Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Conheça bons resultados das escolas de educação integral 19 de setembro de 2012

Com texto de Marjorie Ribeiro, o  Portal Aprendiz , em 18/09/2012, publicou a matéria que reproduzimos a seguir. Interessante notar que quase todos os diferenciais das experiências inovadoras abordadas no artigo estão contidos nos Protótipos Curriculares de Ensino Médio e Ensino Médio Intergrado, projeto desenvolvido pela UNESCO. Para quem quiser ter mais informações sobre os Protótipos, clicar aqui.

A escola pode extrapolar seus limites e ir muito além de seus muros e ocupar também as ruas e bairros da cidade. Na chamada educação integral, os professores podem atuar como educadores comunitários e ajudar a identificar demandas, mapear espaços, pessoas e oportunidades que possam se tornar parceiros na construção de trilhas educativas; os alunos podem aprender os conteúdos curriculares a partir de vivências em diferentes espaços como na praças, quadras de esportes, lojas, igrejas, postos de saúde etc.

O conceito vem se tornando cada vez mais frequente devido à divulgação de iniciativas bem sucedidas desenvolvidas em diferentes municípios. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Ginásio Experimental Carioca está trabalhando a multidisciplinaridade dos professores; em Belo Horizonte, as parcerias entre escolas e universidades preparam os professores do futuro por meio de experiências chão-escola. Já em Apucarana, o modelo de educação integral é obrigatório em todas as escolas municipais; enquanto em Sorocaba, as atividades do contraturno seguem o conceito de cidade educadora.

Ginásio Experimental Carioca

Criado em 2011, o modelo de educação integral do Ginásio Experimental Carioca vem sendo desenvolvido em 19 escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro e a estimativa é chegar a 28, em 2013. A iniciativa é realizada especificamente com alunos de 7o, 8o e 9o anos e já vem colhendo frutos. No último Ideb, quatro das dez melhores escolas da rede municipal eram ginásios experimentais. Na cidade, a rede de educação é composta por 1.062 escolas, sendo que 416 são de fundamental II. “Precisávamos experimentar em algumas escolas para ver o que poderia ser feito no restante da rede”, afirma Heloísa Mesquita, coordenadora do projeto.

O conceito vem se tornando cada vez mais frequente devido à divulgação de iniciativas bem sucedidas desenvolvidas em diferentes municípios. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Ginásio Experimental Carioca está trabalhando a multidisciplinaridade dos professores; em Belo Horizonte, as parcerias entre escolas e universidades preparam os professores do futuro por meio de experiências chão-escola. Já em Apucarana, o modelo de educação integral é obrigatório em todas as escolas municipais; enquanto em Sorocaba, as atividades do contraturno seguem o conceito de cidade educadora.

Ginásio Experimental Carioca

Criado em 2011, o modelo de educação integral do Ginásio Experimental Carioca vem sendo desenvolvido em 19 escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro e a estimativa é chegar a 28, em 2013. A iniciativa é realizada especificamente com alunos de 7o, 8o e 9o anos e já vem colhendo frutos. No último Ideb, quatro das dez melhores escolas da rede municipal eram ginásios experimentais. Na cidade, a rede de educação é composta por 1.062 escolas, sendo que 416 são de fundamental II. “Precisávamos experimentar em algumas escolas para ver o que poderia ser feito no restante da rede”, afirma Heloísa Mesquita, coordenadora do projeto.

Uma das novidades do modelo de ensino são as disciplinas diferenciadas. Algumas são optativas, criadas para completar de forma lúdica o conteúdo tradicional, como é o caso das disciplinas de robótica, ciclos de leitura, teatro, cinema ou sexo e rock ‘n rol – nesta última, por exemplo, os alunos aprendem conteúdos sobre cuidado com o corpo e o uso de drogas.

Outra disciplina diferenciada é a que trabalha a vocação dos alunos. Chamada de projeto de vida, ela ajuda os estudantes a planejar aquilo que pretende ser “quando crescer”. Se ele quer ser um jornalista, por exemplo, os professores-tutores (que fazem a mesma função de um orientador da faculdade), acompanham e analisam o desempenho do aluno, dando sugestões do que fazer, como estudar.

Apucarana, Paraná

Já em Apucarana – a 365 km da capital Curitiba –, no Paraná, a experiência de educação integral foi estabelecida em lei pela câmara municipal há dez anos. Hoje, as 38 escolas de ensino fundamental I seguem um currículo que leva os mais de 11 mil alunos a se apropriarem de outros espaços da cidade. “Educação integral no nosso contexto tem sido um exercício de centralidade da educação, colocar efetivamente a educação como centro motor do desenvolvimento de uma comunidade, de uma sociedade”, afirma Claudio Silva atual secretário especial de educação superior, que trabalhou nos últimos sete anos como secretário de educação de Apucarana.

Essas mudanças aconteceram não apenas pela ampliação da carga horária –ampliada para nove horas diárias –, mas principalmente a partir da aproximação dos pais da escola (por meio de associações) e através parcerias com clubes sociais, postos de serviço e universidades.

