Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Dinâmica: Coreografia 22 de março de 2011

A dinâmica Coreografia pode ser utilizada no início de um programa de treinamento (curso, encontro) para diagnóstico inicial sobre o tema do curso e levantamento de expectativas dos participantes. O exemplo abaixo foi retirado de um programa de desenvolvimento de equipes de alto desempenho.

Proposta

Inicie a situação de aprendizagem colocando como música de fundo o Bolero, de Ravel. Depois apresente à classe o seguinte desafio: fazer, em subgrupos, uma representação em três tempos:

  • Como é, hoje, o trabalho em equipe no local de trabalho (organização/empresa/departamento)?
  • Como deve ser o treinamento (curso, seminário, encontro) para que o trabalho em equipe mude para melhor?
  • Como deve ser o trabalho em equipe depois que o treinamento terminar?

Isso significa fazer uma representação sintética do diagnóstico do funcionamento das equipes e das expectativas presentes no subgrupo em relação ao desenvolvimento do curso que se inicia e em relação aos seus resultados. A representação deverá ser feita através de expressão corporal e movimentos rítmicos, da forma mais bela (plástica) e expressiva possível. A palavra não deve ser utilizada. O som pode ser usado. A música que dará ritmo à apresentação será o Bolero, que poderá ser ouvido no fundo.

Preparação

Organize os subgrupos ao acaso. Os subgrupos deverão criar e ensaiar a coreografia em pé para que possam manter a mobilidade e agilidade necessária e concluir o trabalho em torno de 10 minutos.  Estimule e oriente o trabalho circulando pelos grupos. Não deixe que os grupos fujam da experiência e da possibilidade de criação. Estimule a superação. Observe que a coreografia é diferente da mímica. Não se trata de dizer por gestos o que poderia ser dito com palavras. Trata-se de produzir uma forma simbólica de representação. O movimento é uma linguagem específica.

Apresentação

Concluída a preparação, todos ainda em pé, o primeiro subgrupo se apresenta. Terminada a apresentação do grupo, todos os participantes, inclusive os do subgrupo protagonista, replicam a coreografia. Depois, o segundo subgrupo se apresenta e assim sucessivamente. Durante cada apresentação, aumente o volume da música de fundo e transforme-o no tema musical da apresentação.

Análise

Ao final da última apresentação, retorne com os participantes ao semicírculo para análise e julgamento dos trabalhos. Uma a uma as coreografias serão analisadas pelos grupos que não as criaram. Eles devem dizer qual diagnóstico e quais expectativas podem ser extraídas da representação, sem considerar as intenções do grupo que a criou. Em seguida, o grupo criador revela a intenção implícita nos movimentos. Ao final de cada análise, promova um confronto entre as interpretações do público com as intenções do grupo criador e apresentador. Conclua com uma síntese do diagnóstico inicial e das expectativas presentes no grupo, tanto em relação ao treinamento como em relação ao desempenho ideal das equipes.

 

 

Dinâmica de apresentação (Grupo-sujeito) 30 de janeiro de 2009

 

Em Aprendizagem Criativa – A análise (II) – O grupo-sujeito falamos que, na constituição do grupo-sujeito, já na apresentação inicial, é “preciso confrontar os  participantes com formas de expressão em que os maneirismos já desenvolvidos para esses momentos de apresentação não possam ser utilizados. É necessário usar formas de expressão que devolvam aos participantes a espontaneidade perdida. É produtivo, já de início, destruir as falsas defesas, os esteriótipos e os fomalismos típicos dos primeiros encontros.”

 

Afirmamos também que a “criação de uma situação inusitada de apresentação com o uso da arte tem-se mostrado eficiente na produção desses efeitos.” 

 

Neste post publicaremos, como exemplo, o roteiro de uma apresentação inicial com essas características. Trata-se da primeira sessão de aprendizagem de um programa de capacitação de professores (Coordenadores Docentes) para o Programa Jovem Aprendiz Rural. A Germinal Consultoria foi responsável pela capacitação dos docentes do SENAR/SP, nas cidades que implementaram o Programa em 2006 e 2007.

 

 

CAPACITAÇÃO PRESENCIAL De Coordenadores docentes

SESSÃO 1/6

OBJETIVOS

Situação de Aprendizagem

(atividade)

Recursos

Tempo

Apropriação da proposta do programa “Jovem Aprendiz Rural” (Plano de Curso).

 

Vivenciar estratégias pedagógicas previstas, possibilitando um acesso envolvente e significativo à metodologia do programa.

1. Cenário.

Texto. Retroprojetor. Som. Música: Adágio de Albinoni.

10’

2. Apresentação.

Vídeo. Filme Sonhos.

45’

3. Expectativas.

Som. Música: Bolero, de Ravel.

45’

INTERVALO

15’

4. O Caminho do Programa.

Kit-bagunça. Cartolinas. Som. Música: Meditação de Thais e Missa da Coroação, de Mozart.

120’

5. Fechamento.

 

5’

 

1. Cenário

Antes do início e da entrada dos participantes para a primeira sessão de trabalho, se possível, você deve reduzir a luz da sala. Coloque, como fundo musical, uma música suave e que induza à reflexão. Use o Adágio de Albinoni, por exemplo. No CD Karajan Forever, Hamburgo, Deutsche Grammophon, 2003, existe uma gravação do Adágio que pode ser usada aqui. Projete o poema de Borges, denominado O Espelho em uma das paredes da sala. Observe que a ambientação é uma reprodução parcial de um dos cenários utilizados no componente curricular Projeto de Vida.

