Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Metodologia de Capacitação e Certificação Profissional – PRODETUR NE/II 10 de julho de 2009

 

Fortaleza (CE) - Foto de Lyssuel Calvet

Fortaleza (CE) - Foto de Lyssuel Calvet

Em 2001, prestando consultoria ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIRD), desenhamos uma sugestão de Metodologia de Capacitação  e Certificação Profissional no setor de turismo para ser adotada no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR II) – Componente 2 dos Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS): Infra-estrutura e Capacitação para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável.  Foi parte de uma tarefa mais ampla que se destinou a apoiar a Equipe de Projeto do BIRD, o Banco do Nordeste e as Unidades Executoras Estaduais na preparação do Programa PRODETUR/NE-II, no que se refere ao desenho, dimensionamento e custeio do componente de capacitação e certificação.

 

Em 2004, foi-nos solicitada pelo Banco do Nordeste, uma apresentação da Metodologia em um encontro de Unidades Executoras Estaduais, realizado em Fortaleza (CE) e destinado à discussão da implementação do PRODETUR/NE-II em alguns estados do Nordeste.

 

A apresentação postada a seguir foi utilizada naquela ocasião.

 

 

Capacitação de Multiplicadores: Sessão de Aprendizagem 1 2 de setembro de 2008

 

A Sessão de Aprendizagem, apresentada a seguir, faz parte de um Curso de Capacitação de Multiplicadores desenvolvido pela Germinal para o Instituto de Hospitalidade (Salvador, Bahia). O Curso objetiva formar educadores capazes de operar com o Programa de Certificação da Qualidade Profissional e disseminá-lo. O Programa de Certificação é mantido pelo Sistema Brasileiro de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo, através do Instituto da Hospitalidade (BA). Foi desenvolvido para avaliar, desenvolver e certificar a competência prática de pessoas no trabalho. Visa melhorar a qualidade dos serviços e aumentar a competitividade do setor. Está fundado em uma perspectiva de desenvolvimento sustentável do turismo.

Para saber mais sobre o Curso de Multiplicadores, clique aqui.

 

I. Quadro-Síntese

                      

              Sessão 1: Capacitação e Certificação Profissional no Setor de Turismo 

      

Competências

Atividades

Tempo

 

Expressar-se oralmente.

 Ouvir e compreender a mensagem.

 Comunicar idéias e/ou mensagens por escrito.

 Trocar experiências e aprender com a experiência do outro.

 Trabalhar em grupo.

 Identificar necessidades dos participantes, através de linguagem não verbal.

 

 Atividade1: Apresentação e Integração dos Participantes

 

110 m

Primeiro Desafio: Memorização dos Nomes e negociação das expectativas

Coreografia: formação de subgrupos para criação e apresentação de coreografia simbolizando as expectativas quanto ao desenvolvimento do curso. Fundo Musical: Bolero de Ravel

 

 25 m

Painel: comentários em torno da experiência do trabalho de criação em grupo, da expressividade do gesto; da linguagem não verbal na interação instrutor/participantes.

 

15 m

Aquecimento: Audição da Música Aquarela Brasileira.

10 m

Mapa da Origem: Apresentação das pessoas.

35 m

Jogo dos nomes

15 m

Apresentação do programa e negociação de expectativas

15 min

COFFEE BREAK

15 m

 

 

 

Valorizar o papel da Certificação Profissional na atualidade.

 

Atividade 2: Capacitação Profissional no Setor de Turismo: Papel da Certificação

 

110 m

1º Desafio: Identificar os fatores impulsionadores do Desenvolvimento Profissional

Aquecimento: Audição da Música João e Maria;

 

5 m

Trabalho individual: Caminho do Desenvolvimento Profissional;

10 m

Trabalho em grupo: Fatores Impulsionadores do Desenvolvimento Profissional;

20 m

 

Painel: Apresentação dos trabalhos;

20 m

2º Desafio: Explicitar o Papel da Certificação no Desenvolvimento Profissional:

Construção Coletiva de Painel: O papel da Certificação Profissional;

 

 30 m

 

Debate sobre o painel construído e esclarecimentos.

25 m

Acompanhar e avaliar continuamente os processos de capacitação.

 Avaliação da Sessão (Reação)

Nomes e a Palavra que Fica.

 5 m

 

Atividade I: Apresentação e integração dos participantes

Levantamento de expectativas

Alfredo Volpi
Alfredo Volpi

O coordenador dá as boas vindas aos participantes deixando que ocupem seus lugares livremente. Apresenta-se rapidamente. Quando todos estiverem acomodados, e na hora marcada para o início da sessão, anuncia que o curso terá inicio com um trabalho em grupo. Promove a formação de quatro subgrupos, contando 1,2,3,4. A seguir solicita que todas as pessoas que receberam o mesmo número se reúnam, em pé, num determinado canto da sala, para a realização de um trabalho coletivo.

Ao som do Bolero de Ravel, cada grupo deverá criar uma coreografia (movimentos sincronizados de todos os participantes do grupo) simbolizando: (1) como os seus integrantes estão chegando, (2) como esperam que o curso seja desenvolvido e (3) como desejam sair dele. Após a criação, os grupos ensaiam e prepararam uma apresentação da coreografia para os demais participantes.

Um primeiro grupo apresenta a sua seqüência de movimentos (palmas). Logo após a apresentação, todos os participantes, incluindo os integrantes desse primeiro grupo, repetem a mesma coreografia (palmas). Seguindo a mesma dinâmica, os demais grupos fazem suas apresentações.

Após as apresentações, sentados em semicírculo, estimulados pelo coordenador, os participantes discutem: as semelhanças e diferenças das expectativas comunicadas através das apresentações; a experiência de criação grupal; a superação de obstáculos ou resistências; a integração das pessoas em torno do desafio, as formas de solução do problema; o uso da expressão não verbal na comunicação e, por fim, a expressividade e beleza plástica das apresentações.

