Germinal – Educação e Trabalho

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MEC publica portaria que destina recursos ao Sistema S para oferta de cursos técnicos 2 de abril de 2013

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Yara Aquino – Agência Brasil – 01/04/2013 – Brasília, DF

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação publicou na edição de hoje (1°) do Diário Oficial da União portaria que destina R$ 405 milhões a entidades do Sistema S para a oferta de cursos por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O Sistema S é parceiro do programa desde o seu lançamento.

Os recursos são destinados ao custeio da ação Bolsa Formação do Pronatec que oferece cursos de educação profissional técnica de nível médio e cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional.

As entidades que vão receber os recursos são o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). O valor é destinado ao custeio das atividades ao longo de 2013.

O Pronatec foi criado em 2011 pelo governo federal com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Até 2014, a meta é oferecer cursos técnicos e de formação inicial e continuada a 8 milhões de estudantes e trabalhadores.

 

Pronatec está com inscrições abertas 18 de março de 2013

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Mariana Tokarnia – Agência Brasil – 17/03/2013 – Brasília, DF

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) tem 32 mil vagas disponíveis para cursos gratuitos em escolas públicas federais e estaduais e nas unidades de ensino do Senai, do Senac, do Senar e do Senat – o chamado Bolsa Formação. As inscrições foram abertas no dia 18 de fevereiro e não tem prazo para acabar. O processo é contínuo e as inscrições podem ser feitas pelo portal do Pronatec.

De acordo com o ministério da Educação (MEC), em um primeiro momento terão prioridade os trabalhadores cadastrados no Sistema Nacional de Emprego ou nos centros de referência de assistência social. Podem se inscrever trabalhadores, inclusive agricultores familiares, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores; povos indígenas; comunidades quilombolas; adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas; desempregados; pessoas com deficiência; pessoas que recebem benefícios dos programas federais de transferência de renda ou que estejam cadastradas no CadÚnico; praças do Exército e da Aeronáutica com baixa do serviço militar ou atiradores; estudantes matriculados no ensino médio em escolas públicas, inclusive na Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Caso não encontre a opção desejada, o candidato pode indicar até três cursos de seu interesse para ser avisado quando surgirem novas vagas.

O Pronatec foi criado pelo governo federal em 2011 com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica e oferece dois tipos de curso: o técnico, para quem está matriculado no ensino médio, com duração de um ano, e o curso de formação inicial e continuada ou qualificação profissional, com duração mínima de dois meses.

A meta global do Pronatec para 2013 é a geração de mais de 2,3 milhões de vagas, boa parte na modalidade de Bolsa Formação – vagas gratuitas para cursos de rápida duração em escolas públicas federais e estaduais e nas unidades de ensino do Senai, do Senac, do Senar e do Senat. Até o final deste ano deve-se chegar a 900 mil vagas ofertadas pelo Bolsa Formação

 

Pronatec atingiu 1,1 milhão de matrículas no Senai 26 de novembro de 2012

A Agência Brasil, em artigo de Paula Laboissière, divulga a seguinte notícia:

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (26) que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) atingiu a marca de 1,1 milhão de matrículas em cursos técnicos, de aprendizagem profissional e de qualificação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

No programa semanal Café com a Presidenta, ela avaliou que o Brasil precisa de uma indústria forte e competitiva para garantir o crescimento e a criação de oportunidades de trabalho. “Mas, para ter uma indústria forte, o país precisa de mão de obra qualificada e de técnicos bem formados”, disse, ao destacar áreas como automação industrial, petróleo e gás, mineração, mecatrônica, manutenção de aeronaves, eletrônica, indústria naval e computação.

Dilma lembrou que a meta do governo é criar, por meio do Pronatec, 8 milhões de vagas em cursos técnicos e de qualificação profissional até 2014. Atualmente, 2,2 milhões de jovens estão matriculados no programa.

