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MEC inicia consulta a estados e municípios para base nacional curricular 29 de agosto de 2014

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Da redação – Agência Brasil – 28/08/2014 – Brasília, DF

O Ministério da Educação (MEC) começou nesta semana uma consulta aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para coletar informações para a construção de uma base nacional comum curricular. A questão é demanda antiga de professores e de entidades ligadas à educação. Com uma base comum haverá uma definição do que é preciso aprender em cada etapa de ensino.

Segundo o MEC, a consulta teve início por meio de comunicado enviado a cada secretário de Educação dos estados e do Distrito Federal e também a cada uma das representações estaduais da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Com as informações, será produzido um estudo que vai subsidiar as discussões em torno da base nacional comum curricular.

Os dirigentes podem acessar o Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec) do MEC e responder ao questionário sobre as três etapas da educação básica – infantil, ensino fundamental e ensino médio – no módulo relativo ao Plano de Ações Articuladas (PAR).

As questões são sobre os documentos e as normas curriculares produzidas pelos sistemas de educação a partir de 2010, quando foram publicadas as novas diretrizes nacionais. Além das perguntas, os dirigentes poderão enviar documentos digitais com as normativas e propostas curriculares dos respectivos sistemas.

A pasta informou hoje (28) que também a Diretoria de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) também está fazendo reuniões com especialistas de universidades e professores da educação básica das diferentes áreas do conhecimento para auxiliar no debate nacional sobre a base nacional curricular

 

Ministro da Educação quer revisão do ensino médio e novo currículo 20 de agosto de 2014

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Paulo Saldaña, Dayanne Sousa e Igor Gadelha – O Estado de São Paulo – 20/08/2014 – São Paulo, SP

A dificuldade para melhorar os índices de desempenho educacional no ensino médio não é exclusividade de São Paulo. O diagnóstico se repete em todo País e especialistas apontam problemas similares em outros países. O ministro da Educação, Henrique Paim, voltou a falar nesta terça-feira, 19, sobre a necessidade de revisão da etapa.

“Não podemos conviver com essa realidade de que apenas 8% dos estudantes do ensino médio estão fazendo educação profissional”, declarou o ministro, que comentou que a penetração do ensino profissional é muito superior em outros países do mundo. Paim participou do Fórum Estadão Brasil Competitivo, especial sobre educação e mercado de trabalho.

O ministro ainda falou sobre a construção de uma base curricular comum no País. “O ministério tem condição de conduzir esse processo para que se possa definir claramente o que é que os nossos estudantes precisam aprender”, disse. Como o Estado adiantou, o MEC iniciou em julho os debates para a construção da base. “É importante conseguirmos definir essa questão, respeitando a diversidade de cada sistema e cada escola.”

Censo. Além da atenção na qualidade, o País ainda tem problemas de acesso nesta etapa. O Censo da Educação Básica, divulgado em fevereiro, mostrou queda no número de alunos matriculados no País no ensino médio, ao mesmo tempo em que há cerca de 1,5 milhão de jovens que deveriam estar nesta etapa e estão fora da escola.

No último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2011, o ensino médio da rede pública do País ficou estagnado em 3,4 – a meta é chegar a 5,2 em 2021.

 

Ensino médio no Estado de São Paulo tem pior nível em 6 anos

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Paulo Saldaña – O Estado de São Paulo – 20/08/2014 – São Paulo, SP

O desempenho em Português e Matemática dos alunos do ensino médio da rede estadual de São Paulo piorou em 2013 e é o mais baixo desde 2008, conforme avaliação do governo do Estado. No fim do ensino fundamental (9.º ano), a nota média da rede caiu em Língua Portuguesa e teve leve aumento em Matemática – mas mostrou estagnação nos últimos seis resultados. O 5.º ano do ensino fundamental, fim do primeiro ciclo, manteve a melhora.

Os resultados são da última edição do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que ocorre anualmente em toda a rede. Eles mostram problemas no ciclo final do ensino fundamental e no ensino médio, apontados como gargalos da educação. Ambas as etapas estão desde 2008 no patamar baixo de proficiência – a escala ainda demarca o abaixo do básico, adequado e avançado.

No ensino médio, a nota média caiu nas duas disciplinas. Passou de 268,4 para 262,7 em Língua Portuguesa – quando o adequado é acima de 300. A nota significa que os alunos não percebem, por exemplo, que personagens emitem opiniões diferentes sobre um mesmo tema em uma tira de quadrinhos.

