Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Fale conosco 7 de julho de 2008

 
foto Jorge Abrantes, A Janela do Iglo, 2006, mazungue.com

foto Jorge Abrantes, A Janela do Iglo, Noruega, 2006, mazungue.com

 
 
 
 

 

 

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71 Responses to “Fale conosco”

  1. jefferson nunes Says:

    Como vejo o resultado da 1° fase no site ?
    Me manda o site por favor. Obrigado.

  2. José Antonio Küller Says:

    Não entendemos sua pergunta. A que primeira fase você se refere?

  3. Heloisa Helena Marcondes Colarossi Says:

    Boa Tarde! sou professora de Educação para o Trabalho no ensino Médio e Complementar. Gostaria de receber de voces, um modêlo de Projeto para Ensino de Educação para o Trabalho, para atualizar e modernizar o que eu já fiz …. Atraves dos sites de busca do Google, já li tudo que podia e encontrei voces. Preciso de um roteiro, desde Introdução e o conteúdo dos ítens que devem ser abordados em um projeto de aulas ….. quero melhorar,enriquecer o que eu fiz. Como é um Bom Projeto e o que está faltando no meu .
    Agradeço muito se voces puderem me ajudar …..

  4. José Antonio Küller Says:

    Heloisa Helena

    Ainda não temos um modelo de Projeto para Ensino de Educação pra o Trabalho no Ensino Médio. Por isso, não podemos encaminhá-lo.

    Temos apenas um extenso Program de Educação para o Trabalho com duração de 600 horas, que seria inviável incluir em uma grade curricular do Ensino Médio.

    Entretanto, poderemos analisar e, se for o caso, sugerir melhorias em seu projeto. Para tanto, você pode encaminhar o seu projeto através dos e.mails que estão listados nesta página.

  5. eu gostaria de saber qual o salario apos o curso?
    para trabalhar apos terminar o curso?

  6. cristiano chaves de barros Says:

    sou tecnico em protese dentaria a 12 anos gostaria de saber se vcs tem como me auxilia na busca por um titulo de proficional reconhecido pelo cfo cro -rj augo sobre um programa de educação do mec sobre a lei de diretrises e bases

  7. José Antonio Küller Says:

    Cristiano

    Acredito que o título reconhecido simultaneamente pelo MEC e pelo CRO seja o de Técnico em Prótese. Para obtê-lo é necessário o ensino médio, como escolaridade mínima, e a educação profissonal em nível médio em Prótese.

    O Senac Rio mnatém um Curso Técnico em Prótese. Você pode saber mais entrando em contato com:

    Centro Politécnico
    Rua 24 de maio, 543
    Riachuelo – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20950-090
    Tel.: 2582-5500 Fax: 2582-5575

    Ou pelo site: http://www.rj.senac.br/WebForms/SenUnidade.aspx?pUnidadeSGA=026

  8. RUY CORREA Says:

    Preciso de um contato telefônio com a instituição.

    Agradecido

  9. Paula Viveiros de Oliveira Says:

    Boa tarde,

    chamo-me paula, portuguesa, tenho 33 anos e sou Educadora desde os ultimos 4 anos nos Açores, de onde sou natural. Trabalho como Coordenadora Pedagógica de um centro de Actividades de Tempos Livres com crianças dos 6 aos 12 anos.
    Explorei o seu site e achei muito interessante, porque em Portugal não existe nada deste género de serviço orientado somente para a Educação e consultoria. Será muito difícil criar uma empresa deste género ou será que seria mais proveitoso ser representante da vossaa empresa em Portugal?
    Sou licenciada em Educação pela Universidade do Minho, Portugal desd e2002 e tenho um curso de especialização em Gestão de recursos humanos.
    Gostaria de ter uma resposta.
    Obrigada,

    Paula Netto Viveiros de Oliveira

  10. aurilene andrade Says:

    oi, sou professora de português, posso concorrer à vaga para professor de linguagens trilha sec/jovens e adultos?

  11. Simone Duarte Says:

    Sou formada em Comunicação Social e gostaria de saber informações de como cursar o Programa Especial de Formação Pedagógica. Este programa é reconhecido pelo MEC?
    Desde já agradeço.

    • Simone

      Você deve procurar um instituição de ensino superior que desenvolva o Programa em sua cidade ou região. Existem agumas instituições que também desenvolvem o Progrma na modalidade de ensino a distância. A exigência para o ingresso é a formação em nível superior. O Programa é equivalente à licenciatura e habilita para o magistério na Educação Básica (Ensino Fundamental e Ensino Médio). O Programa das instituições de ensino superior que o oferecem é, quase certamente, reconhecido pelo MEC. Se algum não for, está sendo oferecido de forma irregular.

  12. RAFAELA CARDOSO Says:

    OLÁ, GOSTARIA DE SABER COMO FAÇO PRA ESCREVER-ME NO PROJETO E A QUEATAO DE COMO ESTÁ AQUI NA BAHIA, PARA AS PESSOAS DAS REGIOES METROPOLITANAS.
    OBRIGADA

  13. Ana Paula Says:

    Bom acabei de terminar o curso agora 2008.2 na localidade de Salvador.O curso é realmente fantastico os educadores muito bem preparados. Realmente uma oportunidade fantastica de crescimento.

  14. Rosi Gracia Polato Barcelos de Freitas Says:

    Tenho curso superior completo em Pedagogia Plena, com habilitação em Adm. Escolar, Pós graduação em Educação Infantil e Educação Especial. Gostaria de saber sobre O “PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGOGICA – INGLÊS”!, pois preciso me capacitar um pouco mais nessa área
    Obrigada
    Rosi
    Birigui
    Interior de SP

  15. marcia reis Says:

    Olá ,eu moro em Alagoinhas e tenho 38anos.Gostaria de saber se vai haver oportunidade para pessoas como eu no projeto Trilha.Assim como eu muitas pessoas também precisam de ajuda para voltarou mesmo iniciar no mercado de trabalho.Muito obrigada pela atenção desde já.

  16. Wlga Says:

    Olá,
    estava procurando saber como elaborar uma proposta pedagógica, aí encontrei vcs, mas kual é a participação de vcs nesta minha necessidade? Vocês podem me ajudar?

  17. Diego de Oliveira Abade de Carvalho Says:

    Oi eu sou Diego, min escrevir no curso trilha em 04/2009 quando teremos resultado da inscrinção.

  18. Ana Maria Miranda Pales Says:

    Olá, bom dia!
    Sou professora do ensino fundamental da Educação do campo. Gostaria de receber de vocês o material do Projeto de Aprendiz rural para melhorar a minha prática.Confesso que nunca vi um material tão rico quanto esse. Desde já agradeço.

  19. OI! FIQUEI MUITO INTERESSADA NO PROJETO TRILHA JOVEM!
    GOSTARIA DE SABER QUANDO ABRIRÁ AS INSCRICÕES EM SALVADOR/BA ESTE ANO?
    DESDE JÁ AGRADEçO.

  20. Maiane

    Se você se refere ao Programa Trilha, do governo da Bahia, ligue para 0800 284 0011. Se você se refere ao Projeto Trilha Jovem, procurar: Instituto de Hospitalidade (IH). Rua Frei Vicente, 16, Centro Histórico – CEP 40.025-130 – Salvador – Bahia – Brasil | Tel: 71 3320 0700 – Fax: 71 3320 0702 ou pelo site: http://www.hospitalidade.org.br/.

  21. rodrigo oliver Says:

    Gostaria de saber o contato do trilha jovem de natal rn

  22. rodrigo makoto kikuti Says:

    Sou pedagogo e tenho projeto para capacitação de instrutores de skate, gostaria de colaborar.

  23. gostaria de saber como fazer para poder participar do progeto primeiro emprego
    estou tedo tendo alguns contratempos pra assesar como eu faço para melhores esclaresimentos

    • Wagner, seguem algumas informações sobre o Programa Primeiro Emprego

      Jovem…
      O que você precisa saber

      O que é o Programa Primeiro Emprego?
      É um conjunto de ações do Governo Federal, com o objetivo de gerar empregos e preparar melhor inserção no mercado de trabalho.

      Como participar do Programa?
      Procurando um posto de Atendimento do Sistema Nacional de Emprego-SINE ou a Delegacia Regional do Trabalho-DRT, e fazer seu cadastro.