De acordo com a presidenta, o governo planeja expandir as ações do Senai, destinando R$ 1,5 bilhão à construção de escolas, modernização e ampliação das 251 unidades já existentes. “Um país que aposta na educação profissional e que tem uma indústria forte e competitiva consegue crescer, se desenvolver, gerar mais oportunidades, mais renda e emprego de qualidade. Com isso, podemos melhorar a vida de todos.”

 

Prestígio da educação profissional depende de mudança de mentalidade 9 de novembro de 2012

 Ensino fundamental e médio direcionam jovens para a graduação, mas necessidade do mercado de trabalho reflete outra realidade.

No Brasil, menos de 15% dos jovens entre 18 e 24 anos chegam às universidades, de acordo com o Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do Ministério da Educação. Ou seja: dos 24 milhões de jovens brasileiros, apenas 3,4 milhões buscam a graduação. O restante, mais de 20 milhões, tem de buscar outros caminhos. Em outra via, todos os setores da economia – indústria, comércio, serviços e agropecuária – apresentam demanda crescente por técnicos. Ha vagas no País, mas faltam profissionais qualificados e com conhecimentos específicos para preenchê-las.

Por isso, a educação profissional no País precisa ser reforçada em um ritmo mais acelerado, defende Rafael Lucchesi, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para quem o modelo educacional brasileiro é muito focado na rede regular. O conteúdo dos ensinos fundamental e médio direciona os alunos para a universidade, diz. “Como menos de15% dos jovens brasileiros vão para o ensino superior, milhares de estudantes ficam sem projeto de inserção no mercado de trabalho.”

Esse é um cenário que começa a mudar. Apesar de ainda baixo, o número de jovens no ensino técnico de nível médio tem avançado. De acordo com Marcelo Neri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2004 a participação dos jovens entre 15 e 17 anos era de apenas 3% nas seis maiores regiões metropolitanas do País. Hoje, já é de 7,6%. “É o que chamamos de onda jovem, estimulada por políticas de ensino estaduais e iniciativas do setor privado, o que antecede o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) do governo federal”, explica.

Principalmente os jovens da classe C passaram a se qualificar. “Quando os jovens partem para os processos de seleção das empresas, percebem que são muitas as exigências. Muitos buscam mais conhecimento, se matriculam em cursos”, acrescenta Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee).

Modelagem atual – Tradicionalmente, o ensino profissional técnico e os programas de qualificação são oferecidos por escolas particulares e pelo Sistema S, que, apesar de contar com recursos públicos – as contribuições compulsórias de empresas -, é comandado pelo patronato. Por um acordo firmado com o MEC em 2008, as entidades do Sistema S se comprometeram a destinar parcelas significativas de suas receitas aos cursos gratuitos, seguindo metas progressivas até 2014. No caso do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), dois terços do arrecadado terá essa destinação.

“Na formação de técnicos no País, 56% das matrículas estão nas mãos do setor privado; o restante, na esfera pública. Isso mostra que o Estado delegou à iniciativa privada a formação dos trabalhadores técnicos brasileiros”, afirma Aparecida Neri de Souza, professora de Sociologia da Educação na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com base em dados recentes do Inep. Os governos, explica ela, trabalham na ampliação de suas redes e, em muitos casos, articulados com as instituições privadas e o Sistema S. Dessa forma, o financiamento vem do poder público, mas o ensino é organizado pelas organizações privadas.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do governo federal já soma vagas gratuitas no ensino técnico de nível médio e nos cursos de qualificação de trabalhadores. “Hoje isso se dá mais nos cursos de formação inicial e continuada. A oferta de vagas em cursos técnicos ainda é pequena, mas esperamos que aumente”, afirma Almério Araújo, coordenador de Ensino Técnico e Médio do Centro Paula Souza do governo do Estado de São Paulo.

No Brasil, empresas e governos se mobilizam para reverter a situação, acrescenta Antonio Freitas, pró-reitor de Ensino da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ) e conselheiro da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec). “O País é a sexta economia, mas o 60º em educação e o 80º em inovação, o que é inconcebível”, diz o professor. Ele considera importante o lançamento do Programa Ciência sem Fronteiras do governo federal, no qual serão oferecidas 101 mil bolsas ao longo de quatro anos, associadas às ao ensino superior tecnológico e às áreas de engenharia, ciências exatas e biomédicas. O objetivo é que os estudantes tenham acesso às inovações tecnológicas. Além disso, o programa busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros.

