Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Nível socioeconômico das escolas condiciona nota no Enem 17 de dezembro de 2012

Filed under: Enem — José Antonio Küller @ 1:25 pm
Tags: , , , , , ,

De Cartola – Agência de Conteúdo, o  Terra Educação de 14/12/2012 publica a seguinte notícia:

Antes mesmo de serem divulgadas as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para saber quais escolas têm um bom desempenho no teste basta verificar o nível socioeconômico (NSE) dos alunos que estudam na instituição. A constatação foi feita pelo professor Francisco Soares, do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais (Game) da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ao analisar as médias obtidas por estudantes das escolas de Belo Horizonte na edição de 2011 e compará-las com o indicador social do NSE – estabelecido conforme dados de renda, escolaridade e ocupação informados no questionário do Enem -, o professor percebeu uma associação quase perfeita entre os dois fatores, o que resultou em uma reta praticamente constante: quanto maior o NSE, maior a nota no exame. O estudo, mesmo focado em uma única capital, reflete um quadro nacional, opina Soares.

Na comparação feita pelo professor, a medida de associação entre os dois fatores resultou em uma correlação de 0,883 (muito próxima de uma correlação perfeita, cujo valor seria 1). Isso significa que o NSE reproduz quase fielmente a ordenação dos colégios no ranking do Enem. `Não é uma coisa pequena, acidental, pelo contrário. É uma associação muito alta. Posso prever o resultado sem tê-lo, basta olhar o NSE`, diz o professor da UFMG.

Para montar a tabela, Soares avaliou cada questionário e produziu a média do NSE de cada aluno. Depois, estabeleceu o valor médio para cada escola. Foram incluídas 128 escolas (81 delas privadas) das quais mais de 50% dos alunos tenham comparecido ao Enem no ano passado. Após esse processo, ele comparou os dados com as notas por escola, divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC) em 22 de novembro deste ano.

Doutorando pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), o pesquisador Rodrigo Travitzki também produz sua tese com base na comparação entre o NSE (calculado com base nas respostas dos questionários do Enem) e as notas obtidas pelos alunos no exame. No trabalho, que deve ser defendido entre fevereiro e março de 2013, ele toma como objeto de pesquisa quase 20 mil escolas de ensino médio de todo o País que foram incluídas no ranking do Enem 2009 (muito próximo do total das instituições, já que, segundo o Censo Escolar 2009, quase 26 mil instituições no Brasil oferecem ensino médio).

Travitzki concluiu que o NSE tem poder de determinar a variação das notas das escolas. Segundo o pesquisador, os fatores socioeconômicos explicam em torno de 80% o desempenho no Enem de cada instituição. Há outras variáveis, como o tipo de escola (regular ou EJA) e o Estado em que ela está localizada. Mas a maior parte é atribuída ao NSE.

Apesar de o estudo ter como objeto as notas do Enem de 2009, Travitzki aposta que o mesmo diagnóstico poderia ser feito nos anos seguintes. `Não vejo nenhum fator diferente. Acho que pode mudar um pouco o número, mas nada muito longe disso`, afirma. Ele presume, ainda, que, sem a publicação da nota da redação em 2011 (em 2009, ela representava praticamente a metade da nota das escolas), esse número poderia até aumentar para cerca de 85%. `A redação, pelo menos no Enem, é menos determinada por fatores externos`, esclarece.

Pesquisador é contrário à ideia de determinismo social

Mesmo com o alto nível de influência do NSE na determinação das notas do Enem, Travitzki prefere não afirmar que há um determinismo social na qualidade do ensino e do aprendizado nas escolas brasileiras. Para ele, definir como determinismo é uma forma simplista de justificar o problema. `Não é uma característica exclusiva do Enem. É um problema mundial`, observa.

O pesquisador estima que, no mundo, esse índice varie entre 70% e 95%. Na comparação feita pelo professor da UFMG, aparecem escolas que fogem ao padrão comum de baixo NSE associado à nota baixa no exame, ficando fora da reta. Essas instituições se distinguem pelo bom projeto pedagógico oferecido. `A gente usa isso para chamar atenção sobre como realmente precisamos de bons projetos educacionais`, analisa Soares. Entre as escolas de alto NSE, também pode haver distinção, geralmente registrada quando há processo de seleção dos melhores alunos para a realização da matrícula.