Uma iniciativa realizada no município foi a instalação estratégica de 30 mini-postos de saúde próximos às escolas. “As crianças são levadas para serem atendidas com regularidade o que faz com que a educação integral se torne, de certa forma, uma economia para município. Com esse acompanhamento, as crianças tendem a ter menos problemas de saúde”, afirma Silva. Além disso, os dentistas dos postos, assumem também o papel de professor. “Eles entram na sala de aula, orientam as crianças, que passam a ter uma regularidade nos consultórios odontológicos”, completa.

O modelo trouxe melhorias no ensino do município. É o que aponta os dados do último Ideb, que mostra que as escolas estão todas acima da média nacional, de 5,5%. Os melhores resultados foram das unidades localizadas na periferia, consideradas campeãs por alcançarem a média de 7,5%. A melhora também é refletida na evasão escolar, praticamente zero.

Cidades educadoras

Outra experiência bem sucedida acontece em Belo Horizonte, Minas Gerais. Inspirado pela Associação Cidade Escola Aprendiz com o conceito de bairro-escola – ao envolver a comunidade em um processo educativo –, o programa desenvolvido em BH se tornou exemplo de cidade-educadora. Conhecido como Escola Integrada, o projeto vem sendo desenvolvido desde 2004, por meio de parcerias entre prefeitura, fundações, ONGs e instituições de ensino superior. O programa abrange cerca de 65 mil estudantes do 1o ao 9o do ensino fundamental, que, durante nove horas diárias, realizam trilhas educativas e participam de atividades culturais, esportivas e de formação cidadã.

Segundo Natacha Costa, diretora geral da Associação Cidade Escola Aprendiz, o diferencial do programa é que os educadores das comunidades têm a figura de um professor comunitário que é o gestor de todo o programa na escola. “Os educadores ajudam a reconhecer os saberes de arte, cultural e esporte da comunidade, pois eles estão no cotidiano das crianças”, afirma.

Para reforçar a ideia de redes, a secretaria de educação realiza parcerias com onze universidades para trabalhar com estudantes de cursos de extensão e licenciatura. A iniciativa possibilita, por exemplo, que universitários da área de música trabalhem musicalização na escola ou que alunos das faculdade de jornalismo ministrem oficinas de rádio ou jornal escolar. “Os estudantes desenham propostas de atividades, montam portfólios e as escolas escolhem quais atividades vão desenvolver, enquanto as universidades dão supervisão os estudantes”, afirma Natacha.

Oficina do Saber de Sorocaba

Já em Sorocaba, no interior de São Paulo, há cinco anos, o projeto Escola em Tempo Integral-Oficina do Saber leva atividades em contraturno para mais de 20 escolas de regiões vulneráveis em quatro bairros da cidade, atingindo 10% da rede municipal. Depois do turno tradicional, os estudantes, de 7 a 10 anos, almoçam na escola e de tarde realizam oficinas esportivas, culturais e outras atividades de reforço.

A diferença é que os espaços de aprendizagem não se limitam à sala de aula em estrutura formal de ensino. As atividades acontecem em praças, parques, quadra de esportes, igrejas, seguindo o mesmo conceito do programa Cidade Educadora.

Neste ano, o programa passou a contar também com o trabalho de universitários da Fefiso (Faculdade de Educação Física) e da Academia de Ensino Superior, além de alunos da Uniso (Universidade de Sorocaba), que atuam como estagiários. “A rede com a universidade contribui para a formação do educador do futuro, fornecendo uma formação no chão-escola. No fundo é um ciclo virtuoso que está sendo criado na cidade entre futuros professores, comunidade, coordenadores e alunos”, afirma Natacha.

 

Ensino Médio – Técnico em Desenvolvimento Local Sustentado 24 de novembro de 2008

 

A Germinal Consultoria tem significativa experiência em prestar assessoria no desenho e implementação de cursos técnicos de nivel médio.

 

Parte dessa experiência foi obtida no Senac/Rio. A Germinal ajudou a definir e acompanhou toda a estratégia de desenho dos curriculos e de implementação dos cursos técnicos daquele  Regional do Senac. Já no primeiro movimento, em 2000, foram desenhados cerca de 30 diferentes cursos técnicos. A maioria desses cursos foi implementada em 2001 e continua, com pequenos aperfeiçoamentos, a ser oferecida até hoje (2008).

 

No desenho original, todos os cursos técnicos do Senac Rio foram desenvolvidos a partir de uma mesma estrutura  comum. Esta estrutura curricular concretizava um conjunto de inovações educacionais que podem ser conhecidas clicando aqui. Para saber mais sobre a estrutura básica dos cursos técnicos do Senac Rio, clique aqui.

 

Neste post publicamos os perfis profissionais e o itinerário educativo do Técnico em Desenvolvimento Social Sustentável, excertos de um Plano de Curso que não foi implementado. O excerto deve ser encarado como um exemplo da aplicação dessa estrutura curricular comum e como uma amostra de um resultado possível do trabalho de consultoria da Germinal.

