Germinal – Educação e Trabalho

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Ensino médio tem queda de qualidade em SP e fundamental fica estagnado 27 de março de 2014

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Paulo Saldaña – O Estado de São Paulo – 27/03/2014 – São Paulo, SP

O Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), que mede a qualidade do ensino nas escolas da rede estadual, caiu em 2013 no ensino médio – depois de leve melhora no ano anterior – e ficou estagnado no 9.º e último ano do fundamental. As duas fases são consideradas grandes gargalos da educação pública. Nas primeiras séries do fundamental (1.ª a 5.ª), o índice manteve o ritmo de melhora dos últimos anos e voltou a subir.

Os dados foram obtidos com exclusividade pelo Estado, depois que resultados das escolas vazaram no site da Secretaria de Estado da Educação. Após questionamento de professores que tiveram acesso às informações, a pasta retirou os dados do ar. A secretaria não confirmou os números, razão pela qual não comentou o desempenho da rede. O governo não tem data para divulgação oficial dos índices do Idesp.

Os piores resultados são do ensino médio, etapa em que o maior número de escolas é de responsabilidade da rede estadual. O índice caiu de 1,91, em 2012, para 1,83 no ano passado. Praticamente no mesmo patamar há pelo menos três anos, o índice havia subido em 2012 (veja quadro acima) – fato que foi comemorado pelo Estado e por especialistas em educação. A meta é que a nota no ensino médio chegue a 5 em 2030.

Já no ciclo 2 do ensino fundamental (6.º ao 9.º ano), o Idesp permaneceu em 2,50, mesmo nível obtido no ano anterior. Apesar de não ter caído, o índice dessa etapa ainda preocupa, já que houve queda entre 2011 e 2012. A meta a longo prazo, para 2030, é alcançar nota 6 nessa etapa.

A boa notícia fica por conta dos anos iniciais do ensino fundamental (1.ª a 5.ª séries). Segundo os dados do Idesp, o ciclo manteve o ritmo de crescimento registrado nos últimos anos. Passou de 4,24, em 2012, para 4,42 em 2013 – a meta é de 7, também até 2030. Apesar da melhora, a maioria dos alunos nesse nível de ensino é de responsabilidade das prefeituras. No ciclo 2, boa parte já está em escolas estaduais.

Tendência. O Idesp é calculado a partir do fluxo escolar e das notas nas provas de Português e Matemática do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). As notas médias das avaliações nas duas disciplinas também não foram divulgadas pela pasta.

Para a diretora do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, o que mais preocupa não é a queda no ensino médio. `O mais grave é a oscilação do índice no patamar muito baixo há muitos anos. A gente esperava resultados melhores pela gestão que vem sendo feita`, afirma. Ela chama a atenção para a proporção ainda alta de alunos de ensino médio no período noturno. Quase metade dos estudantes da rede nessa etapa frequenta a escola à noite.

Priscila aponta o ensino integral como uma possível solução para a rede pública. `O Estado ficou durante muito tempo sem ter projeto de educação integral do ensino médio. Até que tenha um número que impacte na média, vamos precisar de muito mais escolas em tempo integral`, completa. Desde 2011, início da atual gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), o Estado de São Paulo tem um novo modelo de ensino integral voltado para o ensino médio que já atingia, no ano passado, quase 50 escolas.

A pesquisadora Paula Louzano, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), diz que sem os dados do Saresp do ano passado é difícil entender o que explica o desempenho das escolas estaduais no Idesp, mas os resultados anteriores e de avaliações federais mostram que a dificuldade não é só no ensino médio. `Como se entende a educação como ensino acumulativo, a gente observa que os problemas já aparecem fortes na última etapa do ensino fundamental`, diz ela. `Em termos de distância da meta, o médio é pior, mas é (nessa etapa) que as deficiências acumuladas deságuam.`

Ideb. Na última edição, de 2011, do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador do Ministério da Educação (MEC), o ensino fundamental da rede estadual de São Paulo ficou estagnado nos dois ciclos em relação a 2009. Permaneceu em 5,4 no ciclo 1 e em 4,3 no ciclo 2. Já no médio, o Ideb apontou avanço da rede, passando de 3,6, em 2009, para 3,9 em 2011. Realizado a cada dois anos, o Ideb é calculado a partir da avaliação de Português e Matemática (Prova Brasil) e taxas de fluxo

 

MEC divulga lista de aprovados do Sisutec; matrículas começam amanhã 25 de março de 2014

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Da redação – UOL Educação – 24/03/2014 – São Paulo, SP

O MEC (Ministério de Educação) divulgou na manhã desta terça-feira (25) a primeira chamada dos aprovados no Sisutec 2014 (Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica). A lista pode ser conferida no site do sistema.

