Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Google lança site para ensinar alunos a pesquisarem 11 de maio de 2012

Filed under: tecnologia educacional — José Antonio Küller @ 8:40 pm
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Google ensina professores a fazer melhores buscasO site PORVIR, que monitora matérias sobre inovações educacionais em 70 veículos de comunicação, publicou a seguinte notícia:

por Patrícia Gomes

Se você digita uma palavra no Google, em menos de um segundo o buscador vai apresentar alguns milhares de resultados que mencionam o termo. Alguns deles, de fato, podem ajudar muito na sua busca; outros, nem tanto. Para ensinar estudantes e professores a separar o joio do trigo e ajudá-los a fazer pesquisas mais qualificadas, o Google lançou, esse mês, o site Search Education.

Ainda completamente em inglês, o site é voltado a professores interessados em ensinar estratégias de pesquisa a seus alunos ou a usuários que querem otimizar suas buscas. “Nós decidimos ensinar a pesquisar porque o Google tem uma gama de ferramentas, mas a maioria das pessoas só conhece parte delas”, diz Tasha Bergsin-Michelson, educadora do Google.

Uma das seções do site é a Lessons Plans, ou planos de aula, em português. Nela, é possível encontrar os tutorias em três níveis de dificuldade que ensinam educadores com mais ou menos intimidade com o Google a pesquisar. Os vídeos dão dicas de como escolher os termos de pesquisa mais adequados, entender o resultado da busca, restringir a pesquisa para chegar a melhores resultados e até avaliar a credibilidade da fonte de informação.

Para ler a notícia completa, clique aqui.

 

MIT e Harvard lançam plataforma para cursos on-line 3 de maio de 2012

Filed under: Ensino a distância — José Antonio Küller @ 1:11 pm
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O site Porvir divulgou a seguinte notícia:

O MIT (Massachusetts Institute of Technology), internacionalmente reconhecido por ser celeiro de inovações que mudaram o mundo, agora se esforça para se tornar referência em mais uma área: o ensino on-line. Recém lançado, o MITx é o mais novo projeto da instituição na tentativa de fazer a experiência digital se tornar o mais completa possível, com videoaulas, trabalhos de casa, atividades em laboratório – e tudo isso valendo nota.

Dez anos atrás, o MIT lançou o seu OpenCourseWare, na época revolucionário por tornar acessíveis ao grande público os currículos e materiais dos cursos oferecidos pela instituição. Com o passar do tempo, essa opção deixou de ser suficiente. Nos últimos cinco anos, a universidade vem tentando sofisticar a plataforma on-line e aumentar a interação entre alunos e professores. O resultado dessas tentativas é o MITx, que atualmente oferece apenas um curso, pois ainda passa por testes rigorosos.

Chamado de 6.002x, o curso tem mais de 120 mil inscritos interessados no debate sobre design básico de circuitos. Logado no campo de discussão, Anant Agarwal testa a interface do MITx, acompanha a reação dos alunos às ferramentas on-line e, às vezes, responde a perguntas.

Para ler a notícia completa clique aqui

 

Alunos da USP vindos da rede pública enfrentam dificuldades 13 de abril de 2012

Filed under: Ensino superior — José Antonio Küller @ 12:48 pm
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Por Victor Francisco Ferreira – victor.francisco.ferreira@usp.br Publicado em 17/outubro/2011 | Editoria : Educação | Imprimir Imprimir |

Alunos ingressantes na USP oriundos de escolas públicas enfrentam diversas dificuldades na universidade. As principais delas são o gerenciamento do tempo, as avaliações aplicadas e os conteúdos das aulas, considerados por eles como muito mais complexos do que a base oferecida no cursinho ou na escola os preparou para encontrar na universidade. Outros fatores são dificuldades de relacionamento entre os alunos, que deriva da falta de espaços para socialização em algumas unidades, e o distanciamento da relação entre alunos e professores.

Para ler a notícia completa clique aqui. Além do que é dito no artigo, a foto que ilustra a matéria pode ajudar a explicar a causa do problema.

 

Professores culpam pais e alunos por nota baixa 26 de março de 2012

Filed under: Educação Básica — José Antonio Küller @ 1:36 pm
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O aluno não aprende porque os pais não o acompanham? Para 88% dos professores do nível fundamental da rede pública no país, sim. Quase 81% também acreditam que um aluno não vai bem na escola porque não se esforça. Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Movimento Todos Pela Educação em respostas dadas por professores da rede pública na Prova Brasil, do Inep. E levantam a questão: num sistema educacional público com má remuneração para o magistério e escolas mal equipadas, que recebem estudantes em que a própria família já tem, em geral, baixa escolaridade e frágil nível cultural, de quem é a culpa pelo mau aluno?

