Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

A formação de professores está em crise 5 de setembro de 2012

O Jornal da Ciência, órgão da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), publica um artigo sobre a crise brasileira de formação de professores, do qual destacamos os seguintes parágrafos:

Esta é hoje a situação do Brasil que, no tocante à formação dos seus professores, enfrenta uma tríplice crise: uma crise de quantidade, uma crise de qualidade e uma crise sistêmica. Apesar dos recentes esforços em âmbito federal, essas crises se agravam e ameaçam desestabilizar a imagem de futuro preconizada nos grandes projetos nacionais para as próximas décadas.

A crise de quantidade manifesta-se em todas as disciplinas da educação básica e em todas as regiões do país. Para registro: não há uma única disciplina em que o número de professores com formação específica (por exemplo, professor de matemática formado em matemática) seja igual ou superior à demanda. Em algumas disciplinas, a crise de quantidade é especialmente grave. Em física, por exemplo, o país forma cerca de 1.900 professores/ano. A demanda atual é de cerca de 60.000. Esta situação, idêntica à da química, da sociologia e da filosofia, ridiculariza o projeto de futuro para o país.

Para ter acesso ao artigo completo, clique aqui.

 

Educadores do Brasil – Fernando de Azevedo 24 de abril de 2009

Este artigo, escrito por um velho amigo, foi originalmente publicado no SciELO Brasil, pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP).

Por Nelson Piletti

No inicio dos anos 70, recém-chegado a São Paulo, forçado a deixar o Rio Grande por razões políticas — demitido que fôra pelas escolas em que lecionava e pelo Banco do Brasil — andava à procura de um tema para a minha dissertação de mestrado quando me deparei com uma notícia de jornal: Fernando de Azevedo doara o seu arquivo pessoal ao Instituto de Estudos Brasileiros. Era o fim do meu problema, o início de intermitentes e profícuos mergulhos na obra do insigne educador e sociólogo, dos quais invariavelmente emergia com o espírito revitalizado por novas e instigantes descobertas.

Desde então, por mais que tivesse tentado, orientando minhas investigações para outros temas, nunca mais consegui me libertar de sua presença, fascinado por sua controversa figura ou premido pelas circunstâncias. A partir da dissertação de mestrado, restrita ao estudo da reforma educacional por ele promovida no Distrito Federal, entre 1927 e 1930 — marco fundamental entre as inúmeras tentativas de renovação do nosso ensino — ampliei a abrangência das minhas pesquisas, na tentativa de compreender a sua trajetória intelectual e humana, que procurei tornar conhecida no trabalho Fernando de Azevedo: a educação como desafio, elaborado para o INEP em 1984, décimo aniversário de sua morte, e em vários artigos publicados em 1994, ano do centenário do seu nascimento.

Hoje, tomado de perplexidade ante a situação nacional, em particular no campo educacional, em todos os seus níveis e modalidades, volto a Fernando de Azevedo, quiçá em busca de alguma luz que ilumine nossos caminhos, e me pergunto: com base em minhas limitadas investigações e reflexões, que perfil poderia traçar de Fernando de Azevedo? Quem foi o homem Fernando de Azevedo?

Fernando de Azevedo foi um homem extremamente organizado e meticuloso. Foi a primeira impressão que tive, ao entrar em contato com o seu arquivo e folhear os dez grossos volumes contendo recortes de jornais, aproximadamente sete mil matérias sobre a sua administração à frente da Diretoria de Instrução Pública do Distrito Federal. E todos caprichosamente organizados em ordem cronológica, identificados pelo nome do jornal e pela data de publicação, escritos de próprio punho por Fernando de Azevedo.

Fernando de Azevedo foi um homem obcecado pelo trabalho. E aqui recorro ao testemunho de sua filha Lollia, para quem o pai foi “um trabalhador incansável, um batalhador: quando chegava em casa, depois de falar conosco e nos beijar, afastávamo-nos indo brincar onde não nos ouvisse. ‘Seu pai precisa trabalhar’, como minha mãe dizia, sempre vigilante para que ele tivesse a paz necessária”. E mais: “Escreveu até o fim da vida. Conseguia escrever mesmo sem enxergar, depois eu lia o que ele havia escrito, corrigia ou modificava se assim ele achasse necessário”.