      Quem pode ter acesso às vagas geradas pelo Programa Primeiro Emprego?
      As vagas são direcionadas prioritariamente a jovens de 16 a 24 anos, com ensino fundamental e médio incompletos ou curso supletivo, com renda familiar per capita de até meio salário mínimo. O jovem deve freqüentar a escola.

      Todo jovem inscrito será empregado?
      A colocação do jovem no emprego depende do número de vagas ofertadas, do perfil dos candidatos e da disponibilidade financeira para o Programa Primeiro Emprego. È importante ressaltar que a decisão da contratação cabe à empresa cadastrada no Programa.

      Qual a ordem de prioridade para os jovens ocuparem as vagas?
      É por ordem cronológica, ou seja, de acordo com a data de inscrição, sendo considerada também a proximidade entre o endereço de residência do candidato e da empresa que tem a vaga.

      Maiores informações acesse: http://www.mte.gov.br

  24. Laura Peres Says:

    Olá, fiquei muito feliz por vocês utilizarem uma foto minha no site, mas poderiam ter me avisado, só soube hoje, por acaso.

    Obrigada pelo prestígio.

    Parabéns pelo trabalho!

  25. boa noite! quando e que mandam a materia pelo meu email . gostaria de está estudando cidadania digital . mande por fafor para mim ficar mais tranquila, minha internet e discada só 24;00 e no sabado e nos domingo posso estuda. obrigado!

  26. claudiene nunes gomes Says:

    nao estou conseguindo mim cadastrar nas vagas do curso da cdl

  27. alex saraiva de castro Says:

    como faço para se escrever no programa jovem

  28. alex saraiva de castro Says:

    estou procurando vagas para primeiro emprego tenho 17anos

  29. stefanie Says:

    como faço para me cadastrar no primeiro emprego
    tenho 13anos
    o que eu tenho que leva e onde eu tenho que ir para me cadastrar me mande noticias no meu e-mail por favor muito obrigado bjs

  30. Graziela Says:

    Como faço para participar do programa de horticultura ou jardinagem em Tatuí. E qual é a idade que pode participar?

  31. Felipe Says:

    Bom, gostaria de saber se existe uma projeto como esse q proficionaliza, para jovens de 20 anos?
    penso em seguir em um trabalho desses, mas ainda infelizmente nao terminei o ensino medio.

    • Felipe

      Existem projetos, em praticamente todas as áreas do conhecimento, que profisionalizam jovens de 20 anos que ainda não completaram o ensino médio. Para informação mais precisa, precisamos saber a que projeto você se refere e onde você mora.

  32. Felipe Says:

    estou procurando vagas de primeiro emprego nessa area ambiental, e tenho 20 anos, é possivel?

  33. carla fabiana rosa Says:

    quero dar aula no programa jovem aprendiz rural.
    fui informada que abriu o cadastro para me escrever sou professora peb1 a onze anos e fui comunicada por uma amiga que da aula neste programa la em gariba

  34. claudio geraldo de souza almeida cassimiro Says:

    Gostaria de saber mais sobre o Resolução 2, pois tenho filosofia mas nao tenho licenciatura. Como posso fazer?

  35. jefferson Says:

    caros amigo jovens fiquei muito alegre em saber que em meio a muitos jovens existe pessoal como vcs que lutar pela a liberdade e a igualdade dos jovens pois muito jovens são rejeitado por não ter esperiência no mundo do trabalho, sou sub-secretario da secretaria da juventude da minha cidade de itaguatins tocantins , e ficarei muito grato em saber como fazer pra ter um dos seu projeto em mão pois pretendo colocar em atividade pois os jovens da minha cidade estão precisando pois o mundo das drogas estar crescendo muito e se agente não lutarmos juntos logo logo estarendo sem força espero contar com vcs o meu tel é 63 81197373 caso queirão ligar pra gente converçar melhor. esperto contar com vcs.

    • Jefferson

      O Trilha Jovem é um projeto que foi desenvolvido pelo IH, de Salvador (Ba) com apoio do Ministério do Turismo, entre outros. É (ou foi) desenvolvido em 10 estados brasileiros. A Germinal participou da concepção do Projeto, mas não de sua execução. Não temos informações atualizadas sobre ele. Não temos condiçõe de ajudá-lo a implementá-lo em seu estado.

  36. jefferson Says:

    o nosso enterese é sobre a trilha jovem

  37. bruno dias Says:

    OLA!
    SOU BRUNO E ESTUDANTE DO CURSO DE LETRAS COM ESPANHOL NA UEFS,GOSTARIA DE SABER DE VOCÊS COMO FAÇO PARA SER INTEGRANTE DESTA EQUIPE DO TRILHA JOVEM, POIS ME INTERESSEI BASTANTE PELO PROJETO E GOSTARIA MUITO DE PARTICIPAR…….

  38. Tehil Gaspar de Oliveira Says:

    Não é um comentário. É um desejo de ter um contato com o
    Prof. Lauro, ou com um dos seus filhos. Fui aluna dele no Ginásio Fortaleza, cujo diretor era o Dr. Luiz dos Santos Colares. Nunca esqueci o grande professor Lauro de Oliveira Lima! Hoje sou advogada e Pedagoga, moro no Rio de Janeiro.
    Sou cearense, de Maranguape.
    Tehil Gaspar de Oliveira

  39. Diva Mascarenhas Says:

    E´muito especial encontrar vocês em um site, moro no interior de Minas e adoro pesquisar, sou pedagoga e trabalho com reforço escolar , busco sempre um aprendizado moderno e criativo , daqueles em que a criança participa do processo de aprendizagem , é trabalhoso , mas gratificante.
    Quando encontrei vocês buscava um projeto para construção de uma sala de aula para fazer o meu trabalho e um curso de pós graduação em psicopedagogia. vi salas lindas e modernas mas quanto ao curso vocês tem alguma indicação?
    Desde já agradeço .

  40. lucy Says:

    Ola Kuller,
    fiz curso com você, foi mmuuiitooo! boooommmm! gostaria se possivel de um telefone fixo que possa entrar em contato
    cordialmente

  41. lucy Says:

    O curso que fiz , faz muito tempo , mas , sempre me lembro da importancia e qualidade do mesmo p/ minha formação

  42. westerley Santos, BH Says:

    CRISE DE AUDIÊNCIA DO ENSINO MÉDIO OU FARSA IDEOLÓGICA?

    Começou uma Campanha ideológica nacional para fins mercadológicos contra o Ensino Médio Público. A idéia é destruir o formato atual em que ele está estruturado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação- (LDB/ 9.394/96), que o estrutura em bases humanísticas de formação do cidadão para colocar no lugar, um ensino de formação técnica de mão de obra jovem e barata para o empresariado. Usando a rede escolar do Estado e jogando a fatura deste investimento nas costas da sociedade.

    A estratégia é a de sempre, alegar uma CRISE no Ensino Médio Público e apontar os Professores como principais culpados pela suposta “crise”. De quebra, a campanha veiculada na mídia, principalmente pela internet, tenta justificar a adoção de processos meritocráticos de avaliação dos professores, com punições para os piores e premiações para os melhores – (uma forma de manter os salários baixos para o magistério).

    Assim, está delineado o mais novo plano de ataque neoliberal à educação e aos professores. Após a manipulação midiática da sociedade e acordo com autoridades políticas e de escolas particulares, o próximo passo certamente será uma proposta de solução para o “problema”, que nesta altura já está pronta, qual seja: mudança no currículo para atender as necessidades de mão de obra qualificada de um empresariado que não quer investir seus recursos em capacitação de seu quadro funcional, passando a responsabilidade para o Estado e a fatura para a sociedade. Sem aumento de salário para os professores, é claro!

    Tudo isso, sob a velha bandeira ideológica de melhorar o Ensino. Mas, que na verdade, trata-se da mais nova investida do plano neoliberal de interesse empresarial, agora na educação.

    Esta campanha é uma estratégia de manipulação das massas pela mídia, estudada e elencada pelo filósofo norte americano Noam Chomsky. Em seu estudo o filósofo apresenta “10 estratégias de manipulação das massas através da mídia”. Desta lista pelo menos cinco estratégias estão sendo utilizadas diretamente nesta campanha de destruição do Ensino médio. Vejam algumas: (destaque para a nº 7)

    2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES. Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

    3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO. Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

    4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação
    quando chegue o momento.

