Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Plano de Vida e Carreira (excerto de outra alternativa) 19 de março de 2009

 

Esta é uma amostra do trabalho desenvolvido para o Trilha Jovem. A primeira versão do Projeto Trilha Jovem derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. 

 

Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui.

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem do Plano de Vida e Carreira, projeto articulador do Eixo III – Construir um Plano de Vida e Careira – do Projeto Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Ele constitui apenas uma amostra do trabalho da Germinal na formatação de programas de educação básica para o trabalho.

 

Dois textos já publicados aqui no blog fundamentam a escolha do conteúdo e e a opção metodológica utilizada na aula apresentada e na unidade didática Projeto de Vida e Carreira. Para acessar o texto Reflexões em torno de uma Oficina de Apresentação Pessoal, clique aqui. Para acesso ao texto Como trabalhar metodologias na educação profissional, clique aqui.

  

 

Plano de Vida e Carreira (pvc) 

Aula 3/7

Competências

Situações de aprendizagem

recursos

tempo

 

Reconhecer os próprios valores e/ou pontos fortes.

Traçar objetivos e metas pessoais e profissionais.

Construir um Plano de Vida e Carreira (PVC).

Promover o cuidado de si mesmo.

 

 

1. Aquecimento – Apresentação individual 8.

Som e música do jovem. Retroprojetor ou Data-Show. Som. Log Book.

5’

2. Carpe Diem.

TV e DVD.

75’

3. Apresentação individual 9.

Som e música do jovem.

5’

INTERVALO

15’

4. Apresentação individual 10.

Som e música do jovem.

5’

5. Regras estéticas para a vida.

Som, músicas, letras de música e material de colagem, desenho e pintura. Tarjetas.

 

100’

6. Atividade com os ovos.

1 ovo para cada participante.

30’

7. Apresentação individual 11.

Som e música do jovem.

5’

         

Objetivos

1.      Dar continuidade na formulação de uma proposta de construção estética da existência.

2.      Orientar a definição dos componentes estratégicos (missão, visão e valores) do Plano de Vida e Carreira.

3.      Possibilitar o envolvimento emocional com essas primeiras definições.

4.      Propiciar a elaboração e classificação de regras estéticas para a vida, como base para a construção dos planos de vida e carreira.

5.      Criar um clima de respeito pela diferença e valorização da diversidade.

6.      Mobilizar o grupo para uma reflexão posterior sobre a constituição da família, em especial, sobre os problemas da gravidez não-planejada.

 

 

Descrição das situações de aprendizagem

 

1. Aquecimento – Apresentação individual 8 

 

No início da sessão, a sala está obscurecida. Em contraste com a penumbra, o retroprojetor ilumina o poema “Sonho de Herói”, de Murilo Araújo. Ouve-se um fundo musical suave e que induz à reflexão (O Adagietto da Sinfonia Nº 5 de Mahler, por exemplo. Existem muitas gravações. Pode ser usada a gravação existente em: KARAJAN, H.V. Karajan forever. Hamburgo, Deutsche Grammophon, 2003. CD.)
 
 
        

 

Observe que foi sugerida uma repetição de parte do cenário. Recomenda-se a mesma sala obscurecida. O obscurecimento da sala é acessório. Nesse início, o importante são os poemas, que introduzem, de forma simbólica, o tema do dia. Obscurecer a sala é um recurso para destacar o poema. Se não for possível o obscurecimento da sala ou se você quiser variar o recurso, outras possibilidades de destaque do poema podem ser usadas.

 

Como sempre, receba os jovens na porta do ambiente de aprendizagem (Assim você pode dar um exemplo de pontualidade, atitude fundamental no sucesso profissional dos jovens na área de turismo). Solicite que entrem e permaneçam em silêncio para um momento de reflexão e recapitulação do dia anterior. Retorne à iluminação normal. Proceda ao sorteio do relator e solicite a leitura do Log Book.

 

 

Abra espaço para a oitava apresentação individual de qualidade, acontecimento e música feita por um dos jovens. A partir desta aula, as apresentações podem ser estimuladas a partir da seguinte provocação: alguém tem uma música que pode ser apropriada para este momento? Continue a construção do Mural das Qualidades Humanas.

 

2. Carpe Diem

 

Em painel, anuncie a exibição da seqüência inicial do filme “Sociedade dos Poetas Mortos (”SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. Dirigido por Peter Weir. EUA, Buena Vista, 1989. 1 DVD.  A primeira seqüência termina no fim da cena que acontece fora da sala de aula, no corredor da escola, onde o professor mostra as fotografias dos ex-alunos e exorta: “Carpe Diem!”).  

 

 

Após a exibição, sem comentários, projete novamente o poema, agora com as luzes acessas. Peça que um voluntário leia o poema para a classe, em voz alta.

 

SONHO DE HERÓI

Com um galho de bambu verde

e dois ramos de palmeira

eu hei de fazer um dia o meu cavalo – com asas!

Subirei nele, com vento, lá bem alto,

de carreira,

por sobre o arvoredo e as casas.

 

Voarei, roçando o mato,

as copas em flor das árvores,

como se cruzasse o mar…

e até sobre o mar de fato

passarei nas nuvens pálidas

muito acima das montanhas, das cidades, das cachoeiras,

mais alto que a chuva, no ar!

 

E irei às estrelas,

ilhas dos rios de além,

ilhas de pedras divinas,

de ribeiras diamantinas

com palmas, conchas, coquinhos nas suas praias também…

praias de pérola e de ouro

onde nunca foi ninguém…

 

 

ARAÚJO, M. Poemas completos de Murilo Araújo. Rio de Janeiro: Pongetti. 1960, pág. 84.

 

 

Promova, a seguir, um breve debate sobre o filme, seguido da comparação entre filme, poema e atividades das sessões anteriores.

 

Missão

Em momento apropriado, solicite que os jovens, individualmente, definam uma possível missão de vida (o que fará a minha vida extraordinária / o que fará a minha vida bela / qual meu sonho de herói?) e a visão pessoal (que pretendo vir a ser como pessoa nos próximos anos. As definições devem ser curtas e claras e escritas em apenas duas tarjetas de cores diferentes.

 

Quando os jovens terminarem, em painel, solicite a apresentação, uma a uma, das missões e visões propostas. Promova uma breve discussão das missões e visões apresentadas. Faça indicações de melhoria da redação, se necessário. Possibilite um tempo aos que queiram fazer uma revisão da missão e da visão pessoal.

 

3. Apresentação individual 9

 

Antes do intervalo, solicite a nona apresentação individual.

 

4. Apresentação individual 10

 

Depois do intervalo, promova a décima apresentação individual.

 

5. Regras estéticas para a vida

 

Proponha, inicialmente, a definição de regras estéticas para a vida. Cada jovem deve trabalhar a partir da seguinte questão: que regras de vida eu devo definir para atingir a minha visão e missão e, assim, tornar bela minha existência? As regras devem ser escritas de forma sucinta e clara e transcritas em tarjetas de cor diferente daquelas usadas para a visão e a missão. O conjunto das tarjetas de cada jovem pode inspirar mais uma página do livro “Minha Vida, Minha Carreira”.

 

Depois do trabalho individual de elaboração das regras, divida os jovens em quatro grupos. Atribua a tarefa aos grupos: criação e preparo de um videoclipe a partir de uma música determinada. Todos os grupos trabalharão sobre o mesmo tema: como fazer a vida bela ou como fazer da vida uma obra de arte.

 

O videoclipe poderá ter duração superior à da música e deve conter uma rápida verbalização de cada um dos integrantes do grupo. A verbalização deverá incluir a leitura das tarjetas que contenham as regras estéticas da existência (como tornar a vida bela) assumidas por aquele participante. Não se trata de simplesmente ler as tarjetas, mas sim, com esses elementos, embelezar a cena.

 

As músicas propostas são: Beleza Pura; Sonho Impossível; Tocando em Frente e Redescobrir. Você pode substituir as músicas por outras mais ao gosto da região ou dos jovens desde que, em suas letras, elas façam menção direta ou simbólica ao tema em pauta. Apresentam-se a seguir os vídeos e  as letras das músicas sugeridas.

 

 

Grupo A: Beleza Pura

 

Não me amarra dinheiro não

mas formosura

Dinheiro não

a pele escura

Dinheiro não

a carne dura

Dinheiro não

 

Moça preta do Curuzu

Beleza pura

Federação

Beleza pura

Boca do Rio

Beleza pura

Dinheiro não

 

Quando essa preta começa a tratar do cabelo

É de se olhar

Toda a trama da trança a transa do cabelo

Conchas do mar

Ela manda buscar pra botar no cabelo

Toda minúcia

Toda delícia

 

Não me amarra dinheiro não

mas elegância

Não me amarra dinheiro não

mas a cultura

Dinheiro não

a pele escura

Dinheiro não

a carne dura

Dinheiro

não

 

Moço lindo do Badauê

Beleza Pura

Do Ilê aiyê

Beleza Pura

Dinheiro Yeah

Beleza Pura

Dinheiro não

 

Dentro daquele turbante dos filhos de Gandhi

É o que há

Tudo é chique demais, tudo é muito elegante

Manda botar

Fina palha da corte e que tudo se trance

todos os búzios

todos os ócios

Não me amarra dinheiro não.

Mas os mistérios.

 

VELOSO, C. Beleza Pura. In: Cinema transcendental: a outra banda da terra. Polygram, 1999, 1 CD.

 

 

Grupo B: Sonho Impossível

 

Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

 

DARION, J. e LEIGH, M. Versão Chico Buarque e Ruy Guerra. Sonho Impossível. In: Sonho impossível. Maria Bethânia, EMI, 2003, 1 CD

 

 

Grupo C: Tocando Em Frente

 

Ando devagar

Porque já tive pressa

Levo esse sorriso

Porque já chorei demais

 

Hoje me sinto mais forte

Mais feliz quem sabe

Só levo a certeza

De que muito pouco eu sei

Eu nada sei

 

Conhecer as manhas e as manhãs

O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar

É preciso paz pra poder sorrir

É preciso a chuva para florir

 

Penso que cumprir a vida

Seja simplesmente

Compreender a marcha

Ir tocando em frente

 

Como um velho boiadeiro

Levando a boiada

Eu vou tocando os dias

Pela longa estrada

Eu vou

Estrada eu sou

 

Conhecer as manhas e as manhãs

O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar

É preciso paz pra poder sorrir

É preciso a chuva para florir

 

Todo mundo ama um dia

Todo mundo chora um dia

A gente chega

E o outro vai embora

Cada um de nós

Compõe a sua história

Cada ser em si carrega o dom de ser capaz

De ser feliz.

 

SATER, A., TEIXEIRA, R. Tocando em frente. In: Um Violeiro Toca. Som Livre, 2006, 1 CD.

 

 

Grupo D: REDESCOBRIR

 

Como se fora brincadeira de roda

                     Memória

Jogo do trabalho na dança das mãos

                     Macias

O suor dos corpos na canção da vida

                     História

O suor da vida no calor de irmãos

                     Magia

Como um animal que sabe da floresta

                     Memória

Redescobrir o sal que está na própria pele

                     Macia

Redescobrir o doce no lamber das línguas

                     Macias

Redescobrir o gosto e o sabor da festa

                     Magia

Vai o bicho homem fruto da semente

                     Memória

Renascer da própria força a própria luz e fé

                     Memória

Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós

                     História

Somos a semente, ato, mente e voz

                     Magia

Não tenha medo meu menino povo

                     Memória

Tudo principia na própria pessoa

                     Beleza

Vai como a criança que não teme o tempo

                     Mistério

Amor se fazer é tão prazer que é como fosse dor

                     Magia

 

GONZAGA JR, L. Redescobrir. In: Elis: saudades do Brasil, Warner, 2001, CD duplo.