Defasagens – Na visão de especialistas, o aumento da oferta de ensino técnico deve ser feito seguindo padrões de qualidade no âmbito pedagógico e com base no diálogo com as empresas. “Os cursos devem estar alinhados com as necessidades do mercado”, comenta Ana Luiza Kuller, coordenadora de Educação do Senac-SP.

Outro desafio é suprir as defasagens da educação básica em português, matemática e ciências. “Cada instituição se organiza para resolver esse problema. Há uma série de opções para que os alunos aprendam o que deveriam ter aprendido na educação básica e possam acompanhar os cursos”, explica Ana Luiza. E não é só: a professora da Unicamp Aparecida Neri de Souza lembra ainda que 10% dos brasileiros são analfabetos.

“O que se espera é que todos os brasileiros consigam terminar pelo menos o ensino médio. Existem cursos gratuitos de formação inicial que dão oportunidade de trabalho a essas pessoas que não tiveram acesso à educação”, acrescenta o professor Antonio Freitas, da FGV-RJ.

Mudança de paradigma – Por muitos anos, o ensino técnico foi preterido no País. “A sociedade brasileira ainda tem a crença que a formação universitária é a base. Nossa escola tem um modelo academicista, não tem a lógica voltada ao mundo do trabalho. Isso acaba sendo uma limitação”, enfatiza Lucchesi. Os jovens precisam conhecer mais as oportunidades que se abrem, derrubando esse paradigma, diz ele, citando pesquisa do Senai que indica que as remunerações de técnicos superam as oferecidas a diversas ocupações universitárias no Brasil.

“As ocupações técnicas empregam mais e apresentam bons salários. E os jovens têm a chance de ingressar cedo no mercado de trabalho e custear novos estudos”, afirma Anna Beatriz Waehneldt, diretora de Educação Profissional do Senac Nacional.

Estudos revelam que os ganhos salariais após cursos de educação profissional são de 1,4% a 12% para formação inicial, de acordo com as áreas; em torno de 14% para cursos técnicos de nível médio e de 24% para tecnólogos. “Os retornos não são desprezíveis, mas pouco conhecidos”, conclui Marcelo Neri, presidente do Ipea.

(O Estado de São Paulo/ Especial Fóruns Estadão Brasil Competitivo)

 

 

 

 

 

 

 

 

Técnicos do Sescoop realizam levantamento de competências na Unicred JP 30 de julho de 2012

O site do Sescoop/PB publicou a seguinte notícia sobre o projeto de Qualificação de Empregados das Cooperativas de Crédito (Qualicred):

A analista Daniela Stella e o consultor José Antônio Küller conversaram com o diretor administrativo Paulo Valério Nóbrega, da Unicred JP

Técnicos ligados ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) se reuniram com profissionais da Unicred João Pessoa, ontem (26) e hoje (27). O objetivo da visita foi realizar um levantamento por amostragem das competências necessárias para o exercício de cargos comuns às cooperativas do ramo crédito. A ação faz parte do projeto de Qualificação de Empregados de Cooperativas de Crédito (Qualicred), voltado para os trabalhadores de cooperativas vinculadas ao Sistema OCB.

O Qualicred faz parte do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred), juntamente com o Formacred, que é voltado para conselheiros fiscais. Outras cooperativas de crédito dos estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Ceará também já receberam a visita do Sescoop

 Na Paraíba, o levantamento foi realizado pela analista de Desenvolvimento e Gestão Daniela Stella e pelo consultor José Antônio Küller, da Germinal Consultoria – empresa contratada pelo Sescoop para desenvolver a metodologia do Qualicred. “O Projeto surgiu de demandas apresentadas pelas cooperativas de crédito, Banco Central e Comitê Educacional das Cooperativas de Crédito do Sescoop”, explicou Daniela.