 

Perfil Profissional de Conclusão

Georgia OKeeffe, Light coming on the plains II, 1917, Watercolor on paper, 30,2 x 22,5 cm, Amon Carter Museum. Fort Worth. Texas. oseculoprodigioso

Georgia O'Keeffe, Light coming on the plains II, 1917, Watercolor on paper, 30,2 x 22,5 cm, Amon Carter Museum. Fort Worth. Texas. oseculoprodigioso

 

 

 

Os perfis profissionais de conclusão das qualificações técnicas intermediárias e do técnico estão a seguir descritos, na ordem em que aparecem no itinerário de formação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   1. Perfil Profissional do Agente de Eventos Comunitários

 

 

Georgia OKeeffe, Blue and Green Music - 1919, Oil on canvas, 58,4 x 48,3 cm, Art Institute of Chicago, oseculoprodigioso

Georgia O'Keeffe, Blue and Green Music - 1919, Oil on canvas, 58,4 x 48,3 cm, Art Institute of Chicago, oseculoprodigioso

 O agente de eventos comunitários é o profissional responsável por estimular e organizar a participação dos diferentes grupos sociais em atividades comunitárias, identificando ou adaptando os espaços de convivência disponíveis. Suas ações se concretizam através de uma prática participativa e mobilizadora, com enfoque lúdico, educativo e solidário. Para tanto, desenvolverá as seguintes competências:

 

·   Analisar interesses e necessidades locais;

 

·   Estimular a formação de rede local;

·   Planejar e organizar atividades e eventos comunitários nas áreas de lazer e recreação;

 

·   Identificar tendências socioculturais locais e inseri-las nas programações;

 

·   Elaborar estudo de orçamento e viabilidade econômica das programações;

·   Estabelecer parcerias e captar recursos;

 

·   Estimular práticas de esporte e lazer por uma vida mais saudável;

 

·   Estimular a execução de atividades culturais na comunidade alvo;

 

·   Dominar técnicas de recreação, jogos e brincadeiras adaptando-as as diferentes faixas etárias;

 

·   Dominar técnicas de comunicação e recursos para a apresentação de eventos;

 

·   Aplicar a legislação nacional específica, bem como os princípios e normas internacionais pertinentes.

 

 

 

2. Perfil Profissional do Coordenador de Projetos Sociais

 

 

Georgia O'Keeffe, Blue and Green Music - 1919, Oil on canvas, 88.9 x 74 cm, Museum of American Art, New York City. oseculoprodigioso

 

 

 

O coordenador de projetos sociais é o profissional competente para atuar junto às empresas que investem ou queiram investir em projetos sociais e ambientais, como interlocutor, coordenador e executor de projetos e programas que promovam a qualidade de vida e o desenvolvimento das comunidades, estimulando o compromisso de responsabilidade social cidadã das empresas. Além de promover ações frente às necessidades sócio-ambientais demandadas pelas comunidades, o coordenador de projetos sociais estimulará internamente, na empresa , a organização e a capacitação de voluntários corporativos para participarem de atividades sociais externas e de atividades específicas que contribuam para a responsabilidade social no ambiente de trabalho. Para tanto, deverá desenvolver as seguintes competências:

 

·       Fundamentar o conceito Empresa Cidadã e responsabilidade social;

 

·       Atuar junto a empresas que investem em Projetos Sociais e Ações Ambientais, planejando e executando atividades que promovam a qualidade de vida das populações e a sustentabilidade do ambiente;

 

·       Identificar as linhas de atuação política da empresa, sua  missão estratégica e os procedimentos de marketing utilizados, de modo a associar a ação social desenvolvida , agregando valor à sua imagem ou marca;

 

·   Identificar as diferentes formas de repasse e mecanismos para que as empresas possam realizar investimentos sociais;

 

·   Agir como interlocutor da empresa frente às demandas sócio-ambientais das comunidades;

·   Mediar conflitos entre diferentes atores;

 

·   Definir critérios de escolha de parceiros com entidades de sociedade livre de acordo com as temáticas políticas da empresa;

 

·   Desenvolver a consciência ambiental e social através de projetos e ações específicas no meio ambiente da empresa;

 

·   Estimular e organizar o voluntariado nas empresas para que utilizem suas competências profissionais e sua força de trabalho em atividades sociais como ação institucional ou independente;

 

·   Aplicar a legislação nacional específica, bem como os princípios e normas internacionais pertinentes.