Os aprovados devem fazer sua matrícula entre amanhã (26) e quinta-feira (28) na instituição para que foi aprovado.

A segunda chamada será divulgada no dia 1° de abril. Após a realização das duas chamadas, todos aqueles que tenham concluído o ensino médio poderão se candidatar às vagas remanescentes.

O início das aulas nos cursos técnicos está previsto para o período de 14 de abril a 12 de maio.Mais de 1 milhão de inscrições

Nesta edição, o sistema registrou um total de 1.016.211 inscrições, encerradas na última sexta-feira (21). O programa oferece 291.338 vagas em cursos técnicos gratuitos em instituições públicas e privadas.

O Estado do Rio de Janeiro lidera as inscrições com 111.282, seguido de Minas Gerais com 100.738 inscrições. São Paulo aparece em terceiro lugar, com 88.586 inscrições.

As vagas para os cursos serão ocupadas, prioritariamente, por estudantes que tenham cursado o ensino médio completo em escolas da rede pública ou, se em instituições privadas, na condição de bolsista integral.

O candidato deve ter feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013 e não pode ter zerado a redação.

 

Prazo para inscrição no Sisutec está encerrado 24 de março de 2014

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Da redação – Terra Educação – 22/03/2014 – São Paulo, SP

Terminou às 23h59 desta sexta-feira o prazo para inscrição no Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). De acordo com balanço do Ministério da Educação (MEC), até as 12h o sistema recebeu 900.017 inscrições, sendo que cada candidato podia se inscrever duas vezes.

O Estado do Rio de Janeiro liderava as inscrições com 99.893, seguido de Minas Gerais com 87.789. A Bahia registrava 78.459 inscrições.

A primeira edição de 2014 do Sisutec oferece 293.738 vagas em cursos técnicos subsequentes, para pretendentes que já concluíram o ensino médio. Os cursos são gratuitos e têm início previsto para o período de 14 de abril a 12 de maio.

As vagas para os cursos serão ocupadas, prioritariamente, por estudantes que tenham cursado o ensino médio completo em escolas da rede pública ou, se em instituições privadas, na condição de bolsista integral. O aluno também deverá ter se submetido à edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) referente a 2013 e, cumulativamente, ter obtido nota acima de zero na prova de redação.

A divulgação dos resultados, em primeira chamada, está prevista para a próxima terça-feira, 25, e a segunda chamada para 1º de abril. Após a realização das duas chamadas, todos aqueles que tenham concluído o ensino médio poderão se candidatar às vagas remanescentes.

A oferta de cursos do Sisutec é feita em instituições públicas e privadas. O Pronatec já ofertou mais de 6 milhões de matrículas, sendo 1,7 milhão em cursos técnicos e 4,3 milhões em cursos de qualificação profissional.

 

Filed under: Sem categoria — José Antonio Küller @ 11:04 am
Dois milhões de jovens em risco
Artigo de Naercio Menezes Filho publicado no Valor Econômico

 

Segundo as estimativas do IBGE, em 2012 havia cerca de 29 milhões de jovens entre 15 a 24 anos de idade no Brasil. Dentre eles, 40% tinham terminado o ensino fundamental, 27% concluíram o ensino médio e cerca de 10% estavam na faculdade. O problema é que dois milhões desses jovens ainda não haviam concluído o primeiro ciclo do ensino fundamental com essa idade. Além disso, 630 mil jovens não chegaram a completar um ano completo de estudo, ou seja, nem mesmo a primeira série. Ou seja, em pleno século XXI, após todos os avanços que tivemos em termos de acesso à educação no Brasil, uma parcela substancial dos nossos jovens não está conseguindo avançar na escola. Quem são esses jovens? O que fazem? O que os espera no futuro?

 

Os dados mostram que 64% desses dois milhões de jovens estão no Norte/Nordeste e 36% nas demais regiões do país, sendo que 66% deles vivem em áreas urbanas. A renda familiar desses jovens é de R$ 1200 por mês, com renda familiar per capita de R$ 320 (38% da renda média do país). Ou seja, grande parte desses jovens está em famílias pobres, mas não extremamente pobres. Interessante notar que há famílias com renda mensal acima de R$ 2 mil que têm filhos que ainda não atingiram a 5ª série aos 15 anos de idade.