Leia mais sobre esse assunto, clicando aqui

 

CRISE DE AUDIÊNCIA DO ENSINO MÉDIO OU FARSA IDEOLÓGICA? 6 de dezembro de 2011

Recebemos do professor e filósofo Westerley A. Santos um longo comentário feito em relação a um post sobre a crise do Ensino Médio, que acabamos de publicar. Como o tema é atual e de muito interesse, resolvemos dar destaque ao texto. Transformamos o comentário em post. Isso não significa que concordamos com a tese que ele apresenta. Em próximo artigo, vamos manifestar as discordâncias que temos. Por ora, apenas reproduzimos o comentário.

Começou uma Campanha ideológica nacional para fins mercadológicos contra o Ensino Médio Público.  A idéia é destruir o formato atual em que ele está estruturado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação- (LDB/ 9.394/96), que o estrutura em bases humanísticas de formação do cidadão para colocar no lugar, um ensino de formação técnica de mão de obra jovem e barata para o empresariado. Usando a rede escolar do Estado e jogando a fatura deste investimento nas costas da sociedade.

A estratégia é a de sempre, alegar uma CRISE no Ensino Médio Público e apontar os Professores como principais culpados pela suposta “crise”. De quebra, a campanha veiculada na mídia, principalmente pela internet, tenta justificar a adoção de processos meritocráticos de avaliação dos professores, com punições para os piores e premiações para os melhores – (uma forma de manter os salários baixos para o magistério).

Assim, está delineado o mais novo plano de ataque neoliberal à educação e aos professores. Após a manipulação midiática da sociedade e acordo com autoridades políticas e de escolas particulares, o com próximo passo certamente será uma proposta de solução para o “problema”, que nesta altura já está pronta, qual seja: mudança no currículo para atender as necessidades de mão de obra qualificada de um empresariado que não quer investir seus recursos em capacitação de seu quadro funcional, passando a responsabilidade para o Estado e a fatura para a sociedade. Sem aumento de salário para os professores, é claro!

Tudo isso, sob a velha bandeira ideológica de melhorar o Ensino. Mas, que na verdade, trata-se da mais nova investida do plano neoliberal de interesse empresarial, agora na educação.

Esta campanha é uma estratégia de manipulação das massas pela mídia, estudada e elencada pelo filósofo norte americano Noam Chomsky. Em seu estudo o filósofo apresenta “10 estratégias de manipulação das massas através da mídia”. Desta lista pelo menos cinco estratégias estão sendo utilizadas diretamente nesta campanha de destruição do Ensino médio. Vejam algumas: (destaque para a nº 7)

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES. Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO. Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE. Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução! Pois bem! Estas afirmações não são meras ilações ou pressentimentos de um visionário diabólico. – Antes fossem! São fatos, constatações, informações anunciadas em alto e bom som, há um público de aproximadamente 500 pessoas da área da Educação de todo o Brasil, com toda pompa de um seminário Empresarial realizado em São Paulo (17/11), com a apresentação dos signatários e do subsecretário de assuntos estratégicos da Presidência da República, representando o Ministério da Educação- MEC.

Trata-se do primeiro instrumento a ser utilizado para ampla divulgação e campanha que já começou por meio midiático nacional com publicações semanais de artigos e fascículos de uma pesquisa quantitativa (ver site http://WWW.cenpec.org.br/biblioteca/educacao/estudos-e-pesquisas/a-crise-na-audiencia-no-ensino-medio) para convencer a população e autoridades, de que há uma crise no ensino médio.

A pesquisa foi elaborada em 2010 pelo IBOP- (instituto Paulo Montenegro), a pedido do Instituto Unibanco e durou aproximadamente dois meses com observações em 36 turmas do Ensino Médio de 18 escolas, de três grandes centros metropolitanos, não informados. (possivelmente MG, RS e SP)

Segundo anunciado no seminário em São Paulo, o objetivo da pesquisa foi descobrir as causas da evasão e do baixo rendimento dos alunos do Ensino Médio, mas, ao fim, responsabiliza o professor (conforme a estratégia de manipulação nº 9, acima) pelo suposto problema, chamado de “Crise de audiência do Ensino Médio”. (conforme  estratégia de Manipulação nº 2, acima)

Para mostrar a verdadeira intenção desta campanha ideológica publicarei em breve uma análise crítica completa da pesquisa para expor os absurdos e equívocos anunciados. Minha intenção é demonstrar a manipulação que há por trás da idéia de “crise do Ensino Médio”, analisando criticamente o processo, demonstrando a invalidade da pesquisa, os erros das proposições e das premissas usadas, os erros conceituais, de paradigma, de concepções de tempo em educação, de aula, escola ensino e aprendizagem.