 

 

Apresentação dos grupos

Em painel, coordene a apresentação dos videoclipes. A apresentação de cada videoclipe (incluindo a cena com as tarjetas) deverá ter, no mínimo, a duração da música e, no máximo, cinco (5) minutos.

 

Após a apresentação, organize a formação de um grande quadro com as regras estéticas para a vida, integrando as tarjetas de todos os jovens. As tarjetas são colocadas no chão e, sem falar ou usar mímica, a classe organiza as tarjetas por tema ou âmbito de aplicação das regras: trabalho, cuidados pessoais, relações familiares etc.

 

Promova uma discussão aberta sobre a vivência. Depois, oriente a numeração das tarjetas para facilitar recomposições posteriores do quadro. O quadro pode ser individualmente recriado e ser uma outra página do livro “Minha Vida, Minha Carreira”. Outra possibilidade é a recriação do quadro para o evento de inserção profissional previsto para o final do Trilha Jovem.

 

 

6. Atividade com os ovos

 

Faça a distribuição de um ovo por participante. Os jovens devem cuidar dos ovos como se fossem filhos, relatando a experiência no Log Book. Ao cuidar dos “filhos”, os jovens devem obedecer às seguintes regras:

 

·         trazer seus “filhos” para as atividades do Trilha Jovem, todos os dias até a aula 6/7 de PVC;

·         quando um “filho” for quebrado, o jovem deverá pagar uma prenda, acordada previamente pelo grupo e o educador;

·         quando um jovem deixar de trazer seu “filho” para as atividades do Trilha Jovem, também deverá pagar uma prenda (uma prenda para cada dia de ausência do “filho”).

 

Oriente um trabalho individual de arte plástica com os ovos. Os ovos devem ganhar uma identidade, permitindo a identificação dos “filhos”. Solicite também que os jovens definam os nomes dos “filhos”. Por fim, defina, junto com os jovens, as prendas a serem pagas.

 

 

7. Apresentação individual 11

Em painel, localize um voluntário que tenha a música apropriada para o momento, para fazer a última apresentação individual de qualidade, acontecimento e música, encerrando o dia.

 

 

Instrumentos e critérios de avaliação

§    Apresentações individuais de músicas.

§    Discussão a partir do poema e do filme.

§    Definições de missão e visão.

§    Regras estéticas para a vida definidas.

§    Concepção e apresentação dos videoclipes.

§    Painel de regras estéticas para a vida.

§    Reação à proposta da atividade com os ovos.

 

 

Plano de Vida e carreira 26 de setembro de 2008

 

Esta é uma amostra do trabalho desenvolvido para o Trilha Jovem. A primeira versão do Projeto Trilha Jovem derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui.

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem do Plano de Vida e Carreira, projeto articulador do Eixo III – Construir um Plano de Vida e Careira – do Projeto Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Ele constitui apenas uma amostra do trabalho da Germinal na formatação de programas de educação básica para o trabalho.

 

Dois textos já publicados aqui no blog fundamentam a escolha do conteúdo e e a opção metodológica utilizada na aula apresentada e na unidade didática Projeto de Vida e Carreira. Para acessar o texto Reflexões em torno de uma Oficina de Apresentação Pessoal, clique aqui. Para acesso ao texto Como trabalhar metodologias na educação profissional, clique aqui.

 

 

Plano de Vida e Carreira

Sessão 1/7

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

 

Reconhecer os próprios valores e/ou pontos fortes.

 

Manter a auto-estima, ampliando continuamente qualidades e potencialidades.

 

1. Cenário e aquecimento.

TV, vídeo, câmera. Retroprojetor e transparência. Espelhos, caixa de papelão e cartazes. Som e música suave.

 

5’

2. A estética de si.

Texto de apoio. Câmera, vídeo e TV.

70’

3. Definindo estilo.

 

30’

4. Apresentação individual 1.

Som e música do jovem.

5’

INTERVALO

15’

5. Apresentação individual 2.

Som e música do jovem.

5’

6. Qual é o meu estilo de vida?

DVD, vídeo e Câmera de vídeo.

60’

 

7. Plano de Vida e Carreira.

Folhas de papel colorido A4. Capas de acetato transparente.

45’

8. Apresentação individual 3.

Som e música do jovem.

5’

         

 

Objetivos

1.      Promover a integração do grupo sob o tema Plano de Vida e Carreira.

2.      Mobilizar o grupo para a elaboração de um Plano de Vida e Carreira.

3.      Estabelecer a referência básica sobre a qual os planos serão construídos (estética de si).

4.      Iniciar o processo de autoconhecimento dos participantes.

5.      Apresentar uma proposta de projeto e aprimorá-la com a contribuição dos jovens.

 

 

 Descrição das situações de aprendizagem

 

1. Cenário e aquecimento

Antes do início e da entrada dos participantes, reduza a luz da sala, se possível. Coloque um fundo musical suave e que induza à reflexão (Adágio, de Abinoni, por exemplo. Ver uma gravação disponível em: KARAJAM, V.H. Karajan Forever. Hamburgo, Deutsche Grammophon, 2003.) Projete numa das paredes da sala o poema “Traduzir-se”, de Ferreira Gullar.

 

Free pictures - fog, trees, nature picture, by coba
Free pictures – fog, trees, nature picture, by coba

Texto de Apoio: Traduzir-se

 Uma parte de mim
 é todo mundo:
 outra parte é ninguém:
 fundo sem fundo.

 Uma parte de mim
 é multidão:
 outra parte estranheza
 e solidão.

 Uma parte de mim
 pesa, pondera:
 outra parte
 delira.

 Uma parte de mim
 almoça e janta:
 outra parte
 se espanta.

 Uma parte de mim
 é permanente:
 outra parte
 se sabe de repente.

 Uma parte de mim
 é só vertigem:
 outra parte,
 linguagem.

 Traduzir uma parte
 na outra parte
 – que é uma questão
 de vida ou morte –
 será arte?

Ferreira Gullar

 

 

 

Nas demais paredes, fixe espelhos de diversos tamanhos e em diferentes alturas, na maior quantidade possível.

Tiny Blue Opening in White Wall, Kazuya Akimoto Art Museum

 

Se não for possível conseguir espelhos de outra forma, pode-se solicitar aos jovens, também na aula 6/7 da oficina de Empreendedorismo (Eixo II), que tragam um espelho de suas casas, neste dia.  Se for difícil fixar os espelhos na parede, outras alternativas de distribuição dos espelhos pela sala podem ser experimentadas.    

 
 
 
 
 

 

 

 

 

 

 

Se possível, coloque uma câmara de vídeo, ligada e bem visível, repousando sobre uma mesa. O uso da câmera de vídeo enriquece a dinâmica e a discussão posterior, entretanto não é essencial para esta atividade.

 

Ponha, no centro da sala, uma caixa de papelão com a tampa aberta. A caixa deve ter, no fundo, um espelho. Fixe um cartaz na caixa ou ao lado dela. No cartaz deverá estar escrito: “Aqui está a melhor solução para os desafios da sua vida e para o seu sucesso profissional”.

 

Em uma parede da sala fixe um cartaz com os dizeres: Mural das Qualidades Humanas. Por fim, arrume as cadeiras em semicírculo, em torno da caixa.

 

Com a sala pronta, 5 minutos antes do horário previsto para o início da aula, coloque-se perto da porta para receber os participantes. Peça que os jovens entrem e tomem seus lugares. Informe que a aula logo vai começar. Passados cinco minutos da hora prevista, faça a luz retornar à sua intensidade normal.

santosdecasa.blogspot.pt

santosdecasa.blogspot.com

Apresente-se rapidamente à classe. Em pé, na frente da sala, diga que você também fez o exercício solicitado a todos. Revele aquela que você considera a sua qualidade humana fundamental. De forma bem sintética, descreva o acontecimento que, durante a sua vida, mais contribuiu para o desenvolvimento dessa qualidade. Por fim, coloque para tocar a música escolhida por você.

 

 

 

 

 

 2. A estética de si

Em painel, faça a distribuição do texto de apoio “Estética de Si”. Solicite uma leitura individual do texto.

 

 

O termo “em painel” indica a situação didática em que todos estão reunidos, preferencialmente em semicírculo e acontece uma atividade ou debate aberto coordenado pelo educador.

 

 Camille Claudel, A Valsa

 

 

 

 

Texto de apoio: ESTÉTICA DE SI

Muitas vezes nos pegamos pensando no que fazer com nossas vidas, Jaime, um garoto de 15 anos, estava num desses dias. Certa vez, passeando num shopping com os amigos, ganhou um folheto que dava direito a participar de uma promoção: uma leitura de mão inteiramente gratuita por uma cigana! Na brincadeira, Jaime foi até a tenda da cigana e ouviu tudo o que ela tinha a lhe dizer sobre sua vida. Depois daquilo, de vez em quando, pegava-se pensando na história: Será que existe mesmo um destino já traçado? Se existir, isso será bom ou ruim? E se não existir, o que será que me acontecerá? O que farei com a minha vida?

Na Antigüidade Clássica, os gregos usavam uma bela imagem para dizer o ser humano: cada um de nós é semelhante a um pequeno barco que deve atravessar um oceano. Devemos realizar nossa travessia no tempo. Somos seres temporais: nascemos e vamos morrer. A consciência da morte nos remete a nossa condição temporal. A vida se constitui nesse movimento incessante que nos atravessa desde o nascimento e continuará após nossa morte. Assim, a morte deve ser entendida como um acontecimento a mais nesse movimento que é a vida.

[….] Agimos no mundo movidos pelos desejos. Nossas atividades, racionais e físicas, estão sustentadas pelo desejo de nos tornarmos seres humanos. Apropriarmos do leme de nossas vidas e realizar a travessia é realizar uma ética fundada na estética: fazer da própria vida uma obra de arte.

A nós compete a tarefa artística de instaurar na vida a beleza. Para fazer da vida uma obra de arte, é necessário assumir a mesma posição do artista: ser criador. Mas as condições existentes em nossa sociedade se impõem como adversas à criatividade. […]

 

 

 

 

 

A ética como uma estética da existência

Uma ação ética fundada na produção da beleza não pode simplesmente deixar de lado essas condições adversas. Mas também não pode e não deve sucumbir a elas. Trata-se de encarar a vida como uma matéria-prima na qual vamos imprimindo as formas, esculpindo os contornos, tal como o escultor Michelangelo em sua pedra de mármore. A vida é nosso mármore, devemos esculpi-lo, criar um estilo, uma forma de viver, um jeito de ser feliz e, assim, afirmar a beleza. Dar forma à vida é a tarefa ética que nos compete como seres humanos. Nisso exercemos nossa condição de liberdade. Somos livres para fazer de nossas vidas uma obra de arte. Instaurar a beleza com todas as suas múltiplas formas. […]

 

O estilo e a singularidade de cada um

Dar forma à vida é criar um estilo. A origem etimológica da palavra estilo atesta essa dimensão artística que estamos querendo imprimir à ética. No latim, o termo stilu designa um instrumento com ponteira de osso, de chifre, de madeira ou de metal, usado para escrever sobre a camada de cera das tábuas, e com uma extremidade em forma de espátula para anular os erros gráficos. […]

O estilo é, então, um compromisso entre as duas práticas possíveis: o uso da ponta para escrever e o uso da espátula para apagar. Um instrumento que nos possibilita escrever nossos desejos sobre a tábua áspera do mundo e também esquecer os erros e seguir adiante nessa travessia temporal. Nietzsche dizia que só o esquecimento pode nos aproximar da felicidade. Escrever é aqui entendido como a capacidade de abandonar os ressentimentos e projetar-se em direção ao desconhecido, criando o futuro com as próprias mãos.

