Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

PROGRAMA PORTAL DO FUTURO 19 de outubro de 2008

 

Portal do Futuro é um projeto destinado a jovens em situação de risco de exclusão social, desenvolvido pelo Senac Rio, com consultoria da Germinal. O projeto destina-se à capacitação básica de jovens para atuação no Setor de Comércio e Serviços. Para tanto, está organizado em torno de competências básicas e gerais requeridas por toda ocupação de comércio ou de serviços.

 

A Germinal participou ativamente no desenho do Programa e prestou consultoria na elaboração dos manuais dos docentes das oficinas que constituem os três módulos fundamentais do programa: Ser Pessoa, Ser Cidadão e Ser Profissional.

 

 

 

 A proposta

 

Galeria de elektroholunder, Flickr

Galeria de elektroholunder, Flickr

Portal do Futuro é um programa voltado para o desenvolvimento de jovens, originários de famílias de baixa renda, para facilitar o seu ingresso no mercado de trabalho. O projeto foi construído como um primeiro exemplo de aplicação da Proposta Pedagógica do Senac Rio, construída em 2000.

 

É uma iniciativa institucional do Senac Rio e destina-se a uma clientela que, por questões sociais, políticas e econômicas, têm um acesso limitado a serviços educacionais de qualidade. Ao jovem em questão, mais que a outros, também é difícil o acesso ao mundo do trabalho. Frente a essa dupla limitação, o risco de exclusão e de marginalização é sempre presente.

 

Devido às dificuldades de acesso aos serviços educacionais de qualidade, e vistos pelos padrões educacionais e culturais dominantes, supostas carências já marcam a vidas dos jovens a serem atendidos pelo Programa. No atendimento desses jovens, iniciativas assistencialistas procuram atenuar as carências já dadas como certas ou desenvolver um programa compatível com seu suposto nível educacional e cultural. Resulta daí, quase sempre, cursos destinados a pobres e de qualidade inferior. Portal do Futuro não pretende ser mais um exemplar dessa série.

 

O Programa percebe os jovens como dotados de saber. Saberes nem sempre iguais e por vezes até contrapostos aos requeridos ou valorizados normalmente pela escola e pelo trabalho formal. Saberes articulados e constitutivos de competências existenciais fundamentais. Saberes ligados, muitas vezes, às competências necessárias à vivência e à sobrevivência em um meio adverso. Portal do Futuro está articulado em torno desses saberes e competências. Constrói, a partir deles, as competências necessárias para o ingresso no moderno mundo do trabalho. Não é isso que todo programa de educação profissional deveria ser?

 

Assim pensando, Portal do Futuro não deve ser visto como um programa especial. Foi concebido, inclusive, para ser a primeira expressão concreta da nova Proposta Pedagógica do Senac Rio. Sendo a primeira expressão dela, não será seguramente a última. Pretende-se que todos os demais cursos tenham um espírito similar. Assim, Portal do Futuro coloca-se como modelo e padrão de qualidade para as demais e futuras iniciativas educacionais do Senac Rio. Propõe mudanças conceituais, curriculares e metodológicas que deverão suscitar movimentos similares nos demais programas.

 

Portal do Futuro foi desenhado com a participação de todos os Centros Regionais e Centros Especializados do Senac Rio. Todos eles participaram ativamente no desenho da estrutura básica do Programa. As unidades curriculares, especialmente as Oficinas, foram formatadas pelas nove Unidades Especializadas, cada uma delas respondendo por uma ou mais Oficinas, segundo sua especialidade. O Programa será desenvolvido nos 8 Centros Regionais do SENAC Rio.

 

Portal do Futuro abrigará 30 adolescentes, no máximo, por turma. Terá uma carga horária de 333 horas, com duração média de 6 meses, com sessões de 3 horas diárias, de segunda a sexta-feira. Cada turma será orientada por um coordenador que contará com a ajuda de um especialista no desenvolvimento das Oficinas. Cerca de 60% do Programa será desenvolvido em dupla docência, mais uma indicação da importância a ele atribuída e uma condição para a garantia de qualidade. O coordenador acompanhará permanentemente a turma e cuidará da articulação e da integração horizontal e vertical dos diferentes componentes curriculares do Programa.

 

O Programa está centrado no desenvolvimento de competências. Adota-se, para o caso, a seguinte definição de competência: “Competência profissional é a capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação, valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho” (parecer CNE 16/99).

 

Portal do Futuro não pretende o desenvolvimento de competências específicas, destinadas à inserção profissional em uma área ou ocupação determinada. O Programa procura o desenvolvimento de competências humanas básicas, competências profissionais básicas e competências de gestão que possibilitem ou facilitem a inserção em qualquer atividade de comércio e serviços. Diferentemente da programação tradicional, mas coerentemente com a Proposta Pedagógica do Senac Rio e com seu nome, Portal do Futuro não se pretende terminal. É uma passagem que abre múltiplas possibilidades de ser pessoa, de ser cidadão e de ser profissional. É um estímulo e um impulsionador para a continuidade de estudos e para a educação continuada.

 

A missão do Programa

 

O Programa tem por missão ampliar as condições e as possibilidades do jovem para:

Ser alguém capaz de construir o seu próprio destino – Ser Pessoa

Ser alguém capaz do exercício pleno da cidadania – Ser Cidadão.

Ser um trabalhador exemplar da área de comércio e serviços – Ser Profissional.