Demonstrarei que não há crise no Ensino Médio, há sim um plano de manipulação implantado para transformá-lo em fábrica de capacitação técnica de baixo nível para os interesses empresariais/neoliberais.

Demonstrarei o que está por trás do ataque de responsabilização e culpabilidade do professor,  e ao fim, apresentarei uma investigação sobre a real intenção política e econômica que motivou e motiva a pesquisa e a campanha de destruição do Ensino Médio Público nas bases humanistas atuais.

Será uma longa jornada, mas necessária para esclarecer, alertar e oferecer à sociedade, aos professores, sindicatos e defensores da Educação, a possibilidade do contraditório, necessário a uma reflexão crítica verdadeira. Mostrando que não há crise no Ensino Médio brasileiro, desvelando ao mesmo tempo, as verdades ocultas subjacentes a esta campanha ideológica que tenta desqualificar professores e o Ensino, para fins e interesses meramente empresariais/neoliberais/mercadológicos em detrimento a formação para a cidadania e para  construção de uma consciência crítica com base nos valores mais humanos para a vida em uma sociedade complexa.  Aguardem!                     

                   Prof./Filósofo – Westerley A. Santos

 

Curso de Especialização (Pós-graduação lato sensu) em Docência da Educação Profissional 30 de outubro de 2010

O site do SENAC Nacional, em 22/10/ 2010, publicou a notícia a seguir sobre o curso de especialização em Docência da Educação Profissional. A Germinal Consultoria prestou  serviços ao SENAC no desenvolvimento do projeto pedagógico do curso.


Competências para ensinar e aprender

As transformações vividas pelo mundo do trabalho nas últimas décadas afetaram a educação em todos os aspectos, exigindo dos profissionais atualização e uma nova forma de qualificação. Atento a isso, o Senac iniciou, em outubro, a primeira turma do curso de especialização em Docência para a Educação Profissional, pós-graduação a distância lato sensuoferecida exclusivamente ao corpo docente da Instituição, com reconhecimento do MEC. Possibilitada pela tecnologia e pela capilaridade das unidades do Senac espalhadas por todo o Brasil, o curso, oferecido pela Rede EAD, tem carga de 470 horas, distribuídas em 14 meses.

As aulas inaugurais das 54 primeiras turmas – que reúnem 1.500 alunos – aconteceram nas primeiras semanas de outubro por todo o Brasil. O plano é oferecer, até 2012, esse aperfeiçoamento aos cerca de 7.500 docentes com curso superior que atualmente trabalham na Instituição. Segundo Maria Teresa Nori, que coordena as turmas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, os alunos “se animaram com o curso e ficaram admirados com a iniciativa do Senac de investir no desenvolvimento das competências docentes”.

O curso tem como objetivo sistematizar o saber, melhorando a elaboração, operação dos currículos e dos processos avaliativos, aprimorando, assim, a qualidade oferecida pela Instituição. Para Cícera Paiva, diretora técnica do Senac Alagoas, “esse será mais um diferencial dos instrutores Senac para a educação profissional do estado”. A instrutora e agora aluna Claudia Rosita de Lima, de Recife, a oportunidade é única: “Grande é a minha expectativa em me ver fazendo parte de um curso tão importante para minha vida profissional. Estou muito feliz em fazer parte do primeiro grupo. Estamos fazendo história no Senac”.

Segundo a coordenadora do curso no Maranhão, Alda Baldez, todos demonstraram estar ansiosos pelo início da nova proposta: “As expectativas destacadas pelo grupo estão na melhoria da qualidade das ações educativas desenvolvidas a partir da valorização dos saberes que eles já detêm”.