Para transformar a vida em obra de arte é necessário agir como o artista: apoderar-se do estilo e inscrever seu desejo na matéria do mundo. Neste ponto, podemos identificar o sentido da palavra estilo, tal como é utilizada nas artes plásticas: o conjunto de elementos capazes de imprimir graus de valor às criações artísticas pelo emprego de meios apropriados de expressão, tendo em vista a produção estética. […]

Fernando Pessoa, o grande poeta da língua portuguesa, escreveu: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Não há precisão nesta vida. Nada é certo, tudo é incerto. Então, navegar é preciso. Se as contingências desta vida se impõem como limite de nossas vontades, então, é preciso navegar. Se a vida deveria ser bem melhor do que é, então, é preciso navegar. Fazer da vida uma obra de arte é nossa direção. Alçar âncoras e navegar é a exigência ética fundamental.

 

Excertos retirados de Gallo, S. (coordenador). Ética e cidadania – Caminhos da filosofia. Campinas, Papirus Editora, 1998, p.95.

 

 
 
 
Quando cerca de 50% dos participantes já tiverem terminado, interrompa a leitura. Neste momento, a maioria dos jovens já deve estar próxima do fim do texto. Informe aos que não terminaram a leitura que não serão prejudicados. A leitura da última parte do texto vai ser retomada logo a seguir.
 
 
 

 

Dance of Life, Kazuya Akimoto Art Museum

 

 

Aumente o volume do aparelho de som. Solicite que os jovens façam uma exploração silenciosa do cenário. Peça que circulem pela sala e observem tudo. Fale para dar uma atenção especial ao poema projetado, aos espelhos e à caixa no centro do círculo de cadeiras.  Grave em vídeo a movimentação e reação dos participantes, se possível.

 

Interrompa a cena quando a concentração diminuir e as primeiras manifestações de crítica e análise da ação começarem. Estando todos novamente sentados, incentive os comentários sobre a vivência. Cada jovem deve manifestar as suas sensações ao enfrentar a experiência, especialmente em relação ao espelho no fundo da caixa. Depois deixe livre a conversa. Quando ela começar a concentrar-se em apenas alguns participantes, projete a gravação da cena.

 

Depois da projeção, promova uma rodada de falas onde a palavra é passada apenas aos que ainda não se manifestaram. Na ausência de gravação, passe diretamente para a rodada de falas. Ao término dela, inicie uma discussão orientada para uma comparação entre o poema (“Traduzir-se”) e a vivência.

 

 3. Definindo Estilo

Em painel, solicite um voluntário para fazer, em voz alta, uma leitura do primeiro parágrafo da última parte do texto “Estética de Si” (A ética como uma estética da existência). Promova uma discussão para uma exploração coletiva da compreensão desse parágrafo. Oriente a discussão não deixando que ela se desvie do tema.

 

Quando esgotada a compreensão do primeiro parágrafo, passe para a leitura do segundo, que inicia o sub-tópico: O estilo e a singularidade de cada um. Repita a solicitação de um voluntário para fazer a leitura em voz alta. Incentive a interpretação do grupo, intervindo na discussão com intensidade menor que a usada no primeiro parágrafo.

 

Repita o mesmo procedimento para o terceiro, quarto e quinto parágrafos. Ao fim da discussão, registre a definição de estilo na lousa.

 

 

Estilo = conjunto de elementos capazes de imprimir graus de valor às criações artísticas pelo emprego de meios apropriados de expressão, tendo em vista a produção estética.

 

 

 

Anime uma discussão sobre o conceito proposto e análise da sua aplicação ao estilo de vida, usando as seguintes igualdades, também registradas na lousa, em que os termos marcados com o ponto de interrogação são preenchidos mediante contribuições dos jovens.

 

Criações estéticas = vidas

Elementos capazes de imprimir valor à vida =  ?

Ou elementos capazes de transformar a vida em uma obra de arte =

·         ?

·         ?

·         ?

·         ?

 

 

 4. Apresentação individual 1

 

PEMBA - noite de luar na praia do Wimbe - Moçambique

PEMBA - noite de luar na praia do Wimbe - Moçambique

 

 

Em painel, antes do intervalo, promova a apresentação da primeira música escolhida por um dos jovens (dinâmica da música do participante). Os jovens, a cada oportunidade, por iniciativa individual, definem a ordem de apresentação. Antes de colocar sua música para tocar, o jovem revela o que considera a sua melhor qualidade e fala sobre o acontecimento da sua vida que foi fundamental no desenvolvimento dessa qualidade.

 
 

 

 

 

 

 

 

Como já foi observado na orientação para essa atividade, a fala pode ser eventualmente suprimida por opção do jovem. Mantida a versão mais dramática, a fala e a audição da própria música deverá ser em pé e na frente de todo o grupo.  Depois da audição da música, fixe duas tarjetas, uma com o nome do participante e outra com sua principal qualidade, lado a lado, abaixo do cartaz fixado na parede, iniciando o Mural das Qualidades Humanas daquela classe.

 

 

5. Apresentação individual 2

 Depois do intervalo, solicite a apresentação por um segundo jovem da sua música e de seu episódio de desenvolvimento da qualidade pessoal. Repita, nessa e nas demais apresentações individuais, o procedimento da primeira apresentação.

 

 

6. Qual é o meu estilo de vida?

 Inicie a situação de aprendizagem projetando o vídeo Por Acaso Gullar (Direção de Rodrigo Bittencourt e Marta Resende. Rio de Janeiro: Atitudes Produções, 2006. 1 vídeo (10 min), son., color. Disponível em: http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=4849 ).

 

Promova, depois, uma breve discussão do filme e dos atributos que conferem valor à vida de Gullar. Interrompa a discussão em um momento apropriado e solicite que, em cerca de 5 minutos, cada um se prepare para uma fala de 1 minuto (no máximo), sobre o seu estilo de vida ou sobre o que confere valor à sua vida, hoje.

 

Terminado o preparo, defina uma ordem para uma rodada de apresentações individuais: cada jovem diz o seu nome e verbaliza a fala preparada. Grave em vídeo a apresentação de cada jovem, se possível. No caso da gravação ser possível, o vídeo resultante pode ser editado e, eventualmente, usado na programação do evento de inserção profissional previsto para o final do programa Trilha Jovem.

 

7. Plano de vida e carreira 

 Ainda em painel, apresente as competências a serem desenvolvidas pela atividade de projeto.

Blossoming Almond Branch in a Glass with a Book - Van Gogh

 

Anuncie que, para o desenvolvimento das competências, será desenvolvido um projeto. Apresente a proposta do projeto a ser desenvolvido: cada jovem irá produzir um livro de arte, denominado: “Minha Vida, Minha Carreira”.

 

O livro será construído a partir do registro e da ilustração das atividades realizadas em sala de aula ou desenvolvidas autonomamente pelo jovem. O livro terá como função didática: o registro do Plano de Vida e Carreira; o registro dos exercícios desenvolvidos em sala (relacionados com a elaboração do Plano de Vida e Carreira) e constituir-se como objeto de identificação e apresentação de cada jovem.

 

 Cada livro deve ser uma obra de arte que apresenta e ilustra a construção de uma proposta de transformação da vida do autor em outra obra de arte. Para o trabalho, cada jovem contará com 30 folhas de papel A4 colorido e duas capas de acetato transparente. As capas poderão ser ilustradas e outros materiais poderão ser utilizados para compor a capa. O livro deverá ter um mínimo de 25 páginas. Os livros serão expostos no evento de inserção profissional, no encerramento do Trilha Jovem.

 

 Promova a discussão, adaptação e aprimoramento da proposta do projeto pela classe. Registre a versão final do projeto que será executado. Finalize a discussão da proposta de projeto, distribuindo o material necessário (folhas e capas) para os jovens.

 

Primeiras folhas do livro: Faça a sugestão para a(s) página(s) do livro que pode(m) representar a Aula 1/7: uma folha ilustrada que contenha o nome do jovem, a sua principal qualidade, uma breve descrição do acontecimento vital que a impulsionou e a letra da música escolhida. Ao final do programa, o Mural das Qualidades Humanas poderá ser o conteúdo de outra página.Observe, por fim, que as páginas não precisam ser organizadas na mesma seqüência das aulas, não precisam registrar passo a passo as suas atividades e nem ficar restritas ao conteúdo delas.

 

 Atenção: na seqüência dos planos, em vários momentos, sugere-se a inclusão de conteúdos no livro “Minha Vida, Minha carreira” e a utilização de suas páginas como recurso. Observe-se em geral, porém, que a decisão sobre a inclusão de conteúdos e sobre a utilização de suas páginas é, em última instância, do jovem.

Log Book: Apresente a proposta do Log Book para o Eixo III. Diferentemente dos outros Eixos, todos os participantes deverão registrar as atividades e redigir o Log Book, todos os dias. Para tanto, cada jovem receberá 30 folhas de papel sulfite para redigir o seu Log Book. A cada dia, um dos jovens será sorteado para fazer a leitura do seu relato da aula anterior.

  

 8. Apresentação individual 3 

 Solicite a apresentação, pelo terceiro jovem, de sua música, sua qualidade e seu acontecimento. Dê continuidade à construção do Mural das Qualidades Humanas.

 

Observações:

1.      Solicite que os jovens tragam, para a próxima aula, fotos e outras recordações que possam ilustrar uma linha do tempo da vida de cada um.

2.      Solicite aos jovens que ainda não fizeram a apresentação de sua música, que deixem a gravação da música na sala de aula ou a tragam em todas as aulas posteriores de PVC. 

 

 

Instrumentos e critérios de avaliação

§     Apresentações individuais de músicas.

§     Observações, sensações e relações estabelecidas a partir da atividade Estética de si.

§     Relação de atributos que conferem valor à vida.

§     Estilos de vida apresentados pelos jovens.

§     Melhorias efetuadas na proposta do Plano de Vida e Carreira.

 

 
 
 
 

 

 

 

Oficina de Empreendedorismo 5 de setembro de 2008

 

A primeira versão do Projeto Trilha Jovem derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto.

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem da oficina de Empreendedorismo (EMP), do Eixo II, do Projeto Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui

 

 

Aula 4/7

 

Empreendedorismo (emp)

 

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

 

 

Ser agente na promoção da excelência na prestação de serviços de turismo.

Buscar a excelência no exercício das atividades profissionais.

Localizar oportunidades de ações empreendedoras que possibilitem a promoção ou a prestação de serviços com excelência.

 

1. Aquecendo.

Log Book

15’

2. A atuação profissional como exemplo de excelência.

 

70’

INTERVALO

15’

3. Empreendimentos individuais e coletivos.

Casos.

75’

4. Rodando o PDCA.

Texto

60’

5. Encerramento.

 

5’ 

 

Objetivos

 

  • Discutir como o exemplo da atuação profissional competente pode funcionar para promover a excelência em serviços.
  • Apresentar exemplos de ações empreendedoras de sucesso como forma de suscitar alternativas de projetos de excelência em serviços.
  • Relacionar os sonhos expressos na Aula 2/7 com a promoção da excelência em serviços.
  • Possibilitar a vivência coletiva de busca da qualidade e da excelência, enquanto características do comportamento empreendedor.

 

 

1. Aquecendo

Recepcione os jovens, convidando-os a ocupar os lugares do semicírculo, previamente preparado com o número exato de cadeiras necessárias. Peça para o responsável pelo Log Book fazer a leitura do relato que escreveu sobre a última aula e, a seguir, escolher o novo relator e entregar-lhe o Log Book.

 

O retroprojetor já exibe um poema de Cora Coralina: Aninha e suas pedras. Peça para todos fazerem uma leitura individual silenciosa. Solicite um voluntário para fazer uma leitura em voz alta.

www.geocities.com/essasmulheres/cora.html

 

Texto de apoio: Aninha e suas pedras

 

Não te deixes destruir…

Ajuntando novas pedras

e construindo novos poemas.

Recria tua vida, sempre, sempre.

Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.

Faz de tua vida mesquinha

um poema.

E viverás no coração dos jovens

e na memória das gerações que hão de vir.