Embora não considere o NSE um fator determinista, Travitzki concorda que a melhoria das condições socioeconômicas dos alunos de uma escola contribuiria para aperfeiçoar a educação no País. O pesquisador afirma que condições mínimas de alimentação e acesso à cultura, por exemplo, poderiam resultar em um melhor desempenho e aproveitamento das aulas. `No fundo, uma política social é uma política educativa`, entende. Soares, contudo, ataca a lógica educacional na sua base. Para ele, não se trata de mudar apenas o nível socioeconômico das famílias (o que requer ações e investimentos de longo prazo), mas sim a escola. `A educação não poderia simplesmente refletir essas condições`, define.

O professor da UFMG ainda lembra que quem mais precisa da escola é justamente quem menos recebe o devido acompanhamento, uma vez que nessas instituições onde o baixo NSE é percebido, o ensino geralmente é mais deficiente; já nas escolas com bons alunos, o professor opina que sobra pouco para que a escola faça a diferença. `A gente não pode fazer de conta que pode olhar todas as escolas e alunos da mesma forma. Eles vêm de lugares diferentes, com necessidades diferentes`, considera.

Crítica ao ranking

Os levantamentos feitos tanto pelo doutorando da USP quanto pelo professor da UFMG colocam em discussão outra questão: o ranqueamento das escolas segundo a nota obtida no Enem. Para Soares, empregar o exame para avaliar a qualidade de ensino de uma instituição resulta em um indicador extremamente frágil. `É ruim que ele receba a chancela de ser a forma como as famílias olham as escolas`, pontua. O professor da UFMG acredita que o ranking legitima uma atitude socialmente perversa de creditar às escolas no topo da lista méritos que podem ser dos alunos. `A posição da escola não pode ser tomada como uma boa medida de excelência de seu projeto pedagógico. Pode refletir simplesmente o sucesso do sistema de seleção da escola`, destaca Soares.

A publicação de indicadores é considerada fundamental por Travitzki, embora ele faça ressalvas sobre a utilização do modelo de ranking para a educação. O pesquisador afirma que as comparações fazem mais sentido quando levam em conta a qualidade em vez de medir se uma escola fica em 1º ou 10º lugar. `É importante pensar em outros indicadores de qualidade escolar`, ressalta.

Com sua tese, Travitzki pretende desmistificar a ideia de que a pior escola do Enem é também a pior do Brasil. O objetivo mais imediato, segundo ele, é identificar boas instituições que não aparecem no ranking porque trabalham em condições muito difíceis. A longo prazo, o pesquisador pretende lançar a discussão sobre a necessidade de pensar em outras formas de avaliação do ensino. Ele enumera dois dos principais perigos em tomar o Enem como referência para um ranking. Um deles é produzir um efeito que eleve ainda mais a posição das instituições com notas altas, provocando a queda das que estão por baixo na lista. O outro, na visão de Travitzki, é o risco de as escolas passarem a produzir um currículo com base no exame. `Vira preparação para o Enem e leva ao empobrecimento do currículo`, alerta

 

Biocana promove formatura do Programa Jovem Aprendiz Rural 11 de dezembro de 2012

20121207110728vWSVz9IHXk

O site da Biocana, divulga  a seguinte nótícia sobre o Aprendiz Rural, programa desenvolvido pela Germinal Consultoria para o SENAR de São Paulo.

Premiado, o Programa de Responsabilidade Social que é voltado para a qualificação profissional de estudantes com idades entre 14 e 18 anos forma novas turmas no dia 13 de dezembro

A escassez de mão de obra treinada e qualificada fez com que a Biocana (Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Energia) investisse, em 2008, na formação de jovens aprendizes rurais.

Na época, uma parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e o Sindicato Rural Patronal de Catanduva, SP, culminou na implantação do Programa Jovem Aprendiz Rural. Atualmente, após cinco anos, já são oito turmas e mais de 250 concluintes do curso. No próximo dia 13 de dezembro, outros 65 estudantes com idades entre 14 e 18 anos incompletos irão receber os certificados de conclusão do curso.

O Programa Jovem Aprendiz Rural criado pelo Governo Federal visa proporcionar ao jovem a educação profissional, básica e genérica necessária para o mercado de trabalho, em todas as atividades produtivas do meio rural, complementadas com o desenvolvimento das competências de empreendedorismo.

Como consequência permitirá realizar suas atividades de maneira a aumentar a produtividade, rentabilidade e competitividade do setor agroindustrial. São mais de 20 oficinas aplicadas. Além dos filhos de colaboradores das usinas associadas à Biocana, jovens de comunidades da região noroeste também integram as turmas.