Fernando de Azevedo foi um homem obstinado, que, ainda de acordo com Lollia, “até o fim trabalhou e lutou pelos seus ideais”. Ou, no dizer de Antônio Cândido, “um exemplar raro de homem que gostava da responsabilidade e cuja lucidez é aguçada, não embotada, pelas dificuldades, porque elas espicaçam o seu ânimo combativo”. Sua obstinação ficou evidente, por exemplo, na reforma educacional que promoveu no Distrito Federal, quando lutou tenazmente para modernizar o sistema de ensino, enfrentando poderosos interesses fincados no Conselho Municipal, a famosa gaiola de ouro, quando chegou a sofrer um atentado. No calor dos debates, diante da intransigência dos intendentes situacionistas, que relutavam em apoiar a reforma, emitiu uma explosiva nota afirmando a certa altura: “O Diretor de Instrução elaborou um projeto de lei e o ofereceu ao Conselho Municipal, atendendo a um convite com que o honraram as comissões reunidas de Instrução, Justiça e Orçamento. Se nada vale, deve ser rejeitado; se tem defeitos, deve ser emendado; se é obra digna de apreço, deve ser aprovada. Supor o Diretor de Instrução Pública capaz de ceder a qualquer pressão ou transação é desconhecê-lo, senão injuriá-lo”. Os princípios da reforma — escola única, não uniforme, mas adaptada ao meio; escola do trabalho, ao mesmo tempo conteúdo curricular e método pedagógico; e escola-comunidade ou escola do trabalho em cooperação — continuam, em nossa realidade educacional, ideais em busca de realização.

Fernando de Azevedo foi um homem de pensamento, com múltiplos interesses intelectuais, para quem nada do que é humano era estranho. Da educação física — área em que foi especialista, tendo escrito uma tese pioneira em 1915 — às ciências sociais, trajetória que completou em 20 anos, transitou pelo ensino de latim e de psicologia, pela crítica literária, pela investigação sobre a arquitetura colonial e sobre a educação paulista, pela reforma educacional. Estudioso e amante dos clássicos, nunca escondeu o seu fascínio pelas ciências modernas, que procurou incluir nos currículos escolares, tanto que, nos anos 50, organizou a obra As ciências no Brasil, cuja segunda edição acaba de sair pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1994. Entre 25 livros, a maioria na área da educação, escreveu obras pioneira no campo das ciências sociais como Princípios de Sociologia (193S), Sociologia, Educacional (1940) e Canaviais e engenhos na vida política do Brasil (1948).

Segundo o testemunho insuspeito de Paschoal Lemme, Fernando de Azevedo foi “urna das mais altas expressões da inteligência e da cultura do Brasil moderno”, destacando-se por três contribuições fundamentais: “1. A grande reforma do ensino no antigo Distrito Federal (1927-1930) (…), reforma essa que, segundo as opiniões mais autorizadas, foi o marco inicial do processo de modernização do ensino no Brasil. 2. O Manifesto dos pioneiros da educação nova (1932) (…), documento único na historia da educação brasileira. (…) Subscrito por um grupo dos mais eminentes educadores e intelectuais, mantém até hoje sua validade. 3. A monumental obra A cultura brasileira, redigida inicialmente para servir de introdução ao recenseamento de 1940, tornou-se de consulta obrigatória para quem deseja conhecer a evolução da cultura nacional, em todos os seus aspectos” (Carta ao Jornal do Brasil, 1976). A estas três poderíamos acrescentar uma quarta contribuição, que foi a sua importante participação no processo de fundação da Universidade de São Paulo (1934), destacando-se como um lutador incansável pela implementação do verdadeiro espírito universitário, plenamente identificado com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras como anima mater da Universidade.

Fernando de Azevedo foi um homem de ação, tendo exercido vários cargos administrativos, a maioria na esfera educacional, entre os quais podem ser destacados: diretor-geral da Instrução Pública do Distrito Federal (1927-1930); diretor-geral da Instrução Pública do Estado de São Paulo (1933); diretor do Instituto de Educação da Universidade de São Paulo (1933-1938); diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP (1941-1943); chefe do Departamento de Sociologia e Antropologia da FFCL da USP (1947); secretário de Educação e Saúde do Estado de São Paulo (1947); diretor do Centro Regional de Pesquisas Educacionais de São Paulo (1956-1960); secretário de Educação e Cultura do Município de São Paulo (1961).