 

 

 

 

 

A ênfase nas competências básicas para o trabalho e para a vida

A evolução tecnológica e organizacional contemporânea tem excluído um número crescente de pessoas dos benefícios do progresso técnico. As atuais condições e exigências do mercado de trabalho requerem de toda sociedade uma constante busca de alternativas para a inclusão das populações potencialmente sujeitas à marginalização.

 

Análises de tendências afirmam que uma das grandes vantagens competitivas, do próximo século, estará a cargo da educação e qualificação da força de trabalho. Qualificações que vão além das responsabilidades inerentes a determinado cargo. Avançam para um amplo conjunto de habilidades necessárias para que o próprio trabalhador seja capaz de ajustar-se e promover múltiplas mudanças profissionais ao longo da vida, acompanhando a dinâmica das transformações produtivas e organizacionais.

 

O jovem do Portal, geralmente oriundo de instituições públicas de ensino, que pouco ou nenhum contato teve com essa realidade precisa, agora, iniciar sua busca por um espaço no mercado de trabalho. Seu encontro com o mundo do trabalho será muito mais complexo do que a tarefa de aprender as técnicas envolvidas na operação de um processo de trabalho qualquer.

 

Ele precisa decidir sobre o seu futuro profissional de forma a ajustá-lo a um projeto de vida. Ajustar a expectativa profissional com a pessoa que pretende ser. Tomar decisões pessoais sobre trabalho, convivência social, estudo, utilização do tempo livre. É preciso que desenvolva as competências necessárias à sua inserção no primeiro emprego. Que perceba e compreenda as diferenças existentes nos distintos ambientes e suas diferentes exigências. Que adquira a flexibilidade necessária para ajustar-se a elas. Que adquira a capacidade de transformar essas exigências quando são limitantes, injustas ou inadequadas. Que a aprendizagem de um modo de fazer seja conduzida de forma que o jovem aprenda, por si só, a apropriar-se de outros. É preciso que aprenda a aprender a partir das próprias exigências do exercício profissional.

 

A preparação do jovem para o mundo do trabalho deve extrapolar a educação formal ou profissional e partir para o desenvolvimento de competências que dêem conta das respostas às necessidades antes referidas. É necessário ainda que ele adquira instrumentos que facilitem uma reflexão permanente sobre o seu fazer e sobre o seu existir.

 

É necessário que ele compreenda que a complexidade do mundo atual quase impossibilita um exercício profissional solitário. Exige a capacidade de propor, empreender projetos coletivos ou participar deles. Que compreenda que essa capacidade é ainda mais necessária para o exercício pleno da cidadania.

 

Objetivos do Programa

My window of opportunity?? Galeria de ~no bullshit~

My window of opportunity?? Galeria de ~no bullshit~ Flickr

Preparar jovens, com idades compreendidas entre 16 e 21 anos e com escolaridade adequada para o ingresso e permanência em um mercado de trabalho restrito e exigente, caracterizado pela progressiva diminuição das ofertas de emprego, deixando-os mais aptos a enfrentar com autonomia esses desafios.

 

O jovem que participar do Programa estará preparado para ocupar uma posição no mercado de trabalho, especialmente na Área de Comércio e Serviços. Revelar-se-á apto a assumir ocupações iniciais nos quadros das empresas, definindo com clareza suas metas pessoais, educacionais e profissionais. Terá referências éticas e estéticas. Compreenderá e agirá de acordo com seu papel de agente do próprio desenvolvimento, na busca e geração de novas soluções e encaminhamentos para situações problemáticas, seja na relação consigo próprio, com os diversos grupos sociais ou com suas atividades profissionais.

 

 

 

 

Perfil do participante do Programa

  • Jovens de 16 a 21 anos.
  • 4a série completa do ensino fundamental.
  • Estar matriculado no ensino regular.
  • Renda familiar de até 1 salário mínimo per capita.

 

 

Perfil de saída

SpiroFlower1, JJjunki - Flickr

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O Programa tem como objetivos específicos o desenvolvimento de determinadas competências. Competências requeridas para a definição de um projeto profissional. Competências básicas requeridas para o ingresso em qualquer atividade de Comércio e Serviços. Competências necessárias para o exercício da cidadania nos espaços de trabalho. Para efeitos do Programa, as competências a serem desenvolvidas foram organizadas em três conjuntos: Competências Humanas Básicas, Competências Profissionais Básicas e Competências de Gestão.

 

 

 

1. Competências Humanas Básicas: são aquelas que, além de embasar a construção das competências profissionais, são demandadas para o exercício pleno da cidadania.  São elas:

 

·         Utilizar variadas formas e técnicas de expressão;

·         Localizar, entender e interpretar informações escritas;

·         Comunicar pensamentos completos e acurados, idéias e informações por escrito, de forma adequada ao assunto e à audiência;

·         Receber, interpretar e responder as mensagens verbais e outros sinais, tais como linguagem corporal, de pessoas de todas as formações;

·         Organizar suas idéias e comunicar mensagens oralmente para audiências de forma apropriada para o feedback dos ouvintes e responder perguntas, se necessário;

·         Usar os conceitos numéricos básicos e efetuar os cálculos básicos, sem calculadora, interpretando corretamente a informação quantitativa;

·         Abordar problemas práticos e escolher uma técnica matemática correta para solucionar problemas;

·         Emitir criteriosamente juízos de valor;

·         Desenvolver o espírito crítico;

·         Desenvolver mecanismos de autoconhecimento;

·         Construir uma visão estética de si mesmo no presente, passado e futuro;

·         Elaborar um projeto de vida: “A vida como obra de arte” (o ontem, o hoje e o amanhã);

·         Respeitar a si mesmo, as outras pessoas e o meio em que vive;

·         Participar da construção da melhoria da qualidade de vida, exercendo sua cidadania.