Em Matemática, a nota média da rede passou de 270,4 para 268,7 – considera-se 350 adequado. Nesse caso, não se consegue interpretar os dados de uma tabela simples. A distância entre a nota obtida e o considerado adequado nesta disciplina representa mais de três anos de estudo, aproximadamente.

No site. Em março deste ano, quando o Estado revelou que o ensino médio havia apresentado queda no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado (Idesp) entre 2012 e 2013, não era possível indicar se o aprendizado tinha piorado.

O Idesp também leva em consideração dados como aprovação e adequação entre a série e idade. A Secretaria de Estado da Educação não divulgou em março os dados do Saresp – até mesmo agora não houve, a exemplo do Idesp, divulgação oficial dos resultados. A pasta atualizou as planilhas no site oficial da secretaria estadual.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Ocimar Alavarse, especialista em avaliação, o que mais preocupa é que os indicadores estejam há anos em níveis tão baixos. Para ele, os índices reforçam a avaliação de que as iniciativas do governador Geraldo Alckmin (PSDB) não têm surtido efeito, além de indicar que o modelo educacional implementado há anos também precisa ser repensado.

“Esses números colocam a necessidade de rediscussão dessa política, que foi estabelecida com bonificação a professores vinculada aos dados”, disse ele. “Outros fatores pesam, como a complexidade da rede e o grande número de professores eventuais. Mas alguma coisa no modelo precisa ser revista.”

Na avaliação do 9.º ano, os estudantes da escola do Estado tiraram 226,3 em Português e 242,6 em Matemática. Para o professor Mozart Ramos Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna, os resultados mostram uma crise do modelo de escola para os jovens. “O resultado é claramente o efeito do distanciamento entre a escola e o jovem, que se manifesta e se perpetua de forma intensa no ensino médio”, diz ele. “Temos um currículo que não dialoga com o jovem e ao mesmo tempo professores de Geografia dando aula de Química, ou o contrário.”

Boa notícia. Apesar da estagnação dos anos finais, a rede estadual de São Paulo conseguiu bons resultados no primeiro ciclo do ensino fundamental. Tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática.

Os dados do Saresp apresentam uma tendência de melhoria desde 2008. Em Português, a média alcançou 199,4 em 2016, ficando a 0,6 ponto do nível de aprendizado considerado adequado. Em Matemática, houve melhora, mas a etapa não saiu do básico.

Rede complexa

A Secretaria de Estado da Educação ressaltou que a interpretação do Saresp não pode ignorar a complexidade da rede. “São Paulo foi o primeiro Estado a universalizar o ensino médio. É uma rede complexa, com 5 mil escolas, que nos anos finais recebem 82% de alunos de outras redes”, explicou Ione Assumpção, da coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação da secretaria. “Há políticas como o currículo, formação de professores, que são de longo prazo. Há regiões com melhora.”

Segundo Ione, as ações da pasta são permanentemente reavaliadas em busca de melhorias. “Não podemos ignorar o sucesso no ciclo 1, estamos conseguindo alfabetizar aos 7 anos.”

 

Desvendando o PNE: meta 3 problematiza o papel do Ensino Médio 12 de agosto de 2014

Filed under: Sem categoria — José Antonio Küller @ 11:51 am

Por Ana Luiza Basílio, do Centro de Referências em Educação Integral

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%.

Uma leitura da situação educacional dos adolescentes de 15 a 17 anos revela uma realidade ainda desafiadora para o país. Se é possível comemorar a presença de 8,4 milhões deles na escola, ainda é preciso pensar formas de resgatar outros 1,5 milhão que está fora desse atendimento. Também se faz necessário considerar que grande parte desses alunos não frequentam o ano escolar adequado; entre os matriculados, 54,4% desses jovens estão no Ensino Médio, e a outra parte retida no ensino fundamental, apontam os dados do Observatório do PNE.

Leia +: Desvendando o PNE: a aprovação e os próximos dez anos

O enfrentamento à distorção idade-série e a evasão escolar se faz fundamental para que haja avanço na pauta por um ensino médio mais qualificado, em consonância com as demandas dos adolescentes e ao seu desenvolvimento integral. As metas falam da universalização da educação para os adolescentes de 15 a 17 anos até 2016 e do aumento das matrículas no ensino médio em cerca de 30% até 2024. Um esforço que, certamente, chama à corresponsabilização as diversas esferas da sociedade.