 

Dentre esses jovens, 63% são homens, 39% só trabalham, 20% só estudam, 12% estudam e trabalham e 29% nem estudam nem trabalham. A renda média desses jovens que estudam e que trabalham era R$ 460 e a dos que só trabalham era R$ 590. Vale lembrar que o salário mínimo em 2012 era R$ 622. Ou seja, eles trabalham para ganhar pouco.

 

O que os aguarda? Podemos prever que esses jovens enfrentarão grandes dificuldades no futuro. Somente 32% deles ainda frequentavam a escola, mas provavelmente não irão muito longe nos estudos. Os demais já haviam desistido. O salário médio de adultos com até 4 anos de escolaridade hoje em dia é R$ 788. Por outro lado, o salário médio dos adultos com ensino médio é de R$ 1300 e com ensino superior, de R$ 3 mil. Ou seja, cada um desses jovens está perdendo cerca de R$ 500 por mês pelo resto da vida por não concluir o ensino médio. A taxa de não participação no mercado de trabalho entre os adultos com pouca escolaridade é de 26%, contra 9% entre os que têm ensino superior. Isso aumenta os gastos com seguro desemprego (para os que já trabalharam) e com programas de qualificação do trabalhador.

 

O país perde muito com isso. Em primeiro lugar, porque esses jovens poderiam contribuir mais para o país, com o aumento de produtividade e talento que vem da maior educação. Além disso, sabemos que pessoas com maior escolaridade cuidam mais da saúde, do meio ambiente e votam melhor. Mais ainda, há o risco de que parte desses jovens acabe atraída para a criminalidade, tendo em vista as poucas perspectivas no mercado de trabalho e a sensação de impunidade que prevalece no país. Caso somente 1% desses jovens entrassem na criminalidade, seriam 20 mil jovens que, se cometessem um crime por semana, provocariam mais de 1 milhão de novos crimes todos os anos. Muitos desses morreriam antes de completar 30 anos. Grande parte desses custos poderiam ser evitados se conseguíssemos reter esses 2 milhões de jovens por mais tempo na escola.

 

O que podemos fazer para conseguir isso? Está claro que a política pública deve começar nos primeiros anos de vida da criança. Hoje sabemos, por meio das pesquisas em neurociências, que o desenvolvimento infantil saudável é condição necessária para o aprendizado futuro. É nos primeiros anos de vida que são desenvolvidas as habilidades cognitivas que facilitarão todo o processo de aprendizado futuro. Além disso, essas habilidades interagem com as habilidades não cognitivas, tais como estabilidade emocional, extroversão, perseverança e motivação, que são fundamentais para que os jovens permaneçam na escola, apesar das dificuldades e da baixa qualidade da escola pública brasileira.

 

Hoje em dia, o Brasil tem programas sociais muito bem sucedidos, que chegam às famílias mais pobres, como o Bolsa Família e o Saúde na Família. Pesquisas mostram que esses programas conseguiram reduzir bastante a mortalidade infantil nos municípios em que a cobertura foi maior, especialmente devido à redução dos casos de desnutrição, diarreia e infecções respiratórias1. Entretanto, é preciso ir além. Além da sobrevivência, é necessário fazer com que as crianças tenham um desenvolvimento saudável, ou seja, que suas capacidades cognitivas e não cognitivas se desenvolvam no ritmo adequado.

 

Para isso, é necessário evitar que a criança enfrente situações de estresse prolongado nos primeiros anos de vida e, mais ainda, que haja um processo de interação saudável entre as crianças e os adultos que as cercam. Isso, infelizmente, parece não estar ocorrendo em grande parte das famílias brasileiras. Assim, é necessário utilizar o cadastro social único para visitar as famílias e mensurar o que de fato está acontecendo com as crianças (através de testes cientificamente aceitos e validados) e direcioná-las para especialistas em caso de problemas. Além disso, é necessário ensinar as mães e avós a interagir de forma saudável com elas. Por fim, saneamento básico e escola pública com qualidade são indispensáveis. Esse deve ser o futuro do Bolsa-Família.

 

Vários ramos da ciência moderna têm convergido para a necessidade de concentrar os recursos públicos nos primeiros anos de vida das pessoas. Está na hora dos políticos e gestores também caminharem nessa direção.

 

1 Rasella e Paes-Souza, “Combining Conditional Cash Transfers and Primary Health Care to Reduce Childhood Mortality in Brazil’.