 

2. Competências Profissionais Básicas: que são as competências necessárias e comuns para o trabalho em todas as atividades de Comércio e Serviços. São elas:

 

·         Agir de forma autônoma e pro-ativamente;

·         Trabalhar sob pressão;

·         Definir prioridades de acordo com critérios pré-estabelecidos;

·         Mostrar-se motivado, a partir de um comprometimento consigo mesmo e com seu trabalho;

·         Desenvolver permanentemente seus talentos;

·         Estabelecer relações entre teoria e aplicação prática;

·         Criar um estilo próprio de apresentação pessoal e utilizar a aparência como forma de expressão da identidade;

·         Cuidar da própria saúde de forma preventiva e promover a saúde de si mesmo e do outro;

·         Localizar-se no tempo e no espaço;

·         Decodificar a cultura local;

·         Detectar a vocação econômica da região;

·         Valorizar o bairro e a cidade em suas características predominantes;

·         Atuar no seu meio de forma a contribuir para o desenvolvimento de uma consciência ambiental;

·         Detectar os problemas sócio-ambientais locais, buscando possíveis soluções;

·         Construir e acionar mecanismos próprios de aprendizagem no trabalho;

·         Utilizar a informática como instrumento de trabalho;

·         Utilizar a Internet como ferramenta de trabalho, negócios e aprendizagem de idiomas;

·         Utilizar vocabulário básico da língua inglesa, para navegar pela Internet, em especial em sites de Turismo e Negócios;

·         Desenvolver a auto-estima, acreditando em si mesmo, valorizando suas idéias, aceitando suas limitações, tentando superá-las;

·         Discutir e trabalhar em grupo com bases positivas;

·         Apresentar idéias que facilitem o entendimento e a solução de problemas de forma simples;

·         Comunicar-se adequadamente com o grupo, buscando sempre estabelecer parcerias.

 

3. Competências de Gestão: que são as competências necessárias para a gestão da própria carreira e de atividades de Comércio e Serviços. São elas:

  • Utilizar diferentes critérios para optar entre as diversas oportunidades de carreira ou de negócio;
  • Estabelecer metas profissionais adequadas às suas características pessoais, identificando oportunidades no mercado de trabalho;
  • Entender a que lógica social suas atividades estão atreladas e, conseqüentemente, qual é o sentido e significado delas para si e para a sociedade;
  • Desenvolver e apresentar um plano de ação de desenvolvimento profissional para os próximos anos;
  • Ser responsável por seu próprio desenvolvimento profissional, enquanto membro de uma equipe de trabalho, com diferentes expectativas e metas;
  • Gerenciar seu próprio tempo e espaço de trabalho, com vistas à otimização das atividades e à supressão de tarefas desnecessárias ao seu pleno desempenho profissional, eficiência e realização pessoal;
  • Pensar estrategicamente;
  • Desenvolver o espírito de investigação, expresso na constante busca pelas soluções pouco ou nada ortodoxas, respondendo criativamente a situações novas e inusitadas;
  • Utilizar técnicas de elaboração de projetos;
  • Dialogar, negociar, argumentar e questionar, buscando sempre soluções pautadas na solidariedade e respeito mútuo;
  • Coordenar grupos, resolvendo problemas e conflitos, demonstrando equilíbrio nas várias situações;
  • Desenvolver e apresentar um Projeto de Negócio.

 

As Competências Humanas Básicas serão tratadas ao longo do Programa e em todas as oportunidades onde se possa remetê-las ao mundo do trabalho, especialmente, a Comércio e Serviços. As Competências Profissionais Básicas e as de Gestão estarão mais direta e especificamente relacionadas aos Projetos e às Oficinas que compõem a estrutura do Portal do Futuro.

 

 

Gestão Estratégica em Mercados Competitivos: Uma proposta para Pequenos e Médios Negócios 22 de setembro de 2008

 

I. Objetivos

 

 

O programa Gestão Estratégica em Mercados Competitivos objetiva proporcionar condições para que os participantes se desenvolvam em quatro direções fundamentais:

1. Promover o desenvolvimento sustentável (competência transversal)

2. Tornar a aprendizagem contínua parte integrante do trabalho operacional, técnico e gerencial (competência transversal).

3. Construir um posicionamento estratégico competitivo sustentável (competência central).

4. Elaborar o planejamento estratégico da organização (projeto e competência articuladora).

 

II. Competências de Gestão Estratégica a Serem Desenvolvidas

chicagoantiquemarket.com
chicagoantiquemarket.com

Após a realização do programa, o participante terá elaborado e estará apto a implementar um planejamento estratégico para o seu negócio, envolvendo:

1. Analisar o seu mercado, sua segmentação e suas tendências.

  • Localizar e acessar diversificadas fontes de informação sobre o mercado.
  • Segmentar o mercado.
  • Identificar e projetar tendências para segmentos específicos de mercado.