Conforme Küller, o levantamento é a primeira fase do Qualicred e os dados coletados deverão subsidiar das demais etapas. A amostra consiste em informações coletadas a partir de entrevistas com profissionais ocupantes de cargos comuns a todas as cooperativas do ramo a exemplo de gestores técnicos, gerentes administrativos e operadores de caixa.

O segundo passo é a realização de um workshop com representantes das centrais para o levantamento das competências organizacionais do setor.   Em seguida, será traçado o itinerário formativo do Projeto, que estabelecerá o modo como os cursos serão organizados. Esta etapa se seguirá da preparação dos planos dos cursos que, só depois disto, serão elaborados e disponibilizados.

 “A expectativa é que todo este processo seja concluído até o começo de 2013”, comentou Küller. O projeto está sendo desenvolvido pela Gerência de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop.

Na foto, A analista Daniela Stella e o consultor José Antônio Küller conversam com o diretor administrativo Paulo Valério Nóbrega, da Unicred JP

 

Sescoop avança na construção de programa de qualificação do ramo Crédito 22 de junho de 2012

O site da OCB/MS publicou a seguinte notícia:

Em mais uma etapa para o desenvolvimento do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred), membros do Comitê Educacional do Ramo Crédito (Cerc) do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) reuniram-se em Brasília (DF) nesta terça e quarta-feira (19 e 20/6) para dar continuidade à construção de um dos subprogramas: o Qualicred. “O cooperativismo de crédito brasileiro tem como desafio para os próximos anos investir, cada vez mais, na profissionalização de seus integrantes. O programa Educred vem como uma forma de complementar as ações já realizadas pelo ramo, que possui uma estrutura avançada e forte regulamentação”, explica a gerente de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop, Andréa Sayar, responsável pela coordenação dos trabalhos.

O comitê esteve reunido, primeiramente, com o professor Inocêncio Magela, consultor na estruturação e aplicação do Formacred. No segundo dia de reunião, o grupo discutiu com o também consultor, José Antônio Küller, o processo de mapeamento de competências organizacionais e profissionais nas cooperativas de crédito, próxima etapa do subprograma Qualicred. Andréa Sayar relata que o trabalho será feito com uma fatia pequena de cooperativas, que servirá de amostragem para balizar as necessidades de capacitação dos empregados dessas organizações: “Vamos mapear as competências para viabilizar o desenvolvimento de um itinerário formativo que propicie aos para empregados de cooperativas de crédito vislumbrar seu processo de desenvolvimento e evolução profissional dentro da cooperativa”.

Para ler a matéria completa, clique aqui.

 

 

Veja o que mais reprova candidatos a estágio em processos seletivos 15 de junho de 2012

O site G1 divulga um levantamento feito pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), entre janeiro e maio deste ano, com 4.464 candidatos, aponta que 62% dos candidatos a estágio foram reprovados nos processos seletivos. Essas reprovações foram decorrência dos seguintes fatores:

Fatores que reprovam

Índice
1- Erros em testes ortográficos 40%
2- Baixo desempenho em raciocínio lógico 21%
3- Mau desempenho na comunicação e no vocabulário durante   as apresentações e atividades em grupo 12%
4- Falta de competências exigidas pelas vagas 10%
5- Problema na apresentação pessoal 7%
6- Problema na linguagem corporal 5%
7- Deficiência no inglês 5%

Observa-se que apenas 10% das reprovações decorreu de deficiência na formação técnica específica (falta de competências exigidas pela vaga) . As demais resultam de conhecimentos, habilidades e atitudes ou competências que deveriam ter sido desenvolvidas na educação básica de ordem geral. Isso mostra que a educação básica é fundamental, inclusive para obtenção do emprego. Dar prioridade à educação profissional, como pregam as campanhas eleitorais, não garante o emprego da juventude. A prioridade é melhorar o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

 

Fórum mundial discute educação profissional em Florianópolis 28 de maio de 2012

Começa nesta segunda-feira (28), às 19h, o II Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, em Florianópolis, em Santa Catarina. O evento ocorre até o dia 1º junho com discussões e palestras. Na abertura, o ministro da educação Aloizio Mercadante comanda a primeira conferência. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site http://www.forumedutec.org/.