 

 

3. Perfil Profissional do Técnico em Desenvolvimento Local Sustentável

Georgia OKeeffe, Grey Line with Black, Blue and Yellow, 1923, Oil on canvas, 48 x 30 in Museum of Fine Arts, Houston, Texas

Georgia O'Keeffe, Grey Line with Black, Blue and Yellow, 1923, Oil on canvas, 48 x 30 in Museum of Fine Arts, Houston, Texas

O profissional Técnico em Desenvolvimento Local Sustentável é responsável pelo planejamento estratégico e execução de programas e projetos de ações sociais e ambientais. Estas ações devem promover o exercício da cidadania participativa; estimular parcerias com instituições, grupos e pessoas, visando o desenvolvimento local; envolver os integrantes da comunidade para maior aproveitamento do tempo livre; incentivar a responsabilidade social das empresas e instituições e buscar alternativas que remetam às possibilidades de geração de trabalho e renda, provocando, direta ou indiretamente, impacto social relevante que promova a qualidade de vida da população alvo. Para tanto, desenvolverá as seguintes competências:

 

·       Organizar programas e projetos de lazer e projetos de ação social adequados ao atendimento das necessidades identificadas, considerando os interesses, atitudes e expectativas da população-alvo;

 

·       Implementar ações que articulem instituições públicas, privadas e do terceiro setor, organizando e incentivando a formação de redes locais, objetivando a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento local e o exercício de uma cidadania crítica e participativa;

 

·       Estabelecer parcerias com instituições, grupos e pessoas que poderão cooperar seja com recursos financeiros, materiais ou colaboração técnica, organizando práticas operacionais;

·   Mediar conflitos de interesses entre os diferentes atores sociais;

 

·   Promover e difundir práticas e técnicas de desenvolvimento sustentável nas comunidades, coletividades e grupos, estimulando a ética ambiental;

 

·   Organizar espaços físicos para atividades e eventos, prevendo sua ambientação, uso e articulação funcional e fluxo de trabalho e pessoas;

 

·   Incentivar o trabalho voluntário, as organizações sociais, os processos de formação associativa, buscando a inclusão social de indivíduos e grupos no mundo do trabalho e na vida social e comunitária,

 

·   Planejar e executar atividades que promovam a qualidade de vida das populações e do ambiente de trabalho, atuando junto a empresas que investem em Projetos Sociais e Ações Ambientais;

 

·   Elaborar ações e projetos que propiciem a geração de trabalho e renda;

 

·   Executar atividades de coordenação financeira e técnica na administração de recursos;

·   Coletar e utilizar indicadores urbanísticos e topográficos para subsidiar projetos;

 

·   Identificar e utilizar, de forma ética e adequada, legislação e programas de incentivos ao investimento social e formas alternativas de captação de recursos e patrocínio para viabilizar os programas e projetos desenvolvidos;

 

·   Aplicar a legislação nacional específica, bem como os princípios e normas internacionais pertinentes;

 

·   Avaliar a qualidade das atividades e serviços realizados.

 

 

 

Itinerário formativo do Técnico em Desenvolvimento Local Sustentável

 

A Habilitação Profissional constante deste Plano de Curso compreende o currículo necessário à formação do Técnico de Desenvolvimento Local Sustentável, da área profissional de Lazer e Desenvolvimento Social. Está organizada em um percurso composto por cinco módulos, constituídos por projetos, em torno dos quais se articulam oficinas e outras ações de caráter educativo. O programa articula-se pelo macro-projeto Cidadania e Investimento Sócio-ambiental na Comunidade. Destaca-se uma carga horária significativa aos subprojetos desenvolvidos em cada módulo para o desenvolvimento e para a vivência das competências específicas de cada qualificação intermediária. Estão assim organizadas as etapas do percurso:

 

 

Módulo I: Núcleo Básico em Comércio e Serviços (primeira parte)

Projeto

Ações Educativas

Modalidade

Duração

 

Projeto Articulador 1: Minha Vida, Minha Imagem,  Meu Trabalho

 

·     Definição do Código de Ética

·     Contrato de Aprendizagem

·     Lançamento do Livro

·     O Novo Mercado de Trabalho

·     Falar e Ouvir

·     Aprender a Aprender

·     Imagem Pessoal

 

Projeto

Projeto

Projeto

Workshop

Workshop

Workshop

Workshop

 

 

 

23 horas

9 horas

4 horas

12 horas

8 horas

Duração Total

56 horas

 

Módulo II: Núcleo Básico da Área de Lazer e Desenvolvimento Social: Diagnosticando o Ambiente

Projeto

Ações Educativas

Modalidade

Duração

Projeto Articulador:
Cidadania e Investimento Sócio-Ambien­tal na Comuni­dade

 

·      Elaboração de Projeto de Diagnóstico Sócio-Ambien­tal

·      Fundamentos Históricos Locais

·      Formação de Rede Local

·      Comunicação

 

Subprojeto

 

 

Oficina

 

Oficina

Oficina

 

180 horas

 

 

12 horas

 

28 horas

20 horas

Duração Total

240 horas

 

Módulo III: Agente de Eventos Comunitários

Projeto

Ações Educativas

Modalidade

Duração

Projeto Articulador:
Cidadania e Investimento Sócio-Ambien­tal na Comuni­dade

·    Elaboração de Evento na Comunidade

·    Manifestação Cultural

·    Apresentação de Eventos

·    Mediação de Conflitos

·    Técnicas Essenciais

·    Informática

·    Atendimento ao Cliente

Subprojeto

 