2. Definir e Implementar uma Proposta de Valor.

  • Analisar o seu ambiente competitivo (olhar para fora).
  • Analisar potencialidades e fragilidades do empreendimento (olhar para dentro).
  • Escolher uma ênfase estratégica: excelência operacional, liderança de produto ou afinidades com o cliente.

3. Estabelecer uma nova Cultura de Negócio.

  • Definir os produtos e serviços associados à Proposta de Valor.
  • Comunicar a Proposta de Valor.
  • Prever e desenvolver as competências necessárias para a entrega dos produtos e serviços associados à Proposta de Valor.

4. Utilizar um Mapa de Indicadores Estratégicos.

 

III. Organização do Programa

O programa será estruturado em quatro módulos, sendo um presencial e três a distância, conforme é detalhado no quadro abaixo.

Módulos

forma de desenvolvimento

duração

I. Posicionamento Competitivo Sustentável.

Presencial

8

II. Proposta de Valor.

A distância

8

III. Nova Cultura de Negócio.

A distância

16

IV. Mapa de Indicadores Estratégicos.

A distância

8

 

IV. Distribuição das Competências de Gestão Estratégica pelos Módulos

 

COMPETÊNCIAS

Módulos

I

II

III

IV

Promover o desenvolvimento sustentável do turismo

 

 

 

 

Tornar a aprendizagem contínua parte integrante do trabalho operacional, técnico e gerencial.

 

 

 

 

Assumir um posicionamento estratégico competitivo.

 

 

 

 

 Elaborar o planejamento estratégico.

 

 

 

 

Localizar e acessar diversificadas fontes de informação sobre o mercado.

 

 

 

 

Segmentar o mercado.

 

 

 

 

Identificar e projetar tendências para segmentos específicos de mercado.

 

 

 

 

Analisar o seu ambiente competitivo (olhar para fora).

 

 

 

 

Analisar potencialidades e fragilidades do empreendimento (olhar para dentro).

 

 

 

 

Escolher uma ênfase estratégica: excelência operacional, liderança de produto ou afinidades com o cliente.

 

 

 

 

Definir os produtos e serviços associados à Proposta de Valor.

 

 

 

 

Comunicar a Proposta de Valor.

 

 

 

 

Prever e desenvolver as competências necessárias para a entrega dos produtos e serviços associados à Proposta de Valor.

 

 

 

 

Utilizar um mapa de indicadores estratégicos

 

 

 

 

 

V. Indicações Metodológicas

 

2002, Metodologia Visual, Saboya, Frank Barral, Madeira e Metal, Leticia Baião, Isabel Bahiana
Saboya, Frank Barral ,2002, Metodologia Visual,

Para o desenvolvimento do programa Gestão Estratégica de Pequenos Negócios serão adotadas as seguintes indicações metodológicas :

 

Projeto, atividades, desafios e problemas: Toda atividade (presencial ou a distância) será constituída em torno de um projeto, de uma vivência (caso, jogo ou dinâmica), de um desafio e/ou de um problema que são propostos a cada participante, aos pequenos grupos ou ao grupo total de participantes. Tais projetos, vivências, problemas ou desafios devem exigir o exercício das competências de gestão estratégica a serem constituídas

 

Atividade dos participantes: O projeto, a vivência, o desafio e/ou o problema proposto exigirão essencialmente a atividade do(s) participante(s). Eles serão o eixo de estratégias que ainda envolvem: o aquecimento para a ação; a reflexão sobre a ação desenvolvida, a análise de seu desenvolvimento e de seus resultados, a sistematização e generalização do conhecimento obtido e a sua aplicação em outras situações similares de gestão estratégica. A reflexão, a análise, a sistematização, a generalização e aplicação dos conhecimentos devem ser feitas também pelos participantes, apoiados e assistidos pelos coordenadores das atividades.

 

 Pesquisa e busca individual e coletiva de conhecimento: As atividades devem desencadear a busca individual e coletiva e o intercâmbio dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à constituição das competências de gestão estratégica e à elaboração do plano estratégico. Assim, a constituição das competências ocorrerá no mesmo e sinérgico movimento de construção dos conhecimentos, de aquisição das habilidades e apropriação das atitudes necessárias à gestão estratégica.

 

 Referências e experiências dos participantes: As atividades propiciarão uma mobilização e atualização dos conhecimentos, habilidades e atitudes já presentes no participante ou no grupo. Suscitarão a troca e o compartilhar dos saberes já presentes. Na situação grupal, a troca antecede ou, pelo menos, será simultânea à busca e à construção de conhecimentos, habilidades e atitudes novas e distantes da experiência grupal.

 

 Vivências de situações reais: Além da situação de aprendizagem requerer a competência, ela será proposta no contexto  do enfrentamento concreto dos problemas que demandam uma determinada competência. As competências  a serem desenvolvidas são as requerida para enfrentar os desafios e problemas cotidianos e inusitados da getão estratégica em um ambiente competitivo.

 

 Explicitação dos resultados: Para cada atividade, os resultados a serem obtidos serão claramente explícitados. As orientações para as atividades devem claramente facilitar os resultados esperados. Tais resultados devem ser, ainda, evidentemente referenciados às competências a serem constituídas e ao plano estratégico a ser elaborado.

 

 Projeto articulador: Um amplo projeto articulará o Programa: elaborar o planejamento estratégico do empreendimento sob responsabilidade do participante. O projeto proporcionará experiências reais e diversificadas que aproximarão o participante da sua realidade de seu trabalho e das necessidades de ajuste às tendências de mercado. Nele, ele poderá vivenciar, experimentar e integrar as competências de gestão estratégica em desenvolvimento.