Podem participar estudantes, professores, pesquisadores, trabalhadores, governos, sindicatos, associações e pessoas da sociedade civil interessados em educação. Já são mais de 21 mil inscritos.

Valéria Kulka Amp Haeming, secretária executiva do fórum, afirmou que o evento vai traçar o DNA da educação profissional e tecnológica do mundo. `Esta modalidade da educação avançou bastante, mas quanto mais discussão, reflexão, mais ganho há para a população. Além do viés acadêmico, haverá atrações culturais e mostra de inovações tecnológicas.`

A programação do evento contará com quatro conferências, nove debates, quatro observatórios, além de 150 atrações culturais. O fórum contará, ainda, com Feira de Economia Solidária, Mostra de Inovação Tecnológica, Feira Gastronômica, Feira do Livro e Mostra de Pôsteres.

Entre conferencistas, debatedores e mediadores, serão 31 convidados internacionais e 41 nacionais. Os estrangeiros virão de países como Portugal, Inglaterra, Uruguai, México, França, Colômbia, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Chile e Canadá.

Nesta segunda edição, quem comanda a organização do Fórum é o Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC). Além da instituição, outras 164 entidades também compõem o Comitê Organizador.

Do G1, em São Paulo – G1 Globo.com – 28/05/2012 – Rio de Janeiro, RJ

O sócio-diretor da Germinal Consultoria, José Antonio Küller,  participará de um dos observatórios, expondo os Protótipos Curriculares de Ensino Médio Intergrado, projeto que coordenou para a UNESCO. a apresentação poderá ser vista no dia 30/05, ás 13  horas e trinta minutos, no site do Fórum. Para acessá-lo clique aqui.

 

Ensino médio e educação profissional 2 de fevereiro de 2011

É comum que o debate pedagógico brasileiro aconteça mais em torno de modelos teóricos e de referências externas do que da observação do que acontece na prática das escolas nacionais. Faz parte desse jeito de ser a crítica à escola nova e à guinada tecnicista das escolas brasileiras nos anos 70, por exemplo. Pelo menos em relação ao ensino médio, tais modelos nunca foram efetivamente práticas comuns nas escolas brasileiras. A crítica, assim, movimenta-se em torno de postulados teóricos. Desde sempre, o comum da escola secundária brasileira foi centrada na transmissão expositiva de conteúdos curriculares descontextualizados e fragmentados em disciplinas estanques.

Talvez um equívoco de análise histórica esteja na base da atual sobrevalorização da integração da educação profissional ao ensino médio. Quase toda a leitura histórica da educação profissional brasileira parte da crítica da escola dual: ensino acadêmico e propedêutico para a elite e ensino profissionalizante para as massas. Portanto, é necessário integrá-los para termos uma escola unitária. Pelo menos em relação à escola secundária brasileira isso nunca foi verdade. Desde a origem do sistema educacional brasileiro, a real opção de ensino médio oferecida para as massas não foi a escola profissional. Foi a não-escola.

Mesmo hoje, não é a escola profissional o destino dos filhos da classe trabalhadora. Em medida grosseira, 50% dos jovens brasileiros frequentam o Ensino Médio em suas várias modalidades, incluindo a de educação de jovens e adultos. Até há pouco tempo, apenas cerca de 5% dos estudantes frequentavam alguma modalidade de ensino técnico de nível médio. Sabemos que muitos dos cursos técnicos, principalmente os “integrados”, são freqüentados por estudantes da classe média. Mesmo com a atual projetada expansão da educação profissional, essa realidade não vai mudar muito. A verdadeira escola secundária brasileira de massa é a escola de educação geral.