A experiência do Programa também foi retratada no Livro ‘Vida de Instrutor’, do SENAR, onde a instrutora, Cláudia Bedaque Mugayar, relata a visita a um lar de idosos juntamente com o grupo de alunos. O case foi o único selecionado em todo o Estado de São Paulo para compor o material.

Para a diretora-presidente da Biocana, Leila Alencar Monteiro de Souza, o alcance social de iniciativas como esta é imenso. “Os resultados são surpreendentes. O Jovem Aprendiz Rural proporciona bem mais que a possibilidade de um futuro emprego através do aprendizado técnico, mas principalmente, auxilia na formação humana; um diferencial que reflete positivamente na carreira destes cidadãos. E formar pessoas é um dos pilares da entidade”, enfatiza.

Ao longo do curso, os estudantes aprendem sobre ação comunitária, oficinas sobre ética e cidadania; marketing e comercialização; promoção da saúde, comunicação oral e escrita. O programa também aborda técnicas de agropecuária, recuperação de áreas degradadas, manutenção de propriedade agrícola e gestão de recursos humanos.

Além destas, outras atividades monitoradas são realizadas por empresas parcerias da Biocana. Um exemplo foi a apresentação da Uniodonto sobre higiene bucal com posterior exames visando à prevenção de doenças. Este ano, o Programa também proporcionou ciclo de palestras feitas pela Unimed sobre correção postural, tabagismo, patologias, primeiros socorros, além de visitas às usinas que integram o Jovem Aprendiz Rural, ocasião em que foram abordados temas como alimentação saudável, mercado de trabalho, entre outros.

 

Nem nem: legião que não estuda nem trabalha 23 de outubro de 2012

Reportagem de Fabiana Ribeiro, Cássia Almeida e Henrique Gomes Batista, publicada  em O GLOBO  e O Estado de São Paulo, em 21/10/2012, registra:

O Brasil já aprendeu que lugar de criança é na escola. Tanto que praticamente todos os pequenos de 6 a 14 anos estudam (98,2%). O País, contudo, não teve o mesmo sucesso com jovens e adolescentes. Levantamento do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj aponta que quase um em cada cinco jovens (19,5% dos 27,3 milhões dos jovens entre 18 e 25 anos) não estuda, não trabalha, nem procura emprego. São os chamados `nem nem`, representados por um contingente de 5,3 milhões de pessoas.

É um cenário longe de ter um desfecho feliz. Em dois anos, a parcela dos jovens entre 15 e 17 anos que estuda caiu de 85,2% em 2009 para 83,7% em 2011, conforme mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Ou seja, há outros 1,7 milhão de adolescentes dessa faixa etária longe dos bancos escolares, um contingente que pode ajudar a engrossar a geração dos `nem nem`.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a grande maioria desses jovens de 15 a 17 anos mora com os pais. O que surpreende é que, entre os que têm de 25 a 29 anos e não estudam nem trabalham, há quase 20% chefes de família.

Não são poucos os motivos: da evasão escolar ao desalento, passando por gravidez precoce e envolvimento com o crime. Fazer o jovem não abandonar os estudos é, sem dúvida, o maior desafio da educação brasileira. A taxa de desemprego de adolescentes de 10 a 17 anos caiu de 20,1% para 19,4%, em dois anos.

`A evasão escolar mostra que a escola não está interessante o suficiente. É entre os mais pobres que encontramos as maiores proporções de excluídos, tanto dos estudos quanto do trabalho`, disse Adalberto Cardoso, pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da UERJ, acrescentando que mudar esse quadro exige políticas públicas que busquem, por exemplo, incentivar as famílias carentes para a manutenção dos jovens na escola e criar espaços acessíveis e gratuitos de aprendizagem profissional.

Pelos dados do Iesp, com base no Censo 2010, o número de moças que não estuda e não trabalha é quase o dobro do número de rapazes: respectivamente, 3,5 milhões e 1,8 milhão. A maternidade é a grande explicação para essa distância. Para se ter ideia, 50% das jovens da geração `nem nem` têm filhos.

Mas a família não é a única explicação. Há, segundo Cardoso, um forte desalento em consequência da qualificação ruim. `A qualificação ruim dos jovens não permite a eles ingressarem no mercado de trabalho, mesmo em plena atividade. Os pobres são, sem dúvida, os mais afetados`, disse Cardoso, acrescentando que, na parcela mais pobre da população brasileira, com renda per capita de até R$ 77,75, quase metade dos jovens estava fora da escola e do mercado de trabalho.