Por uma escola que crie vínculos
A escola não se constitui como uma referência positiva para a juventude e o caminho para essa ressignificação depende da resolução de um de seus principais dilemas, como avalia Ricardo Henriques superintendente executivo do Instituto Unibanco e professor do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). “Além de não atrair grande parte dos jovens, essa escola ainda faz com que os alunos saiam antes do tempo”.

O reconhecimento desse cenário, no entanto, não é de todo negativo na leitura de Pilar Lacerda, diretora da Fundação SM. Para ela, a busca ativa pelo cumprimento das metas relacionadas ao ensino médio vai ajudar a “descortinar” a desigualdade brasileira, como explica. “Na medida em que formos procurar esses jovens que estão fora da escola, vamos trazer à tona situações de iniquidade, injustiça, de jovens que trabalham, de escolas que não ofertam atendimento no turno adequado”. Na análise da especialista, em relação ao aumento das matrículas, a situação é ainda mais provocadora. “Porque aí teremos que pensar uma escola da juventude e para a juventude”.
O debate aponta para a necessidade de um rearranjo educacional que antecede a própria etapa escolar. “Se grande parte dos alunos que deveria estar no ensino médio está retida no segundo ciclo do ensino fundamental, precisamos nos voltar para a questão da qualidade”, observa Marcos Magalhães, presidente do Instituto de Co-responsabilidade pela Educação (ICE). Para ele, a desmotivação se concretiza como um dos principais entraves para a continuidade dos estudos. “Como imaginar que um garoto que termina o ensino fundamental com a mesma idade que deveria estar finalizando o médio queira permanecer na escola?”, problematiza.

O acesso e a permanência, então, dizem da capacidade de sedução das escolas. Segundo Marcos Magalhães, que realizou pesquisa com adolescentes em Pernambuco para a implementação do Programa Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, os alunos têm as respostas para grande parte das indagações. “O que mais ouvi é que a escola é chata, profundamente desinteressante e incapaz de estabelecer conexões entre o ensino e o mundo lá fora”, relata.

Os alunos continuam a ser submetidos a uma estrutura curricular extensa e enciclopédica sob a lógica da decoreba, dinâmica que se concretiza como um gargalo no Ensino Médio, como explica Heloisa Mesquita, gestora do Programa de Educação Pública Inovadora do Instituto Inspirare. “As escolas se preparam para trabalhar unicamente o acadêmico e isso é sentido pelo adolescente que claro, precisa dessa dimensão, mas também da composição com suas habilidades sócio-emocionais, seu repertório cultural”, avalia. Para a gestora, essa condução é fundamental na passagem entre as etapas, para que o aluno consiga projetar seus sonhos para o futuro. Sem isso, o estudante não reconhece suas vocações e se perde em suas decisões, gap comumente identificado no Ensino Médio.

Leia também: Desvendando o PNE: meta 2 – do ensino fundamental -traz desafios históricos ao Brasil

Ricardo Henriques reforça a necessidade dos espaços de ensino e aprendizagem criarem vínculo de mobilização com os jovens, ao que defende que”é preciso se pensar em um currículo que tenha uma capacidade de flexibilidade e possa ser moldado de modo a valorizar caminhos potenciais”. Para ele, isso significa estabelecer conteúdos básicos que deem conta de enfrentar a desigualdade e também de contribuir com a construção propositiva para futuro.

Alunos na integralidade
Essa condução diz de um modelo pedagógico que compreende os alunos em sua integralidade. Para Heloisa, isso parte de um entendimento de que a adolescência é diversa em si mesma: “basta pensarmos que ela compreende do sexto ano do ensino fundamental até o final do ensino médio”. Fica então para a escola a demanda de acolher esse vasto campo de experiências, aprendizagens e habilidades com soluções que em nada sustentam o arquétipo da escola centralizadora, reservadora de verdades, que só inviabiliza e limita as possibilidades educativas.

Para Ricardo Henriques, a aproximação dos desafios contemporâneos pede flexibilização dos processos de ensino e aprendizagem que, na leitura de Marcos Magalhães, devem ter como condutor o seguinte questionamento: “Que pessoa é essa que eu devo formar para os dias de hoje?”, questiona, valorizando abordagens que considerem o projeto de vida dos alunos.