É essa escola que precisa ser transformada para atender a necessidade de preparação da juventude brasileira para a vida, o trabalho e a cidadania. Para tanto, não basta a simples adição de um currículo de educação profissional a essa escola.  Isso não será a solução. A grande maioria dos jovens brasileiros continuará a freqüentar uma escola de ensino médio que não atende a seus interesses e necessidades. Urge a transformação do ensino médio como um todo.

 

O ENEM e a classificação das escolas públicas 20 de julho de 2010

 

A imprensa tem divulgado várias relações de melhores escolas de ensino Médio do país, tendo como referência o ENEM de 2009. Uma delas é o ranking das “melhores” escolas públicas do país ou, melhor dizendo, das melhores classificadas no dito exame. A relação a seguir apresenta as 50 escolas públicas melhor classificadas no ENEM:

P EST. CIDADE                                                 INSTITUIÇÃO REDE ENEM
1 MG Viçosa COLÉGIO DE APLICACAO DA UFV – COLUNI Federal 734,66
2 RJ Rio de Janeiro INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO R DA SILVEIRA CAP-UERJ Estadual 722,58
3 PR Curitiba UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Federal 717,79
4 RJ Rio de Janeiro ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO Federal 715,35
5 SP São Paulo INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIÊNCIA E TECNÓLOGIA DE SAO PAULO Federal 707,22
6 PE Recife COLÉGIO DE APLICACAO DO CE DA UFPE Federal 706,34
7 MS Campo Grande COLÉGIO MILITAR DE CAMPO GRANDE Federal 704,30
8 RS Santa Maria COLÉGIO POLITÉCNICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE STA MARIA Federal 697,16
9 MG Barbacena ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR Federal 692,24
10 BA Salvador COLÉGIO MILITAR DE SALVADOR Federal 692,09
11 BA Simões Filho INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNÓLOGIA DA BAHIA Federal 690,08
12 MG Juiz de Fora COLEGIO TÉCNICO UNIVERSITÁRIO Federal 688,95
 13 RJ Rio de Janeiro COLÉGIO PEDRO II Federal 688,69
14 MG Belo Horizonte CENTRO FEDERAL DE EDUCACÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS – BH Federal 686,84
15 SP São Paulo ESCOLA TÉCNICA DE SÃO PAULO Estadual 686,18
16 MG Juiz de Fora COLÉGIO MILITAR DE JUIZ DE FORA Federal 686,07
17 MG Belo Horizonte COLÉGIO MILITAR DE BELO HORIZONTE Federal 685,92
18 RJ Rio de Janeiro INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO CAMPUS MARACANA Federal 685,67
19 RJ Rio de Janeiro COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Federal 685,53
20 RN Mossoró INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RN CAMPUS MOSSORO Federal 684,67
21 SP Cubatão INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO – CAMPUS CUBATAO Federal 683,46
22 BA Salvador INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACÃO CIENCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA Federal 682,55
23 CE Fortaleza CENTRO FEDERAL TECNOLÓGICO DO CEARA CEFET Federal 681,55
24 RJ Rio de Janeiro CEFET CELSO SUCKOW DA FONSECA Federal 680,94
25 CE Juazeiro do Norte CENTRO FEDERAL DE EDUCACÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ Federal 680,79
26 RJ Rio de Janeiro COLÉGIO PEDRO II UNIDADE HUMAITÁ II Federal 680,19
27 SP Guaratinguetá COLÉGIO TÉCNICO E INDUSTRIAL DA UNESP Estadual 679,64
28 SP Mogi das Cruzes ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS Estadual 679,64
29 MA São Luís INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOGIA DO MARANHAO CAMPUS SAO LUIS-MONTE CASTELO Federal 677,47
30 RJ Rio de Janeiro COLÉGIO MILITAR DO RIO DE JANEIRO Federal 675,72
31 ES Vitória IFES-CAMPUS DE VITÓRIA Federal 675,43
32 RJ Niterói COLÉGIO PEDRO II UNIDADE ESCOLAR DESCENTRALIZADA DE NITEROI Federal 674,83
33 SP Osvaldo Cruz ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL AMIM JUNDI Estadual 674,06
34 DF Brasília COLÉGIO  MILITAR DE BRASILIA Federal 673,73
35 RN Natal INSTUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOGIA DO RN – CAMPUS NATAL-CENTRAL Federal 672,91
36 MG Belo Horizonte COLTEC-COLÉGIO TÉCNICO DO CENTRO PEDAGÓGICO DA UFMG Federal 672,50
37 SP Lorena COLÉGIO TÉCNICO DE LORENA Estadual 672,39
38 SP Paulínia ESCOLA TÉCNICA DE PAULINIA Municipal 671,18
39 PR Curitiba COLÉGIO MILITAR DE CURITIBA Federal 668,99
40 RJ Rio de Janeiro COLÉGIO PEDRO II – UNID REALENGO Federal 668,52
41 PR Pato Branco UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANA Federal 667,74
42 BA Barreiras CEFET BA UNED BARREIRAS Federal 667,25
43 MG Divinópolis CEFET-MG-UNED DIVINOPOLIS Federal 667,20
44 RS Porto Alegre COLÉGIO MILITAR DE PORTO ALEGRE Federal 667,06
45 SP Bauru COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL PROF ISAAC PORTAL ROLDAN UNESP Estadual 665,67
46 SP Campinas COLÉGIO TÉCNICO DA UNICAMP Estadual 665,55
47 SP Rio Claro ESCOLA TÈCNICA ESTADUAL ARMANDO BAYEUX DA SILVA Estadual 665,51
48 RJ Nova Iguaçu CEFET – RJ UNED – NOVA IGUACU Federal 664,38
49 SP São Paulo ESCOLA TÈCNICA ESTADUAL PROFESSOR BASILIDES DE GODOY Estadual 664,11
50 RJ Rio de Janeiro COLEGIO PEDRO II-UNIDADE ESCOLAR SAO CRISTOVAO III Federal 663,99