 

Papel dos coordenadores do Programa: Aos coordenadores caberá o papel de facilitador, animador, conselheiro e companheiro de busca. Coordenadores e participantes estarão unidos na busca do desenvolvimento de suas competências para a gestão estratégica, mediados pela ação requerida pelas atividades propostas e pela reflexão sobre elas.

 

Situações contínuas de auto-avaliação: O desenho das atividades preverá freqüentes momentos de auto-avaliação. Tais momentos podem ser individuais e/ou coletivos em função da natureza do projeto, vivência, desafio ou problema proposto. Os resultados claramente definidos de início e sempre referenciados às competências a serem constituídas orientarão essas situações de auto-avaliação.

 

Autonomia e espírito de equipe: As atividades suscitadas pelos projetos, pelas vivências e pelos problemas e desafios, sempre que possível, combinarão momentos de trabalho individual e momentos em trabalho em equipe. Em uma situação ou outra, no entanto, a autonomia na busca da aprendizagem e a busca coletiva de soluções sempre serão estimuladas. Nos módulos a distância, a equipe será ampliada de forma a envolver os colaboradores da organização de cada participante.

 

Estímulo a soluções criativas: Nas atividades, o trabalho sempre será orientado para a busca de soluções criativas, entendidas como a procura de novos, mais sustentáveis, mais competitivos, mais produtivos e encantadores modos de prestação de serviços.

 

VI. Desenvolvimento da Parte Presencial

 

 

O Desenvolvimento do Programa, em sua parte presencial, envolve um encontro de 8 horas com todos os participantes,  oriundos de distintos pequenos negócios. O Módulo I – Posicionamento Competitivo Sustentável – será dividido em duas sessões de quatro horas de duração em cada uma. Dois quadros-síntese, apresentados abaixo, resumem o desenvolvimento das sessões.

Um encontro presencial será marcado sempre que for constituído um grupo de, no mínimo, 10 interessados. Para manifestar o seu interesse, o Fale Conosco poderá ser utilizado.

 

 

 

 

 

 

 

Módulo I: posicionamento competitivo sustentável

 Sessão 1/2 – 4 horas

Competências

Situação de Trabalho

Recursos

Tempo

Promover o desenvolvimento sustentável.

Tornar a aprendizagem contínua parte integrante do trabalho operacional, técnico e gerencial.

Analisar o mercado, sua segmentação e suas tendências.

 

1. Preparação do cenário

Giz ou Fita crepe. Tarjetas em quatro cores.

Antes do início da sessão

2. Aquecimento e apresentação.

CDs. Slides, texto de Plano de Curso.

90’

INTERVALO

15’

3. O circuito dos elementos.

Som, CDs. Slides. Textos de apoio. Tarjetas, pincéis atômicos e fita crepe.

130’

4. Encerramento com círculo de energia.

Som e CD.

5’

          

Módulo I: Posicionamento Competitivo Sustentável

     Sessão 2/2 – 4 horas

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

Promover o desenvolvimento sustentável.

Tornar a aprendizagem contínua parte integrante do trabalho operacional, técnico e gerencial.

Analisar o mercado, sua segmentação e suas tendências.

 

1. Aquecimento

Som e CD.

20’

2. A quinta essência.

 

100’

INTERVALO

15’

3. A dança dos elementos e das mudanças.

 

90’

4. Circulo de energia, com a última palavra.

 

15’

         

 

VI. Desenvolvimento da Parte a Distância

O desenvolvimento da parte a distância será realizado individualmente,  com apoio dos coordenadores.  O desenvolvimento dos Módulos I, II e III dará origem a um material organizado de acordo com as exigências tecnológicas da educação a distância via Internet e meios complementares ou alternativos. Sempre que necessário um encontro presencial com um coordenador será agendado.

 

VII. Metodologia de Acompanhamento e Avaliação

Foto Kiki

O acompanhamento e avaliação dos participantes serão contínuos, sistemáticos e adequados a um programa  centrado no desenvolvimento de competências de gestão estratégica. Para tanto, a metodologia de acompanhamento e avaliação deverá:

• Verificar se as competências previstas estão sendo desenvolvidas pelos participantes.

• Usar a relação de competências de cada módulo como a base dos instrumentos de acompanhamento e avaliação dos participantes.

• Criar condições para a avaliação e auto-avaliação de todos os envolvidos no processo;

• Usar os resultados da avaliação para, com os participantes, tomar decisões de continuidade ou mudança.

 

No estabelecimento de critérios e procedimentos de avaliação, pelo menos quatro dimensões serão consideradas:

A proposta do Programa. É importante que a qualidade do Programa seja continuamente avaliada por todos.

A aprendizagem. É fundamental que a avaliação seja centrada na constituição e desenvolvimento das competências de gestão estratégica previstas.

Os impactos no trabalho. É importante avaliar as conseqüências do Programa no trabalho dos particiapntes.

Os impactos econômicos e sociais. Nesta dimensão, importa saber as conseqüências do Programa no desempenho competitivo das empresas e no desenvolvimento sustentável da comunidade em que ele foi desenvolvido (emprego, geração de renda, melhorias ambientais, etc).

 

Para mais informações, clique aqui.