Para continuar lendo a matéria, clique aqui.

 

Para analistas, baixa qualidade do ensino e taxa de reprovação “expulsam” jovem da escola 2 de outubro de 2012

Alunos assistem a aulas a distância para o ensino médio no AmazonasCom texto de Cristiane Capuchinho,  o UOL publicou a seguinte matéria:

Caiu o número de jovens na escola a partir dos 15 anos de idade. O dado da Pnad 2011 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), explicita um problema que preocupa há algum tempo pesquisadores da educação: a escola não consegue reter o adolescente.

Segundo a Pnad, 83,7% dos jovens entre 15 e 17 anos estudavam em 2011. O número é mais baixo do que o apurado em 2009, quando a taxa era de 85,2%. Isso siginifica 1,7 milhão de jovens fora da escola – população equivalente à de Curitiba.

“O jovem que vai à escola não encontra o professor de determinada disciplina ou não tem a aula de maneira adequada. Esse jovem percebe que essa escola [da maneira como é oferecida] não garante um lugar no mercado de trabalho. Então considera que o mais lógico é abandonar a escola”, explica a professora Marcia Malavasi, da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “Dessa maneira, a escola ‘expulsa’ os jovens do ensino médio”, conclui.

Uma pesquisa realizada pelo Ibope, em parceria com o Instituto Unibanco, em 2011 mostra que os estudantes do ensino médio perdem entre 17% e 40% dos dias de aulas, na maioria dos casos, por falta de professor.

Desinteresse

“O jovem diz que não tem interesse, não tem saco, não gosta da escola”, afirma Haroldo Torres, diretor de análise e disseminação de informações da Fundação Seade. Segundo ele, até existe um reconhecimento de que estudar “é importante para o futuro”, mas isso não se traduz em esforço para se manter na escola.

A falta de interesse do aluno parece ser resultado de um conjunto de situações, que vão da baixa qualidade do ensino, falta de professores e altos índices de reprovação a problemas de infraestrutura escolar, como a falta de bibliotecas e salas de estudo.

“O jovem tem dificuldades para chegar até a escola, pois é longe e o transporte é caro. Quando ele chega, não tem professor e a escola sequer tem uma biblioteca para manter o aluno ali estudando”, critica Marcia.

Retenção

A probabilidade de evasão do jovem aumenta conforme o número de repetências no histórico escolar. “O nosso sistema é muito reprovador, sobretudo em algumas regiões. No Nordeste, por exemplo, é muito comum as pessoas ficarem retidas no ensino fundamental”, explica Torres.

O Censo Escolar de 2011 revelou que a taxa de reprovação no ensino médio brasileiro atingiu 13,1%, maior número desde 1999.

A avaliação de que os altos índices de retenção desestimulam o aluno ecoa na fala do pesquisador Simon Schwartzman, do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).

“A educação pública brasileira é em geral muito mal gerenciada, com níveis absurdos de reprovação e dependência. Basta “arrumar a casa”, garantir que os professores venham e dar aulas de reforço para os alunos que ficam para trás para que os indicadores comecem a melhorar”, diagnostica.

Estrutura

Apesar do aumento no investimento no ensino médio, com a criação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que atende toda a educação básica, os números do ensino médio não melhoraram. Uma das hipóteses é de que o currículo não agrade a esse jovem.

“É importante deixar de obrigar todos a seguirem os mesmos currículos, abrir espaço para escolhas, e ampliar de maneira muito significativa a alternativa de formaçao profissional sem mantê-la atrelada ao ensino médio regular”, argumenta Schwartzman.

 

Traduzir-se 18 de setembro de 2012

Uma ânfora? Foto de Marcus Teshainer

A atividade de projeto para elaboração do Plano de Vida e Carreira,  no Trilha Jovem, tem início com um momento de introspecção.  Convida-se  o jovem para olhar para si  mesmo. Reconhecer os próprios valores e/ou pontos fortes, aumentar a auto-estima, incentivar a  ampliação  contínua de suas qualidades e potencialidades são objetivos que se quer alcançar nesse momento. Acreditar na própria capacidade de realização é fundamental à formulação de um plano de vida e carreira. Para compor o clima e induzir a reflexão, como aquecimento para a primeira sessão de aprendizagem, foi usado o poema Traduzir-se, de Ferreira Gullar.

Traduzir-se

Uma parte de mim   é todo mundo:   outra parte é ninguém:   fundo sem fundo.