    7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

    9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
    Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria
    desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas
    capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o
    sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um
    estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E,
    sem ação, não há revolução!
    Pois bem! Estas afirmações não são meras ilações ou pressentimentos de um visionário diabólico. – Antes fossem! São fatos, constatações, informações anunciadas em alto e bom som, há um público de aproximadamente 500 pessoas da área da Educação de todo o Brasil, com toda pompa de um seminário Empresarial realizado em São Paulo (17/11), com a apresentação dos signatários e do subsecretário de assuntos estratégicos da Presidência da República, representando o Ministério da Educação- MEC.

    Trata-se do primeiro instrumento a ser utilizado para ampla divulgação e campanha que já começou por meio midiático nacional com publicações semanais de artigos e fascículos de uma pesquisa quantitativa (ver site http://WWW.cenpec.org.br/biblioteca/educacao/estudos-e-pesquisas/a-crise-na-audiencia-no-ensino-medio) para convencer a população e autoridades, de que há uma crise no ensino médio.

    A pesquisa foi elaborada em 2010 pelo IBOP- (instituto Paulo Montenegro), a pedido do Instituto Unibanco e durou aproximadamente dois meses com observações em 36 turmas do Ensino Médio de 18 escolas, de três grandes centros metropolitanos, não informados. (possivelmente MG, RS e SP)

    Segundo anunciado no seminário em São Paulo, o objetivo da pesquisa foi descobrir as causas da evasão e do baixo rendimento dos alunos do Ensino Médio, mas, ao fim, responsabiliza o professor (conforme a estratégia de manipulação nº 9, acima) pelo suposto problema, chamado de “Crise de audiência do Ensino Médio”. (conforme estratégia de Manipulação nº 2, acima)

    Para mostrar a verdadeira intenção desta campanha ideológica publicarei em breve uma análise crítica completa da pesquisa para expor os absurdos e equívocos anunciados. Minha intenção é demonstrar a manipulação que há por trás da idéia de “crise do Ensino Médio”, analisando criticamente o processo, demonstrando a invalidade da pesquisa, os erros das proposições e das premissas usadas, os erros conceituais, de paradigma, de concepções de tempo em educação, de aula, escola ensino e aprendizagem.

    Demonstrarei que não há crise no Ensino Médio, há sim um plano de manipulação implantado para transformá-lo em fábrica de capacitação técnica de baixo nível para os interesses empresariais/neoliberais.

    Demonstrarei o que está por trás do ataque de responsabilização e culpabilidade do professor, e ao fim, apresentarei uma investigação sobre a real intenção política e econômica que motivou e motiva a pesquisa e a campanha de destruição do Ensino Médio Público nas bases humanistas atuais.

    Será uma longa jornada, mas necessária para esclarecer, alertar e oferecer à sociedade, aos professores, sindicatos e defensores da Educação, a possibilidade do contraditório, necessário a uma reflexão crítica verdadeira. Mostrando que não há crise no Ensino Médio brasileiro, desvelando ao mesmo tempo, as verdades ocultas subjacentes a esta campanha ideológica que tenta desqualificar professores e o Ensino, para fins e interesses meramente empresariais/neoliberais/mercadológicos em detrimento a formação para a cidadania e para construção de uma consciência crítica com base nos valores mais humanos para a vida em uma sociedade complexa. Aguardem!
    Prof./Filósofo – Westerley A. Santos
    19/11/11

  43. Maria Leonor Martinez Falcão Says:

    Bom dia!!! Solicitei um modelo de PPP para cursos técnicos, mas na verdade o PPP já tenho só preciso da Proposta pedagógica. Qual o valor?

  44. Preciso de orientações práticas para capacitação de empregada doméstica. Tenho pouco tempo,trabalho fora e não encontro nada que possa oferecer de guia e/ou manual para que a mesma minha empregada doméstica) possa se auto-determinar quanto a realização de suas tarefas diárias.
    Obrigada e fico no aguardo de algo.
    Salete

  45. Tereza Cristina Passos Says:

    Olá, meu nome é Tereza Cristina.
    Gostaria de saber se o educando que já concluiu o ensino médio, poderia ser matriculado em uma escola pública para fazer outro curso na mesma modalidade acrescido de curso profissionalizante.
    Na cidade em que eu moro, as escolas não querem emitir segunda via do histórico escolar, alegando que seria contra o que diz a lei a realização de mais de um curso do ensino médio, Por favor, me ajudem a entender! Aguardo a resposta por e-mail. Muito obrigada pela atenção!

    • TEREZA

      Se o educando já concluiu o ensino médio, ele pode requerer cursar apenas a parte profissionalizante do curso para completar a sua formação como técnico de nível médio. Não é necessária a repetição de todo o curso técnico, uma vez que a profissionalização é algo que se acrescenta à formação básica e comum a todos os alunos de ensino médio.

  46. CRISE DE AUDIÊNCIA NO ENSINO MÉDIO OU FARSA IDEOLÓGICA? (parte 3/4)
    – A INSUFICIÊNCIA DOS VETORES OU PREMISSAS DA PESQUISA-
    Conforme prometido continuo o exame da pesquisa divulgada na internet sob o título “A crise de Audiência no Ensino Médio. Nesta terceira parte procurarei demonstrar, a insuficiência dos vetores ou premissas usadas para afirmar o problema da suposta “crise” E.M.
    Observações Preliminares:
    1- Reafirmo com esta análise minha intenção de apresentar o contraditório da pesquisa para que o público interessado tenha parâmetros para julgar o problema sob mais de um ponto de vista. Também na condição de professor, comprometido com a educação para a busca da consciência crítica e de cidadania do aluno e, com o papel social de minha profissão, me julgo no dever de esclarecer pontos importantes não explicitados pela pesquisa no seminário de S.P. e outros explicitados que insinuam responsabilização ou culpabilidade do professor pela baixa qualidade da Educação brasileira.
    2 – Portanto não se trata de modo algum de corporativismo ou de ataques indiscriminados a quem quer que seja, mas de um debate de idéias e da exposição de pontos de vistas que visam contribuir para a qualidade da educação brasileira com valorização dos seus profissionais.
    3 – Sendo um debate franco, em princípios democráticos, e no uso do direito de expressão de idéias e opiniões conferidas a todo cidadão pela constituição brasileira (Art. 5º, IV, VIII, IX,) entendo que não cabe nenhum tipo de retaliação ou medidas que denotem intolerância, pelo contrário, entendo ser uma excelente oportunidade para discutir em alto nível a situação do Ensino Médio, do professorado, dos alunos, da escola, do ensino e aprendizagem, da educação brasileira.
    4 – É por este motivo que minhas análises são críticas e propositivas, justamente para contribuir com minha experiência direta com o Ensino Médio para uma educação verdadeiramente de qualidade, capaz de edificar o homem e uma sociedade justa e promotora de oportunidades de vida digna para todos os alunos e professores.
    5 – Por fim, advirto ao leitor que por se tratar de uma pesquisa densa e com muitos pontos controversos, optei por oferecer um exame mais demorado e aprofundado, que uma análise rápida e superficial.
    1) – A INSUFICIÊNCIA DOS VETORES OU PREMISSAS DA PESQUISA-

    Segundo os signatários a pesquisa utilizou a seguinte equação metodológica para aferir seus resultados: Vetor 1: “oportunidade de aprender” (foco no aluno) + Vetor 2: “oportunidade de Ensinar” (foco no professor) = Resultante (Audiência*).
    Pode-se objetar que cada vetor apresentado traz em si uma premissa. O vetor 1 denota a premissa (a presença é oportunidade de aprender) e o vetor 2 traz a premissa (a presença do professor dando aula é oportunidade de ensinar).
    Nesta nota convido o leitor a uma análise pormenorizada sobre a validade ou invalidade destas premissas, pois, desconfio que tais proposições não são suficientes para tornar as inferências advindas desta equação, verdadeiras. Uma vez que não encontro na realidade prática da docência, relação direta e suficiente entre a presença do aluno ou do professor e a oportunidade de aprender de fato, no sentido colocado pela pesquisa.
    Isso me faz levantar a hipótese de que os vetores ou premissas não são suficientes para demonstrar o conteúdo daquilo que a pesquisa afirma demonstrar a partir delas. A julgar pela experiência da realidade, estes vetores não significam necessariamente, oportunidade de aprender e de ensinar de fato. Se estiver correto, a inferência da pesquisa será invalida também pela insuficiência de suas premissas.

