Germinal – Educação e Trabalho

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Competências para o Século 21 21 de agosto de 2012

O National Research Council, organização norte-americana de pesquisa, investigou quais as competências o estudante precisa desenvolver para enfrentar um mundo em constante transformação e para atuar nas sociedades do século XXI. Durante um ano,  fez pesquisas sobre o que se espera que os estudantes desenvolvam durante sua vida escolar. O resultado foi publicado no no livro digital “Educação para a Vida e para o Trabalho: Desenvolvendo Transferência de Conhecimento e Habilidades do Século 21“. O download é gratuito.

O quadro abaixo resume as competências identificadas pelo estudo.

 

Técnicos do Sescoop realizam levantamento de competências na Unicred JP 30 de julho de 2012

O site do Sescoop/PB publicou a seguinte notícia sobre o projeto de Qualificação de Empregados das Cooperativas de Crédito (Qualicred):

A analista Daniela Stella e o consultor José Antônio Küller conversaram com o diretor administrativo Paulo Valério Nóbrega, da Unicred JP

Técnicos ligados ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) se reuniram com profissionais da Unicred João Pessoa, ontem (26) e hoje (27). O objetivo da visita foi realizar um levantamento por amostragem das competências necessárias para o exercício de cargos comuns às cooperativas do ramo crédito. A ação faz parte do projeto de Qualificação de Empregados de Cooperativas de Crédito (Qualicred), voltado para os trabalhadores de cooperativas vinculadas ao Sistema OCB.

O Qualicred faz parte do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred), juntamente com o Formacred, que é voltado para conselheiros fiscais. Outras cooperativas de crédito dos estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Ceará também já receberam a visita do Sescoop

 Na Paraíba, o levantamento foi realizado pela analista de Desenvolvimento e Gestão Daniela Stella e pelo consultor José Antônio Küller, da Germinal Consultoria – empresa contratada pelo Sescoop para desenvolver a metodologia do Qualicred. “O Projeto surgiu de demandas apresentadas pelas cooperativas de crédito, Banco Central e Comitê Educacional das Cooperativas de Crédito do Sescoop”, explicou Daniela.

Conforme Küller, o levantamento é a primeira fase do Qualicred e os dados coletados deverão subsidiar das demais etapas. A amostra consiste em informações coletadas a partir de entrevistas com profissionais ocupantes de cargos comuns a todas as cooperativas do ramo a exemplo de gestores técnicos, gerentes administrativos e operadores de caixa.

O segundo passo é a realização de um workshop com representantes das centrais para o levantamento das competências organizacionais do setor.   Em seguida, será traçado o itinerário formativo do Projeto, que estabelecerá o modo como os cursos serão organizados. Esta etapa se seguirá da preparação dos planos dos cursos que, só depois disto, serão elaborados e disponibilizados.

 “A expectativa é que todo este processo seja concluído até o começo de 2013”, comentou Küller. O projeto está sendo desenvolvido pela Gerência de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop.

Na foto, A analista Daniela Stella e o consultor José Antônio Küller conversam com o diretor administrativo Paulo Valério Nóbrega, da Unicred JP

 

Prevenção também se ensina (I) 24 de junho de 2008

 

Um dos trabalhos de capacitação de educadores e de estudos e pesquisas da Germinal Consultoria foi desenvolvido para o projeto “Prevenção também se ensina” da Secretaria  de Educação de São Paulo e coordenado pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação). O trabalho envolveu o desenvolvimento de uma sistemática de avaliação para o projeto “Prevenção Também se Ensina” e a realização da avaliação do projeto em dois anos consecutivos (1996 e 1997). No portal da FDE, o Projeto é, em 2008,  assim apresentado:

 

O projeto Prevenção Também se Ensina, coordenado pela SEE – Secretaria de Estado da Educação, é executado pela FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação em escolas da rede pública estadual de ensino desde 1996. A iniciativa é voltada à  promoção da cidadania saudável e à redução da vulnerabilidade da comunidade escolar à gravidez na adolescência, ao uso indevido de drogas e às DST/Aids.