Daniela Papelbaum, Lucia Prado e Solange Luçan, técnicas do Centro de Educação a Distância do Senac Nacional e responsáveis pelo desenvolvimento do conteúdo do curso – com a ajuda do consultor José Antonio Küller –, reafirmam que o objetivo é aprimorar as competências dos que lidam diretamente com a missão de educar para o mundo do trabalho. Para elas, é muito importante fortalecer nos docentes o compromisso de formar profissionais que estejam em sintonia com o mercado e, ao mesmo tempo, capazes de ter uma atitude reflexiva sobre a área e a atividade produtiva na qual pretendem atuar.

“A proposta pedagógica do curso toma como referência a prática de nossos docentes em sala. Não propõe formas de condução de aulas ou de situações de ensino, mas o desenho de aprendizagem”, diz Lucia. A proposta acompanha a mudança de paradigma que representa o papel atual do professor que, se antes priorizava a transmissão de conteúdos, hoje pressupõe a construção do conhecimento e o desenvolvimento de competências.

Comunidades virtuais

Com essa diretriz, o curso foi estruturado a partir de três eixos. Pesquisa e Produção é totalmente online, tem 210 horas de duração e propicia um contato com o ambiente virtual de aprendizagem. O eixo Experimentação, que tem carga de 140 horas, está organizado em quatro laboratórios de prática, realizados no ambiente de aprendizagem no qual o participante atua, como a sala de aula. Já o de Cooperação e Sistematização fortalece ainda mais a questão da troca de experiências e de saberes. Nele, há uma proposta nova – a comunidade virtual de prática, que permite a todos os participantes estabelecer uma discussão online. Além disso, como a comunidade ocorre paralelamente aos laboratórios, possibilita ainda mais a troca de ideias e experiências sobre a prática de sala de aula.

A comunidade virtual entrará no ar em novembro para ambientação e, de maneira definitiva, em janeiro, exclusivamente para os alunos da primeira turma. À medida que o curso for formando novas turmas, mais instrutores serão convidados a integrar o espaço. A intenção ao desenvolver a comunidade virtual de prática no curso é perpetuar os efeitos do curso após seu término. O objetivo é incentivar os docentes a dar continuidade ao trabalho colaborativo, a compartilhar boas práticas e conhecimentos relativos à docência e a publicar materiais interessantes, em uma perspectiva de educação continuada.

Para Léa Viveiro de Castro, diretora de Educação Profissional do Senac Nacional, essa forma de organização, desenhada especialmente para o curso, atende aos propósitos de oferecer aos docentes do Senac, que já conhecem e aplicam a proposta pedagógica da Instituição, uma oportunidade de aprimorar suas ações: “E isso só seria possível se os professores partissem de uma reflexão sobre a prática em sala de aula e pudessem, com os demais participantes, ampliar e aperfeiçoar seu trabalho”.

 

A Escola-Comuna em defesa da Escola Única 25 de maio de 2010

Lançado em 20 de novembro na Escola Nacional “Florestan Fernandes”, com palestra de Luiz Carlos de Freitas durante encontro de formadores da Via Campesina, o documento histórico inédito sobre a construção da Escola Única no período mais fértil da revolução soviética faz avançar o debate
sobre a educação brasileira

 

Por Cecília Luedemann

 

 

 No prefácio dessa edição em russo, N. K. Krupskaya, do Comissariado Nacional da Educação da União Soviética, explica essa primeira da série de publicações da Seção Científico-Pedagógica, biblioteca da revista Caminhos para a nova escola: “A coletânea publicada, que descreve a vida da primeira Escola-Comuna experimental do Comissariado Nacional da Educação, reflete o enorme trabalho feito. Ela narra como a escola cresceu internamente e desenvolveu-se – percorre todo o caminho do seu desenvolvimento, momentos críticos, crises de crescimento, dificuldades que teve que superar”.

A publicação de A Escola-Comuna, coletânea de textos escrita por educadores que participaram da construção da Escola Única, organizada por Moisey M. Pistrak, é tão importante quanto a publicação de Poema Pedagógico, de Anton S. Makarenko, nos anos de 1980 no Brasil. No entanto, esse relato literário sobre a educação de uma nova geração de revolucionários na “Colônia Gorki” já era conhecido, nas traduções em espanhol, nos anos de 1950, diferente de A Escola-Comuna, publicado em 1924 em Moscou e nunca traduzido.

 
 

 

Essa magnífica contribuição sobre as primeiras experiências de construção da Escola Única no primeiro período da revolução socialista só foi possível chegar em nossas mãos com a pesquisa de Luiz Carlos de Freitas (Unicamp-SP) sobre fontes bibliográficas, entre elas a obra de Pistrak, durante seis meses na Rússia, em 1996. O seu retorno com esse livro inédito custou-lhe 10 anos de dedicação para traduzir para a língua portuguesa do Brasil, com a colaboração de Alexandra Marenich.   
 