 

Aquecimento: Audição de Música

flickr.com/photos/anareis

O coordenador distribui uma cópia da letra de Aquarela Brasileira para cada um dos presentes. Estando todos atentos, dá início à execução da música.

 

Texto de apoio 1: Aquarela Brasileira  (Silas de Oliveira)

Vejam esta maravilha de cenário

É um episódio relicário

Que o artista num sonho genial

Escolheu para esse carnaval

E o asfalto como passarela

Será a tela do Brasil em forma de Aquarela

Passeando pelas cercanias do Amazonas

Descobri vastos seringais

Do Pará, a Ilha de Marajó

E a velha cabana do Timbó

Passeando ainda um pouco mais

Deparei com lindos coqueirais

Estava no Ceará, terra de Irapoã

De Iracema e Tupã

Fiquei radiante de alegria

Quando cheguei na Bahia

Bahia de Castro Alves

Do acarajé

Das noites de magia

Do candomblé

Depois de atravessar as matas do Ipu

Assisti em Pernambuco

A festa do frevo e do maracatu

Brasília tem o seu destaque

Na arte na beleza e arquitetura

Feitiço de garoa pela serra

São Paulo engrandece a nossa terra

No Leste, por todo Centro-oeste

Tudo é belo e tem lindo matiz

O Rio do samba e batucadas

Os malandros e mulatas

De requebros febriis

Brasil,

Estas nossas verdes matas

Cachoeiras e cascatas

De colorido sutil

E esse lindo céu azul de anil

Emolduram a aquarela do meu Brasil

 

Se for possível, o coordenador projeta um clipe da música, com o Data-show.

 

 Mapa da Origem. Apresentação das Pessoas.

picasa - galeria de Rich Navi

picasa - galeria de Rich Navi

Ao final da audição da música e da projeção de fotos, o coordenador desenha no chão do ambiente de aprendizagem um mapa imaginário do Brasil ou do Estado em que o curso está acontecendo. Propõe que todos fiquem em pé e se localizem no mapa imaginário de acordo com seu local de nascimento. 

Em pé, distribuídos de acordo com o local de nascimento, após ligeira preparação, os participantes apresentam-se e apresentam o seu local de sua origem, ambos tratados como destinos turísticos.

Os itens de apresentação podem ser:

  • Como é o seu nome?
  • Onde você nasceu?
  • Por que vale a pena conhecer você?
  • Por que vale a pena conhecer o local onde você nasceu?

Antes da apresentação, o coordenador aguarda um momento para que todos organizem mentalmente a própria fala. A fala deve ser clara, concisa e estimulante para os ouvintes.

Um voluntário inicia a rodada de apresentação. O próprio coordenador poderá iniciar a apresentação, sempre que quiser imprimir um “tom” específico à atividade (torná-la emocionante ou descontraída e bem-humorada, por exemplos).

 

 

Observação:

Mesmo que os participantes já se conheçam, a atividade de apresentação deve ser realizada. A atividade proporcionará novas formas de conhecimento mútuo e integração.

 

 

A ação termina após a apresentação de todos os presentes na sala. Após a última apresentação, o instrutor propõe a realização do Jogo dos Nomes.

 

 

Jogo dos Nomes

 

Procedimentos

1. O coordenador solicita que todos os presentes formem um círculo em pé na sala.

 

2. Saca uma bolinha de borracha (tipo tênis) e joga a um participante. Ao jogar a bola, diz o nome do participante e sua origem. Exemplo: você é o Antônio de Belém do Pará.

 

3. O receptor da bola deve jogá-la a outro participante. Ao fazê-lo, diz o nome e a origem desse participante.

 

4. A bola deverá ser arremessada a todos os participantes. Quem recebe a bola, deve arremessá-la para alguém que ainda não participou do jogo.

 

5. Quando todos tiverem jogado, pelo menos cinco voluntários deverão dizer o nome e a cidade de origem de todos os participantes. 

 

6. Se os participantes tiverem dificuldade para se lembrar dos nomes e/ou dos locais de origem, o jogo poderá prolongar-se até que todos saibam o nome de todos.

 

 

Observação: O Jogo dos Nomes poderá ser feito com algumas variações, dependendo da turma. Se os participantes já se conhecerem, eles deverão acertar também o local de origem. Caso contrário, a exigência poderá ser apenas relativa à memorização dos nomes.

 

 

 

Negociação de expectativas

 

A seguir o coordenador promove um negociação visando ajustar as expectativas dos aprticiapntes á propost ado curso

1.  O coordenador comenta o programa e a metodologia do curso, distribuindo o programa da semana como texto de apoio e apresentando transparência.

2. Confronta-os com as expectativas expressas pelas coreografias e pelos comentários posteriores.

3. Negocia possíveis discrepâncias entre expectativas e proposta.

4. Aproveita para combinar possíveis regras facilitadoras do trabalho coletivo (os horários, o uso de celulares, etc.).

 

 

Texto de apoio 2: Programa do Curso

 

Sessão 1: Capacitação Profissional no Setor de Turismo

 Sessão 2: Capacitação e Certificação Profissional para o Setor de Turismo.

 Sessão 3: Diagnóstico da Qualidade Profissional.

 

Sessão 4: Iniciando o Planejamento da Constituição e Desenvolvimento de Competências.

 

Sessão 5: Planejamento da Constituição e Desenvolvimento de Competências (PDCT).

 

Sessão 6: Planejamento de Sessões Grupais e do Treinamento no Posto de Trabalho.

 

Sessã 7: Mediação de Sessões Formais.

 

Sessão 8: Mediação da Aprendizagem e Melhoria da Qualidade.