Reflexos 1943 - Eduardo P. L.
Reflexos 1943 – Eduardo P. L

  

 

 

O Espelho

 

Por que persistes, incessante espelho?

Por que repetes, misterioso irmão,

O menor movimento de minha mão?

Por que na sombra o súbito reflexo?

 

És o outro eu sobre o qual fala o grego

E desde sempre espreitas. Na brunidura

Da água incerta ou do cristal que dura

Me buscas e é inútil estar cego.

 

O fato de não te ver e saber-te

Te agrega horror, coisa de magia que ousas

Multiplicar a cifra dessas coisas

Que somos e que abarcam nossa sorte.

Quando eu estiver morto, copiarás outro

E depois outro, e outro, e outro, e outro…

 

Jorge Luiz Borges, O espelho. Do livro de poesias “O Ouro dos Tigres”, em “Jorge Luis Borges – Obras Completas II”, São Paulo, Editora Globo, 2000, pág. 550.

 

 

 

 

Sobre as cadeiras, dispostas em círculo, em número idêntico aos dos participantes, coloque cópias do texto A Nova Flauta ou, no momento oportuno, solicite a leitura do texto no Manual da Oficina Aprender a Aprender.

 

 

A Nova Flauta

Um deus pode fazê-lo. Mas como um

homem pode penetrar as cordas da lira?

RANIER MARIA RILKE

 

Uma nova flauta foi inventada na China. Descobrindo a sutil beleza de sua sonoridade, um professor de música japonês levou-a para o seu país, onde dava concertos por toda parte. Uma noite, tocou com uma comunidade de músicos e amantes da música que viviam numa certa cidade. No final do concerto, seu nome foi anunciado. Ele pegou a nova flauta e tocou uma peça. Quando terminou, fez-se silêncio na sala por um longo momento. Então, a voz do homem mais velho da comunidade se fez ouvir do fundo da sala: “Como um deus!”

No dia seguinte, quando o mestre se preparava para partir, os músicos o procuraram e lhe perguntaram quanto tempo um músico habilidoso levaria para aprender a tocar a nova flauta. “Anos”, ele respondeu. Eles lhe perguntaram se aceitaria um aluno, ele concordou. Depois que o mestre partiu, os homens se reuniram e decidiram enviar-lhe um jovem e talentoso flautista, um rapaz sensível à beleza, dedicado e digno de confiança. Deram-lhe dinheiro para custear suas despesas e as lições de música, e o enviaram à capital, onde o mestre vivia.

O aluno chegou e foi aceito pelo professor, que lhe ensinou uma única e simples melodia. No início, recebeu uma instrução sistemática, mas logo dominava todos os problemas técnicos. Agora, chegava para a sua aula diária, sentava-se e tocava a sua melodia – e tudo o que o professor lhe dizia era: “Falta alguma coisa”. O aluno se esforçava o mais que podia, praticava horas a fio, dia após dia, semana após semana, e tudo o que o mestre dizia era: “Falta alguma coisa”. Implorava ao mestre que escolhesse outra música, mas a resposta era sempre “não”. Durante meses e meses, todos os dias ele tocava e ouvia “Falta alguma coisa”. A esperança de sucesso e o medo do fracasso foram se tornando cada vez maiores, e o aluno oscilava entre a agitação e o desânimo.

Finalmente, a frustração o venceu. Ele fez as malas e partiu furtivamente. Continuou a viver na capital por mais algum tempo, até que seu dinheiro acabou. Passou a beber. Finalmente, empobrecido, voltou à sua província natal. Com vergonha de mostrar-se a seus antigos colegas, foi viver numa cabana fora da cidade. Ainda mantinha sua flauta, ainda tocava, mas já não encontrava nenhuma nova inspiração na música. Camponeses que por ali passavam ouviam-no tocar e enviavam-lhe seus filhos para que ele lhes desse lições de música. E assim ele viveu durante anos.

Uma manhã, bateram à sua porta. Era o mais antigo mestre da cidade, acompanhado de seu mais jovem aluno. Eles lhe contaram que naquela noite haveria um concerto e que todos haviam decidido que não tocariam sem ele. Depois de muito esforço para vencer seu medo e sua vergonha, conseguiram convencê-lo, e foi quase num transe que ele pegou uma flauta e os acompanhou. O concerto começou. Enquanto esperava atrás do palco, no final do concerto, seu nome foi anunciado. Ele subiu ao palco com fúria. Olhou para as mãos e percebeu que havia escolhido a nova flauta.

Agora ele sabia que não tinha nada a ganhar e nada a perder. Sentou-se e tocou a mesma melodia que tinha tocado tantas vezes para o mestre no passado. Quando terminou, fez-se silêncio por um longo momento. Então, a voz do homem mais velho se fez ouvir, soando suavemente do fundo da sala: “Como um deus!”

 

Nachmanovitch, Stephen. Ser Criativo. São Paulo, Summus Editorial, pág. 13 à 15

 

 

2. Apresentação

Comece a primeira sessão com a projeção, em vídeo, do episódio “Povoado dos Moinhos” do filme “Sonhos” (Kuroshawa).