 

Naercio Menezes Filho é professor titular – Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, professor associado da FEA-USP e escreve mensalmente às sextas-feiras.

 

 

País tem déficit de 32,7 mil docentes no ensino médio 20 de março de 2014

Filed under: Sem categoria — José Antonio Küller @ 2:59 pm

 

 Mas, ao mesmo tempo, as redes de ensino possuem 46 mil docentes sem formação específica

 

O Brasil tem hoje um déficit de pelo menos 32,7 mil professores noensino médio, concentrado especialmente na área de exatas, sendo mais de 9 mil apenas em física. Mas, ao mesmo tempo, as redes de ensino possuem 46 mil docentes sem formação específica, que poderiam ser capacitados para o ensino e outros 61 mil fora das salas de aula, cedidos para áreas administrativas, em alguns casos até mesmo fora da área de educação.

 

As conclusões são de uma auditoria especial do Tribunal de Contasda União, apresentada nesta quarta-feira, 19, em Brasília. A auditoria, feita pelo TCU e pelos tribunais de contas de 25 estados e do Distrito Federal – as exceções foram Roraima e São Paulo, que não aceitaram participar – investigou a cobertura, professores, gestão e financiamento do ensino médio.

 

“Boa parte desse déficit poderia ser resolvida com uma melhoria de gestão”, afirmou o ministro Valmir Campello, relator da auditoria.

 

De acordo com o ministro, o déficit de professores pode ser ainda maior, já que houve algumas simplificações nos cálculos para evitar um superdimensionamento – por exemplo, professores que dão aulas em duas áreas diferentes foram contabilizados como dois professores.

 

A investigação descobriu, ainda, que boa parte dos Estados têm um número significativo de contratos temporários. Em média, 30% dos professores do país estão nesse tipo de contratação precária, mas esse índice pode passar de 60%, como nos casos do Espírito Santo (66,6%), Mato Grosso (64,8%) e Mato Grosso do Sul (61%).

 

“É expressivo para um tipo de contratação que deveria ser excepcional. Pode ser a maneira de alguns municípios e Estados fugirem da lei de responsabilidade fiscal”, disse Campelo. “O cenário não apresenta tendência de melhoria. O porcentual de contratos em 2012 continua muito elevado e sem sinal que vão diminuir”.

 

A auditoria encontrou, ainda, discrepâncias significativas entre o que os Estados informam como investimento em educação e gasto com pessoal de educação no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), do Ministério da Educação, e outros sistemas como o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), de acompanhamento da Lei de Responsabilidade Fiscal, e da Relação Anual de Informações Sociais, que trata de emprego e renda.

 

De acordo com a auditoria, os Estados analisados e o DF informam um investimento de R$ 13,3 bilhões a mais ao MEC do que no RREO. DF, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm as maiores discrepâncias, em torno de R$ 2 bilhões.

 

Em vários casos, diz o relatório, os Estados estão no limite do que deveriam aplicar em educação pela obrigação constitucional, o que se significa que, na verdade, podem estar devendo.

 

“Há problemas substantivos sobre qualidade e confiabilidade dosrecursos aplicados na educação. Ter informações confiáveis é de fundamental importância para assegurar o cumprimento do investimento mínimo exigido por lei” afirmou Campello. A auditoria, com uma série de recomendações, será enviada ao MEC e aos Estados participantes

 

Primeiro dia de Sisutec tem mais de 248 mil inscrições 18 de março de 2014

Filed under: Sem categoria — José Antonio Küller @ 12:03 pm

Aline Valcarenghi – Agência Brasil – 17/03/2014 – Brasília, DF

Até as 19h30 de hoje (17) foram feitas 248.505 inscrições no Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). Cada canditado pode fazer até duas inscrições. Segundo o Ministério da Educação (MEC), os cursos mais procurados foram técnico em segurança do trabalho (35.062 inscrições); técnico em logística (26.008); técnico em enfermagem (20.484); técnico em informática (15.619) e técnico em edificações (14.592).

De acordo com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Alécio Trindade, o número ultrapassa o do mesmo período do ano passado. O prazo para inscrição vai até o dia 21 de março. “É um número muito interessante, que mostra o interesse dos jovens em aproveitar a oportunidade. O curso é gratuito, não tem custos e são cursos de muito mercado, como logística, informática, técnico em edificações. São cursos que têm um mercado muito aquecido em termos de empregabilidade”, avaliou Trindade.