Fernando de Azevedo foi, acima de tudo, um homem integro, um humanista na verdadeira acepção da palavra. Por isso, um homem permanentemente atormentado, “de espírito inquieto e insatisfeito consigo mesmo e com quase tudo que vê à volta de si”, como reconheceu em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, em 1968. Por isso, um homem que lutou pelo desenvolvimento do humanismo, o qual, em suas palavras, “não está na matéria que ensinamos (seja qual for, letras ou ciências), mas no espírito que nos anima no ensino de qualquer disciplina e na maneira de ensiná-la”. Por isso, que o digam Florestan Fernandes, Antônio Cândido e Maria Isaura Pereira de Queiroz, seus assistentes na USP, o seu apoio àqueles que com ele trabalharam, a sua solidariedade ativa para com os colegas, levando-o a comparecer espontaneamente, apesar de aposentado, para acompanhar de perto os depoimentos dos professores convocados para depor em inquérito policial militar, em 1964.

Finalizo com Antonio Cândido, sem dúvida a melhor companhia neste caso: “Como seu aluno e em seguida seu colaborador de muitos anos; como seu discípulo e amigo, quero que este testemunho sirva principalmente para transmitir às gerações novas a lembrança de um homem insigne, que possuía a retidão escarpada dos lutadores e a ternura afetuosa dos grandes corações”.

Nelson Piletti é professor do Departamento de Filosofia da Educação e Ciência da Educação da Faculdade de Educação da USP. É autor de A Reforma Fernando de Azevedo — DF, 1927-30 (FE-USP, Coleção Estudos e Documentos nº 20,1982) e Fernando de Azevedo: a educação como desafio (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, INEP-MEC, Brasilia, 1985
 

O Currículo Imutável do Ensino Médio 4 de março de 2009

 

Em artigo anterior – Ensino Médio, um problema insolúvel propusemo-nos a identificar as quatro causas fundamentais que fazem com que o Ensino Médio não mude. Escolhemos quatro grandes pilares de manutenção do status quo do Ensino Médio: o currículo (dividido em disciplinas), o sistema de formação de professores, a facilidade de operação administrativa,  o pensamento pedagógico dominante. Neste post vamos tratar da primeira causa: o currículo.

 

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Arthur Dove, Roof Tops, 1943

 Há muito tempo, o currículo escolar brasileiro é constituído por disciplinas estanques. As diciplinas são uma réplica, na escola, da divisão social do trabalho e do saber. Derivados dessa divisão, os recortes dos campos de conhecimento espelham-se, no currículo, na forma das disciplinas. Essas, na prática escolar efetiva, dão origem às grades curriculares e às grades de horários escolares que aprisionam e restringem a liberdade. Impedem a criatividade e a inovação curricular.

 

Arthur Dove, Sand Barge, 1930

 Por ser longa, não vamos aqui acompanhar a história da construção das prisões curriculares brasileiras. Ela pode, inclusive, ser extraída do conjunto das sucessivas regulamentações da educação nacional. Delas, vamos nos deter apenas nas últimas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996) inclui o Ensino Médio na Educação Básica. Em relação ao currículo da Educação Básica (Capítulo II), na Sessão I, definiu:

 

Art. 26º. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

     
§ 1º. Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo  da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. 

   
§ 2º. O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

     
§ 3º. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.

     
§ 4º. O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.

     
§ 5º. Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.

 

Em relação ao ensino médio, na Sessão IV, complementou:

Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes:

        I – destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;

        II – adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes;

        III – será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.

IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio. (Incluído pela Lei nº 11.684, de 2008)

 

Para simplificar, não vamos considerar o que na lei é dito sobre a preparação básica para o trabalho e sobre a habilitação profissional em nível médio.

 

Dos textos anteriormente citados, observem que o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional evita usar a palavra disciplina, talvez em atenção às pesadas críticas ao modelo curricular então e hoje prevalecente. O avanço, no entanto, é tímido. Sob a capa das palavras estudo, conhecimento, componente curricular e ensino, as disciplinas mal se disfarçam.