Esta fonte é para uso de todos os sedentos.

Toma a tua parte.

Vem a estas páginas

E não entraves seu uso

aos que têm sede.

 

CORALINA, C. Vinténs de cobre: meias confissões de Aninha. São Paulo: Global, 2001.    

 
 Ao final da leitura, pergunte se alguém gostaria de falar sobre as sensações ou idéias suscitadas pelo poema. Solicite que todos façam relações entre o poema e o tema empreendedorismo.

 

  2. A atuação profissional como exemplo de excelência

odia.terra.com.br
odia.terra.com.br

Organize pequenos grupos e faça a proposta de trabalho: preparar minicenas mudas, com a duração máxima de 3 minutos, em que o profissional promove a excelência em serviço através de seu próprio exemplo. Esclareça dúvidas e peça para os grupos se reunirem. Insista no controle do tempo da cena a ser apresentada.

 

 Em painel, coordene a apresentação e discussão das minicenas. Cuide para que o ambiente seja de atenção e respeito a cada apresentação. Nomeie todos os que não fazem parte da cena apresentada como observadores. Faça com que as apresentações das minicenas aconteçam sucessivamente, sem intervalo entre uma e outra.

 

Ao final, inicie a análise de cada cena, solicitando a opinião dos observadores em relação à estratégia de promoção da excelência em serviços apresentada. Por fim coloque em discussão o exercício profissional exemplar como alternativa para promover a excelência em serviços.

 

 3. Empreendimentos individuais e coletivos

 Promova, inicialmente, a exibição do segmento “A nevasca” do filme Sonhos (SONHOS. Direção de Akira Kurosawa. Manaus, Warner Home Vídeo, 2003. 1 DVD (120 min), son, color.).

Apresente e comente com os jovens, casos de sucesso de empreendimentos individuais e coletivos. Recorde exemplos citados nas redações da Aula 1/7 (situações de aprendizagem 3 e 4), se julgá-los interessantes. Estimule discussão sobre os motivos de sucesso e de fracasso de empreendimentos coletivos. Estabeleça relações com o filme exibido e com a vivência das atividades Pouso do ovo e Escravos de Jó. Procure, ainda, estabelecer relações entre casos de empreendimentos de sucesso e os sonhos dos participantes. Estabeleça relação entre os sonhos e a promoção da excelência em serviços.

 

 4. Rodando o PDCA

tostoneage.blogspot.com
tostoneage.blogspot.com

 Em painel, distribua cópias de um excerto do poema Louvação Matinal, de Mário de Andrade. Peça para os jovens fazerem uma leitura silenciosa.

 

Texto de apoio: LOUVAÇÃO MATINAL

 

Que a vida de cada qual seja um projeto de casa!

Sêco, o projeto agride o ôlho da gente no papel,

Porém quando a casa se agarra no lombo da terra,

Ela se amiga num átimo com tudo o que enxerga em volta,

Se adoça, perde a solidão que tinha no projeto,

Se relaciona com a existência, um homem vive nela,

E ela brilha da fôrça do indivíduo e o glorifica

 

Deflorar a virgindade boba do que tem de vir!…

Eu nunca andei metido em sortes nem feitiçarias,

Não posso contar como é a sala das cartomantes,

E minhas mãos só foram lidas pelos beijos das amadas,

Porém sou daqueles que sabem o próprio futuro,

E quando a arraiada começa, não solto a rédea do dia,

Não deixo que siga pro acaso, livre das minhas vontades.

O meu passado… Não sei. Nem nunca matuto nele.

Quem vê na noite? o que enxerga na natureza assombrada?

O que passou, passou; nossa vaidade é tão constante,

Os preconceitos e as condescendências são tão fáceis

Que o passado da gente não é mais

Que um sonho bem comprido aonde um poder de sombras lentas

Mostram que a gente sonhou. Porém não sabe o que sonhou…

Não recapitular! Nunca rememorar!

Porém num rasgo matinal, em coragem perpétua

Ir continuando o que um dia a gente determinou!

 

Eu trago na vontade todo o futuro traçado!

Não turtuveio mais nem gesto meu para indeciso!

Passam por mim pampeiros de ambições e de conquistas,

Chove tortura, estrala o mal, serenateia a alegria,

Futuro está gravado em pedra e não se apaga mais!

Por isso é que o imprevisto é para mim mais imprevisto,

Guardo na sensação o medo ágil da infância,

Eu sei me rir! Eu sei me lastimar com ingenuidade!

 

ANDRADE, M. Poesias Completas. São Paulo, Livraria Martins Editora, 1974, p. 194.

 

 

 A seguir, explique o que é um jogral e lance um desafio: o grupo deverá criar um jogral do poema, de forma a produzir uma leitura com arte. Pergunte: como ficaria bonita a interpretação da poesia através de um jogral? Como produzir belos efeitos com o ritmo e a divisão da leitura, a utilização de vozes diferentes, etc.

 

PDCA - leitejr.wordpress
PDCA – leitejr.wordpress

Transfira a responsabilidade ao grupo de propor a organização do jogral. O poema pode ser dividido em partes e cada parte poderá ser lida por um, alguns ou todos os jovens, com ritmo e sincronia. Assim que o grupo chegar a uma proposta de realizar o jogral, peça para todos se levantarem para ensaiar.

 

Depois do ensaio, mudanças e ajustes podem ser propostos para melhorar o resultado. Proponha um novo ensaio. O grupo experimenta nova execução.  Depois, volta a avaliar e aperfeiçoar, assim por diante, enquanto o interesse dos participantes se mantiver. Por fim, o grupo deve fazer a sua apresentação “final” em jogral do poema completo.

 

Novamente sentados em semicírculo, peça ao grupo para comentar a atividade. Depois, fale sobre como a dinâmica do jogral, vivenciada pelos jovens, pode ser uma forma de exercitar a “rodagem” do PDCA, uma técnica para promover a excelência em serviços. A seguir, apresente o PDCA como uma das ferramentas básicas da qualidade

 

Em painel, encerre o dia com novo círculo de energia, fazendo variações em relação aos utilizados em aulas anteriores.

 

 Instrumentos e critérios de avaliação

  • Mini-cenas de exercício profissional com excelência.
  • Debate sobre o exemplo profissional como forma de promoção da excelência em serviços.
  • Discussão sobre as causas do sucesso e do fracasso de empreendimentos coletivos.
  • Exemplos de empreendimentos coletivos e comentários sobre eles.
  • Participação no jogral e na discussão sobre ele.
 

Organização dos Serviços de Alimentos e Bebidas 31 de agosto de 2008

 

Esta é uma amostra do trabalho desenvolvido para o Projeto Trilha Jovem. O Projeto Trilha Jovem é uma inicitiva de capacitação para o turismo de jovens oriundos de famílias de baixa renda. A primeira versão do Projeto derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto Trilha Jovem, que hoje já está implementado em 10 destinos turísticos do Brasil.

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem da oficina de Organização dos Serviços de Alimentos e Bebidas (OAB), do Eixo II, do Projeto Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui

 

organização dos serviços de alimentos e bebidas (OAB)

Aula 2/5

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

Agir de acordo com a missão, visão, valores e serviços de diferentes prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e participar dessas definições estratégicas, quando solicitado.

Situar-se e agir de acordo com a posição ocupada na estrutura organizacional de diferentes prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

Identificar e descrever os processos básicos de trabalho de diferentes prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e os papéis desempenhados na execução deles.

Identificar necessidades de diferentes clientes de processos de A&B, relacionando-os com postos de trabalho.

Definir metas para satisfazer diferentes públicos.

1. Aquecendo.

Log Book.

30’

2. Planejando a pesquisa na Internet.

Relação de prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e de sites.

15’

3. Pesquisando na Internet.

Laboratório de Informática.

60’

INTERVALO

15’

4. Apresentando os resultados da pesquisa.

Tarjetas e papel metro.

60’

5. Planejando a pesquisa em campo.

Cadernetas de campo.

60’

         

 

Objetivos

1. Discutir o papel e a importância das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas no fluxo do turismo.

2. Discutir a responsabilidade dos estabelecimentos de alimentação na promoção do desenvolvimento sustentável.

3. Propor o estudo de estabelecimentos de alimentação, tendo em vista caracterizá-los enquanto organizações de prestação de serviços.

4. Promover a observação das diferenças entre os serviços oferecidos por distintas prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

5. Incentivar a investigação da visão estratégica, da estrutura organizacional, da orientação para o cliente (política de qualidade), dos processos de trabalho e de iniciativas de promoção do turismo sustentável que possam existir nas prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

6. Descrever e situar o papel dos profissionais de A&B dentro da organização e dos processos de trabalho das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

7.Promover a identificação dos clientes (internos e externos) dos setores de sala, bar e cozinha e de suas necessidades.

 

 Descrição das situações de aprendizagem

1. Aquecendo

Log Book

Com o grupo sentado em semicírculo, inicie a aula com a sua leitura do Log Book. Ao fim, escolha o redator do dia (No caso da classe de Hospedagem, apenas a leitura do Log Book).

Passe-lhe o livro, dando a mesma orientação de redação que a feita em relação ao Diário de Bordo, no Eixo I.  Ou seja, para redigir o Log Book, o responsável pelo registro deverá anotar os acontecimentos relevantes do dia em sua caderneta de campo. Após a aula do dia e antes da aula seguinte, o redator deverá organizar suas anotações e transcrevê-las para o Log Book. Só constarão do Log Book os acontecimentos cujo registro é de interesse de todo o grupo.  

No início de cada aula será reservado um tempo para a leitura do Log Book. A leitura será feita pelo próprio redator. Após a leitura, este redator terá cumprido a sua missão. Deverá, então, escolher o redator do dia de trabalho que se inicia e entregar-lhe o Log Book.

 

Dinâmica de ativação

ineedstimulation.blogspot.com

ineedstimulation.blogspot.com

 Informe que você vai iniciar a aula com um jogo: o Jogo do Abraço. Os jovens, em pé, devem organizar dois círculos concêntricos, de forma que cada participante do círculo interior fique frente a frente e cara a cara com um outro do círculo exterior (Se o número de participantes for impar, peça que um jovem faça-lhe companhia na coordenação).

Como em um jogo de par ou impar, a partir da mão direita fechada e estendida, os membros de cada dupla mostram simultaneamente 1, 2 ou 3 dedos. Em cada dupla, se ambos mostrarem um dedo, a dupla dá um aperto de mão. Se ambos mostrarem dois dedos, um toque nos ombros será o prêmio da coincidência. Se ambos mostrarem três dedos, segue-se um abraço. Se não houver coincidência de números de dedos esticados, nada acontece.

 

Terminada a primeira rodada, os membros do círculo interior movem-se para a direita até postarem-se na frente do próximo integrante do círculo exterior. O jogo recomeça. Promova tantas rodadas quantas forem necessárias para o jogo terminar em um festival de abraço.

Observação: Em geral, os grupos logo percebem que, cada um mostrando sempre três dedos, as duplas são premiadas com o abraço. Assim, a cada rodada, o número de abraços tende a aumentar.       

      

 2. Planejando a pesquisa na internet

 
 
 

 

blogrexona

Faça a composição de quatro novos grupos, com cada grupo contando com participantes de todos os grupos que foram formados na aula anterior, em painel Integrado.

Observação: No caso da classe de HPD, podem ser utilizados os grupos que funcionaram na oficina de Organização dos Serviços de Hospedagem (OHP).

Para isso, você pode fazer um sorteio ou atribuir números de 1 a quatro aos integrantes dos grupos originais, formando outros grupos com os que receberam o mesmo número.  Atribua, a cada grupo resultante, a responsabilidade pela pesquisa no site de uma das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas.