O secretário ressaltou à Agência Brasil que o ensino técnico é extremamente importante para o crescimento do país. “Um contingente considerável [de estudantes] fica sem formação porque não tem ensino superior para todo mundo. O Sisutec entra com o papel na formação profissional do cidadão e supre a necessidade de prover o mercado com técnicos, para fomentar o surgimento de novas empresas e da indústria para que possamos manter o nosso crescimento”, disse Trindade.

Por enquanto, para se inscrever no programa, o candidato precisa ter o ensino médio completo, ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 e não pode ter zerado na redação. É necessário informar o número de inscrição e a senha usados no Enem de 2013, pois o número de inscrição e a senha de outras edições do exame não serão aceitos.

Ao fazer a inscrição, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções entre as vagas ofertadas pelas instituições participantes. O candidato também deve definir se deseja concorrer às vagas destinadas aos estudantes que tenham cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas na condição de bolsista integral ou às vagas reservadas a negros, pardos e indígenas que tenham cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas na condição de bolsista integral, especificamente para acesso às vagas ofertadas pelas instituições federais de ensino ou às vagas destinadas à ampla concorrência.

No período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções. Será considerada válida a última inscrição confirmada. No fim da etapa de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem. Caso a nota do candidato possibilite a classificação em suas duas opções de vaga, ele será selecionado exclusivamente na primeira opção.

Serão feitas duas chamadas sucessivas. A cada chamada, os candidatos selecionados têm um prazo para fazer a matrícula na instituição, confirmando dessa forma a ocupação da vaga.

O Sisutec é um sistema informatizado no qual instituições públicas e privadas de ensino superior e de educação profissional e tecnológica oferecem vagas gratuitas em cursos técnicos para candidatos participantes do Enem. Entre os dias 7 e 13 de abril os candidatos que não fizeram o Enem e quiserem concorrer às vagas remanescentes do Sisutec terão a oportunidade de se increver.

Em sua segunda edição, o programa vai oferecer 291.338 vagas, um aumento de 21% em relação ao ano passado. As inscrições ocorrem exclusivamente pela internet pelo site http://www.sisutec.mec.gov.br

Entenda como funciona o Sisutec

Portal Brasil – Revista Gestão Universitária – 18/03/2014 – Belo Horizonte, MG

Desde 2013, os estudantes que fazem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem, além de concorrer a vagas nas instituições de ensino superior cadastradas, tentar ingressar em cursos profissionalizantes em instituições de educação profissional e tecnológica. As inscrições são feitas por meio do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec), o sistema informatizado no qual instituições públicas e privadas de ensino superior e de educação profissional e tecnológica oferecem vagas gratuitas em cursos técnicos.

Para fazer a inscrição no Sisutec , é necessário que o candidato tenha feito as provas do Enem do ano anterior e obtido nota superior a zero na redação. A inscrição é feita exclusivamente pela internet, por meio da página do Sisutec, e sem a cobrança de taxas. Os estudantes devem informar o número de inscrição e a senha usados no Enem de 2012. Os dados de outras edições do exame não são aceitos.

Para fazer a inscrição, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções entre as vagas ofertadas pelas instituições participantes. Ele também deve definir se deseja concorrer às vagas para quem tenham cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas como bolsista integral; ou às vagas reservadas para negros, pardos e indígenas que tenham cursado o ensino médio completo em escola pública ou escola privada com bolsa integral.

Durante o período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções. Será considerada válida a última inscrição confirmada. Ao final, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem.

Serão selecionados somente os candidatos classificados dentro do número de vagas ofertadas em cada curso. Caso a nota do candidato possibilite sua classificação em nas duas opções de curso que ele fez, ele será selecionado exclusivamente na primeira opção. Assim como no Sisu, haverá duas chamadas dos selecionados e, em cada uma delas, os candidatos terão um prazo para efetuar a matrícula na instituição.

Durante as duas chamadas, o candidato que optar por uma determinada modalidade de concorrência estará concorrendo apenas com os candidatos que tenham feito essa mesma opção, e o sistema selecionará, dentre eles, os que possuírem as melhores notas no Enem do ano anterior. O Sisutec também tem algumas especificações em relação ao número e às cotas das vagas oferecidas:

– 85% das vagas serão destinadas aos estudantes que, independentemente de renda per capita familiar, tenham cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas como bolsista integral.

– 50% das vagas das instituições da rede federal serão reservadas aos estudantes de famílias com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio, per capita, que tenham cursado o ensino médio completo em escolas públicas ou em instituições privadas com bolsa integral.