 

Após a projeção, solicite uma breve apresentação de cada participante (nome, formação, local de trabalho, experiência educacional com jovens). A apresentação deve ser concluída com uma breve relação entre o texto A Nova Flauta, o filme Povoado dos Moinhos e o Programa “Jovem Aprendiz Rural.

 

Antes de iniciar a apresentação, conceda uns 5 minutos para que cada um pense na sua apresentação (e na relação entre texto, filme e Programa) de forma que a fala de cada um seja a mais bonita e sintética possível e não ultrapasse 1 minuto. 

 

Termine apresentando-se, comentando as relações efetuadas e fazendo uma breve exposição sobre os símbolos contidos no filme e no texto. Relacione-os com a proposta geral do Programa “Jovem Aprendiz Rural, sua metodologia e a educação profissional orientada por competências (“Como Um Deus”).

 

3. Expectativas

Inicie a situação de aprendizagem colocando como música de fundo o Bolero, de Ravel. Depois apresente à classe o seguinte desafio: fazer, em subgrupos, uma representação em três tempos:

clip_image001    Como estou chegando.

clip_image001    Como espero que a capacitação seja desenvolvida.

clip_image001    Como quero sair do processo de capacitação.

 

A sinfonia dos salmos, coreografia Antonio Gomes, foto Isabel Gouvêa

A sinfonia dos salmos, coreografia Antonio Gomes, foto Isabel Gouvêa

Isso significa representar as expectativas presentes no subgrupo em relação ao curso que se inicia. A representação deverá ser feita através de expressão corporal e movimentos rítmicos, da forma mais bela (plástica) e expressiva possível. A palavra não deve ser utilizada. O som pode ser usado. A música que dará ritmo à apresentação será o Bolero, que poderá ser ouvido no fundo.

 

Organize os subgrupos. Os subgrupos deverão criar e ensaiar a coreografia em pé para que possam manter a mobilidade e agilidade necessária e concluir o trabalho em torno de 10 minutos. Concluída a preparação, todos ainda em pé, o primeiro subgrupo se apresenta. Terminada a apresentação do grupo, todos os participantes, inclusive os do subgrupo protagonista, replicam a coreografia. Depois, o segundo subgrupo se apresenta e assim sucessivamente. Durante cada apresentação, o aumente o volume da música de fundo e transforme-o no tema musical da apresentação.

 

Ao final da última apresentação, retorne com os participantes ao semicírculo para análise e julgamento dos trabalhos. Uma a uma as coreografias serão analisadas pelo grupo, que interpretam as expectativas expressas na representação. O trabalho em foco será interpretado pelos que o assistiram e, em seguida, o grupo criador apresenta a intenção da expressão, fazendo o confronto com as interpretações antes apresentadas.

 

Por fim, apresente rapidamente o programa da Capacitação Presencial, indicando quais expectativas serão atendidas e formas de superar as necessidades dos participantes que não serão atendidas pelo programa.

 

Ao final, convide os participantes para um pequeno intervalo. Procure respeitar o tempo previsto (15 minutos).

 

4. O Caminho do Programa

Antes da volta dos participantes, coloque como música de fundo Meditação de Thais (música composta por Jules Massenet. Pode ser usada a gravação de Karajan em: Karajan Forever, Hamburgo, Deutsche Grammophon, 2003). Distribua o texto Jardim de Infância pelas carteiras ou, no momento oportuno, solicite a leitura do texto na página 7 do Manual da Oficina de Aprender a Aprender.

 

 

Jardim da Infância 

Grande parte do que eu realmente precisava saber a respeito da vida, de como viver, do que fazer e de como ser, aprendi no jardim de infância. A sabedoria não estava no cume da montanha da faculdade, mas ali na caixa de areia da escola maternal. Essas são as coisas que aprendi: compartilhe tudo; seja leal; não magoe as pessoas; recoloque as coisas no lugar onde as encontrou; limpe aquilo que sujar; não pegue o que não for seu; peça desculpas quando machucar alguém; lave as mãos antes de comer…

Biscoitos quentes e leite frio são bons para você; leve uma vida equilibrada; aprenda um pouco, pense um pouco, desenhe, pinte, cante, dance, brinque e trabalhe um pouco a cada dia; tire uma soneca todas as tardes; quando sair para o mundo, fique atento no trânsito; dê as mãos e mantenha-se unido; perceba a maravilha…

Pense como o mundo seria melhor se todos nós – o mundo inteiro – tivesse biscoito e leite por volta de três horas de todas as tardes e depois deitasse com suas mantas para tirar um cochilo, ou se tivéssemos uma política básica em nossa nação e em outras nações de sempre recolocar as coisas no lugar onde as encontramos e limpássemos as sujeiras que fizéssemos. E isto continua a ser verdade, não importa a idade: quando sair para o mundo, é melhor dar as mãos e manter-se unido.

                                                                                       Robert Fulghum

 

 

Citado no livro “O Empresário Criativo”, de Roger Evans e Peter Russel, São Paulo, Editora Cultrix, pg.169.

 

 

 Ao final da leitura, estimule os aprendizes a fazerem comentários sobre a compreensão que tiveram.