 

Arthur Dove, Morning Sun, 1935

Arthur Dove, Morning Sun, 1935

O disfarce é abandonado quase por completo nas normas complementares. O Parecer Nº 04/98, de 29/01/1998 e a Resolução Nº 02/98, de 07/04/1998, ao definirem os Parâmetros e Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental, preconizam:

 

IV- Em todas as escolas, deverá ser garantida a igualdade de acesso dos alunos a uma Base Nacional Comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional; a Base Nacional Comum e sua Parte Diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que visa estabelecer a relação entre a Educação Fundamental com:

(…)

 b) as Áreas de Conhecimento de:

1. Língua Portuguesa;

2. Língua Materna (para populações indígenas e migrantes);

3. Matemática;

4. Ciências;

5. Geografia;

6. História;

7. Língua Estrangeira;

8. Educação Artística;

9. Educação Física;

10. Educação Religiosa (na forma do art. 33 da LDB).

 

Arthur Dove, Willows, 1939

Arthur Dove, Willows, 1939

Pronto. Temos o currículo composto por recortes do conhecimento (Áreas), por disciplinas, de volta. No caso do Ensino Médio, a manutenção é mais explícita. Se os incisos I e II do artigo 36 mantém o disfarce já observado no artigo 26, os demais incisos lançam tais disfarces no lixo. Definem áreas de conhecimento como disciplinas e, mais do que isso, como disciplinas obrigatórias.

 

 

No entanto, em um movimento aparentemente oposto ao do Parecer Nº 04/98, o Parecer Nº 15/98, de 01/06/1998,  que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, critica o currículo fragmentado em disciplinas estanques. Propõe um currículo orgânico. Define três grandes áreas curriculares e competências básicas integradoras do esforço educativo em cada área. 

 

Selecionamos dois parágrafos do Parecer:

“A reforma curricular do Ensino Médio estabelece a divisão do conhecimento escolar em áreas, uma vez que entende os conhecimentos cada vez mais imbricados aos conhecedores, seja no campo técnico-científico, seja no âmbito do cotidiano da vida social. A organização em três áreas – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias – tem como base a reunião daqueles conhecimentos que compartilham objetos de estudo e, portanto, mais facilmente se comunicam, criando condições para que a prática escolar se desenvolva numa perspectiva de interdisciplinaridade.”

 

A interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas e, ao mesmo tempo, evitar a diluição delas em generalidades. De fato, será principalmente na possibilidade de relacionar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo, pesquisa e ação, que a interdisciplinaridade poderá ser uma prática pedagógica e didática adequada aos objetivos do Ensino Médio.”

 

Arthur Dove, Square on the Pond, 1942

Arthur Dove, Square on the Pond, 1942

Do primeiro parágrafo  é possível constatar que o mesmo movimento que cria as áreas, reforça a organização disciplinar do currículo. As áreas são criadas para facilitar a interdisciplinaridade. Óbvio que, na soma dos dizeres dos artigos da lei e do Parecer 15/98, o currículo do Ensino Médio terá uma organização disciplinar.

 

 

Ousaríamos ir além. A soma dos artigos e dos pareceres, debalde todo o discurso que os ornamenta, induz e torna quase obrigatória uma organização disciplinar do currículo. Para autonomia da escola, resta a operação dos esquemas de interdisciplinaridade. Esses esquemas quase nunca são previstos ou implementados.

 

 

A indução da organização disciplinar do currículo, a tradição escolar, a divisão disciplinar do conteúdo dos mais importantes exames vestibulares de acesso ao ensino superior e a facilidade administrativa (grade de horários) de operar  um currículo segmentado em disciplinas estanques (ver artigo posterior) vão tornar estéril toda a teorização e discussão sobre inovação da organização curricular. Muda a lei e a prática escolar permanece a mesma.

 

 

A permanência do “currículo loteamento” facilita e reforça a permanência da prática escolar de transmissão dos conteúdos abrigados sobre os rótulos disciplinares. Na prática do Ensino Médio, repetindo uma longa tradição, um único método de ensino é amplamente conhecido e dominado pelos professores: a transmissão do conteúdo previsto para aquela série e disciplina via texto e, especialmente, fala do professor.

 

 

A organização curícular não muda e, junto com ela, tudo o mais se repete.

 

 
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