    2) Análise do Vetor 1 – Premissa: “Presença é Oportunidade De Aprender“.
    Quando se fala em oportunidade de aprender, o termo “oportunidade” está se referindo a qualidade de oportuno, de uma condição favoravelmente dada, propícia. Está se falando daquilo que está apropriado, cômodo, conveniente, conforme, adequado. Quando se considera que presença é oportunidade de aprender, está se considerando implicitamente que os atributos inerentes à oportunidade, estão dados na presença, o que não confere com a realidade de sala de aula das escolas públicas.
    Como foi colocado pela pesquisa, está se considerando implicitamente que a presença do aluno em sala de aula é ela própria, em si mesma, a condição ou situação de oportunidade para o aluno aprender.
    Ocorre que a presença do aluno não é em si mesma, oportunidade de aprender, não se confunde com condição suficiente ao aprendizado.
    A presença do aluno é apenas uma das condições do processo de ensino e aprendizagem. Sem dúvida necessária, mas não suficiente. Não é suficiente por falta das outras condições, que são as materiais objetivas, e que denomino de Condições de Suficiência. Por tanto, a presença é uma condição necessária, mas não é uma condição suficiente.
    O equivoco da pesquisa neste ponto foi colocar o foco da oportunidade de aprender apenas no fator presença, pois, deste modo, este fator torna-se uma “situação”- já que não foram considerados os elementos que antecedem e sucedem a presença do aluno. Ou seja, não se considerou as condições que compõem a presença do aluno em sala, e sim, apenas o momento da presença em sala. Isto a caracteriza no máximo como uma posição em relação a um ambiente determinado.
    Categorizar, conscientemente ou não, presença, como situação, quando ela é uma condição, muda tudo! Vista como “situação”, a presença assume um caráter perci, de dado único e suficiente à oportunidade de aprender, uma vez que, como “situação”, os elementos anteriores, justapostos e, posteriores, dos quais ela depende e interage estarão anulados. Ignorar estas condicionantes é o mesmo que dar à presença um caráter, um status de suficiência ao aprendizado, o que de fato ela não tem e veremos por quê.
    3) A PRESENÇA DO ALUNO EM SALA NÃO É UMA CONDIÇÃO SUFICIENTE PARA O APRENDIZADO.
    Uma situação é um recorte, algo posto, dado, sem necessidade de antecedentes e procedentes e, portanto, assume um caráter de suficiência (como está sendo entendido pela pesquisa). Já uma condição é uma reunião de circunstâncias, algo de que se necessita para algo. É alguma coisa a ser criado, construído, provocado, um dever-ser, (como deveria ser entendido). Logo; se entendessem que presença é uma condição, perceberiam imediatamente que ela é uma entre outras e que por isso mesmo, não é suficiente, necessitando das outras condições (antecedentes, justapostas e procedentes) para se estabelecer a oportunidade de aprender de fato ao aluno.
    A conseqüência natural desta reflexão seria a busca pelas outras condições de suficiência à oportunidade de aprender. Imediatamente se indagaria sobre: quais seriam estas outras condições para se determinar a oportunidade de aprender, além da presença em si mesma. Deste modo os signatários perceberiam que a oportunidade de aprender não depende só da presença e que este fator é necessário, mas, carece de outras condições de suficiência complementares.
    E quais seriam estas condições de suficiência que faltam para compor o quadro da oportunidade de aprender, junto a presença? Para aquém da condição de presença há as condições materiais objetivas e para além, falta às condições subjetivas. Esta tríade responde a indagação anterior e compõe a necessidade e suficiência da oportunidade de fato de aprender.
    Alias o que se percebe na realidade da Escola, é o aluno presente em sala, mas não as condições materiais objetivas e as condições subjetivas para que esta presença se transforme em oportunidade de aprendizado. – Nesta análise não vou me deter as condições subjetivas¹ ao aprendizado, para o proposto, basta analisar as condições materiais objetivas para o ensino e aprendizado.
    Ao entender apenas a presença como oportunidade de aprender, está se desconsiderando condicionantes sem as quais, a oportunidade de aprender de fato, não estará dada, estará inclusive sendo retirada do aluno. O que significa que, há de se considerar não só a presença do aluno, mas também a qualidade desta presença. E a qualidade é diretamente proporcional às condições materiais objetivas dadas para que esta presença seja aproveitada como oportunidade de aprender de fato.
    De outro modo; para ter a oportunidade de aprender de fato, não basta o aluno está ali, presente em sala de aula. Ele precisa estar ali e, junto dele, todas as condições materiais objetivas disponíveis e acessíveis ao aprendizado. A presença so se justifica como oportunidade de aprender neste contexto.
    E mais, as condições materiais objetivas devem ser apropriadas ao ensino, à Escola, a sala de aula ao professor e aos alunos.
    4) A OPORTUNIDADE DE APRENDER PRESSUPÕE A GARANTIA DAS CONDIÇÕES MATERIAIS OBJETIVAS DE ENSINO.
    A falta das condições materiais objetivas ao ensino e aprendizagem, se observa na maioria das escolas, brasileiras, inclusive nas capitais. Muitas escolas sequer têm mobiliário decente e apropriado para os alunos e professores. Não há as mínimas condições materiais e físicas para se promover o aprendizado, como: carteiras apropriadas, quadros, bibliotecas e laboratórios bem equipados, material pedagógico diferenciado disponível e atualizado, equipamentos, instrumentos, acesso às tecnologias pedagógicas entre outros. E não basta equipar as escolas, é preciso treinamento aos professores e disponibilizar aos Diretores um sistema de assistência técnica permanente.
    Como sabemos, no interior do Brasil, há escolas em que os alunos e professores estão lá, presentes, como querem, mas de pé ou sentados em caixotes e até amontoados pelas salas de chão batido como se vê em algumas reportagens. E querem chamar isso de oportunidade de aprender. Eu chamo de abandono de oportunidades!
    Por tudo, o processo de ensino e aprendizagem não se inicia e muito menos termina com a presença do aluno em sala de aula, como deixa transparecer a pesquisa. Eu diria que de uma ponta a outra do processo todo, a Presença é apenas um passo. Como veremos a seguir.
    5) AS QUATRO ETAPAS DAS CONDIÇÕES MATERIAIS OBJETIVAS OU CONDIÇÃO DE SUFICIÊNCIAS AO APRENDIZADO.
    As Condições Materiais Objetivas ou Condição de suficiência, são etapas da oportunidade de aprender que devem ser garantidas antes, durante e depois da presença do aluno em sala, e, devem ser atendidas necessariamente no conjunto, para que a oportunidade de aprender seja suficiente e se dê de fato.
    É um processo composto no mínimo por quatro etapas: 1ª)Condição de acessibilidade. Levar o aluno a escola. 2ª) Condição de presença. Garantir a permanência do aluno na escola. 3ª) Condição de ensino/ aprendizagem. Desenvolver o ato mesmo de ensino/aprendizagem em sala de aula com apoio das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), formação continuada, valorização salarial e social do professor. 4ª) Condição de continuidade da aprendizagem. Oferecer garantias ao aluno para realização dos estudos pós escola e Ensino Médio.
    É este conjunto que define as condições materiais objetivas de ensino/aprendizado e que, portanto, determina a oportunidade de fato de aprender.
    Sem estes quatro passos iniciais do processo, não há oportunidade real de aprendizagem, sem este conjunto, a oportunidade de fato não estará dada. Sem eles o que se vê, é um eterno esforço para ter a oportunidade de aprender, e do professor em ensinar. Mas, esforço para ensinar e aprender não é oportunidade, é busca de oportunidade e, só se busca o que não se tem.
    Entretanto, para delimitar o lugar da condição necessária que é a presença do (aluno e professor) no contexto da aprendizagem, será preciso discriminar as etapas citadas da Condição de suficiência negligenciadas pela pesquisa no seminário de São Paulo. E assim determinar, por fim, a participação relativa (insuficiente) da presença no processo da oportunidade de aprender.
    6) A NÁLISE DA CONDIÇÃO DE SUIFICIÊNCIA PARA A OPORTUNIDADE DE APRENDER DO ALUNO
    1º passo – condição de acessibilidade ou (levar o aluno à escola).
    Esta etapa é fundamental, pois sem ela não haverá presença e conseqüentemente não haverá aprendizagem escolar presencial. Mas este passo depende de fatores externos a escola, são aspectos de responsabilidade social governamental e empresarial, como a questão da seguridade Social (violência), das relações de trabalho em que o aluno é submetido fora da escola (exploração da mão de obra), da mobilidade urbana, (localização e transporte), do custo do transporte coletivo no orçamento familiar, (renda familiar) e, de segurança alimentar, enfim, da situação de risco e de vulnerabilidade social do aluno. Sem falar nas condições psicológicas e emocionais do aluno em relação a estrutura familiar que situa-se nas condições subjetivas para o aprendizado e que abordarei em notas².
    Todos estes elementos antecedentes à presença do aluno fazem parte do conjunto que compõe as oportunidades de aprender, pois, eles interferem positiva ou negativamente na qualidade da presença e não depende nem da escola e nem do professor atender estas necessidades.
    Não vou aqui demonstrar como, e em que aspectos, cada um dos itens citados acima interfere na oportunidade de aprender do aluno. Há diversos estudos disponíveis sobre cada um deles. Para detalhes sugiro a leitura do relatório da UNICEF. “Situação da Adolescência Brasileira – 2011”.
    Mas, como dado de realidade deixo dois exemplos vividos pelos alunos e professores Brasil a fora:
    1º Exemplo : Quanto a acessibilidade e mobilidade.
    É facilmente constatável que a especulação imobiliária não destina áreas nobres dos loteamentos à construção de escolas. As áreas bem localizadas, iluminadas e sem risco de alagamentos, são áreas de maior lucro dos empreiteiros, construtoras e imobiliárias. Às escolas sobram as chamadas “áreas nom edificantes”. Por conta disso, as escolas publicas em geral, estão localizadas quase sempre no escondido mal iluminado dos bairros ou as beiras de um córrego ou num alagado soterrado e utilizado para edificar o prédio escolar. São prédios inadaptados às necessidades dos alunos, – nem estou contando para os portadores de necessidades especiais.
    Estes aspectos de acessibilidade interferem diretamente na freqüência do aluno, pois dizem do inapropriado, do incômodo, do inconveniente, do desfavorável, de barreiras físicas e geológicas, que geram dificuldade de acesso, o que dificulta a freqüência do aluno e conseqüentemente uma condição necessária à oportunidade real de aprender. São fatores que dizem da acessibilidade física à escola. – Há quem diga que há falta de interesse do aluno em aprender, eu digo que há falta de interesse das autoridades em oferecer as condições apropriadas para o aluno aprender. Senão vejamos:
    Quando o córrego na porta da escola ou do “barraco” onde o aluno mora transborda, este simplesmente não consegue sair de casa ou chegar à escola. É um dado real, outros semelhantes são recorrentes em todo Brasil e a pesquisa não abordou, pois, diz de uma responsabilidade social que não é da Escola e nem dos professores e sim, dos governos e empresários.
    Outro dado é a distância percorrida pelo aluno para chegar a escola. A pesquisa deveria perguntar: o aluno vai e vem da escola a pé? Ele passa por locais perigosos a noite? É uma aluna? – Gênero mais vulnerável a violência e ataques sexuais – vai e vem de transporte coletivo? Neste caso, quanto gasta de condução? Sua família tem renda para bancar este custo? Estes são problemas reais vividos pelos alunos e que interferem diretamente na sua freqüência. (ver relatório citado da UNICEF-2011).
    Eu mesmo tenho alunos (as) que andam quilômetros para ir e voltar da escola, muitas vezes sem o café da manhã. E chegam a escola e vão direto para as salas de aulas, só farão a primeira refeição do dia as 9:30 da manhã, já terão se passado de 3 a 4 horas sem se alimentar, isso se tiverem jantado na noite anterior. Estão presentes, mas em que condições físicas e alimentares? E ainda têm aulas de Educação Física e provas antes da primeira refeição do dia. Será que isso interfere no seu rendimento escolar? Imagine esta situação repetida pelos alunos todos os dias da semana, todas as semanas do mês, por todos os meses do ano, durante três anos consecutivos, contando só o Ensino Médio. Chamo a isso de incentivo à desistência escolar e a não aprendizagem.
    Onde está a parcela dos empresários do transporte coletivo, por exemplo, que impede por todo tipo de lobby o baixo custo da passagem para estudantes? Onde está a atuação do governo que não disponibiliza transporte escolar estatal gratuito aos estudantes do Ensino médio, ao menos aos mais carentes? – Como prevê a Constituição. Será justo imputar o baixo rendimento destes alunos aos professores, a escola ou a eles mesmos?
    2º Exemplo: Quanto a exploração pelo Empregador.
    No caso do aluno do noturno, a pesquisa deveria perguntar: o aluno é trabalhador? Qual o seu horário de trabalho? O patrão permite que ele tenha tempo e oportunidade para estudar e realizar as atividades extra-escolares no trabalho? – No Brasil mais de 1 milhão de meninos e meninas de 10 a 15 anos trabalham explorados em subempregos. Todos eles têm patrões. (IBGE 2010).