 Andrew Wyeth, Christinas World, 1948

 

 

Valorizada a aprendizagem do jardim de infância, proponha uma atividade nela inspirada. Em pequenos grupos, os participantes, utilizando os materiais disponíveis, vão criar uma colagem, instalação, pintura e/ou representação gráfica que representem o público alvo (Retrato do Jovem Rural), a trajetória (Caminho do Programa) e os resultados (Retrato do Egresso) do Programa “Jovem Aprendiz Rural”.

 

Divida a classe em pequenos grupos e determine o tempo de 40 minutos para a construção das representações. Coloque como música de fundo uma missa de Mozart.

 

Após a construção, o produto de cada pequeno grupo é analisado por um dos outros grupos. As conclusões da análise deve ser organizadas em torno dos temas: Características do Público Alvo, Proposta do Programa “Jovem Aprendiz Rural”  e Resultados do Programa. As conclusões devem se registradas em tarjetas brancas (público), amarelas (proposta) e verdes (resultados esperados). Antes da análise, construa, com tarjetas, um quadro com a orientação para o registro das conclusões.

 

 

Tarjetas – regras de utilização

·         Escreva nas tarjetas com pincel atômico (azul ou preto).

·         Só registre uma conclusão por tarjeta.

·         Escreva em letra de forma, maiúscula.

·         Não use mais do que três linhas em cada tarjeta.

·         Garanta que o texto escrito na tarjeta possa ser visto a distância.

·         Use cores diferentes para assuntos diferentes.

 

 

Os grupos constroem painéis com as conclusões.  O tempo total para a escrita das conclusões e para a elaboração do painel será de 40 minutos. Os painéis de conclusão terão o seguinte formato:

 

Jovem Rural

Caminho do Programa

Retrato do Egresso

Tarjeta 1

Tarjeta 1

Tarjeta 1

Tarjeta 2

Tarjeta 2

Tarjeta 2

Tarjeta 3

Tarjeta 3

Tarjeta 3

Tarjeta 4

Tarjeta 4

Tarjeta 4

Tarjeta 5

Tarjeta 5

Tarjeta 5

Tarjeta n

Tarjeta n

Tarjeta n

 

Em seguida, os grupos apresentam rapidamente suas conclusões. Sem falar, os participantes transformam os vários painéis em um único painel de conclusões. Os diversos painéis vão dar origem a um único painel-síntese, que representará a compreensão dos participantes a respeito do público, da proposta do programa e dos resultados desejados. Concluindo a atividade promova a comparação e compare o painel final com o plano de curso do Programa “Jovem Aprendiz Rural”.

 

5. Encerramento

Peça que os participantes avaliem a sessão com uma única palavra.

 

Sonhos de empreendedorismo 1 – “All of us” 2 de outubro de 2008

 

Jolly Kunjappu, Dancing God, red - Munich, Germany, 1990 - Mixed technique on paper, 50 x 70 cm

Jolly Kunjappu, Dancing God, red - Munich, Germany, 1990 - Mixed technique on paper, 50 x 70 cm

All of us. Esse foi o primeiro nome que pensei para um local fantástico, onde alguém como eu possa chegar, só ou acompanhada, e satisfazer o simples desejo de dançar da forma como bem entender, ao som de boa música, incluindo hits do momento (!!!). Por que em inglês, heim?! Foi o nome que veio no conjunto do que imaginei e por motivos óbvios. Vou contar a história completa de como cheguei ao All of us.

 

Estava eu numa das aulas de exercícios abdominais que procuro fazer três vezes por semana, quando fui mental e corporalmente tomada por uma das músicas selecionadas pela professora para entusiasmar a turma. Comecei a imaginar uma coreografia com aquele ritmo bem marcado. Imaginei-me dançando… sensação boa, mas onde? Onde?

 

A música jovem transportou-me a uma balada. O quê?? Comecei a sentir-me ridícula numa balada. Expressões de censura vieram à tona: “Acho que me empolguei”, ha, ha, ha. Pessoas com idade superior, digamos, aos 25, ou 35, ou 45, ou 55, ou etc… destoam numa balada. Pelo menos, essa é minha impressão. É verdade que já vi reportagens com jovens mães caracterizadas que acompanham seus jovens filhos em baladas. Tá, mas não se tratava de fazer parte, heroicamente, de uma minoria estatística. Tratava-se apenas de conseguir chegar a um lugar onde pudesse experimentar na prática a minha coreografia, ser levada por um ritmo, sem ser chamada para entrevista ou, quem sabe, ser fotografada como exemplo de superação e, fundamentalmente, sem me sentir um peixe fora d’água.

 

Ah, sou tímida por natureza, adoro o anonimato. Poderia pensar em outros lugares finos e agradáveis, dirigidos aos maduros românticos, e geralmente abonados, onde se pudesse saborear e bebericar algo à luz de velas e, por que não, dançar num dia especial que ficará para sempre em suas memórias. Há também as opções populares, em muitas graduações, da terceira, ops, melhor idade. Mas decisivamente nenhuma dessas alternativas se prestaria à satisfação da minha fantasia. Foi assim que… tcham, tcham, tcham, tcham… Criei um empreendimento.