Antes de dar início à pesquisa, elabore um roteiro com a participação de todos e a partir dos conceitos discutidos na aula anterior. Ao final da discussão, verifique se o roteiro envolve as seguintes ações:

 

·  a caracterização e a análise do papel daquela prestadora de serviços de alimentos e bebidas no fluxo turístico como um todo (cadeia produtiva) e na promoção do desenvolvimento sustentável do turismo. Essa caracterização e análise devem possibilitar discussões posteriores com o objetivo de articular o que foi aprendido no Eixo I com a aprendizagem prevista para Eixo II;

·  estabelecer as diferenças entre os vários tipos de prestadores de serviços de alimentos e bebidas;

·  obter a informação sobre a missão, visão e valores da prestadora de serviços de alimentos e bebidas, ou inferir essas perspectivas estratégicas a partir de outras informações veiculadas pelo site;

·  relacionar os principais serviços prestados pelo estabelecimento pesquisado pelo grupo;

·  conhecer ou inferir a política de qualidade da prestadora de serviços de alimentos e bebidas, envolvendo as formas de identificação das necessidades dos clientes e os princípios de qualidade expressos ou implícitos;

·  localizar ou desenhar a estrutura organizacional, identificando como o trabalho está organizado e dividido entre todos os que trabalham na prestadora de serviços de alimentos e bebidas;

·  identificar os principais  processos empresariais existentes;

·  definir o papel de cada profissional, especialmente do cozinheiro ou lancheiro e do garçom, barman ou atendente de lanchonete;

·  identificar os clientes (internos e externos) dos profissionais e suas prováveis necessidades e expectativas. 

 

 

Observação: todo o trabalho posterior decorrerá da pesquisa orientada pela indicação das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e pelo roteiro elaborado. As aulas posteriores também dependem da adequação do roteiro e da pesquisa decorrente. Na seleção das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas a serem pesquisadas (virtual e presencialmente), é importante verificar se apresentam, no site, informações sobre a maioria dos itens do roteiro de pesquisa. Se não apresentarem todos os itens, o segundo e o terceiro item (missão e serviços prestados) são considerados os mais importantes.

 

 

3. Pesquisando na Internet

Convide o grupo para ir ao Laboratório de Informática. Oriente a pesquisa na Internet, segundo o roteiro elaborado na atividade anterior. Os grupos se subdividem em duplas que depois de coletarem as informações disponíveis, se reúnem para trocar e sistematizar o conjunto de informações, preparando uma apresentação dos resultados. As informações são transferidas para tarjetas e/ou impressas (fotos por exemplo). Os gupros devem também indicar as informações não disponíveis no site.

 

 4. Apresentando os resultados da pesquisa

Solicite que cada grupo, usando uma das paredes da sala, crie um mural sobre a prestadora de serviços de alimentos e bebidas por ele pesquisada.

mural, originally uploaded by Guilherme.atencio

Depois de organizados os murais, cada grupo faz a apresentação da organização por ele pesquisada, utilizando o mural construído como suporte.

Complemente a exposição dos grupos, se necessário, evitando adiantar as informações que poderão ser levantadas na visita programada para a aula posterior.

Finalize a atividade, estimulando a comparação entre as prestadoras de serviços de alimentos e bebidas pesquisadas.

 

 5. Planejando a pesquisa de campo

 Promova um retorno aos painéis construídos, estimulando a constatação dos vazios de informação, comparando o roteiro original e os resultados das pesquisas dos sites. Com os jovens, identifique, em relação a cada grupo, os itens do roteiro que devem ser privilegiados em uma visita à prestadora de serviços de alimentos e bebidas.

Observação: É importante investigar se existem conseqüências práticas da definição de missão, visão e valores para o funcionamento das prestadoras de serviços de alimentos e bebidas e, especialmente, para o trabalho de cada profissional.       

 

yesalels.blogspot.com

yesalels.blogspot.com

Solicite que cada grupo programe a visita à prestadora de serviços de alimentos e bebidas a ele designada e preveja as formas de obtenção das informações que não estavam disponíveis no site. Solicite que todos anotem a programação da visita em suas cadernetas de campo.

 

 

Observação: As prestadoras de serviços de alimentos e bebidas devem ser previamente contatadas e as visitas previamente agendadas pela CPL.

 

 

Instrumentos e critérios de avaliação

  • Roteiro de pesquisa elaborado.
  • Murais construídos.
  • Discussão sobre a diferença entre as prestadoras de serviços de alimentos e bebidas pesquisadas.
  • Programação da pesquisa em campo.

 

 

 

Projeto de Excelência em Serviços (Eixo II do Trilha Jovem) 11 de agosto de 2008

 

Esta é uma amostra do trabalho desenvolvido para o Projeto Trilha Jovem. O Projeto Trilha Jovem é uma inicitiva de capacitação para o turismo de jovens oriundos de famílias de baixa renda. A primeira versão do Projeto derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto Trilha Jovem, que hoje já está implementado em 10 destinos turísticos do Brasil.

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem do Projeto de Excelência em Serviços, do Eixo II, do Projeto Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui.

 

Projeto de excelência

em serviços (pex)

Aula 1/8

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

 

Identificar os clientes de uma ação empreendedora e suas necessidades.

Traduzir as necessidades dos clientes em critérios de excelência para a prestação de serviços.

1. Aquecendo.

Log Book. Texto de apoio.

45’

2. Qualidade e excelência em serviços I.

Textos de apoio. Tarjetas.

80’

INTERVALO

15’

3. Qualidade e excelência em serviços II.

Tarjetas.

60’

4. Os clientes do projeto.

 

30’

5. Dinâmica de encerramento.

 

10’

 

 

 

Objetivos

  1. Integrar e motivar o grupo em torno das atividades de projeto.
  2. Discutir os conceitos de qualidade e de excelência na prestação de serviços.
  3. Promover a definição precisa dos clientes do projeto.
  4. Orientar a definição de critérios de excelência para os serviços que serão prestados no desenvolvimento do projeto.

 

 Descrição das Situações de Aprendizagem

 

1. Aquecendo

Recepcione os jovens, convidando-os a ocupar os lugares do semicírculo, previamente preparado com o número de cadeiras necessárias. Peça para o responsável fazer a leitura do Log Book, escolher o novo relator e entregar-lhe o Log Book.

Coreografia 

Milágrimas, coreógrafo Ivaldo Bertazzo, jovens do projeto Dança Comunidade
Milágrimas, coreógrafo Ivaldo Bertazzo, jovens do projeto Dança Comunidade

Em painel, promova uma dinâmica de aquecimento e integração (o termo “em painel” indica a situação didática em que todos os participantes estão reunidos em semicírculo e acontece uma atividade ou um debate aberto, coordenado pelo educador).

 Organize, por proximidade no semicírculo, quatro grupos. Cada um deles deverá ensaiar, para apresentação posterior, sem fala ou mímica, três conjuntos de movimentos rítmicos que representem:

  • a escolha do projeto feita na oficina de Empreendedorismo (Informe-se, previamente, sobre o projeto escolhido pela classe na oficina de Empreendedorismo.)  (cena 1);
  • o desenvolvimento desejável do projeto (cena 2);
  • os resultados do projeto, especialmente para os clientes dos serviços envolvidos na ação empreendedora prevista (cena 3).

Coloque o Bolero, de Ravel, como fundo. Existem muitas gravações da música. Você poderá usar, por exemplo, a disponível em: KARAJAN, H. Karajan Forever. São Paulo: Universal Music, 2003. Peça para os grupos se reunirem em pé, um em cada canto da sala, para prever e ensaiar os movimentos, para uma apresentação a ser feita logo em seguida. Durante a preparação, circule pelos grupos, estimulando-os a criar a melhor coreografia possível. Não aceite a primeira idéia do grupo. Peça que aprimorem essa primeira idéia, elaborando, ampliando e sofisticando os movimentos previstos.

Concluída a preparação, todos em pé formam um semicírculo, voltado para o “palco” (frente da sala).  Solicite que um grupo se candidate para a primeira apresentação. Se você não conhecer a classe, peça que os integrantes do grupo digam seus nomes, antes da apresentação das cenas. Se você já for conhecido, poderá dispensar esse passo. O grupo voluntário faz sua apresentação. Imediatamente a seguir à apresentação, todos os demais participantes, incluindo os integrantes do grupo que acabou de se apresentar, repetem os movimentos que constituem as três cenas (palmas). Repita esse procedimento na apresentação dos demais grupos.

Ao final, cada grupo faz um breve comentário sobre sua apresentação, antecedido por nova identificação de seus integrantes. (Nas duas primeiras aulas, sempre que possível, peça que os jovens repitam seus nomes para que você possa memorizá-los. Procure saber o nome de todos até a terceira aula.) Depois, generalize a discussão sobre as apresentações e o sobre o significado de cada uma delas.

Solicite a seguir a leitura do texto de apoio: “Você realmente está encantando os seus clientes?”

 

Texto de apoio: VOCÊ REALMENTE ESTÁ ENCANTANDO SEUS CLIENTES?

Muito se fala sobre encantar o cliente. Contudo, será que esta necessidade para o sucesso empresarial está sendo atendida?

Pesquisas desenvolvidas pela Esteves & Associados Consultoria Empresarial, sobre os motivos pelos quais os clientes mudam de fornecedores, mostram que 70% das razões nada têm a ver com o produto, mas sim com a qualidade do atendimento recebido.

Dentro dos 70% das razões, 21% mudaram de fornecedor pela falta de contato e os 49% restantes porque a atenção recebida era de baixa qualidade. Em relação aos 30% restantes, 15% mudaram de fornecedor porque encontraram produto melhor e os outros 15% mudaram devido ao menor preço do produto. Assim, conclui-se que preço já não garante mais a fidelidade do cliente.

Valem aqui algumas perguntas para sua reflexão. Ao respondê-la não podemos esquecer que, antes da excelência na prestação de serviços, precisamos, acima de tudo, entender quais são as reais necessidades, desejos e anseios dos clientes.

· O que está sendo feito pela empresa em termos de qualidade de atendimento para os clientes?

· Como as informações estão sendo trabalhadas na empresa?

· Qual é o investimento da empresa em termos de melhoria da prestação de serviço?

Para uma melhor compreensão do impacto da insatisfação dos clientes, novas pesquisas realizadas revelam que apenas 4% dos clientes insatisfeitos reclamam e que para cada reclamação recebida existem 26 outros clientes na mesma situação que não se manifestam. Desses últimos, entre 65% e 90% jamais voltariam a comprar da mesma organização provedora.

Mas, o quanto isso representa em termos financeiros para a empresa? Se levarmos em conta que custa cinco vezes mais conseguir um novo cliente do que manter o antigo, a empresa está, no mínimo, perdendo dinheiro não se preocupando em manter os clientes antigos.

Por sua vez, investir nas reclamações dos clientes, solucionando-as, produz excelentes resultados, porque 82% dos queixosos que tiveram seus problemas resolvidos voltaram a comprar das organizações, além do quê são obtidas valiosas informações sobre os problemas da empresa e dicas para orçamento de novos produtos ou serviços.

Diante destes dados, temos que nos conscientizar que encantar o cliente não é um modismo, mas uma questão de sobrevivência da empresa, porque, além de criar um diferencial perante a concorrência, fortalece o relacionamento duradouro com o cliente.

Eis algumas dicas para se criar esse relacionamento:

  • Atenção aos pequenos detalhes;
  • Seja cortês;
  • Atenda-os de imediato e com rapidez;
  • Preste orientação com segurança;
  • Evite termos técnicos, fale a verdade;
  • Dê atenção às reclamações.

E, finalmente, sempre se pode fazer algo mais sem que isso represente um ônus para a empresa. Veja outras dicas:

  • Demonstre um contínuo interesse pelos clientes;
  • Informe-se sobre o desenvolvimento dos produtos ou serviços;
  • Mantenha listagens atualizadas dos clientes sempre que possível;
  • Faça com que seus clientes se sintam importantes e partícipes do seu negócio.