 

PROGRAMA “JOVEM APRENDIZ RURAL” 25 de junho de 2008

Brighton student art - Passing the time

Brighton student art - Passing the time

 

 

 

O material apresentado neste post refere-se à estrutura, competências, objetivos e perfil profissional do Programa Jovem Aprendiz Rural.  O Programa foi totalmente desenvolvido pela Germinal Consultoria para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Adminstração Regional do Estado de São Paulo. 

 

O que está adainte publicado são partes selecionadas do Plano de Curso que foi desenvolvido com a supervisão de técnicos do SENAR. O material apresentado a seguir foi editado de forma diferente da versão original.  O excerto deve ser encarado como uma amostra do trabalho que pode ser desenvolvido pela Germinal Consultoria.

 

 

Introdução

Para a elaboração do Plano de Curso do “Jovem Aprendiz Rural”, por tratar-se de educação profissional, buscou-se, inicialmente, a identificação das necessidades qualitativas e quantitativas do mercado de trabalho. As características do emprego rural não recomendavam centrar a capacitação em uma ou várias ocupações específicas, desenvolvidas isoladamente. Para fazer a capacitação inicial de profissionais flexíveis, capazes de se moverem em um mercado de trabalho com características peculiares, uma abordagem mais generalista parecia mais recomendável. No entanto, o contrato de aprendizagem é cumprido em uma organização particular e referenciado em uma ocupação específica.

Antes do levantamento mais específico de necessidades era necessário superar essa contradição. Era preciso prover a necessidade de capacitação imediata, que exige uma abordagem referida à ocupação específica. Era preciso atender as necessidades mediatas dos adolescentes e da sociedade, que recomendam uma educação profissional mais ampla. Para dar conta de ambas as demandas, aproveitou-se as próprias características do contrato de aprendizagem, que divide a tarefa educacional entre a empresa e o organismo de aprendizagem. Na proposta desenvolvida, a empresa fica responsável pela formação específica, orientada pelo SENAR.

O Programa de Aprendizagem Rural do SENAR, criado pela Germinal, destina-se ao desenvolvimento das competências básicas necessárias a todo tipo de trabalho; das competências gerais, que são requeridas por todo trabalho na agricultura e na pecuária, mas não referenciadas em uma ocupação, uma cultura agrícola ou uma criação animal específica; e, por fim, das competências de empreendedorismo, requeridas para potencializar o já existente espírito empreendedor rural, seja para estimular mais inovações no interior das organizações já existentes, seja para incentivar o nascimento de novos empreendimentos que assegurem renda e subsistência à população jovem já capacitada.

 

 

Observação sobre características peculiares do mercado: Considerou-se que o mercado de trabalho agrícola não é concentrado em grandes propriedades. Quando o é, utiliza intensamente a mão de obra temporária. Na grande propriedade, a mecanização tende a poupar trabalho. No mercado de trabalho agrícola, a pequena propriedade e a agricultura familiar são muito importantes. Existe uma grande variedade de culturas e criações, cada uma delas exigindo uma capacitação específica. A agroindústria e os serviços rurais abrem um outro extenso leque de oportunidades ocupacionais. Grande parte (54%) da população que mora no campo não está trabalhando em ocupações rurais. Grande parte dos trabalhadores rurais mora na cidade.

 

 

O início

 

Wu Guanzhong - Waterway (1991)

Wu Guanzhong - Waterway (1991)

 
      
 

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.

(Antonio Machado) 

  

O trabalho de análise para a elaboração do programa teve início com a identificação de todos os grupos ocupacionais, famílias ocupacionais e ocupações da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) que são específicas do Setor Primário da Economia. Também foram consideradas as ocupações para as quais o SENAR já desenvolve programações de educação profissional.

O uso da CBO, versão de 2002, apresentou uma vantagem. Ela já tem uma definição de competências por ocupação e por família ocupacional. A CBO define, além das competências técnicas ou específicas, também as competências pessoais que são desejáveis em cada família ocupacional. As famílias ocupacionais da CBO também abrangem os produtores rurais. Assim, ela pode ser suporte na definição tanto das competências básicas, através de uma síntese das competências pessoais. Pode suportar a definição das competências gerais para o trabalho rural, através da identificação das competências específicas que são comuns às várias famílias ocupacionais. Finalmente, a CBO pode dar base à definição das competências de empreendedorismo, a partir das competências mais comuns requeridas aos produtores rurais.

Para um ajuste ao mercado específico do Estado de São Paulo, foi feita, posteriormente, uma seleção das ocupações mais demandadas pelo setor rural do Estado de São Paulo. Na seleção dessas ocupações, utilizou-se as informações disponíveis sobre demandas de recursos humanos pelos diferentes segmentos da agricultura e da pecuária paulista. O Sensor Rural, parte de um amplo estudo da Fundação SEADE encomendado pelo MEC, foi a principal fonte de informações na realização dessa tarefa.

 

 

 As competências básicas

August Marcke - Landscape whit cows, sailing boat and figures

August Marcke - Landscape whit cows, sailing boat and figures

 

Na definição das competências básicas usou-se o conjunto total das competências pessoais exigidas em todas as famílias ocupacionais extraídas da CBO. Em relação a essas competências, relacionadas a todos os saberes (saber ser, saber fazer, saber conviver), considerou-se irrelevante o ajuste a um mercado regional. Mais que isso, procurou-se ampliar a perspectiva. Para tanto, foram feitas a checagem e comparação dessas competências com outras definições nacionais de competências requeridas para o trabalho.Foram consultadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica e as competências apontadas como essenciais para o trabalho em outros países, especialmente o estudo da The Secretary’s Commission on Achieving Necessary Skills (SCANS), da Secretaria do Trabalho do governo americano e as competências fundadoras do currículo da educação básica portuguesa.     