    Convivo diariamente com alunos que não conseguem chegar no horário da primeira aula noturna, durante todo ano, pois seus patrões não os liberam um minuto mais cedo para estudarem, pelo contrário, força-os a sair mais tarde do trabalho e até cobram horas extras a serem “pagas” aos sábados, pois o aluno-trabalhador não as fez durante a semana, como todos os outros trabalhadores – justificam os patrões.

    Estes casos não são exceção, são regras. É a realidade vivida por muitos alunos e interfere diretamente naquilo que a pesquisa chamou de oportunidade de aprender. Podemos culpabilizar o professor pelo baixo rendimento destes alunos? Podemos culpar a escola pela desistência e abandono deste aluno? – Conheço professores espalhados por várias escolas que auxiliam alunos nesta situação com aulas em horários extras sem nada ganharem para isso!

    No entanto, o empresário que explora o jovem aluno e dificulta sua vida escolar não foi abordado no seminário de SP. Preferiram culpabilizar o professor e a baixa atratividade da escola pelo rendimento do aluno. Ora! Até quando teremos empresários dificultando a ascensão educacional e tudo que ela representa aos jovens estudantes trabalhadores, as famílias e a Sociedade? Quem vai exigir um pouco de responsabilidade e solidariedade social destes empregadores? Quem vai providenciar leis que protejam e que sejam aplicadas de fato em defesa da oportunidade de estudar do jovem estudante trabalhador? O problema é de crise do Ensino Médio ou de crise de consciência ética e social dos que detêm o poder político e econômico?

    O fato é que a maioria do empresariado brasileiro ainda pensa e age com os trabalhadores, jovens ou adultos, homens ou mulheres, como no início do séc. XIX . Ainda percebem o trabalhador como adversário, larápios que precisam ser revistados na entrada dos turnos ou vigiados por câmeras e detectores de metais no interior das fábricas. A mesma prática vigilante dos presídios de hoje e das minas de carvão no início do Sec XIX.

    É só observar! Sustentam uma hierarquia monárquico-feudal em sedes e salas suntuosas como palácios, em grandes centros econômicos das principais capitais do país, enquanto o trabalhador, inclusive jovens estudantes, se viram em locais insalubres, com banheiros e cozinhas fedidas, quando os tem.

    A visão do empresário brasileiro ainda é do lucro máximo e rápido a qualquer custo, principalmente sobre a exploração da mão de obra que amarga os piores salários do mundo, enquanto as empresas brasileiras alcançam os maiores superávits do planeta, principalmente os Bancos. (O Salário do professor é o 3º pior do Mundo – Pesquisa UNESCO/OIT , 2011)

    No Brasil do Séc XXI ainda permanece a lógica servil e escravocrata nas relações de trabalho, como resquícios de uma abolição tardia! Ainda assim, culpam o professor pelo baixo rendimento do aluno do noturno, quando não o próprio aluno, enquanto este é explorado de 12 a 14 horas de trabalho diário pelo empregador que vem extorquindo não só sua força de trabalho jovem, mas também sua oportunidade de evoluir como pessoa por meio dos estudos.