Logo, vamos colocar em prática estas dicas. Mãos à obra

 

ACIL. Você realmente está encantando os seus clientes? Disponível em: <http://www.uel.br/prorh/index.php?content=diversos/qualidade.html>. Acesso em 2 jun 2006.

 

 

2. Qualidade e excelência em serviços

AP)

Nadia Comaneci - Nadia Comaneci performs at the Montreal Olympics in 1976. (Source:AP)

 Reapresente e construa um entendimento comum sobre o “Mapa do Empreendimento”, elaborado na oficina de Empreendedorismo (EMP). (É importante fazer antecipadamente um contato com o educador responsável pela oficina de Empreendedorismo para saber detalhes sobre a elaboração e o conteúdo do “Mapa do Empreendimento”.)

Em painel, apresente os conceitos de cliente (Juran) e de qualidade (Falconi) escritos em tarjetas, ou no quadro, ou projetados em transparência.

 

 

·  Cliente é todo aquele afetado pelo produto e pelos processos da empresa ou empreendimento (Juran).

 

· Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente (Falconi).

 

 

Explore o conceito de cliente a partir das coreografias apresentadas (item 1: aquecendo) e da pergunta: quem, nessas cenas, foi afetado pelo processo ou pelo produto do projeto?

Faça uma contraposição do conceito de qualidade com o de cliente, tendo como referência a distribuição dos resultados, como por exemplo:

 

 

O “que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades” do patrão ou do acionista é a de maximização fácil, segura e confiável dos lucros e o retorno do investimento no menor tempo possível. Outro cliente, o trabalhador, se atendidas as suas necessidades de participação do resultado, gostaria de receber a totalidade dos resultados em forma de salário, também de forma fácil, segura, confiável, sempre no dia 5 de cada mês. Como atender a um cliente e também ao outro?

 

Juran contorna essa contradição dizendo que, dentre a multiplicidade de clientes, é preciso atender aos poucos, mas fundamentais, mediando o atendimento de suas necessidades. Poucos e fundamentais, para quem?

 

Para as organizações ou para os empreendimentos, existem três tipos fundamentais de clientes.  O primeiro é o comprador ou beneficiário direto do produto ou serviço da organização ou do empreendimento (cliente externo). Sem ele a organização ou o empreendimento não sobrevive. O segundo é aquele que fabrica o produto ou presta o serviço (cliente interno). Sem pessoas motivadas é impossível produzir ou prestar serviços com qualidade. O terceiro e último tipo de cliente fundamental é a sociedade mais abrangente que circunda e regula as relações entre clientes internos e externos. Vamos chamá-lo simplesmente de sociedade.

 

 

 Faça a divisão da classe em seis grupos. Os grupos vão trabalhar com três (3) textos retirados dos Critérios de Excelência do Prêmio Nacional de Qualidade. (.). Os textos abordam três de um total de 12 fundamentos da excelência considerados pelo Prêmio. Foram escolhidos os três fundamentos mais próximos das questões relacionadas com o atendimento aos três tipos de clientes antes considerados (cliente externo, cliente interno e sociedade). Distribua cópias dos textos para todos os integrantes dos respectivos grupos. Os trabalhos de grupo serão organizados da forma apresentada a seguir.

Os Grupos 1 e 2 irão trabalhar com o fundamento Foco no Cliente e no Mercado e utilizar o texto inserido logo a seguir.

 

 

Texto de apoio:  FOCO NO CLIENTE E NO MERCADO

A qualidade é intrínseca ao produto, porém o cliente é o “árbitro” final, que julga a partir de suas próprias percepções. Estas percepções se formam por meio de características e atributos, que adicionam valor para os clientes, intensificam sua satisfação, determinam suas preferências e os tornam fiéis à marca, ao produto ou à organização. O foco no cliente é um conceito estratégico, voltado para conquista e a retenção de clientes. O conhecimento das necessidades atuais e futuras dos clientes é o ponto de partida na busca da excelência do desempenho da organização. Assim, a organização possui foco no cliente quando essas necessidades estão claras para todas as pessoas da organização. Iniciativas visando desenvolver e oferecer produtos diferenciados podem ser utilizadas para a criação de novos segmentos e até mesmo surpreender os mercados existentes. As estratégias, planos de ação e processos orientam-se em função da promoção da satisfação e da conquista da fidelidade dos clientes. O foco no mercado mantém a organização atenta às mudanças que estão ocorrendo a sua volta, principalmente com relação aos concorrentes e a movimentação dos clientes em relação a novas demandas e necessidades. Estas preocupações são fundamentais para o aumento da competitividade da organização.

 

Fundação para o Prêmio Nacional de Qualidade. Critérios de Excelência. São Paulo: FNPQ, 2004, p. 13. Disponível em: <http://www.fpnq.org.br >. Acesso em: 21 jun 2005

 

 

Os Grupos 3 e 4 irão abordar o fundamento Responsabilidade Social e Ética e utilizarão outro texto de apoio.

 

 

Texto de apoio: RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA

O sucesso e os interesses de longo prazo da organização dependem de uma conduta ética em seus negócios e do atendimento e superação dos requisitos legais e regulamentares associados aos seus produtos, processos e instalações. A superação decorre da pró-atividade necessária, dado que o legislador tem atuação preponderantemente reativa e lenta em relação aos anseios da sociedade. A responsabilidade social e ética pressupõe o reconhecimento da comunidade e da sociedade como partes interessadas da organização, com necessidades que precisam ser identificadas, compreendidas e atendidas, considerando-se o porte e o perfil da organização. Isto engloba a responsabilidade pública, ou seja, o cumprimento e a superação das obrigações legais pertinentes à organização, que representam os anseios da sociedade quanto à sua conduta. Por outro lado, é também o exercício da consciência moral e cívica da organização advinda da ampla compreensão do seu papel no desenvolvimento da sociedade. Trata-se, portanto, do conceito de cidadania aplicado às organizações.

O comportamento ético está diretamente relacionado com o respeito e a confiança mútuos. O relacionamento da organização com todas as partes interessadas deve se desenvolver de forma ética para que resulte em reciprocidade no tratamento. Esse princípio se aplica a todos os aspectos de negociação e relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, órgãos do governo, sindicatos ou outras partes interessadas. Ele é também aplicável no que diz respeito às pessoas, atribuindo-lhes total confiança, sendo que toda a força de trabalho deve ser conscientizada da importância do tema. Portanto, o respeito à sua individualidade e ao sentimento coletivo, inclusive quanto à sua representação sindical, deve ser uma regra básica.

O mesmo valor se aplica à comunidade e a qualquer entidade ou indivíduo que mantenha contato com a organização. No tocante à segurança, à saúde pública e à proteção ambiental, a organização cidadã prevê os impactos adversos que podem decorrer das suas instalações, produção, distribuição, transporte, uso, descarte ou reciclagem final de seus produtos e toma as ações preventivas e de proteção necessárias. O exercício da cidadania pressupõe a liderança e o apoio de interesses sociais, podendo incluir a educação e a assistência comunitária; a proteção dos ecossistemas; a adoção de políticas não-discriminatórias e de proteção das minorias; a promoção da cultura, do esporte e do lazer e a participação ativa no desenvolvimento nacional, regional ou setorial. A liderança na cidadania implica em influenciar outras organizações, públicas ou privadas, a tornarem-se parceiras nestes propósitos e também em estimular as pessoas de sua própria força de trabalho no engajamento em atividades sociais. A responsabilidade social e ética potencializa a credibilidade e o reconhecimento público, aumentando o valor da organização.

 

Fundação para o Prêmio Nacional de Qualidade. Critérios de Excelência. São Paulo: FNPQ, 2004, p. 13. Disponível em: <http://www.fpnq.org.br >. Acesso em: 21 jun 2005

 

 

Finalmente, os Grupos 5 e 6 trabalharão com o fundamento Valorização das Pessoas e o correspondente texto de apoio.

 

 

Texto de apoio: VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS

 

O sucesso de uma organização depende cada vez mais do conhecimento, habilidades, criatividade e motivação de sua força de trabalho. O sucesso das pessoas, por sua vez, depende cada vez mais de oportunidades para aprender e de um ambiente favorável ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades. Neste contexto, a promoção da participação das pessoas em todos os aspectos do trabalho destaca-se como um elemento fundamental para a obtenção da sinergia entre equipes. Pessoas com habilidades e competências distintas formam equipes de alto desempenho quando lhes é dada autonomia para alcançar metas bem definidas. A valorização das pessoas leva em consideração a diversidade de anseios e necessidades que, uma vez identificados e utilizados na definição das estratégias, dos planos e das práticas de gestão organizacionais, promovem o desenvolvimento, o bem-estar e a satisfação da força de trabalho, a atração e retenção de talentos humanos, bem como um clima organizacional participativo e agradável, possibilitando o alcance do alto desempenho da organização e o crescimento das pessoas.

 

 

Os grupos deverão preparar uma exposição de 5 minutos, relacionada ao tópico respectivo que lhes foi designado. Cada grupo deve apresentar os critérios e/ou focos de observação para a constatação, na prática, da qualidade ou da excelência no atendimento ao cliente a ele designado (cliente final, sociedade e cliente interno). (Os critérios do Plano Nacional de Qualidade (PNQ) podem servir como referência para os grupos, disponível em: <http://www.fpnq.org.br>.). Os critérios ou focos de observação devem ser transcritos em tarjetas para a apresentação.

 

 

3. Qualidade e excelência em serviços II

 Em painel, os grupos 1 e 2 fazem suas exposições. Depois, em conjunto, sintetizam os critérios referentes ao fundamento comum a esses grupos (Foco no Cliente e no Mercado / cliente final). Para a síntese os dois grupos trabalham com as tarjetas, formando um único conjunto de critérios. Apóie os dois grupos na construção da síntese e complemente o que for necessário.

Os grupos 3 e 4 fazem suas exposições e sintetizam em conjunto os critérios referentes ao fundamento comum aos grupos (Responsabilidade Social e Ética / cliente sociedade). Da mesma forma dos grupos anteriores, para a síntese os dois grupos utilizam as tarjetas, compondo um único conjunto de critérios. Apóie os dois grupos na construção da síntese e complemente o que for necessário.

Repita mais uma vez a mesma dinâmica com os grupos 5 e 6: exposição dos grupos, síntese dos critérios referentes ao fundamento comum a eles (Valorização das Pessoas / cliente interno) e complementação do que for necessário. (Sugere-se que o painel de tarjetas resultante da atividade fique exposto até a próxima aula.)

 

 

4. Os Clientes do Projeto

locutorio.blog.com

locutorio.blog.com

Promova uma breve reunião dos mesmos grupos da atividade anterior com o objetivo de identificar os clientes da ação empreendedora prevista no projeto (Talvez não seja tão fácil definir os clientes do projeto. A CPL tem a responsabilidade de coordenar essa definição, apoiando e orientando os educadores e os jovens. Ressalta-se, também, que muitas vezes condições de recursos materiais, infra-estrutura, oportunidades etc. disponíveis fazem com que haja uma pré-definição em reunião pedagógica, que pode já ser orientadora das discussões com as classes.).

Em painel, os grupos apresentam a identificação dos possíveis clientes do projeto. Coordene uma discussão para se chegar aos poucos, mas fundamentais clientes do projeto.

 

5. Dinâmica de Encerramento

Solicite que os participantes fiquem em pé. Divida a sala em dois lados e a classe em duas equipes. Aponte dois aros imaginários, um em cada lado da sala. Solicite dois jogadores de cada equipe para iniciar uma partida de basquete. Lance uma bola imaginária para o alto. Deixe os jovens jogando, por cinco minutos. Depois, reúna-os em um círculo, abraçados. Peça que encontrem o grito de guerra da classe.