Oficina

Oficina

Oficina

Oficina

Oficina

Oficina

104 horas

 

32 horas

24 horas

20 horas

40 horas

28 horas

20 horas

Duração Total

268 horas

 

Módulo IV: Coordenador de Projetos Sociais

Projeto Articulador

Ações Educativas

Modalidade

Duração

Projeto Articulador:
Cidadania e Investimento Sócio-Ambien­tal na Comuni­dade

 

·    Elaboração de Projeto para a Geração de Trabalho e Renda na Comunidade-Alvo

·    Estatística Aplicada e Avaliação

·    Repasse

·    Meio Ambiente

 

Subprojeto

 

 

Oficina

 

Oficina

Oficina

 

186 horas

 

 

32 horas

 

16 horas

20 horas

Duração Total

254 horas

 

 

Cursos Técnicos – Uma estrutura curricular inovadora 10 de outubro de 2008

 

A Germinal Consultoria tem significativa experiência em prestar assessoria no desenho e implementação de cursos técnicos de nivel médio. Parte dessa experiência foi obtida no Senac/Rio. A Germinal ajudou a definir e acompanhou toda a estratégia de desenho dos curriculos e de implementação dos cursos técnicos daquele  Regional do Senac. Já no primeiro movimento, em 2000, foram desenhados cerca de 30 diferentes cursos técnicos. A maioria desses cursos foi implementada em 2001 e continua, com aperfeiçoamentos, a ser oferecida até hoje (2008).

 

No desenho original, todos os cursos técnicos do Senac Rio foram desenvolvidos a partir de uma mesma estrutura  comum. Esta estrutura curricular concretizava um conjunto de inovações educacionais das quais tratamos em artigo anterior. Clique aqui para acessar o artigo. O texto postado a seguir difere um pouco daquele constante dos Planos de Cursos originais do Senac Rio. Também foi editado de uma forma diferente da publicação original.

 

A estrutura curricular dos cursos técnicos

 

“Dessa forma, um currículo para a qualificação ou habilitação de um técnico em uma área profissional, desenhado na perspectiva da construção de competências, é composto, essencialmente de um eixo de projetos, problemas e/ou desafios significativos do contexto produtivo da área, envolvendo situações simuladas ou, sempre que possível e preferencialmente reais. (…) Atividades de apropriação de conteúdos de suporte de bases tecnológicas, organizados em disciplinas ou não, e de acompanhamento, avaliação e assessoria às ações de desenvolvimento dos projetos, são programadas e convergem para esse eixo de currículo”. (MEC/SEMTEC, Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico, Brasília, DF, p.25.)

(Ilustração: Liang Wei, A Northern Trip, Oil on Canvas, 48″x60″)

 

Módulo I: O Núcleo Básico do Setor de Comércio e Serviços

Christina Bardram, Honey Burst, Oil on Canvas, 43,5"x20"

Todos os currículos dos cursos técnicos do Senac Rio fundam-se em três dimensões: ser pessoa, ser cidadão, ser profissional. Esses currículos são centrados em projetos. Basicamente dois tipos de projetos estruturam o currículo destes cursos. Um primeiro projeto e que é o mesmo para todos os cursos técnicos, é denominado Minha Vida, Minha Imagem, Meu Trabalho. Este projeto articula o Núcleo Básico do Setor de Comércio e Serviços e tem como produto individual, um livro sobre a vida passada, presente e futura do participante.

 

Núcleo Básico do Setor de Comércio e Serviços, detalhado a seguir, é comum a todos os cursos técnicos. Ele não é terminal e está dividido em duas partes. A primeira parte do Módulo I constitui a parte inicial de todos os cursos e o projeto Minha Vida, Minha Imagem e Meu Trabalho articula um conjunto de Workshops, como indicado abaixo:

 

Módulo I – primeira parte

 

 

 

Projeto: Minha Vida, Minha Imagem, Meu Trabalho

Workshop

C.H

Produtos

O Novo Mercado de Trabalho

9 horas

Contrato de aprendizagem

 

Código de Ética e Cidadania

 

Plano de Desenv. Pessoal e Profissional

 

Livro: Minha Vida, Meu Trabalho

 

Aprender a Aprender

12 h

Imagem Pessoal

8 h

Falar e Ouvir

4 h

Projeto

23 h

Total de horas da primeira parte

56 h

 

 

Colocada no início de todos os cursos técnicos, a primeira parte tem como produtos mais imediatos a definição de um contrato de aprendizagem e de um código coletivo de ética e cidadania. Ambos serão, ao final dos cursos, singularizados e incorporados ao livro de cada um dos participantes.

Christina Bardram, Tulip, Oil on Canvas, 16"x16"

 

 

Na segunda parte do Módulo I, o projeto articula um conjunto de Oficinas distribuídas ao longo do curso. Essas Oficinas focam setores emergentes de atividades terciárias e, em seu conjunto, buscam o desenvolvimento de competências básicas necessárias ao desempenho de todas as atividades de Comércio e Serviços.