A iniciativa abrange todas as escolas das 91 Diretorias de Ensino do Estado, beneficiando alunos dos ensinos Fundamental e Médio. Entre seus objetivos está a viabilização na rede estadual de ensino de um projeto de educação continuada que propicie condições para o desenvolvimento da auto-estima dos alunos e do senso de responsabilidade sobre a saúde individual e coletiva, promovendo a redução do abuso de drogas e a conscientização sobre as complicações relacionadas à gravidez na adolescência e sobre as DST/Aids.

Para atingir seus objetivos, o Prevenção Também se Ensina: capacita educadores das Diretorias de Ensino para assessorar, acompanhar e avaliar a implantação de projetos relacionados aos temas da iniciativa; capacita educadores das unidades escolares, dando condições para implantarem projetos de prevenção no âmbito da comunidade escolar; dota as escolas e Oficinas Pedagógicas de materiais didáticos específicos, de forma a viabilizar a implantação dos projetos de prevenção; e cria espaços comunitários informais para discussão e reflexão de temas pertinentes ao projeto, envolvendo centros de saúde, ONGs, associações comunitárias e outras entidades que desenvolvam ações de prevenção e tratamento na região.”

 

A partir de uma entrevista com o coordenador do projeto: Nivaldo Leal Santos, o site Ao Mestre com Carinho, afirma: “A independência das escolas foi proposital, a fim de dar ao projeto um caráter de permanência. Não é uma ação isolada que acontece em uma determinada época do ano letivo, mas um hábito incorporado que envolve mudanças de postura dos professores frente às questões sexo e drogas. De todas as maneiras, é bom saber que Prevenção Também se Ensina já atingiu 71% da rede escolar, 2.700.000 alunos e se expande e consolida cada vez mais, graças ao emprenho dos educadores nele envolvidos e à intenção de educar os adolescentes de forma completa, qualificando suas decisões frente à vida e aos problemas que ao longo dela encontrarão”.

 

Prevenção também se ensina (II) 22 de junho de 2008

 

Um dos trabalhos de capacitação de educadores e de estudos e pesquisas da Germinal Consultoria foi desenvolvido para o projeto “Prevenção também se ensina” da Secretaria  de Educação de São Paulo e coordenado pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação). O trabalho envolveu o desenvolvimento de uma sistemática de avaliação para o projeto “Prevenção Também se Ensina” e a realização da avaliação do projeto em dois anos consecutivos (1996 e 1997). Abaixo, estão apresentados excertos do segundo relatório de avaliação.

 

 

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO “PREVENÇÃO TAMBÉM SE ENSINA” – Segunda fase – 1997

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

Grafitti - oreivainu.weblog.com.pt
Grafitti – oreivainu.weblog.com.pt

O Projeto Prevenção Também se Ensina, uma ação preventiva ao abuso de drogas, às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e à AIDS nas escolas estaduais de São Paulo, promovido pela Secretaria de Estado da Educação e operacionalizado pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), tem como objetivo geral:

“Estabelecer, na Rede Estadual de Ensino, um programa de educação que propicie condições para o desenvolvimento da auto-estima dos alunos e do senso de responsabilidade sobre a saúde individual e coletiva, promovendo a redução do abuso de drogas e das DST/AIDS”[1]

 

 

 

 

 

AÇÕES ESTRATÉGICAS

Para atingir o objetivo proposto, foi desenhada uma estratégia que visava a implantação de projetos de prevenção em cada escola. Em sua formulação, a estratégia partia do princípio da autonomia das escolas. Previa que os projetos fossem elaborados a partir das necessidades específicas de cada unidade de ensino. Procurava tornar as ações de prevenção parte do cotidiano escolar. Por fim, no desenho da estratégia, foram articuladas seis táticas[2] básicas:

 

 

 

 

 

 