– Aos autodeclarados negros, pardos e indígenas, interessados em cursos de Instituições Federais de Ensino, será reservado o percentual, por curso e turno, correspondente aos dados populacionais mais recentes, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, referentes à Unidade Federativa em que se encontra a Instituição ofertante. Para eles, também há a opção de ter ou não a renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio, per capita, mas é necessário ter cursado integralmente o ensino médio em escola pública ou privada com bolsa integral.

 

Currículo do ensino básico precisa ser mais definido, diz presidente do Inep 17 de março de 2014

Filed under: Sem categoria — José Antonio Küller @ 12:22 pm

Flávia Foreque – Folha de São Paulo – 17/03/2014 – São Paulo, SP

O novo presidente do Inep, Chico Soares, afirma que o currículo da educação básica no país precisa ser mais bem definido e argumenta que essa tarefa não pode depender de uma escolha do docente.

O tema é polêmico entre educadores. Se de um lado há um grupo que defende mais clareza no currículo, há outros que reivindicam a autonomia dos professores.

`Não posso deixar que a definição do que é necessário para aprender seja feita pelas diferentes pessoas, nos diferentes lugares`, disse.

`Precisamos muito do professor, mas ele implementa uma decisão de Estado`, afirmou à Folha, em sua primeira entrevista após assumir a presidência do instituto, órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem.

Sobre o exame, ele descarta, no curto prazo, a realização de duas edições por ano, mas afirma que quer analisar o uso do computador em outras provas aplicadas pelo governo federal, o que pode facilitar a reedição de exames.

Defensor do ensino integral, ele aponta que a escola no Brasil foi `pensada para poucos` e que o atual modelo resulta em uma `formação superficial`. Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Folha – Quando o ministro Henrique Paim assumiu o comando do MEC, ele apontou como prioridade a formação dos professores da educação básica. Qual será sua prioridade no Inep?

Chico Soares – A nossa prioridade tem que ser dialogar [com o MEC] e implementar as prioridades do ministério.

O instituto está bem estabelecido na questão dos indicadores educacionais [como o Ideb, indicador de qualidade da educação básica]. Eles cumprem uma função muito importante, de dar subsídios para políticas públicas.

No entanto, eles têm uma riqueza que ainda não está explorada e é isso que vamos procurar fazer, dar a esses números uma vida pedagógica. O que a gente quer é organizar esse material com a lógica da instrução e dizer para o professor: está aqui algo que você pode utilizar.

De que forma isso pode ser feito?

O que a gente vai procurar fazer é explicitar de uma forma organizada, em algum tipo de portal, quais são as demandas cognitivas e pedagógicas das diferentes questões utilizadas [nas provas].

Se temos uma questão que é distinguir fato de opinião, vou dizer para o professor: seus alunos do 5º ano são capazes de distinguir fato de opinião, mas num texto muito simples. Eles não são capazes de distinguir num texto um pouco mais complexo.

O que é um texto complexo? O professor teria exemplos. Esse é o esforço que a gente vai fazer.

Na gestão do ministro Fernando Haddad, houve a promessa de mais uma edição do Enem por ano. O sr. vai tentar implementar dois exames por ano?

Não. É impossível se fazer dois `Enens` por ano com esse Enem. O crescimento [de inscritos] foi de tal ordem que a logística se impôs. A demanda é razoável, mas teremos que pensar formas alternativas que não estão colocadas no curto prazo. No curto prazo, não teremos nenhuma mudança.

E o que seriam essas formas alternativas?

Existe um uso cada vez maior do computador. Estamos querendo trazer [esse recurso] para o Inep e usá-lo em avaliações menores, com as quais a gente possa aprender as diferentes maneiras que o computador pode ser usado.

Celpe-bras [exame de proficiência em português] e Encceja [exame para certificação do ensino fundamental] seriam as primeiras [experiências]. Mas não está se pensando no curto prazo para o Enem, porque ele é muito grande.

Recentemente a organização do SAT (o `Enem` dos EUA) anunciou algumas mudanças para deixar o conteúdo da prova um pouco mais próximo do que o aluno do ensino médio está aprendendo lá. Uma mudança semelhante não deveria ser feita no Enem?

A mudança que está havendo é aproximar o exame americano da rotina das escolas, ou seja, aproximar a avaliação do currículo.

Aqui, o Enem já é o nosso currículo. Podemos discutir se esse currículo, que é o que as escolas estão ensinando e que o Enem está pedindo, é o ideal. Essa é uma discussão que ultrapassa muito o Inep.