 

 

 

 

Módulo I: Segunda Parte

OFICINAS

CARGA HORÁRIA

OFICINAS

CARGA HORÁRIA

INFORMÁTICA

28 HORAS

MEIO AMBIENTE

20 HORAS

ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

20 HORAS

ATENDIMENTO AO CLIENTE

20 HORAS

COMUNICAÇÃO

20 HORAS

SAÚDE

20 HORAS

 

As Oficinas da segunda parte do Módulo I estão distribuídas entre os módulos posteriores e fazem parte da carga horária deles. Observe-se que, no entanto, o número de Oficinas varia (de 5 a 6) em função da área. Na área de Informática, por exemplo, a Oficina de Informática não é incluída no Núcleo Básico de Comércio e Serviços. Nesse caso, as competências a serem desenvolvidas pela Oficina, passam a ser desenvolvidas pelo Módulo II: o Núcleo Básico da Área de Informática. O mesmo é válido para a área de Saúde e para a Oficina de Saúde e para as demais oficinas que correspondem a uma área.

Liang Wei, Dancing, Oil on Canvas, 62"x50"

 

 

As competências desenvolvidas pelo Módulo I, dado seu nível de generalidade, são também importantes no existir individual e na convivência social. Nos cursos técnicos, os projetos estão ligados simultaneamente às três dimensões de desenvolvimento do participante: ser pessoa, ser cidadão, ser profissional.

 

Liang Wei, Aspen, Oil on Canvas, 27"x51"

 

 As aprendizagens referentes ao primeiro projeto são sistematizadas ao final de cada módulo posterior ao primeiro e também ao final do curso, culminando com a redação do livro Minha Vida, Meu Trabalho, onde cada participante registra as aprendizagens significativas produzidas pelas experiências e vivências proporcionadas pelo curso e projeta uma trajetória pessoal e profissional.

 

O livro embute um plano de desenvolvimento pessoal e profissional. Mesmo admitindo módulos terminais, visando qualificar em nível técnico e habilitar o técnico, o pressuposto subjacente é que a aprendizagem não se encerra no curso. Ele é um ponto de inflexão e de impulso em uma trajetória, posto que humana, imersa no aprender.

 

 

 

  

Módulo II: Núcleo Básico da Área

Malcolm Martin & Gaynor Dowling, 1000 openings, 2006-2007, Courtesy of Martin and Dowling Sarah Myerscough Fine Art, Collect 2008

Malcolm Martin & Gaynor Dowling, 1000 openings, 2006-2007, Courtesy of Martin and Dowling Sarah Myerscough Fine Art, Collect 2008

 

Além da parte comum a todos os cursos do setor de comércio e serviços, nos currículos dos cursos técnicos foi previsto um núcleo comum a todos os cursos de uma determinada área (Artes, Comunicação, Saúde, etc.). 

 

O Módulo II tem uma duração e uma composição curricular que é típica de cada área. Em geral, destina-se ao desenvolvimento das competências comuns àquela área de atividades profissionais. Os componentes curriculares e o desenvolvimento do Módulo II podem ou não estar articulados pelos outros tipos de projetos que funcionam como segundo elemento estruturante do currículo dos cursos técnicos. O Módulo II, quando presente como Núcleo Básico da Área, é especificado em cada Plano de Curso.

 

 

Módulos com Terminalidade (de III a N)

Gustav Klimt, Floresta de Faias, 1902

Gustav Klimt, Floresta de Faias, 1902

A partir do Módulo II, todos os demais são terminais. Conduzem a uma qualificação de nível técnico e/ou à habilitação do técnico. As ações educativas compreendidas pelos módulos terminais são articuladas por um segundo tipo de projetos. Os projetos agora são relacionados diretamente com a formação técnica objetivada pelo módulo.

 

Os projetos desse segundo tipo tratam de criar, transformar ou melhorar as atividades do Setor de Comércio e Serviços, onde atuará o profissional de nível técnico em formação.

 

Destinam-se a desafiar o participante e a problematizar o corpo de saberes já constituído. Estão no rumo da desconstrução do saber já pronto e do favorecer a construção do conhecimento e a incorporação das competências pelo aluno. Esses projetos serão relacionados com situações reais e objetivam mudanças efetivas nas formas de praticar o comércio e/ou de prestar serviços. Objetivam formar um agente de mudanças.

 

Em cursos técnicos de Educação Profissional e na perspectiva de formação do agente de mudança, a escola é um espaço insuficiente para a mudança proposta e para a conseqüente produção de conhecimento dela derivada. A ação do projeto tem que transcender os muros da escola. O espaço de aprendizagem precisa abranger as atividades produtivas e sociais reais onde as funções profissionais ganham sentido e o profissional a ser formado pode enfrentar os desafios e desenvolver as competências necessárias à tarefa de transformação.