 

Instrumentos e Critérios de avaliação

  • Cenas apresentadas pelos grupos.
  • Comentários sobre as cenas.
  • Apresentação dos grupos sobre critérios de excelência.
  • Definição dos clientes.
 

Expressão em Múltiplas Linguagens 8 de agosto de 2008

 

Esta é uma amostra do trabalho desenvolvido para o Projeto Trilha Jovem. O Projeto Trilha Jovem é uma inicitiva de capacitação para o turismo de jovens oriundos de famílias de baixa renda. A primeira versão do Projeto derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto Trilha Jovem, que hoje já está implementado em 10 destinos turísticos do Brasil.

 

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem da Oficina Expressão em Múltiplas Linguagens, do Eixo I, do programa Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui.

 

 

 

EXPRESSÃO em Múltiplas Linguagens (LGG)

Aula 3/4

 

Competências

 

Situação de Aprendizagem

(atividade)

 

Recursos

 

Tempo

Interpretar corretamente a linguagem não-verbal.

Expressar-se conscientemente de forma não-verbal.

 

1. Aquecendo.

Diário de Bordo

30’

2. Linha do tempo.

 

 

30’

3. Compartilhando leituras.

 

25’

4. Fazendo uma interpretação da linguagem corporal.

 

15’

4. Dinâmica de encerramento.

 

10’

 

Objetivos

 1.  Dar continuidade ao desenvolvimento da capacidade de ouvir e da expressão oral.

      2.   Estimular a concentração, prontidão, agilidade, boa convivência grupal e abertura para comunicar-se e relacionar-se com o outro. 

     3.  Promover o exercício da comunicação não-verbal.

     4.  Orientar uma leitura atenta e adequada da linguagem não-verbal.

 

Descrições das Situações de Aprendizagem

 

1. Aquecendo

Informe que iniciará a aula com a leitura do Diário de Bordo. Proponha que ela seja realizada como um novo exercício de ouvir. Solicite que os jovens fechem os olhos, acalmem a respiração e espere até que o silêncio se imponha.  Solicite a leitura do relator responsável. Ao final da leitura, peça que os jovens abram os olhos e incentive uma breve sessão de comentários sobre a vivência, destacando os avanços na capacidade de ouvir.  Leia em voz alta, com entonação apropriada, os objetivos do dia, enquanto os jovens continuam exercitando o ouvir.

 

Preparando o corpo para a expressividade

Expressão Corporal, 1998 - Maria Belmira
Maria Belmira, Expressão Corporal, 1998.

Organize a sala para uma sessão de alongamento corporal. Oriente a execução de exercícios individuais de alongamento: braços, pernas, abdome, costas, ombros, pescoço. Depois, os jovens se deslocam pela sala a partir de diferentes estímulos: lento, rápido, correndo, pulando. Retorne aos exercícios de alongamento, agora em duplas, com os jovens apoiando-se no seu colega para ampliar os movimentos. Conclua com a criação e execução de um grande movimento coletivo, sem o uso da fala, ao som de uma música.

 

2. Linha do tempo

Em pé, os jovens continuam a se movimentar e a se expressar agora ao som da música Fazenda.  

 

Texto de Apoio: Fazenda

 

 

 

Água de beber

Bica no quintal

Sede de viver tudo

 

 

E o esquecer era tão normal

Que o tempo parava

E a meninada

Respirava o vento

Até vir a noite

E os velhos falavam

Coisas dessa vida

Eu era criança

Hoje é você

E no amanhã

Nós

 

 

Água de beber

Bica no quintal

Sede de viver tudo

 

E o esquecer era tão normal

Que o tempo parava

Tinha sabiá, tinha laranjeira

Tinha manga rosa

Tinha sol da manhã

E na despedida

Fios na varanda

Jipe na estrada

 E o coração lá.

ÂNGELO, N. Fazenda. In: O Talento de Milton Nascimento. Rio de Janeiro: EMI / ODEON, 1985.1 C32 D.

 

 

Caminhando no tempo

Wind from the Sea, 1948, Tempera on panel, Private collection, Andrew Wyeth - Realismo Contemporâneo
Andrew Wyeth, Wind from the Sea, 1948, Tempera on panel.

Mude para uma música instrumental suave e oriente os jovens a caminhar por uma imaginária linha do tempo onde existem três pontos demarcados: ponto 1 (infância), ponto 2 (juventude), ponto 3 (futuro). O deslocamento, sob sua direção, é feito sucessivamente de um ponto para outro ao som da música. Em cada um dos pontos demarcados os jovens são orientados a pararem e a representarem, apenas com movimentos físicos, uma percepção pessoal sobre o estágio da vida indicado.

 

 

 

 

Construindo cenas no tempo

Untitled Rayograph (Net and Shavings), 1924, Gelatin silver print, J. Paul Getty Museum, Los Angeles, Man Ray - fotografia Dadaista/Surrealista

Untitled Rayograph (Net and Shavings), 1924, Gelatin silver print, J. Paul Getty Museum, Los Angeles, Man Ray - fotografia Dadaísta/Surrealista

Oriente os jovens a escolher um movimento realizado por um companheiro, com o qual tenham se identificado. Na seqüência, cada jovem reproduz no mesmo ponto da linha, o movimento escolhido. Feito o movimento, cada jovem permanece próximo do ponto em que o executou.

 

A partir da atividade anterior, por proximidade física, os jovens são divididos em 3 grupos (infância, juventude, futuro) e são orientados a criarem uma cena coletiva que integre os movimentos de todos os componentes do pequeno grupo, naquele ponto (infância, juventude, futuro). Depois de criadas, cada pequeno grupo apresenta sua cena para os demais.

 

 

 3. Compartilhando leituras

De volta ao semicírculo, proponha um novo exercício de expressão verbal concisa e da capacidade de ouvir: uma troca de percepções sobre a atividade anterior, especialmente no que concerne à utilização e à leitura da linguagem não-verbal.

 

 

 4. Fazendo uma interpretação da linguagem corporal

Em um momento em que a discussão anterior tenha arrefecido, dê um comando abrupto (Por exemplo, você pode dizer em tom alto: parem e fiquem como estão! Congelem!), solicitando que os jovens interrompam a discussão e congelem todos os movimentos e fiquem parados como se fossem estátuas.

Após alguns segundos, peça para que cada jovem, um após o outro, saia do congelamento, caminhe até a frente da sala e faça uma breve leitura da expressão corporal dos companheiros que estão com os movimentos  congelados, retornando em seguida à imobilidade da postura na qual estava.

Depois de todos terem efetuado a sua leitura, solicite breves comentários dos participantes, um a um interpretando as posturas observadas na cena congelada. Conclua com uma rápida exposição sobre a leitura e interpretação da linguagem não-verbal.

 

 

5. Dinâmica de Encerramento

Amanhecer - oprivilegiodoscaminhos.blogspot.com

Amanhecer - oprivilegiodoscaminhos.blogspot.com

Entregue a cada participante um impresso com o poema Tecendo a manhã.

 

Texto de apoio: TECENDO A MANHÃ

 

Um galo sozinho não tece uma manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele;

e o lance a outro; de um outro galo o grito que

que apanhe o grito de um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

para que a manhã, desde uma teia tênue

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão

 

MELO NETO, J.C. Tecendo a manhã. In: Cabral – antologia poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, p. 17.)

 

 

Solicite aos jovens que fiquem em pé e façam uma leitura silenciosa e individual do texto. Peça a um voluntário que leia em voz alta o poema. Enquanto a poesia é lida, os demais jovens devem improvisar uma representação não-verbal do que é dito. Repita a leitura por três vezes, estimulando, nos intervalos, que os jovens aprimorem a representação e a tornem, a cada vez, mais bela.

 

Instrumentos e Critérios de Avaliação

  1. Postura dos jovens em relação aos parceiros de atividade e ao grupo como um todo.
  2. Compreensão e participação dos jovens nas atividades propostas.
  3. Expressividade não-verbal demonstrada na construção da “linha do tempo”, nas cenas sobre a infância, a juventude e o futuro, e na representação do poema.
  4. Capacidade de interpretação da linguagem não-verbal demonstrada na atividade da “linha do tempo’” e de congelamento.
 

PROJETO DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO (PDS) 6 de agosto de 2008

 

 

Esta é uma amostra do trabalho desenvolvido para o Projeto Trilha Jovem. O Projeto Trilha Jovem é uma inicitiva de capacitação para o turismo de jovens oriundos de famílias de baixa renda. A primeira versão do Projeto derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto Trilha Jovem, que hoje já está implementado em 10 destinos turísticos do Brasil.

 

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem do Projeto de Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Turismo, do Eixo I, do programa Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui.

 

 

 

Projeto de Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Turismo (PDS)

Aula 1/6

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

 

Diagnosticar os principais problemas de áreas selecionadas de intervenção, tendo como referência o desenvolvimento sustentável do destino turístico.

Elaborar projetos de promoção do desenvolvimento sustentável do turismo, definindo metas e estratégias de intervenção e prevendo os recursos necessários.

 

1. Aquecendo.

Diário de Bordo. Vídeo e TV.

30’

2. Construindo um roteiro de projeto.

Proposta de roteiro. Laboratório de informática.

30’

3. Formação dos grupos para o desenvolvimento dos projetos.

 

30’

INTERVALO

15’

4. Definindo um roteiro de pesquisa e planejando o diagnóstico.

Proposta de roteiro. Laboratório de informática.

60’

5. Apresentando os roteiros e planejamentos.

 

60’

6. Preparando a saída a campo.

 

15’

 

 

 Objetivos

1. Formar equipes para o desenvolvimento de projetos.

2. Promover a construção de um roteiro para elaboração de projetos de promoção de desenvolvimento sustentável do turismo.

3. Orientar a construção de um roteiro de pesquisa.

4. Orientar a elaboração do planejamento de um diagnóstico, enquanto fase de construção de um projeto.

 

Descrição das Situações de Aprendizagem

 

1. Aquecendo

Tkachev Alexei , Sergey Alexei «Summer», 1991, oil on canvas

Tkachev Alexei , Sergey Alexei «Summer», 1991, oil on canvas
Faça uma recepção individual
e amigável aos participantes. Convide-os a escolher seus lugares no semicírculo previamente preparado com o número exato de cadeiras a serem ocupadas. Quando estiverem todos sentados, dê-lhes as boas vindas e apresente-se pelo nome, se ainda não conhecer a classe, em painel (O termo “em painel” indica a situação didática em que todos os participantes estão reunidos em semicírculo e acontece uma atividade ou um debate aberto, coordenado pelo educador).
 
Observação: A atenção pessoal, desde o primeiro momento, contribui para criar um clima amigável, descontraído e solidário, importante e necessário para o desenvolvimento de um projeto que requer a participação ativa de todos em todos os momentos.
 
 
Diário de Bordo

Identifique o responsável pelo Diário de Bordo. Solicite silêncio e atenção para a leitura do texto do relator. Após a conclusão, o atual responsável pelo Diário de Bordo escolhe o novo relator, encarregado do relatório do dia e que será lido na próxima aula.

 

Competências e objetivos

Apresente as competências específicas que serão constituídas através do Projeto Desenvolvimento Sustentável do Turismo. Depois, apresente os objetivos do dia de trabalho que se inicia.

 

Projeção de documentário: “Ó Xente, pois não”

Almoço do trolha, 1946/50, Óleo sobre tela, 120x150cm, Júlio Pomar, Expressionismo Abstracto
Almoço do trolha, 1946/50, Óleo sobre tela, 120x150cm, Júlio Pomar

Anuncie a projeção do documentário “Ó Xente, pois não!” (Direção de Joaquim de Assis. Rio de Janeiro: Produtora Zodíaco / FASE. 1983. 1 videocassete (25 min), VHS/NTSC, son., color).