 

Devo confessar que foi mais um empreendimento, a novidade mesmo foi a idéia de escrever sobre ele, pois tenho essa tendência de imaginar empreendimentos a propósito de qualquer coisa. Neste caso, o empreendimento seria uma casa noturna, All of us. O próprio nome já comunica: sem restrições. O dia foi difícil, cheio demais, gostaria de esquecer tudo e reenergizar-se numa pista de dança? No All of us qualquer pessoa poderia chegar para dançar, sem receio. O desafio do negócio seria exatamente esse. Criar um ambiente que conseguisse atrair e abrigar diferentes tipos de pessoas e tribos, que procuram apenas boa música para dançar, e simplesmente dançar. Essa seria a atração do lugar. As pessoas não ficariam muito tempo paradas ou sentadas porque a clientela entraria lá para dançar mesmo.

 

O “como seria” já é outro desdobramento. Um único salão? Muitos? Músicos? DJs? Clientes-instrutores de dança que se inscrevem para ensinar quem se inscrever para aprender? Máquinas de dançar diferentes gêneros? Sei lá, não entendo nada desse tipo de empreendimento. Só entendo de eventual vontade secreta de dançar. Pensando bem, embora pouco original, o nome poderia ser simplesmente Dance.

 

Projeto de Excelência em Serviços (Eixo II do Trilha Jovem) 11 de agosto de 2008

 

Esta é uma amostra do trabalho desenvolvido para o Projeto Trilha Jovem. O Projeto Trilha Jovem é uma inicitiva de capacitação para o turismo de jovens oriundos de famílias de baixa renda. A primeira versão do Projeto derivou de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia. Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações. Depois, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual. A Germinal também contribuiu nesse trabalho. Por fim, a partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou as Referências para a Ação Docente, que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto Trilha Jovem, que hoje já está implementado em 10 destinos turísticos do Brasil.

 

O texto a seguir é a referência para a ação docente no desenvolvimento de uma das Sessões de Aprendizagem do Projeto de Excelência em Serviços, do Eixo II, do Projeto Trilha Jovem. O excerto foi retirado das Referências para a Ação Docente, desenvolvidas pela Germinal e publicadas pelo Instituto de Hospitalidade. O texto não foi originalmente editado da forma como é apresentado aqui. Para mais informações sobre o Trilha Jovem, clique aqui.

 

Projeto de excelência

em serviços (pex)

Aula 1/8

Competências

Situação de Aprendizagem

Recursos

Tempo

 

Identificar os clientes de uma ação empreendedora e suas necessidades.

Traduzir as necessidades dos clientes em critérios de excelência para a prestação de serviços.

1. Aquecendo.

Log Book. Texto de apoio.

45’

2. Qualidade e excelência em serviços I.

Textos de apoio. Tarjetas.

80’

INTERVALO

15’

3. Qualidade e excelência em serviços II.

Tarjetas.

60’

4. Os clientes do projeto.

 

30’

5. Dinâmica de encerramento.

 

10’

 

 

 

Objetivos

  1. Integrar e motivar o grupo em torno das atividades de projeto.
  2. Discutir os conceitos de qualidade e de excelência na prestação de serviços.
  3. Promover a definição precisa dos clientes do projeto.
  4. Orientar a definição de critérios de excelência para os serviços que serão prestados no desenvolvimento do projeto.

 

 Descrição das Situações de Aprendizagem

 

1. Aquecendo

Recepcione os jovens, convidando-os a ocupar os lugares do semicírculo, previamente preparado com o número de cadeiras necessárias. Peça para o responsável fazer a leitura do Log Book, escolher o novo relator e entregar-lhe o Log Book.

Coreografia 

Milágrimas, coreógrafo Ivaldo Bertazzo, jovens do projeto Dança Comunidade
Milágrimas, coreógrafo Ivaldo Bertazzo, jovens do projeto Dança Comunidade

Em painel, promova uma dinâmica de aquecimento e integração (o termo “em painel” indica a situação didática em que todos os participantes estão reunidos em semicírculo e acontece uma atividade ou um debate aberto, coordenado pelo educador).

 Organize, por proximidade no semicírculo, quatro grupos. Cada um deles deverá ensaiar, para apresentação posterior, sem fala ou mímica, três conjuntos de movimentos rítmicos que representem:

  • a escolha do projeto feita na oficina de Empreendedorismo (Informe-se, previamente, sobre o projeto escolhido pela classe na oficina de Empreendedorismo.)  (cena 1);
  • o desenvolvimento desejável do projeto (cena 2);
  • os resultados do projeto, especialmente para os clientes dos serviços envolvidos na ação empreendedora prevista (cena 3).

Coloque o Bolero, de Ravel, como fundo. Existem muitas gravações da música. Você poderá usar, por exemplo, a disponível em: KARAJAN, H. Karajan Forever. São Paulo: Universal Music, 2003. Peça para os grupos se reunirem em pé, um em cada canto da sala, para prever e ensaiar os movimentos, para uma apresentação a ser feita logo em seguida. Durante a preparação, circule pelos grupos, estimulando-os a criar a melhor coreografia possível. Não aceite a primeira idéia do grupo. Peça que aprimorem essa primeira idéia, elaborando, ampliando e sofisticando os movimentos previstos.

Concluída a preparação, todos em pé formam um semicírculo, voltado para o “palco” (frente da sala).  Solicite que um grupo se candidate para a primeira apresentação. Se você não conhecer a classe, peça que os integrantes do grupo digam seus nomes, antes da apresentação das cenas. Se você já for conhecido, poderá dispensar esse passo. O grupo voluntário faz sua apresentação. Imediatamente a seguir à apresentação, todos os demais participantes, incluindo os integrantes do grupo que acabou de se apresentar, repetem os movimentos que constituem as três cenas (palmas). Repita esse procedimento na apresentação dos demais grupos.