 
 

Além do precioso documento, a edição traz a pesquisa realizada por Freitas sobre a Pedagogia do Meio: “Não devemos perder de vista neste processo que uma pedagogia do meio é, antes de mais nada, uma pedagogia crítica de seu meio e que, portanto, forma sujeitos históricos (auto-organizados)”.

 

 Embora A Escola-Comuna tenha demorado para chegar ao conhecimento do público brasileiro, a obra retoma o debate sobre a Escola Única justamente em uma dos momentos mais críticos da educação brasileira. A crise educacional aparece na mídia corporativa como um “mal”, mas nunca como as mazelas da escola capitalista ou como dívidas do Estado.

 

De acordo com censo do Ministério da Educação sobre a educação básica, em 2009, quatro em dez alunos não estão matriculados no ensino fundamental de nove anos. Além do acesso não estar garantido a todos, questiona-se a qualidade do ensino público. O dedo acusador dos governantes aponta os culpados: os professores, pelo mau preparo, e os alunos, pelo vandalismo.

 

Na academia, o modelo neoliberal implantado nas universidades destina verbas para pesquisas fragmentadas e imediatistas das teorias pós-modernas: analisam formação docente, estudam currículo, questionam a avaliação, e vai por aí afora. O Estado capitalista não pode resolver os impasses colocados pela crise educacional. Somente um Estado sob comando dos trabalhadores pode construir uma escola única, que rompa o dualismo: a educação para os filhos da elite, para comandar, e a educação para os filhos da massa trabalhadora, para serem comandados, ou, ainda, entre a cidade e o campo.

 
A escola socialista é garantida pelo Estado para todos e está articulada com o Meio, sob o princípio educativo do trabalho, com um conteúdo geral único, com a participação diferenciada e cultural tanto da cidade quanto do campo.
 

A leitura de A Escola-Comuna nos mostra a construção de uma nova escola – totalmente oposta ao que conhecemos hoje no capitalismo – no período da guerra civil, de 1918-1923, depois da tomada do poder pelos trabalhadores. O livro está organizado em duas partes: a escola do trabalho do período de transição, escrito por Pistrak, e os relatos dos educadores sobre o trabalho com as disciplinas de Matemática, Ciências Naturais, História e Ciências Sociais, Ciências Econômicas, Literatura e Artes Plásticas. Aqui encontramos restabelecido o princípio da totalidade contra o da fragmentação. A escola é um todo, indivisível, dirigido sob o princípio do trabalho, escola que não separa a formação intelectual da criação manual e sob a direção coletiva de educadores e educandos, nem a participação dos estudantes nas lutas gerais da classe trabalhadora. Por isso a dedicatória dos autores aos alunos da escola experimental de Moscou: “Participantes invisíveis, indiretos, mas longe de serem os últimos na criação desta coletânea, devem-se considerar, com pleno direito, nossos camaradas mais novos – nossos mopshks – os estudantes da comuna escolar”.

 

Um livro raro, único, que não busca receitas, nem modelos. Ao contrário, revela a construção da nova escola socialista sob os dilemas históricos e lutas de posições políticas diante dos objetivos da educação. Uma experiência educacional dirigida por Pistrak dentre as 100 escolas experimentais que vivenciaram a construção de uma nova pedagogia para a escola única sob a direção de Lunatcharsky e Krupskaia, pela formação científica, cultural e política ampla e pela criação da autodireção. Pela defesa desses princípios revolucionários, os pedagogos Pistrak e Pinkevich foram fuzilados em 1937, pelo Estado estalinista, quando a reforma educacional retomou definitivamente a aula como centro da escola e a formação técnica como objetivo da industrialização soviética na tese do socialismo num só país. 

Uma teoria presente nas experiências de formação pedagógica e política do Instituto Educacional “Josué de Castro” e pelas escolas itinerantes do MST. Um livro de referência para todos: educadores, educandos e trabalhadores comprometidos com a luta socialista. 

 

Cecília Luedemann é jornalista, educadora e colaboradora da Editora Expressão Popular e do setor de educação do MST.
 