    Sob o pretexto da empregabilidade, e do crescimento econômico, promovem na verdade a subempregabilidade exploratória, mantendo a pobreza sob controle para que a miséria relativa não se transforme em miséria absoluta, com a ajuda do assistencialismo governamental das bolsas pobreza. Mas este assunto não foi abordado na pesquisa divulgada no seminário de SP.
    Os exemplos citados são casos reais que mostram a necessidade de providências antecedentes á presença em sala de aula e que determinam a qualidade da freqüência dos alunos. Trata-se de abandono social, causas, conseqüências e responsabilidade do Estado e do empresariado e, que interferem na escola, determinando a suficiência ou insuficiência da oportunidade de aprender. O que demonstra que o abandono ou baixo rendimento do aluno, não é responsabilidade dos professores ou da Escola e muito menos uma suposta crise em um nível de ensino, como afirma a pesquisa.
    2º passo: condição de presença ou permanência do aluno na escola.
    O segundo passo a ser considerado na composição da oportunidade de aprender de fato ou de sua suficiência é, a permanência do aluno na escola. E agora sim, a pesquisa tocou num ponto válido.
    Embora não possa imputar culpabilidade a escola, ainda assim, alguma coisa ela precisa fazer para tornar-se mais atraente, apesar da situação até aqui descrita. Este fator é fundamental para a permanência do aluno.
    Mas o que é uma escola atraente? Constantemente comete-se um erro ao definir esta questão. Quase sempre se esquecem de perguntar aos principais interessados, a quem por necessidade, sabe a resposta; os próprios alunos! Não vou aqui cometer os mesmos erros dos estudiosos e apontar o que fazer. Perguntemos a quem sabe pela própria experiência da falta.
    A mim cabe observar outros fatores do ponto de vista exclusivo do educador. A permanência do aluno na escola não se dará apenas pelo prédio e salas adequados e bem adaptados, espaços de convivência, praças de alimentação, boas bibliotecas e laboratórios, tão pouco, por boas aulas e bons professores. Sim! Estes elementos são imprescindíveis, mas, são complementares à prática mais humana e essencial da Educação.
    Além destas condições, a permanência do aluno na escola se dará principalmente, quando ele, aluno, se sentir objetivamente parte integrante daquele espaço. Quando ele for valorizado, bem recebido, quando ele se sentir importante e ativo na vida da escola e de seus estudos. Só assim ele vai sentir que a escola é importante para sua vida. – Notem que estou usando o vocábulo, sentir propositalmente, pois não se trata de conscientizar ou compreender. Trata-se de experienciar com os sentidos e com a prática mesma. Trata-se de viver sensações, de sentir-se parte deste todo único que o ajuda a marcar as fases da vida, que é a Escola. A Escola precisa cultivar (educar) o sentimento de pertença do aluno, pela prática. Ele precisa sentir que ele mesmo é parte da escola.
    É uma questão de desenvolver pela sensibilidade, a natureza social, política, cultural e de linguagem do homem, como a cidadania, a ética, os valores, a oportunidade do diálogo. É a estética social do aluno para com a escola e desta parta sua experiência de vida.
    O aluno permanecerá na Escola quando ele for reconhecido como sujeito do processo Escolar, quando for ouvido,- e não estou dizendo de uma ação de sala de aula apenas, de iniciativa isolada de um ou outro professor, estou me referindo a um princípio geral que deveria ser adotado pela escola e Educação. Do contrário, enquanto as regras internas visarem a punição pela punição e não o ensino, enquanto o aluno se sentir mais em um presídio, que em um espaço de conhecimento, convivência , cultura e relacionamentos, enquanto a manifestação de Seu Ser político for tolhida, enquanto a escola torna-se uma extensão e exemplo de tudo aquilo que ele nega e contesta na sociedade, então ele se afastará. Como nos afastamos do que nos provoca a dor e o desprazer.
    A ação objetiva para a oportunidade de aprender, no que tange a permanência do aluno na escola, é dada pela redefinição, reorganização e redirecionamento dos valores Educacionais da Escola para com o aluno, das normas internas, da gestão com foco na pessoa do aluno, da aproximação e dialogo respeitoso, colocando-o no centro das ações, decisões e objetivos, de onde e para onde todo esforço pedagógico e de prática da cidadania deve convergir.
    Pó outro lado, não sou a favor de deixar todo o processo de organização escolar por conta do aluno, entendo que lhe falta ainda a maturidade política, intelectual e de conhecimentos mais avançados para saber escolher os rumos da sua própria educação. Mas sou a favor da parceria com o aluno, do trabalho conjunto, político-pedagógico, didático, participativo e de decisões para definirem juntos os rumos da escola e de sua educação. O saber, a educação devem ser uma ação compartilhada.
    Um exemplo: por que não se adota na escola, o Conselho Pedagógico Estudantil e também de pais, não digo dos grêmios estudantis que estão mais voltados para as questões políticas da organização, direitos e movimentos estudantis gerais, e nem dos colegiados escolares que acabam sobrecarregados pelos a fazeres administrativo-financeiros, digo de um Colegiado pedagógicos com a participação, voz e voto dos alunos, interno, específico, como um braço da gestão pedagógica da escola, com e para os alunos, orientados pelos especialistas e professores para ajudar na organização pedagógica da escola, sempre com a participação efetiva do aluno. Um conselho que participaria da elaboração do calendário escolar, do quadro de horários e distribuição de aulas, do tempo de intervalo, das normas e regras de funcionamento escolar, dos processos de avaliação e outras medidas pedagógicas.
    Entendo que este pode ser um meio para o aluno se perceber construtor ativo de seu aprendizado e co-responsável pela escola e por sua educação. E funciona, haja vista as comissões de formaturas, eventos esportivos e culturais realizados periodicamente nas escolas com a participação efetiva dos próprios alunos.
    Se a escola e governantes entendessem que a educação é um ato dialético de exercício para a aprendizagem político–social, que o ensino-aprendizagem é um exercício, teoria e prática, de cidadania, cotidiano, tendo o aluno como sujeito desta prática, veriam que o aluno permaneceria na escola voluntariamente. Digo por que experimento trabalhar com o aluno como agente de sua aprendizagem no pequeno espaço e tempo de sala de aula. Resguardadas as proporções, afirmo; os resultados são surpreendentes.
    E não é difícil de entender porque com ações deste porte a escola se tornaria mais atraente aos alunos. É que é da natureza humana; somos seres sociais e políticos. Quem não quer freqüentar e participar de um ambiente em que sua voz é ouvida e respeitada? Em que suas idéias, opiniões, ações e atividades são reconhecidas, discutidas e aplicadas? Quem não quer participar de um ambiente em que se sente construtor, sujeito ativo e valorizado? Quem não quer participar e freqüentar um lugar que lhe ofereça lazer e alegria? – Toda busca humana é pela realização de sua humanidade.
    Onde e quando participamos por escolha e decisão próprias, é para nós o reino da liberdade, portanto, participamos com prazer; ao contrário, onde e quando o outro decide por nós, não nos ouve, e nem participamos como sujeitos, e ainda somos punidos por isso, é para nós, o reino da necessidade, portanto, participamos com dor e desprazer. A tendência é o abandono!
    A chave para a presença e permanência do aluno na escola é o prazer, a significação e a realização em estar ali. Escola atraente é escola que oferece ao aluno as condições materiais objetivas, apropriadas, junto das condições subjetivas; a qualidade no ensino, e as condições políticas; os meios para se exercitar como sujeito de sua história na prática cotidiana do ensino e aprendizado, o exercício prático da democracia, da cidadania, da descoberta de valores essenciais que lhe sirvam de guias, da prática da afetividade, do prazer, do lazer e da alteridade, tudo isso na companhia e nas relações com seus grupos sociais, a partir do ambiente sócio-escolar adequado, lugar onde o jovem passa 1/3 da sua juventude.
    Tenho observado um fenômeno psicossocial na escola: regra geral o aluno tem uma relação afetiva com a escola, ele ainda a considera de algum modo, um lugar de sua realização, socialização, pelo menos em parte, um lugar de encontros, ele ainda a tem como espaço de convivência propício as suas experiências coletivas primeiras; de sujeito político, social, axiológico, afetivo, assim como a família é para ele o lugar próprio de suas experiências individuais primeiras, afetivas e morais mais tênues.
    No entanto, a própria estrutura organizacional escolar interna, fortemente mais disciplinar e proibitiva que didática, mais administrativa que pedagógica, mais punitiva que dialogal , mais de instrução que de ensino, mais adestradora que conscientizadora, tudo em nome da ordem e da obediência submissa do aluno, em detrimento a afetividade e a participação mais crítica nos processos decisórios de sua educação, somados a falta de oportunidades reais de aprender, estão, aos poucos, desterritorializando o aluno e o expulsando de seu lugar mais adequado de socialização. Os alunos estão preferindo as esquinas, as praças, os shoppings, as igrejas ( na melhor das hipóteses), à Escola. Estão preferindo o celular e internet à aula, não por culpa do professor, mas pelo sistema doutrinário de gestão escolar.
    Por tudo, não me admira os crescentes índices de abandono e de jovens fora da escola. E erram no diagnóstico aqueles que pensam resolver o problema com mudanças curriculares para inclusão de ensino profissionalizante. Acabam por impor-lhes uma vontade e necessidade mais mercadológica que de sua fase escolar ou de vida. Em nome de um futuro hipotético, tomam-lhes o presente real.
    3º passo: Condição de ensino e aprendizagem com qualidade.