Ao final, cada grupo faz um breve comentário sobre sua apresentação, antecedido por nova identificação de seus integrantes. (Nas duas primeiras aulas, sempre que possível, peça que os jovens repitam seus nomes para que você possa memorizá-los. Procure saber o nome de todos até a terceira aula.) Depois, generalize a discussão sobre as apresentações e o sobre o significado de cada uma delas.

Solicite a seguir a leitura do texto de apoio: “Você realmente está encantando os seus clientes?”

 

Texto de apoio: VOCÊ REALMENTE ESTÁ ENCANTANDO SEUS CLIENTES?

Muito se fala sobre encantar o cliente. Contudo, será que esta necessidade para o sucesso empresarial está sendo atendida?

Pesquisas desenvolvidas pela Esteves & Associados Consultoria Empresarial, sobre os motivos pelos quais os clientes mudam de fornecedores, mostram que 70% das razões nada têm a ver com o produto, mas sim com a qualidade do atendimento recebido.

Dentro dos 70% das razões, 21% mudaram de fornecedor pela falta de contato e os 49% restantes porque a atenção recebida era de baixa qualidade. Em relação aos 30% restantes, 15% mudaram de fornecedor porque encontraram produto melhor e os outros 15% mudaram devido ao menor preço do produto. Assim, conclui-se que preço já não garante mais a fidelidade do cliente.

Valem aqui algumas perguntas para sua reflexão. Ao respondê-la não podemos esquecer que, antes da excelência na prestação de serviços, precisamos, acima de tudo, entender quais são as reais necessidades, desejos e anseios dos clientes.

· O que está sendo feito pela empresa em termos de qualidade de atendimento para os clientes?

· Como as informações estão sendo trabalhadas na empresa?

· Qual é o investimento da empresa em termos de melhoria da prestação de serviço?

Para uma melhor compreensão do impacto da insatisfação dos clientes, novas pesquisas realizadas revelam que apenas 4% dos clientes insatisfeitos reclamam e que para cada reclamação recebida existem 26 outros clientes na mesma situação que não se manifestam. Desses últimos, entre 65% e 90% jamais voltariam a comprar da mesma organização provedora.

Mas, o quanto isso representa em termos financeiros para a empresa? Se levarmos em conta que custa cinco vezes mais conseguir um novo cliente do que manter o antigo, a empresa está, no mínimo, perdendo dinheiro não se preocupando em manter os clientes antigos.

Por sua vez, investir nas reclamações dos clientes, solucionando-as, produz excelentes resultados, porque 82% dos queixosos que tiveram seus problemas resolvidos voltaram a comprar das organizações, além do quê são obtidas valiosas informações sobre os problemas da empresa e dicas para orçamento de novos produtos ou serviços.

Diante destes dados, temos que nos conscientizar que encantar o cliente não é um modismo, mas uma questão de sobrevivência da empresa, porque, além de criar um diferencial perante a concorrência, fortalece o relacionamento duradouro com o cliente.

Eis algumas dicas para se criar esse relacionamento:

  • Atenção aos pequenos detalhes;
  • Seja cortês;
  • Atenda-os de imediato e com rapidez;
  • Preste orientação com segurança;
  • Evite termos técnicos, fale a verdade;
  • Dê atenção às reclamações.

E, finalmente, sempre se pode fazer algo mais sem que isso represente um ônus para a empresa. Veja outras dicas:

  • Demonstre um contínuo interesse pelos clientes;
  • Informe-se sobre o desenvolvimento dos produtos ou serviços;
  • Mantenha listagens atualizadas dos clientes sempre que possível;
  • Faça com que seus clientes se sintam importantes e partícipes do seu negócio.

Logo, vamos colocar em prática estas dicas. Mãos à obra

 

ACIL. Você realmente está encantando os seus clientes? Disponível em: <http://www.uel.br/prorh/index.php?content=diversos/qualidade.html>. Acesso em 2 jun 2006.

 

 

2. Qualidade e excelência em serviços

AP)

Nadia Comaneci - Nadia Comaneci performs at the Montreal Olympics in 1976. (Source:AP)

 Reapresente e construa um entendimento comum sobre o “Mapa do Empreendimento”, elaborado na oficina de Empreendedorismo (EMP). (É importante fazer antecipadamente um contato com o educador responsável pela oficina de Empreendedorismo para saber detalhes sobre a elaboração e o conteúdo do “Mapa do Empreendimento”.)

Em painel, apresente os conceitos de cliente (Juran) e de qualidade (Falconi) escritos em tarjetas, ou no quadro, ou projetados em transparência.

 

 

·  Cliente é todo aquele afetado pelo produto e pelos processos da empresa ou empreendimento (Juran).

 

· Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente (Falconi).

 

 

Explore o conceito de cliente a partir das coreografias apresentadas (item 1: aquecendo) e da pergunta: quem, nessas cenas, foi afetado pelo processo ou pelo produto do projeto?