 

Piraí faz história na Educação 5 de agosto de 2009

 

  Depois do Projeto Piraí Digital receber, no dia 13 de junho, em Nova York, o premio Top Seven Intelligent Communities, ficando Piraí entre as sete cidades mais inteligentes do mundo, o site da cidade divulga a seguinte notícia:

 

Em solenidade que contará com a presença do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, do Governador Sérgio Cabral, dos Ministros Fernando Haddad (Educação) e Dilma Rousseff (Casa Civil), do Vice-Governador Luiz Fernando Pezão e do Prefeito Arthur Henrique Gonçalves Ferreira, Tutuca, entre outras autoridades, o município de Piraí, no Sul Fluminense, entrará para a história da educação, nesta sexta-feira, 31 de julho, ao se tornar o primeiro do mundo a distribuir notebooks a todos os alunos e professores da rede de ensino mantida pela Prefeitura.

 

A solenidade será realizada na Praça de Santana, a principal da cidade, a das 9h às 12h30, ocasião em que será feita a distribuição simbólica de notebooks a 20 alunos, cada um representando uma das escolas do município que serão beneficiadas nesta segunda etapa do programa, que é a vertente educacional do Projeto Piraí Digital.

 

“Estamos vivendo um momento importante para a educação de Piraí, do Estado do Rio e do Brasil. Ele é fruto de uma política que cumpriu seu dever de casa, ao decidir priorizar a educação e a saúde, áreas em que a Prefeitura aplica quase 60% do orçamento. O resultado está aí, à vista de todos. Temos a segunda melhor saúde do estado e estamos fazendo história na educação. Por isso, é também um momento de orgulho para todos nós, piraienses”, ressaltou o Secretário de Governo de Piraí, Gustavo Tutuca, coordenador-geral do Projeto Piraí Digital.

 

A entrega de um notebook a cada aluno – e professor – das escolas mantidas pela Prefeitura de Piraí é a expansão de uma experiência que começou em 2007, quando o município foi um dos quatro escolhidos pelo Governo Federal para implantar o piloto do Projeto UCA – Um Computador por Aluno. Os outros escolhidos – todos capitais de Estado – foram São Paulo, Palmas e Porto Alegre, mas a experiência de maior sucesso foi a de Piraí, comprovada pelos números apresentados pelo colégio escolhido – o CIEP municipalizado Professora Rosa da Conceição Guedes. A evasão escolar caiu para menos de 1% (a média nacional é de 26%), subiu de 2,4 para 4,8 o Ideb, que mede a qualidade do ensino, melhorou a disciplina e cresceram o interesse e a participação dos alunos. A matrícula na escola cresceu de 87 alunos em 2005 para cerca de 600 hoje.

 

Piraí foi escolhida para receber o Projeto UCA por causa de seu programa de inclusão digital, que se transformou em política pública, através da implantação do Projeto Piraí Digital, que recebeu vários prêmios internacionais. Além de chancela da Unesco, o projeto fez de Piraí a única cidade brasileira a receber o prêmio Top Seven Intelligent Communities (As 7 cidades mais inteligentes do mundo). O Projeto mereceu capa da revista americana Newsweek e pôs Piraí entre as 40 cidades brasileiras que possuem indicadores de países ricos e com experiências que devem servir de exemplo, segundo reportagem da revista VEJA.

 

Obs\: As ilustrações forma acrescentadas por nós

 

Padrões de Competência em TIC para Professores 3 de agosto de 2009

 

O site da UNESCO divulga e disponibiliza publicações para o planejamento de programas e para a formação de professores para o  desenvolvimento de competências em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Com ilustração por nós inserida, reproduzimos um excerto da notícia:

 

Brasília, 31/7/2009 – A UNESCO no Brasil lança nesta terça-feira, 4 de agosto, na sede da Organização, em Brasília, a versão em português da coleção Padrões de Competência em TIC para Professores (ICT-CST). Formada por três brochuras, a publicação, que será apresentada a autoridades e especialistas em educação, reúne diretrizes específicas para o planejamento de programas educacionais e treinamento de professores para a formação de alunos com habilidades em tecnologia.

 

As brochuras são uma iniciativa do Projeto Padrões de Competência em TIC para Professores, da UNESCO. Segundo ele, as práticas educacionais tradicionais já não oferecem aos professores as habilidades necessárias para capacitar os alunos a sobreviverem no atual mercado de trabalho. Por esse motivo, e considerando o papel primordial que exercem na transferência do conhecimento, professores em atividade precisam adquirir competência que lhes permitam oferecer aos alunos oportunidades de aprendizagem com apoio da tecnologia.

 

Para ler a notícia completa, clique aqui.