    Chegamos ao terceiro passo de nossas condições materiais objetivas ou condição de suficiência para o aprendizado de fato. Entendo que já abordei grande parte deste item no texto (2) desta crítica publicado na internet. (Os Erros Das Proposições e a Invalidade Do Paradigma Da Pesquisa). Por isso, vou apenas abordar aspectos mais voltados a instrumentalização objetiva e material do processo de ensino e aprendizado.
    Para se falar em oportunidade de aprender de fato, há que se falar nas condições para ensinar. Não vou me alongar mais, pois este ponto já é bastante conhecido de todos. Não se pode realizar uma ação, qualquer que seja sem as condições materiais apropriadas para tal. O mesmo é válido para o processo de ensino e aprendizagem.
    E neste caso todas as pesquisas, e acima delas a própria realidade é gritante. Não haverá qualidade de ensino sem qualidade de docência. E a qualidade da docência passa em primeiro lugar pela urgente valorização salarial e social do professor. O salário do professor brasileiro é o 3º pior do mundo, o primeiro ou segundo pior da América latina. – Há estudos que apontam ser o 1º pior do mundo. Governos não cumprem sequer a lei do piso salarial que é menos que dois salários mínimos. (ver pesquisa UNESCO/OIT – 2011 e matéria publicada no CNTE / JORNAL DO COMERCIO. Dez/2011)
    Ao lado disso, não haverá qualidade de ensino sem professores bem formados. Mudem os currículos escolares mil vezes, multipliquem a carga horária cem vezes, nada, nenhum ponto será acrescido na qualidade real da educação, se antes, a valorização salarial e social, significativas, do professor e, investimentos em sua formação, não forem feitos. Digo isso por um motivo obvio; é humanamente, tecnicamente, financeiramente, biologicamente e psicologicamente impossível melhorar significativamente os índices de qualidade da Educação, sem estas condições preliminares fundamentais para o docente desenvolver sua função. Não é que nós docentes não queiramos esta qualiodade no ensino, queremos sim! Só é humanamente impossível nas condições de desvalorização, salarial, social e de formação em que vive o professor brasileiro.
    Para concluir este passo. Poucas escolas públicas, da portaria até a sala de aula, passando pelos banheiros e sala dos professores, oferecem as condições materiais apropriadas para o ensino e aprendizado. Na maioria das escolas as condições são impróprias, são adaptações, situações provisórias que se eternizam. No que se refere ao ambiente físico e recursos materiais da escola e sala de aula, as condições não favorecem a presença, a permanência, o ensino e aprendizado do aluno e a ação pedagógica do professor.
    Quanto a oportunidade de aprender a pesquisa deveria perguntar: quais são as condições físicas da sala de aula para este aluno aprender? A iluminação é apropriada ao aprendizado? E quanto a ergonomia? As carteiras são cômodas e adequadas a idade e altura dos alunos? As dimensões da sala são apropriadas ao número de alunos? Ou, o número de alunos por sala é apropriado ao ensino? – Pesquisa da UNESCO/OIT (citada) aponta que o Brasil é o país com o maior número de alunos por sala do mundo.Média de 45 alunos.
    Há que se perguntar: e a acústica da sala de aula é conveniente à aprendizagem? A ventilação, o nível de ruído, são apropriados ao aprendizado do aluno?- Em quase uma década na mesma escola nunca vi um técnico do governo medindo os decibéis e os lumens de uma sala de aula. Mas já vi engenheiros calculando aluno por M² para acondicioná-los em uma sala visivelmente pequena e inapropriada. Cálculos estes, que foram transformados em lei para definir o mínimo de alunos em sala. (de 40 a 45 alunos no caso de MG ).
    No que se refere aos recursos materiais tecnológicos para o ensino e aprendizagem, a pesquisa deveria perguntar: os equipamentos e recursos tecnológicos para uso do professor e alunos existem? São adequados? Estão disponíveis e acessíveis a todos? Há um sistema de cópias eficiente na Escola? Há lousa interativa, telas de projeção, eletrônica ou não, disponível, adequadas ou mesmo, há quadros em boas condições? Há auditório, sala de multimeios, laboratórios bem equipados, bibliotecas bem equipadas e adequadas com funcionários disponíveis e bem preparados? Há computadores e softwares pedagógicos e de pesquisa apropriados, atuais , disponíveis e suficientes aos alunos e professores? Há treinamento para os professores manusearem as novas ferramentas? Existem equipamentos apropriados e acompanhamento nutricional para a prática de esportes em Educação Física na escola? Há equipamentos de primeiros socorros e treinamento aos funcionários para casos de emergência? Há materiais pedagógicos próprios de cada conteúdo para uso em sala? Isso para ficar só nas questões objetivas materiais do ensino e aprendizado. A resposta é conhecida de todos!
    O fato é que ou o professor compra com seu próprio salário equipamentos, insumos como de informática e materiais de que precisa para dar uma aula melhor, mais atraente e de qualidade ou fica no tradicional copiar no quadro. Em média o professor mais interessado gasta de 20% a 30% por mês do seu baixo salário, por conta própria, com equipamentos e materiais bibliográficos que deveriam ser fornecidos pelo Estado, como jornais, revistas, livros de apoio, filmes, apostilas, jogos pedagógicos, papel, cartuchos de impressora, cópias para fins de aula.
    4º passo: Condição de continuidade da aprendizagem ou garantias ao aluno para realização dos estudos pós aulas e Ensino Médio.
    Para se levantar qualquer avaliação sobre a identidade do Ensino Médio, antes, há que se perguntar: quais são as expectativas reais oferecidas aos jovens egressos deste nível da Educação? Que perspectivas se oferecem a eles com a formação alcançada pelos Estudos? Que motivações e incentivos tem estes jovens após o Ensino Médio?
    Ora! Aqui entra a responsabilidade social do empresariado, mais que isso, aqui se exige de cada empresário um sentido de solidariedade social.
    Facilmente se cria em todo país uma expectativa positiva para que o aluno entre, permaneça e conclua os estudos. Basta um pacto social pró Ensino médio. O governo entra com incentivos de cortes de impostos, as Escolas com o sistema de gestão e controle democrático e o empresariado entra com cotas de oportunidade de trabalho para os jovens. Como seria isso?
    Ficaria estabelecido por contrato de solidariedade social um pacto educacional entre as partes. O governo atenderia as condições materiais necessárias, abastecendo as escolas com material pedagógico adequado, de qualidade, inovador e em quantidade suficiente. Além disso, baixaria impostos das empresas que “apadrinhassem” escolas públicas e as ajudassem com investimentos na infraestrutura física, de equipamentos, novas tecnologias de processos e gestão, sem tirar a autonomia das Escolas.
    As Empresas e órgão públicos reservariam vagas de trabalho aos alunos que cumprissem algumas exigências, tais como (freqüência, rendimento e comportamento). Estes alunos já sairiam do ensino Médio com vagas garantidas de emprego onde dividiriam seu tempo entre o aprendizado profissional na própria empresa e em cursos complementares de qualificação profissional pós Ensino Médio, que poderia ser o PRONATEC do governo federal ou mesmo no sistema “S”, por um preço razoável que ele (aluno) poderia pagar com o salário do primeiro emprego alcançado pelo programa. – É inverter o processo atual; os alunos saem do Ensino Médio com a certeza da vaga de emprego e é obrigado a fazer o PRONATEC para continuar empregado.
    Deste modo o aluno teria oportunidades reais e ao seu alcance, valorizadas pelo Ensino Médio e complementadas pelo ensino de qualificação profissional, assumidos pelas empresas com o apoio do governo e das escolas. Aí sim, haveria um incentivo forte para o aluno cursar o Ensino Médio, tanto para aqueles que visam uma carreira técnica-profissional, quanto aos que visam uma carreira acadêmica ou que dependa de curso superior como já são incentivadas pelo PROUNI. Não se trata de “tecnificar” o ensino médio, mas de propiciar que ele cumpra seu objetivo de formação mais humana e de cidadania com apoio do governo e empresariado..
    Sem medidas desta natureza e com os dados de realidade apresentados neste artigo, como podem dizer que oportunidade de aprender se limita a presença do aluno em sala? E que essa oportunidade está relacionada com a quantidade de hora/aula dada? Como podem insinuar que se o aluno não está aprendendo a culpa é do professor, dos métodos ou da quantidade de aulas? Como podem culpabilizar a Escola e os professores pelo baixo rendimento e evasão do aluno? Quando as condições objetivas materiais não são dadas? Desconsiderar estas realidades é uma completa miopia do processo educacional real.
    Para concluir esta terceira parte da análise da pesquisa, afirmo: a pesquisa considerou até aqui, como o todo da oportunidade de aprender, apenas a presença do aluno. Desconsideraram as condições antecedentes, as justapostas e as subseqüentes à presença, como vimos. Levados pela situação necessária da presença esqueceram as condições de suficiência, que no conjunto, compõe toda a cadeia da oportunidade de aprender de fato.
    Em certa medida, a julgar pelo seminário e detalhes da pesquisa, se preocuparam em procurar um culpado pelo baixo rendimento do aluno, quando deveriam se concentrar nas causas, conseqüências e soluções.
    Mas, antes de imputar ao professor e a escola qualquer responsabilidade sobre o rendimento do aluno ou crise de identidade do ensino médio, todos os elementos aqui citados, de responsabilidade do governo, do empresariado, e mais a questão de valorização do professor, devem estar atendidos, e só, somente depois disso, se, a qualidade do ensino não for suficiente, é que podem apontar o dedo para o professor e responsabilizá-lo por algum resultado negativo. Antes disso é leviandade, ignorância sobre o processo educacional ou manobra ideológica! Contra um profissional que normalmente se nutre de um sentido nobre de solidariedade social e humana, não de modo messiânico, como querem alguns, mas por nutrir-se de um idealismo-humanista inexplicável.

