artigo sobre a crise brasileira de formação de professores, do qual destacamos os seguintes parágrafos:

Esta é hoje a situação do Brasil que, no tocante à formação dos seus professores, enfrenta uma tríplice crise: uma crise de quantidade, uma crise de qualidade e uma crise sistêmica. Apesar dos recentes esforços em âmbito federal, essas crises se agravam e ameaçam desestabilizar a imagem de futuro preconizada nos grandes projetos nacionais para as próximas décadas.

A crise de quantidade manifesta-se em todas as disciplinas da educação básica e em todas as regiões do país. Para registro: não há uma única disciplina em que o número de professores com formação específica (por exemplo, professor de matemática formado em matemática) seja igual ou superior à demanda. Em algumas disciplinas, a crise de quantidade é especialmente grave. Em física, por exemplo, o país forma cerca de 1.900 professores/ano. A demanda atual é de cerca de 60.000. Esta situação, idêntica à da química, da sociologia e da filosofia, ridiculariza o projeto de futuro para o país.

Para ter acesso ao artigo completo, clique aqui.

 

 
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