 1. Coordenação Central

Grafitti - oreivainu.weblog.com.pt
Grafitti – oreivainu.weblog.com.pt  

Nas demais Delegacias da CEI, 52 ao todo e geralmente localizadas em cidades menores, as oficinas de capacitação foram realizadas em 1997. As oficinas de continuidade serão realizadas em 1998. Além disso, em 1997 e em convênio como o Ministério da Saúde, um novo grupo de escolas das DEs da Coordenadoria de Ensino da Grande São Paulo (COGSP) e de algumas cidades do interior passou pelo processo de capacitação.  O presente relatório aborda apenas a avaliação das ações desenvolvidas em 1997, no âmbito do Projeto Prevenção também se Ensina (Ampliação). Não envolve as ações decorrentes do convênio com o Ministério da Saúde. Foi constituída, na FDE, uma equipe de coordenação central do Projeto Prevenção Também se Ensina. A equipe assumiu uma prática de gestão participativa e uma perspectiva construtivista para o projeto. Desta forma, tendo como ponto de partida as definições gerais, o Projeto foi sendo detalhado pelos envolvidos em sua operação.        

 

 

2.    Seleção e formação dos Consultores

Um conjunto de profissionais da área de Saúde e da área de Educação foram selecionados e capacitados para a atuação no Projeto. No processo de formação, foi coletivamente desenhada uma estrutura básica (objetivos, conteúdos, recursos didáticos) e esboçada uma metodologia participativa de ensino para as Oficinas de Capacitação. A metodologia das oficinas também postulava a construção coletiva do conhecimento, favorecia a mudança de atitudes e a superação de preconceitos através de dinâmicas de grupo, vivências e grupos operativos. Os consultores, organizados em duplas docentes, conduziram as Oficinas de Capacitação e de Continuidade. As Oficinas tinham como público-alvo educadores das Unidades Escolares (UEs)  e das Delegacias de Ensino (DEs). Os mesmos consultores, através de Reuniões Técnicas, assessoraram educadores das DEs  na coordenação local do projeto. 

 

 3.    Capacitação da equipe escola

Grafitti - Foto Catedral

Grafitti - Foto Catedral

Em toda Delegacia de Ensino, um grupo de escolas (de 5 a 10) foi escolhido para participar do projeto. Dessas escolas, um pequeno grupo de educadores participou de um programa de capacitação desenvolvido nas DEs por duplas de consultores. O grupo de educadores, estrategicamente definido, foi composto pelo diretor (ou vice-diretor), por um coordenador pedagógico e por um professor. Esses educadores, durante e após a capacitação, passaram a ser agentes multiplicadores de formação e promotores do projeto de prevenção de sua escola. 3.1. Capacitação/96Em 1996, em 51 Delegacias da Coordenadoria de Ensino do Interior (CEI) foram realizadas 3 oficinas de capacitação (uma de 8 horas e duas de 16 horas). No mesmo ano, as mesmas oficinas de capacitação foram desenvolvidas em todas as DEs da Coordenadoria de Ensino da Grande São Paulo (COGSP). Esse trabalho já foi objeto de avaliação.3.2. Continuidade/1997Em 1997, nessas mesmas Delegacias da CEI e da COGSP, foram realizadas duas oficinas de continuidade, com duração total de 32 horas. As Oficinas de Continuidade têm como alvo prioritário o acompanhamento da execução dos projetos de prevenção das escolas, formatados durante a capacitação. A avaliação da continuidade está contida no presente relatório.3.3. Capacitação/97 (AMPLIAÇÃO) na av. Luisa Todi, em Setúbal- graffitisetubal.blogs.sapo.pt

 

4.    Capacitação de equipe da Delegacia de Ensino

No mesmo processo de capacitação dos educadores das escolas, um supervisor de ensino e um assistente técnico-pedagógico (ATP) das Delegacias de Ensino foram também envolvidos. Tais profissionais, através de Reuniões Técnicas com duração de 4 horas (uma reunião para cada Oficina de Capacitação e de Continuidade), foram ainda preparados para compor a equipe de coordenação local do projeto “Prevenção também se Ensina”. A coordenação local tem por função assessorar, acompanhar e avaliar a implantação de projetos de prevenção às drogas e às DST/AIDS nas escolas de uma determinada Delegacia de Ensino.