 

Sessão 9: Mediação e Avaliação do Treinamento no Posto de Trabalho.

 

Sessão 10: Estratégias de difusão do Programa de Certificação.

 

 

 

 

 

Atividade 2: Capacitação Profissional no Setor de Turismo – o papel da certificação 

 

 Quando os participantes retornam do intervalo encontram projetado texto de apoio a seguir reproduzido.

 

Texto de apoio 3: Nostalgia

 

Houve um tempo em que havia um andar de cima e um porão. Houve um tempo em que o som de um amolador entorpecia a tarde. Havia uma moringa na janela refrescando a água. Sempre, a qualquer momento, alguém dormia, nas desencontradas horas da família. Na tarde estorricante do verão uma cachorra chamada Teteca levantava a cabeça de vez em quando, num piso de cimento embaixo da mangueira, na única sombra do quintal ensolarado, e dava para o alto três lancinantes latidos de protesto. Acho que para Deus. Acho que havia Deus.

 

Millor Fernandes (O Estado de São Paulo, 19 de dezembro de 1999,  Caderno 2,  p. D20.)

 

 

Pintura de Marc Chagall

O coordenador convida a todos para ouvirem a música “João e Maria” de Chico Buarque de Holanda e Sivuca. Distribui uma cópia da letra da música para cada participante e dá início à execução.

 

 

               

 Texto Apoio 4: João e Maria

 

Agora eu era o herói

E o meu cavalo só falava inglês

A noiva do cowboy

Era você

Além das outras três

Eu enfrentava os batalhões

Os alemães e seus canhões

Guardava o meu bodoque

E ensaiava um rock

Para as matinês

Agora eu era o rei

Era o bedel e era também juiz

E pela minha lei

A gente era obrigada a ser feliz

E você era a princesa

Que eu fiz coroar

E era tão linda de se admirar

Que andava nua pelo meu país.

Não, não fuja não

Finja que agora eu era o seu brinquedo

Eu era o seu pião

O seu bicho preferido

Sim, me dê a mão

A gente agora já não tinha medo

No tempo da maldade

Acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal

Que o faz-de-conta terminasse assim

Pra lá deste quintal

Era uma noite que não tem mais fim

Pois você sumiu no mundo

Sem me avisar

E agora eu era um louco a perguntar

O que é que a vida vai fazer de mim

 

Alternativamente, o coordenador pode projetar um clipe da música.

 

 

 

 

Observação:

O texto Nostalgia e a música João e Maria têm o objetivo de “aquecer”, ou preparar o clima, para a reminiscência.

 

 

O instrutor solicita que todos permaneçam concentrados para a realização de um trabalho individual.

 

Trabalho Individual: Caminho do Desenvolvimento Profissional

meucalicesagrado.blogspot
meucalicesagrado.blogspot

Tendo como fundo musical Adios Noninho (Astor Piazolla), de olhos fechados, orientados pelo coordenador, cada participante deverá recordar-se de como foi a sua trajetória profissional, desde o primeiro dia de trabalho até o momento presente.Como iniciou na profissão; como se capacitou; os cursos que fez (ou deixou de fazer); lugares onde trabalhou; dificuldades que enfrentou; pessoas que contribuíram para o seu desenvolvimento profissional e porque; experiências marcantes e fundamentais para seu crescimento profissional (se houver); iniciativas pessoais que contribuíram para o próprio desenvolvimento…

 

Após a viagem imaginária ao passado, em uma folha de papel sulfite, cada participante deverá representar o seu caminho profissional através de uma linha, ou gráfico ou desenho de caminho, registrando cada fato importante do início até os dias de hoje. Ao concluir o desenho, atrás da folha, completar a seguinte frase: “A coisa mais importante que aconteceu em minha vida profissional foi…”

 

Após 10 a 15 minutos, o coordenador solicita que os mesmos grupos do trabalho da coreografia se reúnam para continuar a atividade em grupo. A instrução de trabalho é transmitida a cada grupo assim formado.

 

 

 Orientação para Trabalho em Grupo

 
Fatores Impulsionadores do Desenvolvimento Profissional

 

Objetivo do trabalho: apontar, a partir da experiência de vida das pessoas do grupo, os principais fatores impulsionadores do desenvolvimento profissional.

 

1. Os grupos iniciam seus trabalhos com a apresentação individual dos Caminhos do Desenvolvimento Profissional construídos no momento anterior. Enquanto um participante apresenta o seu Caminho, os demais ouvem atenciosamente, sem nada perguntar, apenas anotando os pontos da fala onde identificam os fatores mais importantes para impulsionar o desenvolvimento profissional daquela pessoa. Depois do relato, cada um lê a frase que complementou no verso da folha.

 

2. Ao final da apresentação de todos os trabalhos individuais, e baseado nesses trabalhos e nas anotações feitas por cada um, o grupo discute e responde, por escrito, a questão a seguir para apresentá-la aos demais grupos: Quais foram os fatores considerados pelas pessoas do grupo, e presentes nos trabalhos individuais, como os mais importantes para a capacitação e desenvolvimento profissional?

 

3. Com pincel atômico, cada fator deve ser registrado em uma tarjeta.

 

 

 
Atenção – Tarjetas

 

A tarjeta é um cartão retangular e colorido, com gramatura variando de 80 a 120, na medida padrão de 11 por 22 cm. É utilizada para visualização da contribuição individual e para organizar as conclusões de processos participativos de discussão. Para facilitar a visualização com o uso de tarjetas, é importante observar algumas regras:

·            Escreva com pincel atômico (azul ou preto);

·            Só registre uma conclusão por tarjeta;

·            Escreva em letra de forma, maiúscula;

·            Não use mais do que três linhas;

·            Garanta que o texto possa ser visto a distância:

·            Use cores diferentes para assuntos diferentes.