Para saber mais, clique aqui.

Para acesso à coleção, clique aqui.


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Del.icio.us : , , , , , ,
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Imobilismo do Ensino Médio e Sistema de Formação de Professores 11 de maio de 2009

Portrait of my art teacher - Peter Powditch

 

 

Em post anterior, Ensino Médio, um problema insolúvel – propusemo-nos a identificar as quatro causas fundamentais que fazem com que o Ensino Médio não mude. Escolhemos quatro grandes pilares de manutenção do status quo do Ensino Médio: o currículo (dividido em disciplinas), o sistema de formação de professores (que consagra a divisão disciplinar do currículo), a facilidade de operação administrativa (com o curículo permitindo um funcionamento taylorista /fordista da adminsitração escolar) e  o pensamento pedagógico dominante (que é, em essência, conservador porque interessado na permanência).

 

Em  outro texto, O Currículo Imutável do Ensino Médio, falamos da primeira causa. Neste post vamos tratar da segunda: o sistema de formação de professores.

 

No texto anterior, talvez com um excesso de crítica , afirmamos que a nova LDBEN (8384/86) e os instrumentos normativos complementares, não avançaram ou avançaram pouco no que se refere à indiscutível necessidade de mudanças no currículo do Ensino Médio.

 

No aspecto legal, em relação à formação dos professores, não podemos dizer o mesmo. A mudança prevista pela LDBEN começa com a definição do papel dos professores. O artigo 13, prescreve que os “docentes incumbir-se-ão de:

 

1. participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

2. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

3. zelar pela aprendizagem dos alunos;

4. estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

5. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

6. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.”

 

É de se destacar, como inovação, a perspectiva de gestão participativa da escola implícita na co-responsabilidade pela elaboração da proposta pedagógica. A transposição do foco no ensinar para o zelo pela aprendizagem, também merece destaque. Por fim, atribui à docência responsabilidades que transcendem os muros da escola, tornando-a agente da integração escola-comunidade.

 

Para atender às exigências desse novo papel, a LDBEN dedica dois artigos, os de número 62 e 63, ao sistema de formação de professores, especialmente focando os tipos e modalidades de cursos de formação docente e a sua localização institucional.  Nos dois artigos, cria duas figuras novas.

 

No campo institucional, cria os Institutos Superiores de Educação, destinados especificamente à formação de professores, em curso de licenciatura plena ou no Curso Normal Superior. Tal curso (Normal Superior) é a segunda criação da lei, esta já no campo específico da formação docente.

 

Acreditamos que as duas criações são tentativas de resposta para dois problemas fundamentais do então e ainda atual sistema de formação de professores.

 

O Curso Normal Superior vinha suprir a necessidade de uma formação específica de professores para a Educação Infantil e para as quatro primeiras séries do Ensino Fundamental. A formação de professores para essa etapa fudamental da educação básica tinha sido desestabilizada desde a lei 5.692/71, com sua tentativa de universalização da formação técnica de nível médio. O fracasso da unversalização do ensino técnico levou consigo, de roldão, o antigo Curso Normal, de nível médio, que, antes do advento da lei 5692/71, formava professores para as quatro primeiras séries do então ensino de primeiro grau.

 

Aliado à destruição do curso normal e das instituições que o abrigavam, o curso de Pedagogia, repaginado pela Reforma Universitária de 1968, passou a capacitar, como uma de suas multiplas habilitações, professores para atuarem junto às crianças em fase de aprendizagem das primeiras letras, visões de mundo e operações matemáticas (Resolução CFE nº 2/1969). Trocou-se um curso de nível médio com tradição de qualidade e foco específico por um curso superior sem esta tradição e sem este foco. Tudo indica que a mudança não foi para melhor. 

 

As mudanças na formação dos professores das quatro primeiras séries do Ensino Fundamental foram concomitantes à universalização da escola pública e à privatização do ensino superior. Por isso, é difícil separar os vários efeitos: o do aumento da complexidade, representada pelas características de uma clientela oriunda de um universo cultural distinto do da escola; o da formação docente mais apressada e menos técnica, decorrente do currículo do novo curso de Pedagogia; e o da perda de qualidade, resultante da pouca exigência feita aos multiplicados alunos de Pedagogia por instituições privadas em acelerado processo de expansão.