 

 

As competências gerais do trabalho rural 

Na definição das competências gerais para o trabalho rural, derivadas das competências técnicas ou específicas, foram tentadas duas alternativas. Na primeira, adotou-se o mesmo princípio adotado para as competências básicas: todas as ocupações e famílias ocupacionais da CBO foram utilizadas para a definição das competências técnicas mais comuns no conjunto das famílias e das ocupações.  Essas competências técnicas comuns deram origem a uma relação de competências gerais para o trabalho rural.

Em uma segunda alternativa, apenas as ocupações prioritárias identificadas a partir da análise do mercado de trabalho do Estado de São Paulo, foram utilizadas como referência para a extração das competências gerais para o trabalho rural.

Vincente Van Gogh - Field with popies

Vincente Van Gogh - Field with popies

Os resultados obtidos a partir das duas alternativas foram muito similares. Optou-se então por utilizar os resultados derivados do conjunto completo de ocupações e fazer a adaptação ao mercado regional no desenvolvimento do programa, especialmente na escolha das culturas e criações que servirão de base concreta para o desenvolvimento das competências gerais.

 

 

 

 

 

  O procedimento metodológico de definição de competências

Em síntese, foram os seguintes passos que levaram à definição das competências básicas, gerais e de gestão, que são a base do Programa de Aprendizagem do SENAR – Administração Regional de São Paulo:

  1. Seleção, na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) de todas as famílias ocupacionais relacionadas com o trabalho rural
  2. Transcrição das competências pessoais que a CBO aponta como necessárias, por grupo e família ocupacional.
  3. Síntese das competências pessoais requeridas, efetuada a partir da freqüência com que aparecem no conjunto das famílias ocupacionais relacionadas com a agricultura.
  4. Checagem e comparação dessas competências com outras definições nacionais de competências requeridas para o trabalho.
  5. Definição inicial das competências básicas para o trabalho para o Programa de Aprendizagem Rural.
  6. Registro das Grandes Áreas de Competência (GACs) de todas as famílias ocupacionais relacionadas ao trabalho rural, divididas pelos grupos ocupacionais usados pela CBO.
  7. Pesquisa de repetição dos verbos de ação contidos nas competências técnicas previstas em todas as famílias ocupacionais. Essa pesquisa permitiu constatar um conjunto de verbos e suas freqüências, que possibilitou uma primeira e geral definição de competências.
  8. Pesquisa de repetição dos verbos de ação das Grandes Áreas de Competência das ocupações consideradas prioritárias para o Programa de Aprendizagem Rural (Estado de São Paulo) e comparação com a repetição dos verbos de ação das GACs do conjunto total de famílias ocupacionais relacionadas com o trabalho agrícola.
  9. A comparação mostrou não haver uma diferença importante entre o conjunto das ocupações e as ocupações prioritárias, no que tange às definições das competências gerais necessárias para o trabalho agrícola.Assim, as competências do conjunto total de famílias ocupacionais foram utilizadas como uma base para a definição das competências gerais para o trabalho rural e para a definição das competências necessárias para o empreendedorismo rural.
  10. Discussões com os técnicos do SENAR – Administração Regional de São Paulo sobre as competências básicas, gerais e de gestão propostas.

Em relação às competências técnicas e às competências de empreendedorismo, resultou que, do conjunto das famílias e ocupações descritas pela CBO, priorizou-se as competências relacionadas ao desenvolvimento da agricultura e da pecuária polivalentes, tanto aquelas referentes aos Produtores quanto aos Trabalhadores. Tal opção resultou num quadro de competências gerais para o trabalho rural e para o empreendedorismo que permitirá ao aprendiz uma formação suficientemente ampla para ingressar em diferentes tipos de empresas rurais ou atuar como empreendedor em diferentes atividades. Isso implica em articular as atividades da empresa com as do SENAR, de forma que as necessidades de formação mais específicas sejam atendidas ou complementadas pelas próprias empresas contratantes ou mesmo por módulos mais específicos desenvolvidos pelo SENAR que sejam acrescentados a esta proposta mais geral. 

 

Objetivos do Programa de Aprendizagem Rural

 

Foto postad no blog Criancices

Foto postada no blog Criancices

O Programa de Aprendizagem Rural do SENAR/SP tem como objetivo fundamental: proporcionar ao jovem aprendiz a educação profissional básica e genérica necessária ao trabalho em todas as atividades produtivas do meio rural.