 

5.    Aquisição, produção e distribuição de material didático

Foi implantado um processo permanente de aquisição, produção e distribuição de material didático (livros, textos, vídeos …). Os recursos pedagógicos eram (e ainda são) encaminhados para as escolas participantes do projeto e para as oficinas pedagógicas das escolas, como forma de viabilizar a elaboração, a execução e avaliação dos projetos de prevenção das escolas.

 

 

6.    Articulação de parcerias

No processo de capacitação, na elaboração e no desenvolvimento de projetos as escolas e Delegacias de ensino são incentivadas a estabelecer parcerias com a Secretaria da Saúde, conselhos municipais, associações comunitárias, Organizações Não-Governamentais (ONGs), centros de saúde e outras entidades que desenvolvem ações de prevenção e tratamento na região. As parcerias ampliam as possibilidades de capacitação, potencializam as ações de prevenção e podem dar suporte à continuidade dos projetos de prevenção das escolas após o encerramento do projeto “Prevenção também se Ensina”.

 

 

 

PERSPECTIVA OPERACIONAL E PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO

 

I know one day Ill turn the corner and I wont b ready for it, Jean-Michel Basquiat
“I know one day I’ll turn the corner and I won’t be ready for it”, Jean-Michel Basquiat

 

A tática operacional básica do projeto “Prevenção Também Se Ensina” é a sensibilização, o estímulo e a formação de educadores para elaboração, implantação e avaliação de projetos de prevenção ao abuso de drogas e às DST/AIDS nas Escolas Estaduais de São Paulo. Para tanto, adotou-se uma metodologia de projeto, que incluía uma metodologia de avaliação.

 

Em relatório anterior de avaliação[5], afirmou-se que a mesma metodologia que orientava a elaboração e avaliação dos projetos de prevenção seria utilizada na análise do próprio projeto “Prevenção Também Se Ensina”. A avaliação dos projetos tem como referência principal o texto “Educação Preventiva e Vulnerabilidade às DST/AIDS e Abuso de Drogas Entre Escolares: Como Avaliar a Intervenção”[6], de José Ricardo de C. M. Ayres.

No relatório anterior, a perspectiva e os princípios de avaliação contidos no texto foram utilizados para avaliar as atividades desenvolvidas em 1996. O mesmo referencial serviu para elaborar uma crítica à sistemática de avaliação e aos instrumentos de avaliação então utilizados. A crítica deu margem à formulação e implantação de uma proposta de transformação de todo o processo de avaliação.

O presente relatório opera sobre os resultados de procedimentos e instrumentos de avaliação renovados. Mantém, no entanto, a mesma perspectiva teórica de fundo.

 

 (…)

 


 

FDE, Prevenção Também se Ensina, São Paulo, 1997, p. 12. 

[1]

[2]

Para melhor compreensão do conceito de estratégia e tática utilizados, ver: Matos

 

[3]

Ver o folheto Prevenção Também se Ensina, São Paulo, FDE, 1996. A obra antes citada, de 1997, é uma reformulação que já incorpora essa construção coletiva.

 

[4]

Uma avaliação quantitativa e qualitativa desse processo de capacitação pode ser vista no Documento 1 do Projeto Prevenção Também se Ensina: Küller, José A. e Rodrigo, Natália F., “Relatório de Avaliação”, FDE, São Paulo, dezembro de 1996.

 

[5]

Ver, Küller, José A e Rodrigo, Natália F., Relatório de Avaliação, op.cit.

 

[6]

Ayres, José Ricardo de C.M., Educação Preventiva e Vulnerabilidade às DST/AIDS e Abuso de Drogas Entre Escolares: Como Avaliar a Intervenção, in Série Idéias, 29, São Paulo, FDE, 1996, p.p. 25-42.