Uma parte de mim   é multidão:   outra parte estranheza   e solidão.Uma parte de mim   pesa, pondera:   outra parte   delira.

Uma parte de mim   almoça e janta:   outra parte   se espanta.

Uma parte de mim   é permanente:   outra parte   se sabe de repente.

Uma parte de mim   é só vertigem:   outra parte,   linguagem.

Traduzir uma parte   na outra parte   – que é uma questão   de vida ou morte –   será arte?

Ferreira Gullar

O poema foi musicado e  pode-se optar pela apresentação do vídeo a seguir, além do poema escrito.

Clique aqui para abrir a página Dinâmica de Aquecimento com Traduzir-se, que apresenta uma amostra do trabalho desenvolvido para o  Projeto Trilha Jovem, pela Germinal Consultoria, para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia.

 

Trilha Jovem Iguassu realiza projetos sustentáveis em pontos turísticos de Foz 30 de agosto de 2012

O site do “POLO IGUASSU”- INSTITUTO POLO INTERNACIONAL IGUASSU, publicou a seguinte notícia:

Desde julho, acontece no Parque Tecnológico Itaipu (PTI) a edição 2012 do Projeto Trilha Jovem Iguassu, uma iniciativa do POLOIGUASSU, viabilizado através de importantes parcerias com Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico de Itaipu, Cataratas do Iguaçu S.A, instituições, empresas e trade turístico de Foz.

O programa visa ampliar a inserção, a permanência e a ascensão profissional de jovens de baixa renda no setor de turismo na cidade e região, por meio de atividades pedagógicas e vivências profissionais, através de uma metodologia dividida em três eixos. O primeiro, Promover o Desenvolvimento Sustentável do Turismo, está em execução e irá apresentar projetos propostos pelos próprios alunos que apresentaram suas propostas de trabalho e foram a campo em busca de recursos e estrutura para execução. 

Como resultado, ações que envolvem conscientização – ambiental e turística -, preservação e sustentabilidade, serão realizados em vários atrativos e locais da cidade. Segundo Carolina Scheffer, aluna do projeto e que irá realizar um trabalho junto à Feira da JK, o grupo “gostaria de realizar um dia diferente, com a devida estrutura para os turistas. Vamos colocar barracas temática e mascotes, como o Quati, visando chamar a atenção das pessoas. Além disso, faremos um questionário para coletar sugestões”. Segundo ela, em um segundo momento, buscar parcerias para colocação de lixeiras e para a divulgação de conteúdo através panfletos ajudaria no sucesso trabalho.

As ações dos alunos do TJI poderão ser vistas por toda a cidade e todo morador é convidado a participar. Mais informações aqui mesmo no site www.poloiguassu.org/trilhajovem ou pelo telefone (45) 3576-7112

O “POLO IGUASSU”- INSTITUTO POLO INTERNACIONAL IGUASSU é uma associação de direito privado, sem fins econômicos, com características de entidade trinacional, que obedece à legislação brasileira em Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, Brasil: à legislação argentina em Puerto Iguazú, Província de Missiones, Argentina; e à legislação paraguaia em Cildade del Este, Departamento de Alto Paraná, Paraguai. Criado para apoiar as iniciativas, instituições e desenvolvimento da Região Trinacional e do Mercosul; atua nas áreas científico-tecnológica, cultural, ecológica e do meio-ambiente, educaciona, esportiva, de desenvolvimento Institucional e sócio-econômica. No site do Instituro, indicado na notícia,  estão reunidas as informações sobre o desenvolvimento do Trilha Jovem em Foz do Iguaçu, desde 2006.

O Trilha Jovem é um projeto cujo currículo foi desenvolvido pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade, de Salvador (Ba). Depois de sua implantação em Salvador, o projeto, financiado pelo BID e pelo Ministério do Turismo e outras instituições nacionais e internacionais, ganhou dimensão nacional, incluindo Foz do Iguaçu.  Nesse processo, a Germinal desenvolveu todas as referências para ação docente dos três eixos do Projeto:

  • Eixo I: Promover o desenvolvimento sustentável do turismo
  • Eixo II: Promover a excelência em serviços
  • Eixo III: Construir um plano de vida e carreira

 

 

Ceará implementa os Protótipos Curriculares de Ensino Médio 24 de agosto de 2012

O site do Instituto Aliança veiculou a seguinte notícia:

Alunos do ensino médio de 12 escolas do Ceará tiveram, em 2012, um aumento na carga horária para incluir aulas obrigatórias de metodologia de pesquisa e preparação para o mundo do trabalho, ao longo dos três anos de ensino médio. O programa, ainda piloto, chama-se Trabalho, Pesquisa e Práticas Sociais e foi criado pelo Instituto Aliança em parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará, como parte do processo de transferência da tecnologia do Com.Domínio Digital para a rede pública de ensino médio do Estado, tendo como matriz referencial os “Protótipos Curriculares para o Ensino Médio” produzido pela Unesco com o apoio do Ministério da Educação.