    Por: Westerley Santos – Professor/Filósofo /Mar 2012
    NOTAS:
    1) Na quarta e ultima parte deste exame, pontuarei os equívocos do vetor “oportunidade de aprender” – foco no professor, a concepção Taylorista de tempo no ensino adotada pela pesquisa, e por fim, tentarei demonstrar por que a pesquisa não é um instrumento válido para aferir a situação do E.M. brasileiro.
    2) Quanto as condições subjetivas ao aprendizado como: o ambiente moral, ético, psicológico, organizacional, democrático e de convivência pacifica na escola, sofrem de toda sorte, de apoio forte e sistematizado das autoridades. Diretores, Supervisores, funcionários e todos os entes do processo educacional, atuam cotidianamente como se entendessem de modo inato, que as condições subjetivas, são um trabalho de todos, por todos os dias. E mesmo sem recursos e até sem o preparo necessário, tentam por iniciativa própria e dever mais ético e moral que profissional, estabelecer na escola as condições subjetivas ao aprendizado do aluno.
    Estas condições são tão fundamentais à oportunidade de aprender que deveriam receber atenção especial das autoridades. É muito difícil descrever uma condição subjetiva sem atrelá-la a outra objetiva, mas, como exemplo, cito algumas:
    A -Apoio psicológico: cada escola deveria contar com um centro psicopedagogico de atendimento e acompanhamento ao aluno. Bem-estar, saúde e nutrição: cada escola deveria contar com atendimento clínico, nutricional e odontológico periódicos ao aluno. Orientação vocacional: cada escola deveria contar com serviços de atendimento e orientação profissional e de carreira para o jovem estudante em fase de vestibular. Convívio social: é preciso rever o conceito que a escola e Gestores escolares tem por exemplo, sobre o intervalo. Este espaço/tempo é pedagógico, de convivência, socialização e aprendizado cultural, entre os alunos e destes com os professores em meio escolar. No entanto, o intervalo é de apenas 15 minutos, mal dá para o aluno ir ao banheiro, lanchar e se relacionar com o seu grupo.
    B – Espaço de convivência na escola: é preciso entender que a fase juvenil e adolescente se desenvolve tipicamente pelo encontro e construção de grupos de convivência e relacionamento, para isso é preciso criar espaços bem montados de convivência social para os alunos na escola: (arenas, anfiteatros, quadras decentes, palcos, praças de convivência e de alimentação).
    C – Além destas, do ponto de vista político-social, a Escola deveria ser vista pelas autoridades como uma célula receptora e dinamizadora de políticas públicas de integração social e cultural, e receber por isso, apoio pedagógico, técnico e gerencial, por meio de programas governamentais de parcerias permanentes que promovessem a aproximação e intercambio do núcleo escola com: pais/escolas, comunidade/escola, Universidade/escola, centros culturais/escola, secretarias e órgão de tecnologia/escola, secretaria e órgão de pesquisa e gestão/escola.
    Esta política de integração e apoio sócio-pedagogico-cultural, tecnológico e de gestão, entre os diversos órgãos do ente federativo e a escola, são possivelmente exeqüíveis. Basta usar a estrutura orgânica já existente de cada nível de governo para estabelecer convênios destes órgãos com a escola.
    Mas para isso, é preciso que os governantes enxerguem a escola não como um espaço onde se deposita e disciplina crianças e adolescentes, cercados por muros, e sim, como um centro de efervescência educacional, social, cultural, artística, esportiva, de conhecimento e convivência. Isto é dar qualidade a escola e torná-la atraente e funcional. Se cumprissem de fato os (Artigos 205 a 214) da Constituição Federal, já se faria muito pela educação.
    Há muito, estamos alertando: ou a sociedade, os governos e a própria Escola pública criam as condições subjetivas apropriadas para sua sustentação como pilar de civilização social e efervescência cultural e de conhecimento ou será sucumbida pelo processo incivilizatório da sociedade tecnicista.
    A escola está nos seus últimos fôlegos de resistência aos ataques da violência e do descaso das autoridades. A começar pelo processo de miserabilidade do professorado que vem os expulsado de sala de aula. Tão grave quanto a evasão de alunos, será a evasão de professores, que já começou! Os motivos são conhecidos de todos. ( ver texto internet “ Os 5 tipos de desvalorização Do professor).

    –sss—

  47. isadora Says:

    Ola, sou formada em arquitetura e urbanismo e possuo o titulo de bacharelado. Agora estou querendo ingressar na educacao infantil e gostaria de tirar o titulo de pedagogia, licenciatura curta e plena. Sabem me dizer se tenho que cursar novamente o curso superior completo ou se ha uma adequacao ou complementacao que eu poderia fazer nesse sentido? Tenho achado somente a alternativa do Prpograma Especial de Formacao Pedagogica, mas me parece mais voltado pra lecionar nos 4 ultimos anos do fundamental e ensino medio.
    Obrigada,
    Isadora


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