 

 

 

O coordenador acompanha os trabalhos à distância e, no momento em que os grupos forem trabalhar com as tarjetas, chama a atenção para a orientação sobre as regras de utilização, contida na Orientação de Trabalho em Grupo 1(TG.1)

 

Painel

A árvore na montanha, ateliersandramartinelli.blogspot.com

A árvore na montanha, ateliersandramartinelli.blogspot.com

As tarjetas contendo as conclusões são colocadas no centro da sala.  Sem falar, os participantes organizam as conclusões, eliminado as repetitivas e classificando as demais. O trabalho só estará completo no momento em que não houver mais nenhuma proposta de intervenção. Após a classificação, as conclusões são coladas em uma parede da sala.

 

 

 

Os participantes comentam rapidamente a atividade, apresentando as razões para suas intervenções e modificações na organização das tarjetas. O coordenador reforça a percepção do grupo sobre as diversidades das formas de aprender e sobre a capacidade humana de aprender por toda a vida. Aborda o conceito de Educação Continuada como forma de capacitar-se e atualizar-se permanentemente a novas exigências (melhoria da qualidade profissional atendendo as demandas de melhoria contínua da qualidade de serviços). Associa os fatores considerados pelo grupo como importantes para impulsionar o desenvolvimento a teorias sobre a aprendizagem de adultos.

Sempre referenciado no painel construído pelos participantes, o coordenador chama a atenção, ainda, para os seguintes pontos:

 

 

1. As diferentes formas de aquisição de competências que nem sempre acontecem através de cursos ou programas formais de treinamento. E, nesses casos, a certificação profissional reconhece as competências, independentemente de como foram constituídas, atestando que trabalhador atende ao padrão de desempenho requerido pelo mercado (e reconhecido oficialmente).

 

2. As características da aprendizagem de adultos, impulsionada sempre pela necessidade, pelo desafio e por interesses concretos e mais imediatos. Daí a importância da referência à situação existencial, do estímulo à auto-superação e da solução criativa e autônoma de problemas, por exemplo, para o desenvolvimento da aprendizagem e constituição de competências.

 

 

 

 

Observação: Se houver condições técnicas, o painel sobre fatores impulsionadores do desenvolvimento deverá ser impresso e copiado para todos os participantes.

 

 

 

Logo a seguir, o coordenador pergunta se todos leram o material sobre certificação encaminhado anteriormente. No caso de turmas heterogêneas, em relação à leitura, a participação dos que não leram deve ser permitida.

 

Construção coletiva de painel

 
O papel da Certificação Profissional

 

 

1. O coordenador distribui uma tarjeta de cartolina de uma dada cor e um pincel atômico para cada um dos participantes. Explica que a atividade deverá ser desenvolvida sem troca de informações entre os participantes. Afixa no alto da parede uma tarjeta maior com o seguinte enunciado:

 

A Certificação Profissional é importante para os trabalhadores porque

 

2. Solicita que cada participante complemente o texto em sua tarjeta e afixe com fita adesiva no lugar reservado, logo abaixo do enunciado.

 

3. Com a ajuda dos participantes, o coordenador elimina os enunciados repetitivos e organiza as conclusões.

 

4. O coordenador distribui outra tarjeta, de cor diferente das anteriores, e fixa na parede, ao lado do anterior, um outro enunciado:

 

 

A Certificação Profissional é importante para os clientes porque…

 

5. Repete-se o procedimento adotado em relação ao enunciado anterior: resposta dos participantes, respostas fixadas na parede abaixo do enunciado, seleção e organização das respostas.

 

6. A seqüência de procedimentos expressa nos itens anteriores é repetida para mais três enunciados:

 

A Certificação Profissional é importante para as empresas porque…

 

A Certificação Profissional é importante para o Setor de Turismo porque…

 

A Certificação Profissional é importante para os educadores porque…

 

7. Por fim, um mural contendo as respostas para os quatro enunciados terá sido organizado.

 

 

Debate sobre o painel construído e esclarecimentos

 Ao final, o coordenador aponta e elimina possíveis conclusões equivocadas e acrescenta informações importantes, sempre que necessário.  Esclarece dúvidas sobre a função da certificação profissional, lembrando a importância da educação continuada para a atualização de competências. O coordenador pode aproveitar o momento para sistematizar informações sobre certificação.

 

Avaliação da sessão

Antes de concluir a sessão, o coordenador solicita, para avaliar o período, que cada um diga uma palavra. Ao final, ele próprio diz a sua palavra sobre como transcorreram os trabalhos, tendo em vista os objetivos propostos.

 

 

 

Capacitação de Multiplicadores de Programa de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor do Turismo – Plano de curso 26 de agosto de 2008

O material apresentado neste post refere-se à estrutura de um programa de Capacitação de Multiplicadores, elaborado pela Germinal para o Instituto de Hospitalidade. Posteriormente, serão publicados dois exemplos de sessões de aprendizagem, com a descrição detalhada do seu desenvolvimento.

 

alentejo-21211

 Apresentação

 

O Curso de Capacitação de Multiplicadores objetiva formar educadores capazes de operar com o Programa de Certificação da Qualidade Profissional e disseminá-lo. O Programa de Certificação é mantido pelo Sistema Brasileiro de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo, através do Instituto da Hospitalidade (BA). Foi desenvolvido para avaliar, desenvolver e certificar a competência prática de pessoas no trabalho. Visa melhorar a qualidade dos serviços e aumentar a competitividade do setor. Está fundado em uma perspectiva de desenvolvimento sustentável do turismo.

 

A Capacitação de Multiplicadores estimula e prepara para a utilização (em ações educativas) das Normas Nacionais, das Orientações para Aprendizagem e Processo de Avaliação e Certificação de profissionais desenvolvidos pelo Programa de Certificação.