Faça uma contraposição do conceito de qualidade com o de cliente, tendo como referência a distribuição dos resultados, como por exemplo:

 

 

O “que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades” do patrão ou do acionista é a de maximização fácil, segura e confiável dos lucros e o retorno do investimento no menor tempo possível. Outro cliente, o trabalhador, se atendidas as suas necessidades de participação do resultado, gostaria de receber a totalidade dos resultados em forma de salário, também de forma fácil, segura, confiável, sempre no dia 5 de cada mês. Como atender a um cliente e também ao outro?

 

Juran contorna essa contradição dizendo que, dentre a multiplicidade de clientes, é preciso atender aos poucos, mas fundamentais, mediando o atendimento de suas necessidades. Poucos e fundamentais, para quem?

 

Para as organizações ou para os empreendimentos, existem três tipos fundamentais de clientes.  O primeiro é o comprador ou beneficiário direto do produto ou serviço da organização ou do empreendimento (cliente externo). Sem ele a organização ou o empreendimento não sobrevive. O segundo é aquele que fabrica o produto ou presta o serviço (cliente interno). Sem pessoas motivadas é impossível produzir ou prestar serviços com qualidade. O terceiro e último tipo de cliente fundamental é a sociedade mais abrangente que circunda e regula as relações entre clientes internos e externos. Vamos chamá-lo simplesmente de sociedade.

 

 

 Faça a divisão da classe em seis grupos. Os grupos vão trabalhar com três (3) textos retirados dos Critérios de Excelência do Prêmio Nacional de Qualidade. (.). Os textos abordam três de um total de 12 fundamentos da excelência considerados pelo Prêmio. Foram escolhidos os três fundamentos mais próximos das questões relacionadas com o atendimento aos três tipos de clientes antes considerados (cliente externo, cliente interno e sociedade). Distribua cópias dos textos para todos os integrantes dos respectivos grupos. Os trabalhos de grupo serão organizados da forma apresentada a seguir.

Os Grupos 1 e 2 irão trabalhar com o fundamento Foco no Cliente e no Mercado e utilizar o texto inserido logo a seguir.

 

 

Texto de apoio:  FOCO NO CLIENTE E NO MERCADO

A qualidade é intrínseca ao produto, porém o cliente é o “árbitro” final, que julga a partir de suas próprias percepções. Estas percepções se formam por meio de características e atributos, que adicionam valor para os clientes, intensificam sua satisfação, determinam suas preferências e os tornam fiéis à marca, ao produto ou à organização. O foco no cliente é um conceito estratégico, voltado para conquista e a retenção de clientes. O conhecimento das necessidades atuais e futuras dos clientes é o ponto de partida na busca da excelência do desempenho da organização. Assim, a organização possui foco no cliente quando essas necessidades estão claras para todas as pessoas da organização. Iniciativas visando desenvolver e oferecer produtos diferenciados podem ser utilizadas para a criação de novos segmentos e até mesmo surpreender os mercados existentes. As estratégias, planos de ação e processos orientam-se em função da promoção da satisfação e da conquista da fidelidade dos clientes. O foco no mercado mantém a organização atenta às mudanças que estão ocorrendo a sua volta, principalmente com relação aos concorrentes e a movimentação dos clientes em relação a novas demandas e necessidades. Estas preocupações são fundamentais para o aumento da competitividade da organização.

 

Fundação para o Prêmio Nacional de Qualidade. Critérios de Excelência. São Paulo: FNPQ, 2004, p. 13. Disponível em: <http://www.fpnq.org.br >. Acesso em: 21 jun 2005

 

 

Os Grupos 3 e 4 irão abordar o fundamento Responsabilidade Social e Ética e utilizarão outro texto de apoio.

 

 

Texto de apoio: RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA

O sucesso e os interesses de longo prazo da organização dependem de uma conduta ética em seus negócios e do atendimento e superação dos requisitos legais e regulamentares associados aos seus produtos, processos e instalações. A superação decorre da pró-atividade necessária, dado que o legislador tem atuação preponderantemente reativa e lenta em relação aos anseios da sociedade. A responsabilidade social e ética pressupõe o reconhecimento da comunidade e da sociedade como partes interessadas da organização, com necessidades que precisam ser identificadas, compreendidas e atendidas, considerando-se o porte e o perfil da organização. Isto engloba a responsabilidade pública, ou seja, o cumprimento e a superação das obrigações legais pertinentes à organização, que representam os anseios da sociedade quanto à sua conduta. Por outro lado, é também o exercício da consciência moral e cívica da organização advinda da ampla compreensão do seu papel no desenvolvimento da sociedade. Trata-se, portanto, do conceito de cidadania aplicado às organizações.

O comportamento ético está diretamente relacionado com o respeito e a confiança mútuos. O relacionamento da organização com todas as partes interessadas deve se desenvolver de forma ética para que resulte em reciprocidade no tratamento. Esse princípio se aplica a todos os aspectos de negociação e relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, órgãos do governo, sindicatos ou outras partes interessadas. Ele é também aplicável no que diz respeito às pessoas, atribuindo-lhes total confiança, sendo que toda a força de trabalho deve ser conscientizada da importância do tema. Portanto, o respeito à sua individualidade e ao sentimento coletivo, inclusive quanto à sua representação sindical, deve ser uma regra básica.