 

O fato é que a nova sistemática de fomação não capacitou professores para enfrentar os desafios da universalização do Ensino Fundamental. A antiga formação, ainda hoje existente, perdeu prestígio, foi relegada a um plano secundário e entrou em decadência. Base para o sucesso de toda a educação posterior, a qualidade do ensino nas quatro primeiras séries declinou e muito.

 

O artigo 63 da LDBEN que cria o Instituto Superior de Educação e a legislação complementar, que se seguiu, podem ter tido a intenção de remover ou atenuar os efeitos de outra criação da Reforma Universitária de 1968: a divisão departamental das universidades. A divisão da universidade em departamentos (escolas, faculdades,…) resulta na divisão da responsabilidade pela licenciatura em dois departamentos distintos. Um deles é o de educação. É, em geral, o menos prestigiado dos dois.

 

Resulta da divisão departamental da licenciatura, a manutenção, sem alterações sensíveis, do modelo 3+1 nos últimos 50 anos (pelo menos). Decorre daí a valorização do bacharelado em detrimento da licenciatura, a valorização da formação específica em detrimento da formação docente. A divisão departamental da licenciatura cria a divisão e a justaposição de duas capacitações distintas: a formação específica (bacharelado) e a formação docente.

 

É usual que na licenciatura se aprenda a ensinar de uma forma distinta da que se ensina no bacharelado e mesmo daquela que se pratica, muitas vezes e contraditoriamente, nas matérias específicas para a formação docente. Em geral, a forma de ensinar que fica é a que se pratica em toda a vida escolar do futuro professor: a aula expositiva.

 

Ao definir as diretrizes curriculares para a formação de professores o Parecer CNE/CP nº 9/2001, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena; já afirmava:

 

Entre as inúmeras dificuldades encontradas para essa implementação destaca-se o preparo inadequado dos professores cuja formação de modo geral, manteve predominantemente um formato tradicional, que não contempla muitas das características consideradas, na atualidade, como inerentes à atividade docente,

Isso exige a definição de currículos próprios da Licenciatura que não se confundam com o Bacharelado ou com a antiga formação de professores que ficou caracterizada como modelo “3+1”.

 

Ao lado de propor uma organização curicular própria da licenciatura e para todas as licenciaturas, o Parecer reforçava a necessidade de implementação do Instituto Superior de Educação, no mínimo como instância de coordenação entre os departamentos envolvidos com a licenciatura, na tarefa de preparação dos professores para atuarem nas útimas séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

 

Era previsível que, sem uma instância de coordenação ou mudança organizacional, seria difícil a existência de cursos focados exclusiva ou predominantemente na capacitação de professores. Sem ela, a parte tipicamente pedagógica da licenciatura continuaria como apêndice do bacharelado.

 

O parecer abria uma oportunidade de mudança que facilitaria o desmonte de outra das pernas da estabilidade do ensino médio: o currículo fragmentado em disciplinas. Com a capacitação didática sendo o núcleo da preparação inicial dos docentes (e não a formação técnica), seria mais simples a adoção de organizações curriculares mais flexíveis e criativas, especialmente nas útimas séries do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Facilitaria a operação de um currículo por áreas, como prevê as Direrizes Curriculares do Ensino Médio e como se volta a discutir atualmente (abril/maio de 2009).

 

Jeremy Pantoja - Character Animator.

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Não vamos tratar aqui, por ser longa a discussão e porque vamos fazê-lo em outro post, dos motivos que culminaram, no PARECER CNE/CP Nº 5/2006, nas seguintes tomadas de posição:

  • a Formação de Professores de Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental será desenvolvida em curso de Pedagogia ou em Curso Normal Superior;
  • as instituições de educação superior vinculadas ao Sistema Federal de Ensino poderão decidir por qualquer das alternativas indicadas acima, independentemente do ato autorizatório, (…)
  • (…)
  • os cursos de Licenciatura destinados à Formação de Professores para os anos finais do Ensino Fundamental, o Ensino Médio e a Educação Profissional de nível médio serão organizados em habilitações especializadas por componente curricular ou abrangentes por campo de conhecimento, conforme indicado nas Diretrizes Curriculares pertinentes;

 

Os grifos, que são nossos, mostram que o Parecer só veio referendar o que já vinha acontecendo, na prática. Ao permitir a escolha entre o novo e o antigo, facilitou a permanência do velho. Na prática, as grandes universidades e instituições de ensino superior já consolidadas nada tinham avançado em relação à situação anterior. O Parecer  CNE/CP 5/2006 permite que, no sistema de formação de professores, nada mude e tudo continue como antes.

 

 
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