 

O Curso é destinado a supervisores de primeira linha e a profissionais de nível gerencial do Setor de Turismo, responsáveis pelo desenvolvimento de uma equipe de trabalho. Atende também egressos de cursos de nível técnico e de nível superior na área de Turismo e Hotelaria, interessados em uma especialização em avaliação e educação profissional. É apropriado para professores universitários ou de educação profissional e para consultores envolvidos na tarefa de desenvolvimento de recursos humanos, na empresa e/ou na escola.

 

O Curso de Capacitação de Multiplicadores está fundamentado em instrumentos do Programa de Certificação da Qualidade Profissional. Baseia-se na Norma Nacional (NIH-43: 2001) e nas Orientações de Aprendizagem (OA-NIH-43: 2001) formuladas para a certificação e a educação profissional do Instrutor da Qualidade Profissional no Local de Trabalho. Leva em consideração a Norma Nacional (NIH-42: 2001) e as Orientações de Aprendizagem (AO-NIH-42) formuladas para o Instrutor da Qualidade Profissional no Meio Educacional. Utiliza ainda, como referência, uma Metodologia de Desenvolvimento de Competências no Trabalho, desenvolvida pelo Instituto de Hospitalidade (MDCT/IH: 2002).

 

Ao usar essas referências, o Curso de Capacitação de Multiplicadores facilita aos participantes a certificação como Instrutor da Qualidade Profissional. Possibilita, também, que os participantes atuem como consultores no desenvolvimento da qualidade profissional e estimuladores de processos de melhoria da qualidade e de promoção da excelência em serviços nas organizações em que atuam ou prestam serviços.

 

 

 

Perfil Profissional de Conclusão

 

Mondrian - Tableau nº 2 / Composition nº V

Mondrian - Tableau nº 2 / Composition nº V

O Multiplicador do Programa de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo terá um perfil profissional similar ao do Instrutor da Qualidade Profissional, com ênfase no perfil do Instrutor que Atua no Local de Trabalho. Deverá demonstrar, ao final do curso, as seguintes competências extraídas dos resultados previstos para os Instrutores da Qualidade Profissional nas Normas Nacionais do Programa de Certificação:

 

            Elaborar programas de capacitação de profissionais – o que pode incluir diagnosticar necessidades do ambiente de trabalho e defasagem de capacitação; identificar aspectos da cultura organizacional e competências necessárias para o aprimoramento profissional de indivíduos e de grupos; identificar oportunidades de desenvolvimento das pessoas e de seus potenciais; identificar evidências no mercado e necessidades de melhoria profissional; propor ações e meios de aprendizagem;

 

            Promover ações de capacitação no trabalho – o que pode incluir sensibilizar e mobilizar pessoas e grupos para a aprendizagem; viabilizar estratégias e logística para capacitação; sugerir métodos, recursos e ambientes dentro da educação flexível; participar da elaboração de programa de capacitação no trabalho; promover a formação de substitutos e de novos integrantes; estimular a capacidade crítica e criativa; identificar critério e indicador de mensuração de resultados; estimular o autodesenvolvimento e a evolução profissional; estimular a criatividade para solução de problemas;

 

            Estimular melhorias dos padrões de qualidade – o que pode incluir buscar referências de padrões de qualidade de produtos e serviços e de desempenho profissional; estimular a percepção sobre o estágio de desenvolvimento e possibilidades de crescimento, promover o desempenho profissional dentro dos padrões estabelecidos; estimular melhorias contínuas em ambientes de trabalho;

 

            Acompanhar e mensurar resultados – o que pode incluir analisar indicadores de desempenho dos programas de capacitação, índices de qualidade e produtividade, indicadores do grau de satisfação do cliente;

 

            Comunicar-se eficientemente – o que pode incluir comunicar-se de forma objetiva; certificar-se de que a informação foi compreendida; utilizar os termos mais usuais do conteúdo apresentado;

 

            Disseminar a ética e a postura profissional – o que pode incluir preservar a segurança e bem estar dos participantes; manter discrição com informações e situações; lidar com situações constrangedoras; informar sobre comportamentos éticos e posturas profissionais;

 

            Atuar como multiplicador da qualidade profissional pelo processo de certificação por competência – o que pode incluir divulgar a importância da certificação por competência; sensibilizar e motivar para o desenvolvimento de competências; acompanhar tendência de mercado em relação à qualificação profissional; utilizar as normas do Sistema Brasileiro de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo e as respectivas orientações para aprendizagem; sinalizar ao IH e outras instituições competentes as alterações para revisão das Normas Nacionais;

 

            Valorizar o turismo e a qualidade profissional – o que pode incluir informar sobre a importância e o impacto do turismo no desenvolvimento local e da comunidade; valorizar o papel do profissional neste contexto; valorizar a ação integrada e o impacto de serviço para a satisfação do cliente; identificar e manter redes de contato; preservar identidade cultural e recurso ambiental; divulgar referências de destaque no turismo; divulgar a cultura da hospitalidade e de sistemas de gestão da qualidade.

 

            Atuar como formador de opinião e articulador entre os agentes presentes na sociedade – o que pode incluir participar de propostas e envolver a participação de instituições de ensino, governo, empresários, trabalhadores e comunidade; divulgar experiências significativas; articular com segmentos do turismo em ação integrada.

 

 

Gráfico da Distribuição das Competências pelas Sessões de Aprendizagem

 

A tabela a seguir mostra a distribuição do trabalho de constituição de competências específicas entre as sessões de aprendizagem. Estão previstas 10 sessões de aprendizagem, com a duração de 4 horas cada uma.