Mas como o Enem molda o currículo, não é justamente isso que o Inep vem fazendo?

Temos uma implementação de uma base nacional comum [com a aplicação do Enem] que eventualmente as pessoas podem olhar e falar: `Olha, ela está desequilibrada, porque tem conhecimentos sendo exigidos que eventualmente não estariam ali`.

Essa é uma questão que precisa ser discutida. Somos parte do debate educacional e participantes influentes, mas isso é uma questão da sociedade. Nós podemos e vamos participar e nossa reflexão, embora influente, não é a única.

O sr. é favorável a uma discussão sobre o currículo da educação básica?

Sou favorável por uma questão de justiça escolar. Temos desigualdades educacionais muito marcantes, e uma coisa absolutamente fundamental para que todos aprendam aquilo que necessitam para a cidadania é que [o currículo] esteja bem definido.

E hoje ele está definido?

Não está. Nossas definições curriculares são muito gerais. Se não digo claramente o que espero, nunca vou conseguir [alcançar o objetivo].

Não posso deixar que a definição do que é necessário para aprender seja feita pelas diferentes pessoas nos diferentes lugares. Alguns vão tomar excelentes definições. Outros, infelizmente, vão tomar definições que vão prejudicar turmas inteiras.

Aqui a gente toca num ponto muito delicado: precisamos muito do professor, mas ele implementa uma decisão de Estado. Não posso dar a cada um a possibilidade de ser o intérprete do direito à educação. Por isso que a base nacional comum é importante.

Isso não é uma coisa que vai ser criada pela varinha mágica, mas a gente precisa fazer.

Hoje o Enem é usado para o acesso ao ensino superior, certificação do ensino médio e a própria avaliação dessa etapa do ensino, com o Enem por escola. Não são muitas funções para um único instrumento?

Não tenho uma posição clara se isso precisa mudar. No caso da certificação, existem duas direções. A certificação pelo Encceja [do ensino fundamental] tem uma dimensão mais educacional: o aluno que está fora da faixa etária correta vai para uma escola, tem uma experiência escolar e no fim dessa experiência tem a certificação.

A certificação pelo Enem é um pouco não escolar [certificação pode ser obtida sem que o aluno tenha cursado o ensino médio].

Apenas entendo que seria melhor para o aluno passar por uma experiência escolar em vez de passar simplesmente por uma experiência de certificação isolada dessa experiência.

O MEC defende que os recursos dos royalties do petróleo para a educação sejam usados, prioritariamente, para melhorar o salário dos professores. O sr. acha que o aumento na remuneração vai implicar um melhor resultado em sala de aula?

Não é uma consequência natural, mas é fundamental [para melhorar o aprendizado]. Dinheiro é absolutamente essencial para salário, estrutura, formação dos professores. A sociedade brasileira tem que se dar conta de que escola tem que ser de tempo integral, para o professor e para o aluno. Temos que colocar isso no nosso horizonte.

Em vários lugares do mundo, as pessoas têm dificuldade de entender que uma escola [no Brasil] funciona em três turnos, que o mesmo prédio recebe um grupo de alunos de manhã, outro de tarde, outro à noite.

Para que esse processo mude, a gente precisa de mais recursos. As nossas escolas, com muita frequência, não têm espaço para o professor ficar lá, porque foram pensadas como algo acidental.

Por que ela é um lugar onde o professor passa?

Porque essa foi a nossa tradição. [O Brasil] Criou uma escola que dá uma formação superficial. Foi pensada para poucos, não como uma política de todos, como direito.

 

Sisutec oferece 291 mil vagas em cursos técnicos 14 de março de 2014

Filed under: Sem categoria — José Antonio Küller @ 8:05 pm

MEC – Revista Gestão Universitária – 14/03/2014 – Belo Horizonte, MG

A primeira edição de 2014 do Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec) ofertará 291.338 vagas em cursos técnicos subsequentes, para candidatos que já concluíram o ensino médio. Os cursos são gratuitos e têm início previsto para o período de 14 de abril a 12 de maio.

Na primeira edição do Sisutec, realizada no segundo semestre de 2013, foram ofertadas 239.792 vagas. O aumento de 51.546 vagas do ano passado para este ano representa um crescimento de 21%.

O ministro da Educação, Henrique Paim, apresentou os dados em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (13), em Brasília. Segundo ele, a oferta de vagas desta edição do Sisutec é expressiva. Nesta edição, todos os estados brasileiros estão ofertando cursos. “O Sisutec se insere nessa estratégia de oferecer o máximo de oportunidades para o jovem brasileiro”, ressaltou o ministro. “O Sisutec estimula as instituições, principalmente as privadas, a ampliarem a oferta”, completou.