A concretização desse objetivo, tendo em vista as diretrizes já consideradas, requer uma atuação educacional voltada para o desenvolvimento de competências fundamentais para a vida, para o trabalho e para o exercício da cidadania. A formulação mais geral das finalidades do Programa pode ser detalhada nos seguintes objetivos mais específicos a serem perseguidos pelo projeto educacional:

  •  Possibilitar que o jovem adquira uma série de competências relacionadas ao seu desenvolvimento enquanto pessoa autônoma e responsável, com desejos e projetos de vida próprios, capaz de buscar as condições necessárias à concretização de seus objetivos e metas pessoais.
  • Facilitar a aquisição de uma série de competências relacionadas ao desenvolvimento de um profissional que precisa corresponder às exigências do mundo do trabalho de seu tempo. Um tempo caracterizado por mudanças sociais, econômicas e tecnológicas em velocidade crescente, em grande parte provocadas por uma intensa interação, articulação e interdependência dos saberes. Um tempo que exige a capacidade de colaborar com os outros, de aprender o tempo todo e dominar os processos de mudança tecnológica no momento mesmo em que eles afetam a vida em sociedade, o trabalho e o cotidiano de todos.
  • Garantir o domínio de uma série de competências necessárias ao cidadão atuante, compromissado com a ética e com a coletividade, sensibilizado com a questão da recuperação e preservação ambiental, empenhado em melhorar as condições gerais de vida do seu universo de trabalho e de sua comunidade.
  • Criar condições para o desenvolvimento de competências gerais requeridas de um profissional da agricultura. Isso implica em dominar aquelas competências fundamentais necessárias ao planejamento da produção, à preparação do solo e ao manejo, aos cuidados com a sanidade e com a colheita e o armazenamento e à comercialização de todas as culturas.
  • Possibilitar o domínio de competências gerais requeridas de um profissional da pecuária. Envolve desenvolver competências de planejamento; de cuidados com a sanidade, alimentação e reprodução; de manejo e de comercialização necessárias à criação de todos os tipos de animais. Competências que possibilitem uma rápida adaptação às exigências específicas de uma criação particular.
  • Desenvolver o espírito empreendedor. Preparar os aprendizes para o exercício das competências fundamentais necessárias ao empreendedor rural é possibilitar-lhe, já na capacitação inicial, agir como um agente de inovação e mudança organizacional. É descortinar possibilidades de empreendimentos individuais e coletivos. Abrir caminhos de geração de trabalho e renda.

Assim, o objetivo mais geral do Programa de Aprendizagem Rural do SENAR/SP, pode ser enunciado sinteticamente em seis dimensões mais específicas:

  • Ser pessoa
  • Ser profissional
  • Ser cidadão
  • Ser um profissional da agricultura
  • Ser um profissional da pecuária
  • Ser um empreendedor rural

 

 Perfil profissional de conclusão

Salvador Dali - Cubist Self-Portrait

Salvador Dali - Cubist Self-Portrait

Após a realização do Programa de Jovem Aprendiz Rural, o participante estará apto a:

  1. Elaborar e perseguir um projeto de vida, traçando objetivos, metas e estratégias pessoais.
  2. Adotar estratégias de aprendizagem adequadas às características pessoais e aos objetivos a serem atingidos.
  3. Comunicar-se adequadamente, oralmente e por escrito, para viver, trabalhar e melhor exercer a cidadania.
  4. Valorizar e promover a própria saúde e das outras pessoas.
  5. Propor, desenvolver e participar de projetos de ação comunitária.
  6. Escolher caminhos éticos de ação e exercer a cidadania.
  7. Traçar conscientemente um caminho profissional adequado às próprias características, aos próprios valores e à maneira de ser.
  8. Usufruir os benefícios da tecnologia e dos recursos disponíveis, para o desenvolvimento de tarefas profissionais.
  9. Trabalhar produtivamente em equipe.
  10. Surpreender positivamente no atendimento a clientes de todo o tipo.
  11. Planejar e programar a produção agrícola e pecuária.
  12. Preparar o solo, plantar, manejar e colher policulturas.
  13. Colher e fazer o beneficiamento primário da colheita.
  14. Agregar valor aos produtos da colheita.
  15. Preparar instalações e manejar a criação de diferentes tipos de animais.
  16. Agregar valor a animais e produtos de origem animal.
  17. Comercializar animais e produtos da pecuária e da agricultura.
  18. Manejar sustentavelmente recursos naturais e tomar medidas de preservação e recuperação ambiental.
  19. Zelar pela manutenção da propriedade rural e pela preservação do patrimônio.
  20. Participar da gestão de uma propriedade, elaborando plano estratégico e plano de negócio.
  21. Participar da gestão e desenvolvimento de recursos humanos.
  22. Atuar na melhoria da qualidade e da produtividade agrícola e pecuária
  23. Trabalhar através de projetos, a partir de desafios concretos e da busca criativa e autônoma de resultados.

 

 

 A estrutura curricular

A estrutura fundamental do currículo do Programa “Jovem Aprendiz Rural” pode ser visualizada através de uma “árvore do conhecimento”, em seis direções fundamentais: Ser Pessoa, Ser Profissional, Ser Cidadão (que englobam as competências básicas e constituem o Eixo I); Ser um Profissional da Agricultura, Ser um Profissional da Pecuária (que englobam as competências gerais para o trabalho rural – Eixo II); e Ser um Empreendedor Rural (competências de empreendedorismo – Eixo III), estão articuladas por um projeto: Tornar uma Área Produtiva de Forma Sustentável.

 

 

Se estiver interessado em conhecer exempos de situações de aprendizagem do programa “Jovem Aprendiz Rural”, clique no link AMOSTRA II ( Oficina Aprender a Aprender),  AMOSTRA III  (Oficina Trabalho em Equipe), AMOSTRA IV (Projeto Articulador) ou AMOSTRA V (Oficina Recuperação de àreas Degradadas).
 
 

 
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