 

 

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA

 

SESSÃO

 

1

 

2

 

3

 

4

 

5

 

6

 

7

 

8

 

9

 

10

Discutir, tomar posição e agir coerentemente em relação aos problemas, necessidades e alternativas de desenvolvimento do turismo brasileiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Traduzir as atuais e potenciais demandas dos clientes de serviços turísticos em requisitos de atendimento e de prestação de serviço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Traduzir os requisitos de atendimento e de prestação de serviços em necessidades de qualidade e de desenvolvimento profissional.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Identificar necessidades de desenvolvimento profissional, decorrentes de uma cultura organizacional específica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apoiar a auto-avaliação dos profissionais como forma de conscientização sobre padrões de qualidade profissional, carências e potencialidades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Construir o perfil de competências da equipe de profissionais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estabelecer metas e firmar compromissos de aprendizagem, individuais e grupais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Identificar oportunidades de desenvolvimento das pessoas no ambiente de trabalho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Selecionar, as estratégias e processos de constituição e desenvolvimento de competências.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elaborar, executar e avaliar o Plano de Desenvolvimento de Competências no Trabalho (PDCT).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elaborar planos detalhados para situações de aprendizagem, formais ou em serviço,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Selecionar e prover subsídios variados, adequados a diferentes necessidades de aprendizagem dos profissionais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Atuar como mediador da situação de aprendizagem em processos de constituição e desenvolvimento de competências.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acompanhar e avaliar continuamente os processos de capacitação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apontar os efeitos do processo de capacitação na melhoria da qualidade dos serviços e na satisfação dos clientes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apontar, aos responsáveis, outras condições que interferem diretamente na qualidade dos serviços prestados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estimular a definição conjunta de novos padrões e metas de resultados mais desafiadores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Construir e utilizar estratégias para valorizar e marcar sempre a evolução e os ganhos de qualidade profissional obtidos pela equipe.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Planejar e encaminhar o processo de certificação, programando todas as ações requeridas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Propor estratégias de difusão do Programa de Certificação da Qualidade Profissional para o Setor de Turismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Indicações Metodológicas

 

Alice Bodanzky, Frank Baral, Isabel Adler - Metodologia Visual - madeira e metal
A.Bodanzky, F.Baral, I.Adler, Metodologia Visual – madeira e metal

Para o desenvolvimento do Curso de Multiplicadores do Programa de Certificação da Qualidade Profissional serão adotadas, sempre que possível, as seguintes indicações metodológicas:

 

     Atividades, desafios e problemas

Toda situação de aprendizagem partirá de uma atividade, desafio ou problema que o coordenador (orientador de aprendizagem, monitor, instrutor) irá propor a pequenos grupos ou ao grupo total de participantes. Tais atividades, problemas ou desafios devem estar relacionados às competências a serem constituídas.

 

      Pesquisa e busca individual e coletiva de desenvolvimento

As atividades, os desafios e os problemas desencadearão a troca e a busca individual e coletiva dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à constituição das competências. Assim, a constituição das competências ocorrerá no mesmo e sinérgico movimento de construção dos conhecimentos, de aquisição das habilidades e apropriação das atitudes.

 

Referências e experiências dos educandos

As atividades, problemas e desafios propiciarão uma mobilização e atualização dos conhecimentos, habilidades e atitudes já presentes no educando ou no grupo. Suscitarão a troca e o compartilhar dos saberes já presentes no grupo de educandos. Na situação grupal, a troca antecederá ou, pelo menos, será simultânea à busca e à construção de conhecimentos, habilidades e atitudes novas e distantes da experiência grupal.

 

Vivências de situações reais

A troca, o compartilhar, a busca e/ou a pesquisa suscitada a partir das atividades, dos desafios e dos problemas propostos pelo coordenador, sempre que possível, envolverão o grupo ou o indivíduo em processo de aprendizagem em situações reais do cotidiano profissional do instrutor ou multiplicador. Neste sentido, o ambiente mais propício para enfrentar o desafio ou para solucionar o problema proposto é o próprio local de trabalho onde as competências em constituição são requeridas.

 

Utilização do princípio da simetria invertida

Os Multiplicadores serão desenvolvidos no mesmo ambiente e na mesma situação em que irão exercer muitas das competências que serão constituídas: o ambiente e a situação de aprendizagem. Assim, todas as vivências no ambiente de aprendizagem ou dele decorrentes (mesmo as falhas do coordenador) serão utilizadas como oportunidade de aprendizagem.

 

Diferenciação das situações

A competência revela-se na capacidade de fazer frente a situações não usuais e inesperadas do cotidiano profissional. Então, o próprio ambiente de aprendizagem será variado e estimulante. Ao enfrentar o desafio ou solucionar o problema, os grupos e os participantes individualmente defrontar-se-ão com ambientes diferentes e situações inusitadas.

 

Explicitação dos resultados

Para cada atividade, problema ou desafio proposto, os resultados a serem obtidos devem ser claramente explícitos. As situações de aprendizagem devem claramente facilitar os resultados esperados. Tais resultados devem ser, ainda, claramente referenciados às competências a serem constituídas.

 

Situações contínuas de auto-avaliação

O desenho dos processos individuais e grupais de constituição das competências deve prever contínuas situações de auto-avaliação. Tais situações devem ser individuais e/ou coletivas em função da natureza do desafio ou do problema proposto. Os resultados claramente definidos de início e sempre referenciados às competências a serem constituídas orientarão essas situações de auto-avaliação.

 

Autonomia e espírito de equipe

As situações de aprendizagem suscitadas pelas atividades e pelos problemas e desafios, sempre que possível, combinarão momentos de trabalho individual e momentos em trabalho em equipe. Em uma situação ou outra, no entanto, a autonomia na busca da aprendizagem e a busca coletiva de soluções sempre serão estimuladas.