 

Essa proposta transcende, em muito, a noção de estágio ou prática supervisionada. No estágio e na prática supervisionada, trata-se, no máximo, de aprender o trabalho tal como ele já está posto. Aqui, não. Trata-se de olhar a prática com olhos críticos. Uma crítica não derivada de uma teoria previamente assimilada e sim de uma teoria que se constrói na própria busca da transformação. Engajar os participantes em um processo de crítica e mudança, visando a melhoria das atividades terciárias e, com elas, a melhoria da qualidade de vida, é a característica comum dos projetos que articulam os módulos terminais dos cursos técnicos.

 

Um único projeto, dividido ou não em subprojetos, pode articular as ações educativas de todos os módulos terminais. Esses projetos ou subprojetos terão um produto específico e estarão destinados ao desenvolvimento das competências necessárias para o desempenho eficaz do profissional a ser qualificado em nível técnico.

 

Nos Planos de Curso são especificadas, em cada módulo, as ações educativas (oficinas, ciclo de pesquisas, workshops) que são articuladas pelo projeto. O próprio projeto e os subprojetos, quando houver, são neles definidos. Aos projetos e às ações educativas são também atribuídas cargas horárias mínimas que possibilitem manter uma unidade entre os diversos cursos desenvolvidos pela instituição educacional.

 

Ensino Médio – Cursos Técnicos 7 de outubro de 2008

 

A Germinal Consultoria tem significativa experiência em prestar assessoria no desenho e implementação de cursos técnicos de nivel médio.

 

Parte dessa experiência foi obtida no Senac/Rio. A Germinal ajudou a definir e acompanhou toda a estratégia de desenho dos curriculos e de implementação dos cursos técnicos daquele  Regional do Senac. Já no primeiro movimento, em 2000, foram desenhados cerca de 30 diferentes cursos técnicos. A maioria desses cursos foi implementada em 2001 e continua, com pequenos aperfeiçoamentos, a ser oferecida até hoje (2008).

 

No desenho original, todos os cursos técnicos do Senac Rio foram desenvolvidos a partir de uma mesma estrutura  comum. Esta estrutura curricular concretizava um conjunto de inovações educacionais que vale a pena destacar. Para connecer a estrutura básica dos cursos técnicos do Senac Rio, clique aqui.

 

 

1. Educação básica para o trabalho e para a cidadania

Marina Fedorova, Rússia

 

A legislação atribui ao Ensino Médio, como um todo, o objetivo de educação básica para o trabalho e a cidadania. O objetivo de preparação básica para o trabalho deve ser buscado pelo Ensino Médio mesmo quando ele não é profissionalizate. De forma básica, no mínimo, todo egresso do ensino médio deveria estar preparado para o trabalho. Segundo o Parecer CNE/CEB 15/1998, a educação básica para o trabalho, deve ser entendida como a base da formação de todos e para todos os tipos de trabalho.

 

É sabido, no entanto, que o Ensino Médio de caráter geral não realiza essa preparação básica para o trabalho.  A maioria dos cursos técnicos de nível médio também não se preocupa com ela. A educação profissional , quando desenvolvida de forma concomitante ou seqüencial ao Ensino Médio, é geralmente desenvolvida a partir de um currículo centrado no desenvolvimento de competências técnicas específicas.

 

Todos os levantamentos e análises de mercado, no entanto, apontam que as competências básicas para o trabalho são muito importantes  na obtenção do primeiro emprego e na manutenção dele.

 

A experiência da Geminal, no assesoramento da implementação de programas de educação básica para o trabalho, permite conclusão similar. Programas centrados nas competências básicas são efetivos na inclusão de jovens no mercado de trabalho. Superam inclusive os programas de qualificação destinados ao desenvolvimento de competências técnicas específicas para uma ocupação determinda.

 

Iniciativas como o Programa de Educação para o Trabalho (PET) do Senac de São Paulo, Portal do Futuro do Senac Rio e Trilha Jovem – Turismo e Responsabilidade Social do Instituto de Hospitalidade (IH) têm como resultado um número de jovens incluídos no mercado de trabalho em proporção superior aos convencionais programas de qualificação profissional.

 

Mais recentemente, também as competências ligadas ao exercício da cidadania vêm ganhando importância nos processos seletivos, especialmente nas grandes organizações.

 

 

Marina Fedorova, «Reflection 3» 2007, oil on canvas, Pintura Contemporânea

Levando em consideração esses estudos, análises e constatações, no currículo das habilitações profissionais de nível médio do Senac Rio foi incluído um módulo para o desenvolvimento de competências básicas parao exercício de profissões do Setor de Comércio e Serviços: O Núcleo Básico de Comércio e Serviços.

 

O Núcleo abrange competências básicas para a vida (ser pessoa ou saber ser), para o exercício da cidadania (ser cidadão ou saber conviver) e para o trabalho (ser profissional ou saber fazer). Esta última dimensão é depois complementada pelo desenvolvimento das competências necessárias para o trabalho em uma determinada área profissional e, por fim, pelas competências requeridas por uma habilitação específica.