A página do Sisutec na internet já está disponível para consulta. As inscrições poderão ser feitas on-line, de 17 a 21 de março. As vagas para os cursos serão ocupadas, prioritariamente, por estudantes que tenham cursado o ensino médio completo em escolas da rede pública ou, se em instituições privadas, na condição de bolsista integral. O aluno também deverá ter se submetido à edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) referente ao ano de 2013, e cumulativamente ter obtido nota acima de zero na prova de redação.

A divulgação dos resultados, em primeira chamada, está prevista para o dia 25 de março, e a segunda chamada para o dia 1º de abril. Após a realização das duas chamadas, todos aqueles que tenham concluído o ensino médio poderão se candidatar às vagas remanescentes.

A oferta de cursos do Sisutec é feita em instituições públicas e privadas. O Pronatec já ofertou mais de 6 milhões de matrículas, sendo 1,7 milhão em cursos técnicos e 4,3 milhões em cursos de qualificação profissional.

 

A crise do Ensino Médio continua 6 de março de 2014

Filed under: Sem categoria — José Antonio Küller @ 12:35 pm

Adaptado do Editorial – O Estado de São Paulo – 04/03/2014 – São Paulo, SP

Divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), o Censo da Educação Básica mostra que a crise do Ensino Médio continua. O Censo mostra o agravamento da crise do ensino médio, que tem 8,3 milhões de estudantes. Esse ciclo de ensino, que se encontrava estagnado, segundo o último Censo da Educação Básica, agora perde alunos. Em 2013, foram 64 mil matrículas a menos do que em 2012. Considerados os adolescentes e os jovens na faixa etária de 15 a 17 anos, que constituem o público-alvo desse nível de ensino, 15,8% estavam sem estudar em 2012. E, dos 84,2% que estavam numa escola, no final daquele ano, uma parte significativa ainda frequentava turmas de ensino fundamental. Ou seja, estavam com formação defasada.

Com um currículo anacrônico e desvinculado da realidade social e econômica do País, quando comparado aos programas do ensino fundamental e superior, o ensino médio é hoje o principal gargalo do sistema educacional. Além da falta de qualidade, esse ciclo de ensino vive uma crise de identidade, uma vez que não prepara os estudantes nem para os exames vestibulares nem para o mercado de trabalho.

Por isso, o desinteresse dos alunos e as taxas de evasão – principalmente na rede pública – estão deixando as autoridades educacionais apreensivas. Segundo o Censo da Educação Básica, só na primeira das três séries do ensino médio cerca de 30% dos alunos abandonam a escola ou são reprovados. Para tentar contornar o problema e atrair alunos, o MEC estendeu para o ensino médio ações antes circunscritas apenas ao ensino fundamental, como fornecimento de merenda, transporte escolar e livros didáticos. Para estimular os governos estaduais a modernizar a rede pública de ensino médio, o governo também aumentou os repasses federais para as Secretarias da Educação que apresentarem projetos inovadores, substituindo a divisão do currículo em disciplinas tradicionais, como português e matemática, por programas flexíveis e currículos diferenciados, que incluem ciência, tecnologia, cultura e trabalho. Os números do Censo mostram que essas providências não deram o retorno esperado pelas autoridades educacionais.

Para tornar a escola mais atrativa para os jovens e oferecer uma alternativa ao ensino médio tradicional, o governo vem investindo na expansão do ensino técnico de nível médio, que entre 2010 e 2013 registrou um aumento de 84% no número de matrículas. 

Segundo o Censo, há 50 milhões de alunos matriculados no ensino básico. Desse total, 46% estudam nas redes públicas municipais; 36%, nas redes públicas estaduais; 17%, na rede particular; e o restante, nas escolas técnicas. O Censo também mostra que o número de matrículas nesse nível de ensino está caindo – só entre 2012 e 2013, as escolas perderam 500 mil alunos. A redução é atribuída pelo MEC à queda da taxa de natalidade, por um lado, e ao aumento das taxas de aprovação e à melhoria do fluxo escolar, por outro.

O Censo da Educação Básica não avalia a qualidade do ensino, que é medida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Censo é apenas um retrato estatístico desse nível de ensino. Com base em seus números, o MEC pode estabelecer prioridades e formular políticas para melhorar esse ciclo de ensino.

 

 
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