 

Estímulo a soluções criativas

Seja na proposta da atividade, do problema ou do desafio, seja na definição dos resultados, seja no desenho das situações de aprendizagem, o trabalho sempre será orientado para a busca de soluções criativas, entendidas como a procura de novos, mais produtivos e encantadores modos de prestação de serviços.

 

 

Organização do Programa

 

Paul Klee - Remembrance of a Garden
Paul Klee – Remembrance of a Garden

O Curso de Capacitação de Multiplicadores do Programa de Certificação da Qualidade Profissional será desenvolvido em duas etapas. A primeira parte será a distância e consistirá em um trabalho de leitura individual de textos de referência. A segunda parte será presencial, com a duração de 40 horas, em grupos de 15 a 30 participantes.

 

 

Conteúdo da Primeira Etapa (a distância)

 

Informações Básicas sobre Turismo.

 

Informações Básicas sobre o Programa de Certificação da Qualidade Profissional.

 

Observação: A orientação para o desenvolvimento dessa primeira parte encontra-se em documento à parte.

 

 

Organização da Parte Presencial do Curso

 

A parte presencial do Programa está organizada em 10 sessões aprendizagem, com a duração de 4 horas cada uma. O trabalho em torno das competências está assim dividido:

 

Sessões 1: Capacitação Profissional no Setor de Turismo

 

Sessão 2: Capacitação e Certificação Profissional para o Setor de Turismo.

 

Sessão 3: Diagnóstico da Qualidade Profissional

 

Sessão 4: Iniciando o Planejamento da Constituição e Desenvolvimento de Competências

 

Sessão 5: Planejamento da Constituição e Desenvolvimento de Competências (PDCT)

 

Sessão 6: Planejamento de Sessões Grupais e do Treinamento no Posto de Trabalho.

 

Sessão 7: Mediação de Sessões Formais

 

Sessão 8: Mediação da Aprendizagem e Melhoria da Qualidade

 

Sessão 9: Mediação e Avaliação do Treinamento no Posto de Trabalho

 

Sessão 10: Estratégias de Multiplicação do Programa de Certificação da Qualidade Profissional

 

 

O Projeto Trilha Jovem – Turismo e Responsabilidade Social 3 de agosto de 2008

 

Logotipo do Trilha Jovem

 Sobre o Projeto Trilha Jovem

 O Projeto Trilha Jovem – Turismo e Responsabilidade Social, inicialmente denominado apenas Projeto Turismo e Responsabilidade Social (PTRS), é um programa de educação básica para o trabalho no Setor de Turismo. Surgiu da intersecção de dois desafios socioeconômicos articulados: a demanda de inserção social e profissional de jovens, especialmente os oriundos de famílias de baixa renda, e a necessidade de desenvolvimento sustentado do turismo no Brasil.

A primeira versão do programa derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia.

O IH, com o apoio do SEBRAE e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), havia concluído a elaboração de um conjunto de cerca de 50 normas ocupacionais, baseadas em competências, dentro de um Projeto de Certificação para o Setor de Turismo.

A proposta curricular desenvolvida pela Germinal partia da identificação das competências comuns a todas as ocupações abrangidas pelas normas do Programa de Certificação. A partir dessas competências, a Germinal desenhou um currículo totalmente baseado em competências.

Jovens de Foz do Iguaçu mostram Excelência em ServiçosAs competências mais complexas constituem as unidades curriculares. As competências secundárias, sub-competências ou elementos de competências compõem o conteúdo de cada unidade curricular.

Projetos articulam os três eixos curriculares destinados ao desenvolvimento das três competências fundamentais a serem desenvolvidas pelo Projeto: Promover a excelência em serviços; Exercer a cidadania no trabalho; Construir um plano de vida e trabalho.

Implementado inicilamente em Salvador, o PTRS sofreu um conjunto de alterações. Algumas foram influenciadas pelo primeiro financiador do Programa (Internacional Youth Fundation – Entra 21), que privilegiava ações na área de informática. Houve, assim, uma ênfase no desenvolvimento de competências relacionadas como uso da tecnologia da informação no turismo. Outras foram derivadas de necessidades do mercado de trabalho local. Outras surgiram das dificuldades de trabalhar com uma perspectiva educacional tão distinta da convencional.

Em 2006, com o apoio adicional do BID e do Ministério do Turismo o Programa começou a ganhar uma dimensão nacional.

A Germinal novamente participou deste processo. Prestou consultoria ao IH no sentido de aproximar o currículo do Projeto (tal como foi implementado) de sua formulação original. O currículo atual é uma mescla da versão original do Projeto e do formato de suas primeiras implementações. Assim, na versãoa tual são matidos praticamente inalterados os eixos curriculares, as competências fundamentais e os projetos articuladores da versão original. Hoje, por exemplo, as macro-competências desenvolvidas especialmente pelos projetos que articulam os eixos curriculares são: Promover a excelência em serviços, Promover o desenvolvimento sustentável do turismo e Construir um plano de vida e carreira.

Além da consultoria no desenho do currículo,  a Germinal criou as Referências para a Ação Docente para todas as unidades curriculares do Projeto. Esse trabalho foi realizado a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações.

As referências são sugestões de desenvolvimento das atividades didáticas do Programa, passo a passo, aula a aula. O trabalho de consultoria resultou na redação de 26 diferentes manuais para os docentes e um volume de mais de 800 páginas de orientação didática.

Clicando aqui, você poderá acessar amostras do trabalho desenvolvido na construção das Referências para a Ação Docente do Programa Trilha Jovem.

Atualmente o Trilha Jovem já está implementado em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Foz do Iguaçu. Começa a ser implementado em Brasília, São Luiz, Recife, Campo Grande e Manaus.