A esmagadora maioria das escolas da relação é técnica. O Colégio Pedro II, tradicional escola secundária do Rio de Janeiro, e os colégios de aplicação vinculados a universidades públicas são as exceções.

Em outro texto já discutimos os motivos para a boa classificação das escolas no ENEM. Consideramos que o fator fundamental para o sucesso são os alunos que essas escolas abrigam e não necessariamente as suas propostas pedagógicas ou a qualidade de ensino que proporcionam.

As escolas são melhor classificadas no Enem porque são freqüentadas pelos alunos com melhor formação inicial. As escolas particulares selecionam os melhores alunos especialmente através de critérios sócioeconômicos. Os alunos que conseguem pagar o valor de suas mensalidades são aqueles que também têm mais acesso aos bens socioculturais e uma formação  de base que facilita percorrer os áridos caminhos de aprendizagem do ensino médio. Os alunos das escolas públicas melhor classificadas passam por uma seleção concorrida (vestibulinho) antes do início do ensino médio. Isso é especialmente verdadeiro para as escolas técnicas federais.

Mas a relação anterior inclui escolas cuja classificação não é necessariamente explicada pela seleção prévia de seus alunos. Não temos informações sobre a concorrência inicial para ingresso nos colégios militares e nas escolas técnicas estaduais situadas em cidades médias, especialmente as do Estado de São Paulo. Mas imaginamos que ela não é tão grande a ponto de explicar a classificação dessas escolas entre as “50 mais”.

A partir desses casos, é interessante propor e pesquisar outra variável explicativa: essas escolas são bem classificadas porque são técnicas. Ou seja, o conteúdo do ensino médio, que é comumente alheio ao cotidiano dos jovens, passa a fazer sentido na medida em que, nessas escolas, se associa a um saber prático e a um fazer correspondente. O interesse despertado por esse fazer se amplia de forma abranger os conteúdos disciplinares de educação geral, que, de outra forma, são abstratos e sem interesse porque apartados das questões concretas da vida, do trabalho e do exercício da cidadania.

 

 
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