Dê algumas referências sobre o filme no sentido de criar expectativa e estimular a atenção do expectador. Informe, por exemplo, que o documentário é sobre uma comunidade camponesa no agreste de Pernambuco e sua árdua luta pela sobrevivência. É reconhecido pela sua qualidade como obra cinematográfica.

Informe, ainda, que as imagens do filme são muito bonitas, mas que a fala é muito importante. Peça que todos mantenham a concentração durante a projeção para entenderem a fala das pessoas da comunidade retratada no filme.

 Antes de iniciar a exibição, solicite que cada jovem escolha e registre a fala mais bonita do documentário.

 

 Após o filme: impressões e debate

Após a apresentação do documentário, aguarde alguns instantes para que cada um escolha a fala que considerou mais bonita, a que mais gostou ou a que mais o sensibilizou. Organize uma rodada de falas: um a um, os jovens dizem a fala mais bela. Ao final, você revela a frase que escolheu.

Estimule, a partir deste momento, comentários sobre o filme. Deixe que expressem espontaneamente suas impressões, num primeiro momento. Depois, oriente os comentários em torno do projeto do açude, da caixa para emergências, do projeto da vassoura, enfim de todas as estratégias que aquela comunidade encontrou para resolver seus próprios problemas. Chame atenção para o processo de tomada de decisões e de planejamento adotados pela comunidade antes de empreender uma ação. (A descrição dos processos é introduzida pela fala: “quando a gente tem que decidir…”. )

Não deixe de destacar a natureza das relações interpessoais da comunidade, essencialmente solidárias e cooperativas, importantes para o desenvolvimento de qualquer projeto coletivo. Por fim, finalize apontando as ações comunitárias apresentadas no filme como exemplos de medidas que transformam a realidade social, sem depender do poder público. É sobre essa possibilidade de transformação que será desenvolvido o Projeto de Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Turismo.

 

 

2. Construindo um roteiro de projeto 

Em Linha Reta

 

Apresente como um passo preliminar na elaboração do Projeto, a definição de um roteiro de projeto: um conjunto de itens que devem ser pensados antes de iniciar o processo de intervenção na realidade.

Lance perguntas: que coisas vocês devem prever antes da execução do projeto? E durante a execução? E depois? Deixando essas perguntas no ar, promova o deslocamento do grupo para o laboratório de informática.

 

No laboratório de informática

Apresente uma proposta de estrutura de projeto, como o exemplo colocado a seguir.

Texto de Apoio 1: ESTRUTURA DE PROJETO

 

1. Justificativa (Qual a razão de ser da realização do projeto: problema identificado ou desafio proposto ou oportunidade de melhoria identificada).

2. Resultados a serem obtidos ou metas a serem alcançadas (ou solução de problema identificado ou superação do desafio proposto e/ou o aproveitamento de oportunidade almejada, ou seja, a modificação que será proposta pelo projeto e que será visível após a sua realização).

3. Ações a serem empreendidas para a obtenção dos resultados / metas.

4. Detalhamento das ações (passos).

6. Cronograma de realização (distribuição das ações e dos passos no tempo).

5. Recursos necessários (para o desenvolvimento das ações).

6. Previsão das formas de avaliação (como saber se os resultados foram atingidos).

7. Execução do projeto

8. Acompanhamento da execução e definição de ações de correção, ajuste ou melhoramento.

9. Avaliação final.

10. Divulgação dos resultados.

 

Em duplas

Organize duplas de participantes e coloque em análise a estrutura de projeto apresentada. Este trabalho proporcionará a experiência de pensar um projeto desde o início de sua elaboração: a construção de um roteiro para seguir. A dupla deverá ter o roteiro proposto na tela de seu computador, em formato Word. Deve concluir se esse roteiro é adequado e/ou se precisa de modificações e quais alterações e/ou acréscimos seriam necessários. As alterações devem ser feitas no documento disponível para cada dupla.

 

Em painel

As duplas apresentam seus roteiros alternativos, ou ratificam o roteiro sugerido. Coordene a definição e o registro eletrônico da estrutura de projeto a ser adotada por todos os grupos, de preferência obtendo uma decisão de consenso. Conclua com um comentário sobre a importância desse trabalho preliminar, sempre necessário na elaboração de qualquer projeto. Lembre que podem encontrar modelos diferentes de projeto na Internet. O grupo pode retornar à sala de aula para a próxima atividade.

 

Observação: Note que esta atividade deverá ser desenvolvida com agilidade e ritmo. A previsão é que seja concluída em 30 minutos, portanto é necessário controlar o tempo de cada passo.

 

 

3. Formação dos grupos para o desenvolvimento dos projetos

Recorde os atrativos turísticos selecionados para possíveis projetos de intervenção, na oficina de Turismo e suas Dimensões. (Se você não acompanhou o desenvolvimento dessa oficina, deverá informar-se preliminarmente sobre os atrativos turísticos selecionados para os projetos de intervenção. É importante que, como responsável pelo Projeto, você tenha as informações completas do trabalho já realizado). Esclareça os jovens que justamente esses atrativos turísticos selecionados é que serão os campos de desenvolvimento de projetos de promoção do desenvolvimento sustentável do turismo, que eles próprios realizarão a partir de agora.

 

A Formação dos grupos de projeto

Arcangelo Ianelli

Arcangelo Ianelli

Este momento é estrategicamente importante porque serão formados os grupos que irão assumir a realização dos vários projetos (quatro, em princípio) de Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Turismo. As mesmas pessoas permanecerão juntas do início até a conclusão do projeto. Trata-se de um trabalho de fôlego que vai exigir grupos integrados, motivados e operantes.

O cuidado com o funcionamento desses grupos começa com sua formação. Na formação dos grupos leve em conta as expectativas e necessidades dos jovens, considerando preferências em relação: ao foco do projeto (atrativo turístico), aos companheiros de trabalho e às facilidades e dificuldades de locomoção e de realização dos encontros, etc.

Diante dos atrativos turísticos selecionados para intervenção e registrados no quadro, explore cada um dos focos de projeto marcando os desafios a serem vencidos. Peça para os alunos expressarem suas preferências em relação ao foco de projeto inscrevendo-se para trabalhar em um dos quatro atrativos turísticos. É provável que alguns pareçam mais atraentes, o que provocará a inscrição de muitas pessoas num mesmo atrativo. Nesse caso, será preciso que você coordene um processo de negociação para obter um arranjo de modo a formar quatro grupos numericamente semelhantes.

Contudo, é importante que esse processo de negociação resulte num consenso sobre a distribuição dos grupos de forma que todos fiquem satisfeitos e motivados para enfrentar o desafio relacionado ao seu projeto. 

 

Identidade do grupo

A primeira (e rápida) reunião será dedicada à criação da identidade do grupo. Peça a cada um deles escolher um canto da sala para ser o seu espaço de trabalho. Será nesse local que o grupo sempre vai se reunir para trabalhar. Cada grupo deverá criar para si mesmo: um nome; um símbolo; uma primeira definição de papéis para seus integrantes. A partir daí, confeccionará um cartaz com o nome, outro com o desenho do símbolo escolhido e outro com a lista de seus integrantes e respectivos papéis.

Cada grupo apresenta seu nome, símbolo e definição de papéis. Depois, afixa seus cartazes no respectivo canto. Assim, personalizado, aquele espaço se tornará o território do grupo. A definição de papéis poderá ser reformulada ou aperfeiçoada ao longo do trabalho para atender novas necessidades. 

Como dinâmica de ativação, após o intervalo, peça para os grupos se reunirem por 5 ou 10 minutos e criarem um “grito de guerra” (O grito de guerra pode envolver conteúdo e forma. O conteúdo será expresso por uma palavra ou uma frase ou um slogan ou simplesmente por um som que represente a força e união do grupo. A forma é a maneira que o grupo encontra para expressar o conteúdo: em uníssono,  abraçados em círculo, fazendo um determinado gesto, etc.). A seguir, um a um, os grupos expressam seus gritos de guerra.

 

 

4. Definindo um roteiro de pesquisa e planejando o diagnóstico

O diagnóstico visa conhecer em profundidade a problemática relacionada ao atrativo turístico que será alvo dos projetos. É um passo necessário para as primeiras definições e tomadas de decisões em relação ao planejamento. Requer uma investigação, uma pesquisa. A delimitação do tema da pesquisa é uma oportunidade para os grupos pensarem preliminarmente em seus projetos porque farão algumas indagações sobre o foco a ser trabalhado. Converse com os jovens sobre isso, introduzindo a atividade de preparação da pesquisa.

“É preciso explorar a problemática envolvida e elaborar algumas hipóteses sobre ela. Em alguns casos, o tema selecionado é muito amplo e será preciso delimitá-lo melhor. Em outros, o problema formulado pelo grupo é muito específico, merecendo a busca de outros problemas a ele relacionados. As hipóteses sobre o assunto investigado serão formuladas a partir do conhecimento prévio do grupo sobre o assunto, da sua percepção e da sua análise da realidade. Como o próprio nome diz, são apenas hipóteses. Somente a pesquisa e o estudo poderão dizer se o que se pensou – a hipótese – é real ou não, ou seja, se ela tem comprovação empírica ou não”  (MONTENEGRO, F.; RIBEIRO, V.M. (EDIT.). Nossa Escola pesquisa sua opinião: manual do professor. São Paulo: Global, 2002,  p. 57).

Os grupos se reúnem para preparar a sua pesquisa sobre o atrativo turístico. As questões do quadro, a seguir, poderão orientar a atividade.

 

 

A) Para realizar o roteiro de pesquisa, os grupos deverão iniciar o trabalho com uma reflexão, seguindo as questões (MONTENEGRO, F.; RIBEIRO, V.M. (EDIT.). Nossa Escola pesquisa sua opinião: manual do professor. São Paulo: Global, 2002,  p. 57. ) abaixo colocadas:

  • O que queremos saber a respeito do atrativo turístico, foco do projeto que vamos criar?
  • O que já sabemos sobre o assunto (atrativo turístico), seja no âmbito local, seja em termos de informações de terceiros ou de referências mais amplas?
  • Quais as dúvidas que pretendemos esclarecer com a realização dessa pesquisa?
  • Que hipóteses nós temos sobre a problemática relacionada ao atrativo turístico?
  • Diferentes tipos de pessoas têm opiniões diferentes sobre essa problemática?
  • Quais são os diferentes ângulos do problema ou os subtemas relacionados ao tema principal?
  • O que será feito com os resultados desta pesquisa?

B) A partir das respostas dadas às questões acima, os grupos deverão fazer um roteiro de pesquisa de campo, listando o que é interessante ou possível conhecer e as questões a serem feitas em relação a cada tópico de investigação considerado interessante.

 

 

Depois de elaborado o roteiro da pesquisa, os grupos devem planejar a realização da pesquisa, incluindo: definição do período de realização, locomoção até o local, número de pessoas a serem pesquisadas, recursos necessários e outros detalhes logísticos a serem previstos, antecipando os problemas práticos a serem resolvidos para a realização da pesquisa.

Os grupos devem digitar e editar os roteiros e planejamentos para apresentarem  em painel.

 

5. Apresentando roteiros e planejamentos

 

De volta à sala, cada grupo irá apresentar seu roteiro e planejamento de pesquisa. Todos os demais grupos podem sugerir aperfeiçoamentos nos roteiros e planos. For fim, retifique e faça as indicações de melhoria que você (educador) julgar cabíveis.

 

 

 

6. Preparando a saída a campo (em pequenos grupos)

Os grupos voltam a se reunir mais uma vez para discutir as observações feitas em painel e fazer as mudanças necessárias no roteiro e no planejamento da pesquisa.

 

 Instrumentos e Critérios de Avaiação

  1.  Alterações adequadas no roteiro de projetos.
  2. Adequação dos roteiros de pesquisa criados.
  3. Coerência externa dos roteiros e planejamentos de pesquisa (adequação ao público, ao local, aos recursos e ao tempo disponível).
 

 
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