(…)

Dando continuidade à implementação dessa nova experiência, nos dias 19 e 20 de junho a Coordenadoria de Desenvolvimento da Escola e da Aprendizagem da SEDUC promoveu um seminário para discutir essa proposta de reorganização curricular do ensino médio, com a participação da UNESCO, Instituto Aliança e Instituto Unibanco, gestores e educadores. Neste encontro, Marilza Regattieri, oficial de Projetos do Setor de Educação da Representação da Unesco no Brasil fez uma apresentação da proposta dos Protótipos Curriculares para o Ensino Médio e
mostrou-se emocionada ao visitar a experiência de reorganização curricular piloto do Ceará com base na abordagem dos “Protótipos” desenhada pela UNESCO.

“No seminário a ideia foi refletir sobre o contexto de Reorganização Curricular no estado do Ceará e buscar estruturar a integração entre este processo e as diversas propostas existentes na rede: Protótipos da UNESCO, Com.Domínio Digital, E-Jovem e o Projeto Jovem de Futuro do Instituto Unibanco”, afirma Rogers Mendes, Coordenador de Aperfeiçoamento Pedagógico da Secretaria de Educação do estado.

A notícai completa pode ser lida clicando aqui.

 

Novo currículo do ensino médio poderá ser inspirado no Enem 20 de agosto de 2012

Com texto de Amanda Cieglinski, a Agência Brasil, em  17/08/2012, publicou a seguinte matéria:

Após a divulgação dos resultados insuficientes das escolas de ensino médio na última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Ministério da Educação (MEC) planeja uma modernização do currículo, propondo a integração das diversas disciplinas em grandes áreas. A inspiração deverá vir do próprio Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que organiza as matrizes curriculares em quatro grandes grupos: linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza. Essa é a divisão que segue a prova, diferentemente do modelo tradicional por disciplinas como química, português, matemática e biologia.

O debate não é novo: no ano passado, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as novas diretrizes curriculares do ensino médio que propõem uma flexibilização do formato atual. O diagnóstico é que o currículo do ensino médio é muito inchado – em média são 13 disciplinas – o que, na avaliação do secretário de Educação Básica do MEC, César Callegari, prejudica a aprendizagem. “O Enem é uma referência importante, mas não é o currículo, ele avalia o currículo. Mas ele traz novidades que têm sido bem assimiladas pelas escolas”, diz o secretário.

De acordo com Callegari, a ideia é propor uma complementação às diretrizes aprovadas pelo CNE, organizando as diferentes disciplinas em grandes áreas. “O que tem que ficar claro é que não estamos propondo a eliminação de disciplinas, mas a integração articulada dos componentes curriculares do ensino médio nas quatro áreas do conhecimento em vez do fracionamento que ocorre hoje”, explica.

Na próxima semana, o ministro Aloizio Mercadante se reúne com os secretários de Educação com o objetivo de discutir os caminhos para articular a mudança. Uma providência já foi tomada para induzir essa modernização dos currículos. Segundo Callegari, a próxima compra de livros didáticos para o ensino médio dará prioridade a obras que estejam organizadas nesse formato. O edital já está sendo preparado. O MEC tem um programa que distribui os livros para todas as escolas e a próxima remessa será para o ano letivo de 2015 – as obras são renovadas a cada três anos.

Para o secretário de Educação do Espírito Santo, Klinger Barbosa Alves, uma das explicações para os maus resultados da etapa em diferentes indicadores, além do Ideb, está na própria estrutura organizacional do ensino médio que se baseia na preparação para o vestibular e tem pouca atratividade para o projeto de vida do adolescente.

“A visão de que o ensino médio serve para formar pessoas para ingressar na universidade não se aplica à realidade de muitos. Os jovens têm necessidades econômicas e sociais diferentes. Existe uma pressão para que parte dos jovens ingresse no mercado de trabalho e aí o curso superior entra como uma segunda possibilidade” explica Alves, que é vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).