 

No desenho curricular proposto, a educação básica para o trabalho e a cidadania (LDBN – Artig.35, II) não é o que contextualiza o currículo, embora também o faça ou possa fazer. Não é resultado de um trabalho interdisciplinar, embora facilite a interdisciplinaridade. Também não é produto da “compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria com a prática, no ensino de cada disciplina” (LDBN – Art. 35, IV), embora possa se beneficiar disso.

Lagos, foto António Serra - Fotógrafos de Elvas
Lagos, foto António Serra – Fotógrafos de Elvas

 

É importante observar que se trata de uma inovação curricular. Ao conjunto de experiências de aprendizagem que resultam na educação básica para o trabalho é  reservado um componente curricular específico. O projeto que articula o Núcleo de Comércio e Serviços – a edição do livro MInha Vida, Meu Trabalho – é também aquele que articula o currículo como um todo. A educação básica para o trabalho e cidadania não é a alma do currículo. É o coração dele. Isso será exemplificado em um artigo posterior.

 

 

2. Currículo integrado

 

Mais recentemente, a proposta do Parecer CNE/CEB 15/1998 tem sido questinada. A educação básica para o trabalho, como lá entendida, tem sido considerada insuficiente para a superação da histórica dualidade do Ensino Médio. O currículo integrado de formação geral e educação profissional tem sido proposto por muitos educadores.

 

Observa-se, no entanto, que um currículo do Ensino Médio em ato não é apenas dual. Ele é fragmentado em disciplinas desconexas e descontextualizadas. A contextualização e a interdisplinaridade, embora normativas, não são praticadas. Em geral, não há o que integre de forma efetiva as partes ou as disciplinas do currículo, quer sejam de formação geral ou de educação profisional.

 

Embora restrito à parte de educação profissional, os cursos técnicos do Senac Rio são um modelo de integração curricular. O perfil profisional de conclusão de cada curso é um primeiro fator de integração. Dele decorrem as unidades curriculares que compõem o Núcleo Básico de cada área e os Módulos destinados à terminalidade, com uma qualificação ou habilitação profissional específica.

 

Um segundo motor de integração é constituído pelos projetos.  Eles articulam o currículo inteiro, como é o caso do livro Minha Vida, Meu Trabalho. Articulam também cada um dos módulos que compõem a estrutura curricular.

 

A arquitetura do currículo considera o projeto um componente curricular, com atribuição de carga horária para seu desenvolvimento. Atribui aos projetos o desenvolvimento das competências mais gerais e mais próximas do enfrentamento dos desafios e problemas da vida pessoal, cidadã ou profissional, especialmente as competências previstas no perfil profissional.

 

O currículo é completado pelas oficinas que giram em torno dos projetos, desenvolvendo as competências mais específicas ou os elementos de competência que vão ser requeridos pelas competências em desenvolvimento nos projetos.  Esse desenho será mostrado em exemplo a ser postado posteriormente.

 

 

3. Aprender a aprender

 

O incíso IV do artigo 35 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional qualifica a educação profissional básica que se pretende. Ele diz: “preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar a novas condições de ocupação ou aprefeiçoamento posterior”.

 

Espiral, foto João Bravo Pires, Fotógrafos de Elvas
Espiral, foto João Bravo Pires, Fotógrafos de Elvas

Para continuar aprendendo é necessário que o educando adquira mecanismos próprios de aprendizagem. Na vida profissional, é necessário que seja capaz de extrair aprendizagem a partir do enfrentamento dos desafios cotidianos do trabalho e da adaptação aos movimentos dos processos produtivos em evolução. Isso só é possível a partir de um exercício continuado de cliclos de ação – reflexão e ação, que devem ser feitos em condições transitórias e cambiantes.

 

Em príncípio, as condições da aprendizagem do aprender são providas pela metodologia de ensino-aprendizagem, que deve ser desenhada para produzir tais efeitos. Em geral, é uma questão metodológica.

 

Aí também a estrutura curricular dos cursos técnicos do Senac Rio é inovadora. Ela qualifica os projetos a serem desenvolvidos, configurando-os para a facilitação do aprender a aprender. Os projetos que articulam a porção especificamente profissionalizante dos currículos, por exemplo, devem “criar, transformar ou melhorar as atividades do Setor de Comércio e Serviços, onde atuará o profissional de nível técnico em formação”.

 

Os projetos não devem recriar ou simular as condições de vida, de participação comunitária ou do futuro trabalho dos educandos. Eles devem envolver os participantes em processos de transformação de tais condições de vida, de excercío da cidadania e de trabalho. Eles não visam uma adaptação dos educandos à condições mutantes do mercado de trabalho. Eles visam preparar agentes de transformação.

 

Do enfrentamento dos desafios gerados no envolvimento em processos de mudança é que decorre a aprendizagem do aprender. A perspectiva pedagógica de fundo postula que só se aprende efetivamente, de forma própria e significativa, enfrentando os desafios da transformação pessoal, social ou produtiva. 

 

O texto está ficando muito longo. Voltaremos ao tema oportunamente.

 

 
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