O mesmo valor se aplica à comunidade e a qualquer entidade ou indivíduo que mantenha contato com a organização. No tocante à segurança, à saúde pública e à proteção ambiental, a organização cidadã prevê os impactos adversos que podem decorrer das suas instalações, produção, distribuição, transporte, uso, descarte ou reciclagem final de seus produtos e toma as ações preventivas e de proteção necessárias. O exercício da cidadania pressupõe a liderança e o apoio de interesses sociais, podendo incluir a educação e a assistência comunitária; a proteção dos ecossistemas; a adoção de políticas não-discriminatórias e de proteção das minorias; a promoção da cultura, do esporte e do lazer e a participação ativa no desenvolvimento nacional, regional ou setorial. A liderança na cidadania implica em influenciar outras organizações, públicas ou privadas, a tornarem-se parceiras nestes propósitos e também em estimular as pessoas de sua própria força de trabalho no engajamento em atividades sociais. A responsabilidade social e ética potencializa a credibilidade e o reconhecimento público, aumentando o valor da organização.

 

Fundação para o Prêmio Nacional de Qualidade. Critérios de Excelência. São Paulo: FNPQ, 2004, p. 13. Disponível em: <http://www.fpnq.org.br >. Acesso em: 21 jun 2005

 

 

Finalmente, os Grupos 5 e 6 trabalharão com o fundamento Valorização das Pessoas e o correspondente texto de apoio.

 

 

Texto de apoio: VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS

 

O sucesso de uma organização depende cada vez mais do conhecimento, habilidades, criatividade e motivação de sua força de trabalho. O sucesso das pessoas, por sua vez, depende cada vez mais de oportunidades para aprender e de um ambiente favorável ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades. Neste contexto, a promoção da participação das pessoas em todos os aspectos do trabalho destaca-se como um elemento fundamental para a obtenção da sinergia entre equipes. Pessoas com habilidades e competências distintas formam equipes de alto desempenho quando lhes é dada autonomia para alcançar metas bem definidas. A valorização das pessoas leva em consideração a diversidade de anseios e necessidades que, uma vez identificados e utilizados na definição das estratégias, dos planos e das práticas de gestão organizacionais, promovem o desenvolvimento, o bem-estar e a satisfação da força de trabalho, a atração e retenção de talentos humanos, bem como um clima organizacional participativo e agradável, possibilitando o alcance do alto desempenho da organização e o crescimento das pessoas.

 

 

Os grupos deverão preparar uma exposição de 5 minutos, relacionada ao tópico respectivo que lhes foi designado. Cada grupo deve apresentar os critérios e/ou focos de observação para a constatação, na prática, da qualidade ou da excelência no atendimento ao cliente a ele designado (cliente final, sociedade e cliente interno). (Os critérios do Plano Nacional de Qualidade (PNQ) podem servir como referência para os grupos, disponível em: <http://www.fpnq.org.br>.). Os critérios ou focos de observação devem ser transcritos em tarjetas para a apresentação.

 

 

3. Qualidade e excelência em serviços II

 Em painel, os grupos 1 e 2 fazem suas exposições. Depois, em conjunto, sintetizam os critérios referentes ao fundamento comum a esses grupos (Foco no Cliente e no Mercado / cliente final). Para a síntese os dois grupos trabalham com as tarjetas, formando um único conjunto de critérios. Apóie os dois grupos na construção da síntese e complemente o que for necessário.

Os grupos 3 e 4 fazem suas exposições e sintetizam em conjunto os critérios referentes ao fundamento comum aos grupos (Responsabilidade Social e Ética / cliente sociedade). Da mesma forma dos grupos anteriores, para a síntese os dois grupos utilizam as tarjetas, compondo um único conjunto de critérios. Apóie os dois grupos na construção da síntese e complemente o que for necessário.

Repita mais uma vez a mesma dinâmica com os grupos 5 e 6: exposição dos grupos, síntese dos critérios referentes ao fundamento comum a eles (Valorização das Pessoas / cliente interno) e complementação do que for necessário. (Sugere-se que o painel de tarjetas resultante da atividade fique exposto até a próxima aula.)

 

 

4. Os Clientes do Projeto

locutorio.blog.com

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Promova uma breve reunião dos mesmos grupos da atividade anterior com o objetivo de identificar os clientes da ação empreendedora prevista no projeto (Talvez não seja tão fácil definir os clientes do projeto. A CPL tem a responsabilidade de coordenar essa definição, apoiando e orientando os educadores e os jovens. Ressalta-se, também, que muitas vezes condições de recursos materiais, infra-estrutura, oportunidades etc. disponíveis fazem com que haja uma pré-definição em reunião pedagógica, que pode já ser orientadora das discussões com as classes.).

Em painel, os grupos apresentam a identificação dos possíveis clientes do projeto. Coordene uma discussão para se chegar aos poucos, mas fundamentais clientes do projeto.

 

5. Dinâmica de Encerramento

Solicite que os participantes fiquem em pé. Divida a sala em dois lados e a classe em duas equipes. Aponte dois aros imaginários, um em cada lado da sala. Solicite dois jogadores de cada equipe para iniciar uma partida de basquete. Lance uma bola imaginária para o alto. Deixe os jovens jogando, por cinco minutos. Depois, reúna-os em um círculo, abraçados. Peça que encontrem o grito de guerra da classe.

 

Instrumentos e Critérios de avaliação

  • Cenas apresentadas pelos grupos.
  • Comentários sobre as cenas.
  • Apresentação dos grupos sobre critérios de excelência.
  • Definição dos clientes.
 

 
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