O secretário do Espírito Santo, um dos estados em que a nota do Ideb caiu de 2009 para 2011, defende um modelo de ensino médio que dialogue com as diferentes necessidades dos estudantes e inclua também a preparação para o mundo do trabalho, já que para muitos o ingresso na universidade pode não estar na lista de prioridades.

Para que a escola possa abranger essa formação diversificada – que inclua a aprendizagem dos componentes curriculares, a articulação com o mundo do trabalho e a formação cidadã –, Callegari defende que é indispensável a ampliação do número de horas que o estudante permanece na escola, caminhando para o modelo de tempo integral.

“Temos consciência de que os conteúdos e as habilidades que os estudantes precisam desenvolver não cabem mais em um formato estreito de três ou quatro horas de aula por dia. É assim [com ensino em tempo integral] que os países com um bom nível de qualidade do ensino fazem”, diz.

Em relação à matéria,  os seguintes comentários são pertinentes:

1. Há muito tempo o currículo do Ensino Médio é orientado para preparação para os Exames Vestibulares. Ter o Enem como referência para organização do currículo do Ensino Médio é um avanço. Entretanto, tendo em vista as funções que o Enem vem assumindo, a exclusiva orientação do Ensino Médio para a preparação para os exames de acesso ao Ensino Superior poderá ser mantida.

2 A simples organização do currículo em áreas do conhecimento poderá não superar a perspectiva propedêutica e conteudista do atual Ensino Médio. Na Matriz de Habilidades e Competências do Enem é perceptível a divisão disciplinar. Assim, o currículo dividido por disciplinas pode sobreviver oculto pelas áreas, como já tem acontecido nos útimos 12 anos.

3. É preciso que o Ensino Médio também prepare para o trabalho. Para tanto, é necessário prever e destinar tempos e espaços à preparação básica parao trabalho. è sempre bom lembrar que a preparação básica para o trabalho é um dos objetivos previstos em lei. Sem um componente curricular especificamente destiando a esse fim, é improvável que esse objetivo seja conseguido só através de uma simples soma das disciplinas em quatro áreas do conhecimento, nenhum delas preocupada com o trabalho e outras práticas sociais.

4. Não basta ampliara a carga horária do Ensino Médio. Isso pode ampliar o problema antes de resolvê-lo. É precisso revolucionar a organização e o funcionamento currícular. Em trabalho da UNESCO: Protótipos Curriculares para o Ensino Médio e para o Ensino Médio Integrado,  foi desenhada uma orientação curricular em que um Núcleo de Preparação Básica para o Trabalho é proposto como um componente curricular articulador das quatro áreas de conhecimento, dando sentido e função prática imediata aos connecimentos construídos dentro das áreas. Para esse Núcleo é destinado 25 % das aulas. Para conhecer melhor a proposta da UNESCO, clique aqui.

 

MEC vai propor a fusão de disciplinas do ensino médio 17 de agosto de 2012

Em reportagem de  FÁBIO TAKAHASHI , a Folha de São Paulo,  de 16/08/2012, publicou a seguinte notícia:

O Ministério da Educação prepara um novo currículo do ensino médio em que as atuais 13 disciplinas sejam distribuídas em apenas quatro áreas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática).

A mudança prevê que alunos de escolas públicas e privadas passem a ter, em vez de aulas específicas de biologia, física e química, atividades que integrem estes conteúdos (em ciências da natureza).

A proposta deve ser fechada ainda neste ano e encaminhada para discussão no Conselho Nacional de Educação, conforme a Folha informou ontem. Se aprovada, vai se tornar diretriz para todo o país. Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os alunos passarão a receber os conteúdos de forma mais integrada, o que facilita a compreensão do que é ensinado.

O aluno não vai ter mais a dispersão de disciplinas`, afirmou Mercadante ontem, em entrevista à Folha.

Outra vantagem, diz, é que os professores poderão se fixar em uma escola. Um docente de física, em vez de ensinar a disciplina em três colégios, por exemplo, fará parte do grupo de ciências da natureza em uma única escola. Ainda não está definida, porém, como será a distribuição dos docentes nas áreas.

A mudança curricular é uma resposta da pasta à baixa qualidade do ensino médio, especialmente o da rede pública, que concentra 88% das matrículas do país. Dados do ministério mostram que, em geral, alunos das públicas estão mais de três anos defasados em relação aos das particulares. Educadores ouvidos pela reportagem afirmaram que a proposta do governo é interessante, mas a implementação é difícil, uma vez que os professores foram formados nas disciplinas específicas. O secretário da Educação Básica do ministério, Cesar Callegari, diz que os dados do ensino médio forçam a aceleração nas mudanças, mas afirma que o processo será negociado com os Estados, responsáveis pelas escolas.