Segundo os especialistas, o esforço deve ser o de achar um equilíbrio entre as demandas do currículo regular, acrescido das competências sócio-emocionais e dimensão profissionalizante. Contudo, a formação para o mercado de trabalho, na análise de Pilar Lacerda, precisa ser problematizada. “A visão de que o ensino médio tem que ser profissionalizante é míope e reduz o espaço do jovem, que deve participar dessa decisão. Temos que fazê-lo protagonista de uma escola em que ele se reconheça e proporcionar momentos construtivos e críticos”, defende.

Essa perspectiva só reforça a necessidade da ampliação da jornada escolar do ensino médio, segundo os entrevistados, que também defendem a formação continuada de professores e a dedicação exclusiva deles, para que haja maior interação com os objetivos de aprendizagem desses alunos. Nesse sentido, não se encaixa a oferta noturna do ensino médio, como critica Marcos Magalhães. “Essa solução temporária, que já dura 40 anos, nasceu como justificativa à falta de estrutura e hoje retem grande parte das matrículas”, considera ao passo que propõe uma reflexão: “Em um turno regular se tem algo em torno de 4,5 horas aula ao dia, no curso noturno isso cai para 1,8 horas. É muito baixa a probabilidade de que alguém aprenda algo razoável nesse período”, condena o especialista que nega a sustentação do modelo por uma demanda trabalhista dos jovens: “só 20% dos matriculados no período se encontram trabalhando”.

O desafio intersetorial
Ainda que não se eximam das responsabilidades da escola a necessidade de uma adaptação da pedagogia e da gestão em prol de uma postura dialógica com a juventude, é clara a percepção de que ela não deve ser a única a conduzir esse processo, como pontua Ricardo Henriques. “A integralidade está na capacidade de acionar outros instrumentos”, reforça. Nesse sentido, os especialistas apontam para a importância de políticas públicas compensatórias que tenham foco nos jovens e em proposições de mudanças para toda a educação básica. “Precisamos ter compromisso com a educação cidadã antes mesmo de enxergar esse adolescente como alguém que vai para a universidade ou mercado de trabalho”, reforça Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do Todos pela Educação.

Complementar a essa postura, fica o desafio pela intersetorialidade entre a educação e demais setores, como de assistência social, cultura e saúde e também pelo regime de colaboração que prevê a articulação de União, estados e municípios para o pleno desenvolvimento das redes de ensino, ponto, que segundo Pilar Lacerda, ainda é problemático. “Enquanto não agregarmos as secretarias e departamentos nessa perspectiva, continuaremos fazendo mais do mesmo. Precisamos partir para o desconhecido, com o desconforto da mudança, mas cientes de que sem transformarmos nosso olhar continuaremos patinando”, conclui.O especialista defende a condução pedagógica a partir da parceria entre família, escola e comunidade que se traduz a partir das chamadas 5 Atitudes, material elaborado pela instituição após percorrer todas as regiões brasileiras para ouvir pais de alunos e educadores sobre as ações e comportamentos que favoreceriam esse cenário.

 

Trilha Jovem desenvolve ações com a comunidade em Foz do Iguaçu 11 de agosto de 2014

Filed under: Sem categoria — José Antonio Küller @ 1:18 pm

Por Jurandir Junior

Com uma missão, os 120 adolescentes do Projeto Trilha Jovem do Iguassu organizaram ações dentro do eixo “turismo sustentável” do curso.

A proposta era estimular os jovens a aplicar o que aprenderam na comunidade. Foram 20 trabalhos realizados, como intervenções na praça do São Francisco e ações em locais como a Praça Naipi, Bosque Guarani, Marco das Três Fronteiras e o Bosque da Vila “C”.4

Realizado pelo Instituto Polo Iguassu, o Trilha Jovem conta com o apoio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), de Itaipu, entre outros parceiros locais.

Dos 690 jovens que passaram pelo Trilha Jovem no ano de 2006, cerca de 430 estão trabalhando em alguma empresa do setor turístico de Foz do Iguaçu.

Mais de 1,8 mil jovens entre 16 e 24 anos participaram da seleção para a sexta edição do projeto

 

 
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