 

 

 Algumas referências sobre o Projeto Trilha Jovem na Internet

 

Existem inúmeras referências sobre o Projeto Trilha Jovem na Internet. Destacamos algumas:

 

O Projeto Trilha Jovem tem um sítio próprio na Internet (Uma trilha, muitos destinos). Nele se informa:

 

 

“O Trilha Jovem – Turismo e Inclusão Social é uma iniciativa que busca desenvolver o turismo sustentável por meio da inserção de jovens de famílias de baixa renda, capacitados para atuar em empresas do setor turístico brasileiro. Através de um programa de formação, os participantes desenvolvem competências nas áreas de Alimentos e Bebidas, Viagens e Turismo e Hospedagem, e são preparados para atender exigências mais amplas do mercado de trabalho e da sociedade, criando oportunidades de inclusão socioprofissional.

Idealizado pelo Instituto de Hospitalidade, em 2004 (sic), o programa é totalmente gratuito, e já beneficiou cerca de 3.000 jovens em diversas cidades brasileiras, como Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Foz do Iguaçu. Para participar, os candidatos devem ter renda familiar de até três salários mínimos, idade entre 16 e 24 anos e ser alunos do Ensino Médio da Rede Pública.

A formação tem carga horária total de 580 horas, contemplando aulas de inglês e informática, oficinas específicas e complementares do segmento turístico, e vivência profissional supervisionada. O estímulo ao espírito empreendedor também é parte integrante das aulas. Os instrutores são profissionais de turismo, com conhecimentos práticos sobre a rotina das várias ocupações. O conceito pedagógico é amplo, e busca preparar os jovens para a vida enquanto cidadãos e membros da comunidade.

A vivência profissional, associada com treinamento em empresas do setor, faz com que o jovem aprenda por meio das experiências vividas, dos problemas enfrentados e da ação desencadeada para sua solução. A oportunidade geralmente leva a estágios e aprendizados remunerados e, em muitos casos, a contratos formais de trabalho.”

 

 

Mosta de Qualidade em Serviços
O Brasilturis Jornal, em sua edição de 26/07/2008, informa

 

“O Projeto Trilha Jovem – Turismo e Inclusão Social, desenvolvido em parceria do Ministério do Turismo com o Instituto de Hospitalidade (IH), formou mais uma turma. São mais 180 jovens qualificados nas áreas de alimentos e bebidas, hospedagem e viagens e turismo, prontos para o mercado de trabalho.  Para comemorar a formatura os jovens organizaram um evento, nesta quarta-feira, em São Paulo, do qual participaram empresários do setor.”

 

 

 

O site do Instituto de Hospitalidade, em 07/04/2008, divulga:

 

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, participou de um evento promovido pela Coelba e pela parceira do Programa Trilha Jovem, USAID, realizado no Centro de Eficiência Energética da Coelba. Durante o evento, oito jovens egressos do Trilha tiveram a oportunidade de demonstrar algumas das competências adquiridas durante o Programa, servindo convidados e autoridades presentes, entre eles, o Governador da Bahia, Jacques Wagner, o prefeito de Salvador, João Henrique, ministros de Estado, e a própria Condoleezza Rice.

 

 

 Projeto Excelência em ServiçosO H2FOZ – O Portal das Cataratas, em sua edição de 25 de junho de 2008, publica:

 Aconteu na última terça-feira, dia 24, a III Mostra de Excelência em Serviços Turísticos. O acontecimento é um dos eventos paralelos do III Festival Internacional de Turismo. Além da abertura da Mostra realizada nesse dia, durante toda a realização do Festival os jovens do Projeto Trilha Jovem estão demonstrando suas competências e habilidades aprendidas durante um curso teórico e prático com 580 horas de atividades.A III Mostra funciona como uma formatura para os jovens, mas diferentemente dos eventos tradicionais de conclusão de curso, na Mostra os jovens atuam na execução do evento, prestando serviços nas diferentes funções características da atividade turística. Os convidados para o evento são empresários do setor turístico, principalmente das áreas de alimentos e bebidas, hospedagem e viagens e turismo.

A abertura desta III Mostra contou com a presença de importantes autoridades públicas como o Prefeito do Município, Paulo Mac Donald, Superintendente do Parque Tecnológico Itaipu, Juan Sotuyo, representante do Ministério do Turismo, Kátia Silva, Diretor Jurídico da Itaipu, João Cabral e o Diretor Técnico, Antônio Cardoso, além da representante do Instituto de Hospitalidade, Cláudia Soares.

Destacou-se entre os pronunciamentos o Dr. João Cabral da Itaipu que fez referência à redemocratização do país e a reconquista dos direitos políticos, na década de 80 e que atualmente o Brasil segue o rumo da implementação dos direitos sociais, entre eles a educação, como é o caso do Trilha Jovem, também apoiado pela Itaipu Binacional.

 

 

Fotos do Projeto Trilha Jovem

A Agência Brasil, em 13 de março de 2007, destaca:

 

Brasília – Alunos do projeto Trilha Jovem, que atende a estudantes de comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro, podem ter oportunidade de conseguir estágio nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007.  Após participarem de cursos de hotelaria e de alimentos e bebidas, os estudantes são encaminhados para estágios no setor de turismo e alimentação. Neste ano, os alunos concorrerão ainda a oportunidades de trabalho nos Jogos Pan-Americanos.

Segundo o Ministério do Turismo, os jovens que participarem do projeto Trilha Jovem serão  encaminhados para o processo de seleção da empresa responsável pelo serviço de alimentação nos locais do evento, ou poderão atuar, voluntariamente, no atendimento ao público durante os Jogos.

 

 

 Por fim, postamos o vídeo de formatura de uma das turmas doTrilha Jovem, disponível no Youtube.

 

 

 
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