Já a formação docente, afirma, será articulada com universidades e Capes (órgão da União responsável pela área). Uma mudança mais imediata deverá ocorrer no material didático. Na compra que deve começar neste ano, a pasta procurará também livros que trabalhem as quatro áreas do conhecimento. Organização semelhante foi sugerida em 2009, quando o governo anunciou que mandaria verbas a escolas que alterassem seus currículos. O projeto, porém, era de caráter experimental.

Em relação à notícia, alguns comentários:

1. Não é necessária nenhuma normatização adicional do Conselho Nacional da Educação. As atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio permitem inciativas como as anunciadas, especialmente o tratamento do conteúdo por àreas de conhecimento (Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática).

2. Não é necessário nehum esforço adicional de qualificação em relação aos conteùdos curriculares de Ciências da Natureza. É um despropósito que um formado em Física, Química ou Biologia, não domine o conteúdo de Ciêncis da Natureza do Ensino Médio. Aliás, se esse conteúdo é pertinente à Educação Básica ele deveria ser de domínio de todo concluinte do Ensino Médio. O mesmo pode ser dito para o caso da área de Matemática e Ciências Humanas. Talvez haja alguma dificuldade em Linguagens, que reune conteúdos muito diversificados, como Lingua Portuguesa, Língua Estangeira e Educação Física).

3. A questão fundamenta é superar o tratamento disciplinara do currículo, quer no Ensino Médio, quer na formação de professores. Essa mudança ameaça interesses estabelecidos muito arraigados e fortemente defendidos.

4. Já existem propostas curriculares consistentes para solucionar os problemas apontados na matéria. Uma delas foi desenvolvida pela UNESCO. Trata-se dos Protótipos Curriculares para o Ensino Médio e para o Ensino Médio Integrado. Um Resumo Executivo desse projeto pode ser encontrado clicando aqui.

 

Técnicos do Sescoop realizam levantamento de competências na Unicred JP 30 de julho de 2012

O site do Sescoop/PB publicou a seguinte notícia sobre o projeto de Qualificação de Empregados das Cooperativas de Crédito (Qualicred):

A analista Daniela Stella e o consultor José Antônio Küller conversaram com o diretor administrativo Paulo Valério Nóbrega, da Unicred JP

Técnicos ligados ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) se reuniram com profissionais da Unicred João Pessoa, ontem (26) e hoje (27). O objetivo da visita foi realizar um levantamento por amostragem das competências necessárias para o exercício de cargos comuns às cooperativas do ramo crédito. A ação faz parte do projeto de Qualificação de Empregados de Cooperativas de Crédito (Qualicred), voltado para os trabalhadores de cooperativas vinculadas ao Sistema OCB.

O Qualicred faz parte do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred), juntamente com o Formacred, que é voltado para conselheiros fiscais. Outras cooperativas de crédito dos estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Ceará também já receberam a visita do Sescoop

 Na Paraíba, o levantamento foi realizado pela analista de Desenvolvimento e Gestão Daniela Stella e pelo consultor José Antônio Küller, da Germinal Consultoria – empresa contratada pelo Sescoop para desenvolver a metodologia do Qualicred. “O Projeto surgiu de demandas apresentadas pelas cooperativas de crédito, Banco Central e Comitê Educacional das Cooperativas de Crédito do Sescoop”, explicou Daniela.

Conforme Küller, o levantamento é a primeira fase do Qualicred e os dados coletados deverão subsidiar das demais etapas. A amostra consiste em informações coletadas a partir de entrevistas com profissionais ocupantes de cargos comuns a todas as cooperativas do ramo a exemplo de gestores técnicos, gerentes administrativos e operadores de caixa.

O segundo passo é a realização de um workshop com representantes das centrais para o levantamento das competências organizacionais do setor.   Em seguida, será traçado o itinerário formativo do Projeto, que estabelecerá o modo como os cursos serão organizados. Esta etapa se seguirá da preparação dos planos dos cursos que, só depois disto, serão elaborados e disponibilizados.

 “A expectativa é que todo este processo seja concluído até o começo de 2013”, comentou Küller. O projeto está sendo desenvolvido pela Gerência de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop.

Na foto, A analista Daniela Stella e o consultor José Antônio Küller conversam com o diretor administrativo Paulo Valério Nóbrega, da Unicred JP

 

 
%d blogueiros gostam disto: