Germinal – Educação e Trabalho

Soluções criativas em Educação, Educação Profissional e Gestão do Conhecimento

Rodada de negócios do Trilha Jovem 21 de dezembro de 2012

http://globotv.globo.com/rpc/parana-tv-1a-edicao-foz-do-iguacu/v/quadro-sua-chance-fala-sobre-o-projeto-trilha-jovem-desenvolvido-em-foz-do-iguacu/2300600/

 

Biocana promove formatura do Programa Jovem Aprendiz Rural 11 de dezembro de 2012

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O site da Biocana, divulga  a seguinte nótícia sobre o Aprendiz Rural, programa desenvolvido pela Germinal Consultoria para o SENAR de São Paulo.

Premiado, o Programa de Responsabilidade Social que é voltado para a qualificação profissional de estudantes com idades entre 14 e 18 anos forma novas turmas no dia 13 de dezembro

A escassez de mão de obra treinada e qualificada fez com que a Biocana (Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Energia) investisse, em 2008, na formação de jovens aprendizes rurais.

Na época, uma parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e o Sindicato Rural Patronal de Catanduva, SP, culminou na implantação do Programa Jovem Aprendiz Rural. Atualmente, após cinco anos, já são oito turmas e mais de 250 concluintes do curso. No próximo dia 13 de dezembro, outros 65 estudantes com idades entre 14 e 18 anos incompletos irão receber os certificados de conclusão do curso.

O Programa Jovem Aprendiz Rural criado pelo Governo Federal visa proporcionar ao jovem a educação profissional, básica e genérica necessária para o mercado de trabalho, em todas as atividades produtivas do meio rural, complementadas com o desenvolvimento das competências de empreendedorismo.

Como consequência permitirá realizar suas atividades de maneira a aumentar a produtividade, rentabilidade e competitividade do setor agroindustrial. São mais de 20 oficinas aplicadas. Além dos filhos de colaboradores das usinas associadas à Biocana, jovens de comunidades da região noroeste também integram as turmas.

A experiência do Programa também foi retratada no Livro ‘Vida de Instrutor’, do SENAR, onde a instrutora, Cláudia Bedaque Mugayar, relata a visita a um lar de idosos juntamente com o grupo de alunos. O case foi o único selecionado em todo o Estado de São Paulo para compor o material.

Para a diretora-presidente da Biocana, Leila Alencar Monteiro de Souza, o alcance social de iniciativas como esta é imenso. “Os resultados são surpreendentes. O Jovem Aprendiz Rural proporciona bem mais que a possibilidade de um futuro emprego através do aprendizado técnico, mas principalmente, auxilia na formação humana; um diferencial que reflete positivamente na carreira destes cidadãos. E formar pessoas é um dos pilares da entidade”, enfatiza.

Ao longo do curso, os estudantes aprendem sobre ação comunitária, oficinas sobre ética e cidadania; marketing e comercialização; promoção da saúde, comunicação oral e escrita. O programa também aborda técnicas de agropecuária, recuperação de áreas degradadas, manutenção de propriedade agrícola e gestão de recursos humanos.

Além destas, outras atividades monitoradas são realizadas por empresas parcerias da Biocana. Um exemplo foi a apresentação da Uniodonto sobre higiene bucal com posterior exames visando à prevenção de doenças. Este ano, o Programa também proporcionou ciclo de palestras feitas pela Unimed sobre correção postural, tabagismo, patologias, primeiros socorros, além de visitas às usinas que integram o Jovem Aprendiz Rural, ocasião em que foram abordados temas como alimentação saudável, mercado de trabalho, entre outros.

 

Pronatec atingiu 1,1 milhão de matrículas no Senai 26 de novembro de 2012

A Agência Brasil, em artigo de Paula Laboissière, divulga a seguinte notícia:

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (26) que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) atingiu a marca de 1,1 milhão de matrículas em cursos técnicos, de aprendizagem profissional e de qualificação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

No programa semanal Café com a Presidenta, ela avaliou que o Brasil precisa de uma indústria forte e competitiva para garantir o crescimento e a criação de oportunidades de trabalho. “Mas, para ter uma indústria forte, o país precisa de mão de obra qualificada e de técnicos bem formados”, disse, ao destacar áreas como automação industrial, petróleo e gás, mineração, mecatrônica, manutenção de aeronaves, eletrônica, indústria naval e computação.

Dilma lembrou que a meta do governo é criar, por meio do Pronatec, 8 milhões de vagas em cursos técnicos e de qualificação profissional até 2014. Atualmente, 2,2 milhões de jovens estão matriculados no programa.

De acordo com a presidenta, o governo planeja expandir as ações do Senai, destinando R$ 1,5 bilhão à construção de escolas, modernização e ampliação das 251 unidades já existentes. “Um país que aposta na educação profissional e que tem uma indústria forte e competitiva consegue crescer, se desenvolver, gerar mais oportunidades, mais renda e emprego de qualidade. Com isso, podemos melhorar a vida de todos.”

 

Prestígio da educação profissional depende de mudança de mentalidade 9 de novembro de 2012

 Ensino fundamental e médio direcionam jovens para a graduação, mas necessidade do mercado de trabalho reflete outra realidade.

No Brasil, menos de 15% dos jovens entre 18 e 24 anos chegam às universidades, de acordo com o Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do Ministério da Educação. Ou seja: dos 24 milhões de jovens brasileiros, apenas 3,4 milhões buscam a graduação. O restante, mais de 20 milhões, tem de buscar outros caminhos. Em outra via, todos os setores da economia – indústria, comércio, serviços e agropecuária – apresentam demanda crescente por técnicos. Ha vagas no País, mas faltam profissionais qualificados e com conhecimentos específicos para preenchê-las.

Por isso, a educação profissional no País precisa ser reforçada em um ritmo mais acelerado, defende Rafael Lucchesi, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para quem o modelo educacional brasileiro é muito focado na rede regular. O conteúdo dos ensinos fundamental e médio direciona os alunos para a universidade, diz. “Como menos de15% dos jovens brasileiros vão para o ensino superior, milhares de estudantes ficam sem projeto de inserção no mercado de trabalho.”

Esse é um cenário que começa a mudar. Apesar de ainda baixo, o número de jovens no ensino técnico de nível médio tem avançado. De acordo com Marcelo Neri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2004 a participação dos jovens entre 15 e 17 anos era de apenas 3% nas seis maiores regiões metropolitanas do País. Hoje, já é de 7,6%. “É o que chamamos de onda jovem, estimulada por políticas de ensino estaduais e iniciativas do setor privado, o que antecede o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) do governo federal”, explica.

Principalmente os jovens da classe C passaram a se qualificar. “Quando os jovens partem para os processos de seleção das empresas, percebem que são muitas as exigências. Muitos buscam mais conhecimento, se matriculam em cursos”, acrescenta Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee).

Modelagem atual – Tradicionalmente, o ensino profissional técnico e os programas de qualificação são oferecidos por escolas particulares e pelo Sistema S, que, apesar de contar com recursos públicos – as contribuições compulsórias de empresas -, é comandado pelo patronato. Por um acordo firmado com o MEC em 2008, as entidades do Sistema S se comprometeram a destinar parcelas significativas de suas receitas aos cursos gratuitos, seguindo metas progressivas até 2014. No caso do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), dois terços do arrecadado terá essa destinação.

“Na formação de técnicos no País, 56% das matrículas estão nas mãos do setor privado; o restante, na esfera pública. Isso mostra que o Estado delegou à iniciativa privada a formação dos trabalhadores técnicos brasileiros”, afirma Aparecida Neri de Souza, professora de Sociologia da Educação na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com base em dados recentes do Inep. Os governos, explica ela, trabalham na ampliação de suas redes e, em muitos casos, articulados com as instituições privadas e o Sistema S. Dessa forma, o financiamento vem do poder público, mas o ensino é organizado pelas organizações privadas.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do governo federal já soma vagas gratuitas no ensino técnico de nível médio e nos cursos de qualificação de trabalhadores. “Hoje isso se dá mais nos cursos de formação inicial e continuada. A oferta de vagas em cursos técnicos ainda é pequena, mas esperamos que aumente”, afirma Almério Araújo, coordenador de Ensino Técnico e Médio do Centro Paula Souza do governo do Estado de São Paulo.

No Brasil, empresas e governos se mobilizam para reverter a situação, acrescenta Antonio Freitas, pró-reitor de Ensino da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ) e conselheiro da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec). “O País é a sexta economia, mas o 60º em educação e o 80º em inovação, o que é inconcebível”, diz o professor. Ele considera importante o lançamento do Programa Ciência sem Fronteiras do governo federal, no qual serão oferecidas 101 mil bolsas ao longo de quatro anos, associadas às ao ensino superior tecnológico e às áreas de engenharia, ciências exatas e biomédicas. O objetivo é que os estudantes tenham acesso às inovações tecnológicas. Além disso, o programa busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros.

Defasagens – Na visão de especialistas, o aumento da oferta de ensino técnico deve ser feito seguindo padrões de qualidade no âmbito pedagógico e com base no diálogo com as empresas. “Os cursos devem estar alinhados com as necessidades do mercado”, comenta Ana Luiza Kuller, coordenadora de Educação do Senac-SP.

Outro desafio é suprir as defasagens da educação básica em português, matemática e ciências. “Cada instituição se organiza para resolver esse problema. Há uma série de opções para que os alunos aprendam o que deveriam ter aprendido na educação básica e possam acompanhar os cursos”, explica Ana Luiza. E não é só: a professora da Unicamp Aparecida Neri de Souza lembra ainda que 10% dos brasileiros são analfabetos.

“O que se espera é que todos os brasileiros consigam terminar pelo menos o ensino médio. Existem cursos gratuitos de formação inicial que dão oportunidade de trabalho a essas pessoas que não tiveram acesso à educação”, acrescenta o professor Antonio Freitas, da FGV-RJ.

Mudança de paradigma – Por muitos anos, o ensino técnico foi preterido no País. “A sociedade brasileira ainda tem a crença que a formação universitária é a base. Nossa escola tem um modelo academicista, não tem a lógica voltada ao mundo do trabalho. Isso acaba sendo uma limitação”, enfatiza Lucchesi. Os jovens precisam conhecer mais as oportunidades que se abrem, derrubando esse paradigma, diz ele, citando pesquisa do Senai que indica que as remunerações de técnicos superam as oferecidas a diversas ocupações universitárias no Brasil.

“As ocupações técnicas empregam mais e apresentam bons salários. E os jovens têm a chance de ingressar cedo no mercado de trabalho e custear novos estudos”, afirma Anna Beatriz Waehneldt, diretora de Educação Profissional do Senac Nacional.

Estudos revelam que os ganhos salariais após cursos de educação profissional são de 1,4% a 12% para formação inicial, de acordo com as áreas; em torno de 14% para cursos técnicos de nível médio e de 24% para tecnólogos. “Os retornos não são desprezíveis, mas pouco conhecidos”, conclui Marcelo Neri, presidente do Ipea.

(O Estado de São Paulo/ Especial Fóruns Estadão Brasil Competitivo)

 

 

 

 

 

 

 

 

A urgência do Ensino Médio 1 de novembro de 2012

Artigo de Mozart Neves Ramos.

No início da gestão do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, uma importante decisão foi tomada: o Brasil precisa fechar de vez a “torneira” do analfabetismo. É preciso que todas as crianças estejam alfabetizadas pelo menos até os oito anos de idade. O secretário de Educação Básica, Cesar Callegari, não perdeu tempo e saiu a campo: trouxe todos os atores diretamente envolvidos com essa etapa educacional, especialmente a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), e elaborou um programa de alfabetização que inclui formação docente, material didático de boa qualidade e avaliação. Em menos de um ano, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) foi estruturado e em breve será lançado oficialmente. Esse é um exemplo de convicção, decisão política, coragem e investimento direcionado para uma etapa tão importante.

Na outra ponta da educação básica está o ensino médio, com diversos problemas que desencadeiam baixos indicadores de aprendizagem. Esses problemas não são de hoje, já vêm de longe, e seus efeitos começam a se tornar mais nítidos agora. Sem resolvê-los, o país não atingirá uma das metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE): o de elevar a 33% o percentual de jovens de 18 a 24 anos no ensino superior. Vale lembrar que essa já era a meta do PNE que se concluiu em 2010. Nem sequer nos aproximamos desse percentual ao seu término, chegando a apenas 14,6%.

De antemão, sabemos que essa será uma das metas mais desafiadoras do plano, em função da crise que o ensino médio vem enfrentando. Faltam professores, um currículo atraente e escola de tempo integral. Enquanto isso, o Ministério da Educação e os secretários estaduais de Educação não se entendem. A consequência desse descompasso em relação ao ensino médio pode afetar diretamente o crescimento do país, que vive hoje uma boa onda econômica.

Ou o Brasil forma bem os jovens de agora ou não teremos quem sustente a sua economia num futuro próximo. Faltará – o que já se vem observando nos mercados internos em expansão – mão de obra qualificada para atender as demandas. O Brasil terá que importá-la, enquanto os nossos jovens ficarão à margem do processo produtivo.

Para tentar ajudar a resolver o problema da mão de obra qualificada, as empresas e o Sistema S (Senai, Senac, Sesi, Sebrae e outros) começam a investir fortemente no aumento de escolaridade de seus trabalhadores, tal como vem fazendo o Sesi/SC. Essas iniciativas vêm contribuindo para a redução da desigualdade de renda. Números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que o aumento da escolarização da mão de obra fez cair a diferença salarial entre os que têm menos e mais instrução. Uma das consequências foi que o Índice de Gini – indicador que mede a distribuição de renda – baixou de 0,552 em 2001 para 0,485 em 2011. Pela primeira vez, ficou abaixo de 0,5 – e quanto mais próximo de zero, melhor a distribuição de renda.

Mas muito do que se investe hoje em educação é para tapar o buraco deixado pela baixa qualidade do ensino oferecido. Uma situação análoga à da formação continuada de professores, que deveria ser uma atualização e uma nova qualificação, e não uma formação complementar à inicial, como acontece.

O Brasil precisa resolver o problema do ensino médio. Não há mais tempo. Um país que quer ser protagonista num cenário mundial competitivo não pode se acomodar com uma geração nem-nem – jovens que nem trabalham nem estudam. Segundo estudo do Senai, o país tem hoje 5,3 milhões de brasileiros entre 18 e 25 anos que estão excluídos do mercado de trabalho e do ensino formal. Para esses sobram profissões de baixa remuneração, que não exigem o ensino médio. Ocorre que nos tempos atuais, com mudanças tecnológicas tão intensas, as mudanças estruturais são cada vez mais rápidas nos meios de produção. Assim, em médio prazo, esses trabalhadores precisarão de maior escolarização, seja para aperfeiçoar a educação num curso universitário, seja para fazer um curso profissionalizante.

No País há alguns poucos modelos, já em escala razoável, de bons programas de ensino médio, a exemplo das Escolas de Referência de Tempo Integral, em Pernambuco. Porém, diferentemente do pacto nacional que vem se estabelecendo pela alfabetização de crianças na idade certa, para melhorar o ensino médio, ainda faltam entendimento, cooperação, humildade e investimentos. É preciso estabelecer também um pacto pelo ensino médio, e o mais rápido possível!

 

Mozart Neves Ramos é membro do Conselho de Governança do Todos Pela Educação e do Conselho Nacional de Educação e professor da UFPE. Artigo publicado no Correio Braziliense de hoje (1º).

 

 

Para analistas, baixa qualidade do ensino e taxa de reprovação “expulsam” jovem da escola 2 de outubro de 2012

Alunos assistem a aulas a distância para o ensino médio no AmazonasCom texto de Cristiane Capuchinho,  o UOL publicou a seguinte matéria:

Caiu o número de jovens na escola a partir dos 15 anos de idade. O dado da Pnad 2011 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), explicita um problema que preocupa há algum tempo pesquisadores da educação: a escola não consegue reter o adolescente.

Segundo a Pnad, 83,7% dos jovens entre 15 e 17 anos estudavam em 2011. O número é mais baixo do que o apurado em 2009, quando a taxa era de 85,2%. Isso siginifica 1,7 milhão de jovens fora da escola – população equivalente à de Curitiba.

“O jovem que vai à escola não encontra o professor de determinada disciplina ou não tem a aula de maneira adequada. Esse jovem percebe que essa escola [da maneira como é oferecida] não garante um lugar no mercado de trabalho. Então considera que o mais lógico é abandonar a escola”, explica a professora Marcia Malavasi, da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “Dessa maneira, a escola ‘expulsa’ os jovens do ensino médio”, conclui.

Uma pesquisa realizada pelo Ibope, em parceria com o Instituto Unibanco, em 2011 mostra que os estudantes do ensino médio perdem entre 17% e 40% dos dias de aulas, na maioria dos casos, por falta de professor.

Desinteresse

“O jovem diz que não tem interesse, não tem saco, não gosta da escola”, afirma Haroldo Torres, diretor de análise e disseminação de informações da Fundação Seade. Segundo ele, até existe um reconhecimento de que estudar “é importante para o futuro”, mas isso não se traduz em esforço para se manter na escola.

A falta de interesse do aluno parece ser resultado de um conjunto de situações, que vão da baixa qualidade do ensino, falta de professores e altos índices de reprovação a problemas de infraestrutura escolar, como a falta de bibliotecas e salas de estudo.

“O jovem tem dificuldades para chegar até a escola, pois é longe e o transporte é caro. Quando ele chega, não tem professor e a escola sequer tem uma biblioteca para manter o aluno ali estudando”, critica Marcia.

Retenção

A probabilidade de evasão do jovem aumenta conforme o número de repetências no histórico escolar. “O nosso sistema é muito reprovador, sobretudo em algumas regiões. No Nordeste, por exemplo, é muito comum as pessoas ficarem retidas no ensino fundamental”, explica Torres.

O Censo Escolar de 2011 revelou que a taxa de reprovação no ensino médio brasileiro atingiu 13,1%, maior número desde 1999.

A avaliação de que os altos índices de retenção desestimulam o aluno ecoa na fala do pesquisador Simon Schwartzman, do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).

“A educação pública brasileira é em geral muito mal gerenciada, com níveis absurdos de reprovação e dependência. Basta “arrumar a casa”, garantir que os professores venham e dar aulas de reforço para os alunos que ficam para trás para que os indicadores comecem a melhorar”, diagnostica.

Estrutura

Apesar do aumento no investimento no ensino médio, com a criação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que atende toda a educação básica, os números do ensino médio não melhoraram. Uma das hipóteses é de que o currículo não agrade a esse jovem.

“É importante deixar de obrigar todos a seguirem os mesmos currículos, abrir espaço para escolhas, e ampliar de maneira muito significativa a alternativa de formaçao profissional sem mantê-la atrelada ao ensino médio regular”, argumenta Schwartzman.

 

Trilha Jovem Iguassu realiza projetos sustentáveis em pontos turísticos de Foz 30 de agosto de 2012

O site do “POLO IGUASSU”- INSTITUTO POLO INTERNACIONAL IGUASSU, publicou a seguinte notícia:

Desde julho, acontece no Parque Tecnológico Itaipu (PTI) a edição 2012 do Projeto Trilha Jovem Iguassu, uma iniciativa do POLOIGUASSU, viabilizado através de importantes parcerias com Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico de Itaipu, Cataratas do Iguaçu S.A, instituições, empresas e trade turístico de Foz.

O programa visa ampliar a inserção, a permanência e a ascensão profissional de jovens de baixa renda no setor de turismo na cidade e região, por meio de atividades pedagógicas e vivências profissionais, através de uma metodologia dividida em três eixos. O primeiro, Promover o Desenvolvimento Sustentável do Turismo, está em execução e irá apresentar projetos propostos pelos próprios alunos que apresentaram suas propostas de trabalho e foram a campo em busca de recursos e estrutura para execução. 

Como resultado, ações que envolvem conscientização – ambiental e turística -, preservação e sustentabilidade, serão realizados em vários atrativos e locais da cidade. Segundo Carolina Scheffer, aluna do projeto e que irá realizar um trabalho junto à Feira da JK, o grupo “gostaria de realizar um dia diferente, com a devida estrutura para os turistas. Vamos colocar barracas temática e mascotes, como o Quati, visando chamar a atenção das pessoas. Além disso, faremos um questionário para coletar sugestões”. Segundo ela, em um segundo momento, buscar parcerias para colocação de lixeiras e para a divulgação de conteúdo através panfletos ajudaria no sucesso trabalho.

As ações dos alunos do TJI poderão ser vistas por toda a cidade e todo morador é convidado a participar. Mais informações aqui mesmo no site www.poloiguassu.org/trilhajovem ou pelo telefone (45) 3576-7112

O “POLO IGUASSU”- INSTITUTO POLO INTERNACIONAL IGUASSU é uma associação de direito privado, sem fins econômicos, com características de entidade trinacional, que obedece à legislação brasileira em Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, Brasil: à legislação argentina em Puerto Iguazú, Província de Missiones, Argentina; e à legislação paraguaia em Cildade del Este, Departamento de Alto Paraná, Paraguai. Criado para apoiar as iniciativas, instituições e desenvolvimento da Região Trinacional e do Mercosul; atua nas áreas científico-tecnológica, cultural, ecológica e do meio-ambiente, educaciona, esportiva, de desenvolvimento Institucional e sócio-econômica. No site do Instituro, indicado na notícia,  estão reunidas as informações sobre o desenvolvimento do Trilha Jovem em Foz do Iguaçu, desde 2006.

O Trilha Jovem é um projeto cujo currículo foi desenvolvido pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade, de Salvador (Ba). Depois de sua implantação em Salvador, o projeto, financiado pelo BID e pelo Ministério do Turismo e outras instituições nacionais e internacionais, ganhou dimensão nacional, incluindo Foz do Iguaçu.  Nesse processo, a Germinal desenvolveu todas as referências para ação docente dos três eixos do Projeto:

  • Eixo I: Promover o desenvolvimento sustentável do turismo
  • Eixo II: Promover a excelência em serviços
  • Eixo III: Construir um plano de vida e carreira

 

 

Técnico ganha mais que profissional graduado, diz pesquisa do Senai 7 de agosto de 2012

Matéria do do G1, em São Paulo – G1 Globo.com , de 07/08/2012, divulga a seguinte notícia:

Levantamento feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em 18 estados apontou que o diploma de nível técnico está garantindo salários mais altos do que o certificado de nível superior. Segundo a pesquisa, a remuneração média, de R$ 2.085,47, dos trabalhadores das 21 ocupações técnicas mais demandas pela indústria é superior ao que recebem muitos profissionais com graduação.

Em Pernambuco, por exemplo, o salário médio pago aos técnicos em início de carreira é de R$ 2.545, maior do que o recebido pelos médicos que ingressam no mercado de trabalho no estado. Em Goiás, a renda média inicial dos técnicos é de R$ 2.465,12, maior do que o salário de advogados que estão começando. Em São Paulo, o valor médio pago aos técnicos é de R$ 2.838,78, e também supera o que recebem os analistas de sistema ou os desenhistas industriais. Os valores se referem ao salário bruto.

A grande procura por parte das empresas industriais está fazendo com que os cargos técnicos fiquem bem atrativos. Além de entrarem no emprego ganhando R$ 2.085,57, em média, o que equivale a mais de três salários mínimos, o diploma de curso técnico garante um ganho salarial significativo à medida que adquirem experiência. Com 10 anos de experiência, os técnicos recebem, em média, R$ 5.690,07, mais de 9 salários mínimos.

Um cirurgião dentista que está no mercado de Alagoas há 10 anos ganha menos que um trabalhador de nível técnico. Segundo a pesquisa, os técnicos recebem, em média, R$ 5.857,14 em Alagoas, R$ 6.018,33 em São Paulo, mais que do que os engenheiros mecatrônicos, e R$ 6.119, 05 em Mato Grosso, mais do que os arquitetos.

As informações foram levantadas com 18 departamentos regionais do Senai no estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.

A pesquisa considerou ainda as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ambos do Ministério do Trabalho. Os diretores regionais do Senai levantaram em seus estados o salário médio pago aos profissionais de nível técnico no momento da contratação e após 10 anos no emprego. Para efeito de comparação, foi levantado, em cada estado, o valor médio pago aos trabalhadores com nível superior a partir das informações do Caged e da RAIS

Contratações em alta

Nos últimos 12 meses, foram criadas 1,04 milhão de vagas para profissionais com nível técnico em todo o país. De acordo com o levantamento, atualmente existem mais de 2,4 milhões de trabalhadores com curso técnico atuando em suas profissões.

Na média nacional, os salários iniciais mais elevados são pagos aos técnicos em manutenção de aeronaves, em mineração e em mecatrônica. Eles recebem mais de R$ 2,3 mil, na média. Os técnicos em mineração, os projetistas e os técnicos em naval são os que ganham mais depois de 10 anos de profissão, com salários que são superiores a R$ 6,8 mil.

Em São Paulo, os técnicos mais demandados são os projetistas e técnicos em manutenção, com salários, respectivamente, de R$ 4,1 mil e R$ 3,5 mil. No Rio de Janeiro, os salários iniciais mais altos são pagos aos técnicos em mineração e aos técnicos em mecatrônica – R$ R$ 8,6 mil e R$ 4 mil. Em Minas Gerais, os técnicos em mineração e os técnicos em petróleo e gás ganham, em média, R$ 4 mil. No Amazonas os técnicos em ferramentaria e os técnicos em montagem industrial são os mais procurados. As indústrias pagam, em média, R$ 2,5 mil para os profissionais em início de carreira.

 

Programa Portal do Futuro abre mais 300 vagas em 2012 e interior ganha duas turmas 16 de julho de 2012

O site do Senac Rio, em 09 de julho de 2012 publicou a seguinte notícia sobre o Projeto Portal do Futuro.

Programa Portal do Futuro abre mais 300 vagas em 2012 e interior ganha duas turmas. Atento para o crescimento econômico, nos mega eventos e na atual demanda do mercado de trabalho no Estado do Rio de Janeiro, o Senac Rio oferece pelo programa Portal do Futuro a oportunidade para jovens de baixa renda e em risco social se prepararem para a primeira experiência profissional. Com aulas de cidadania e de inglês, e capacitação em cursos na área de hospitalidade, além de vivência profissional em uma empresa, o projeto social abre 300 vagas para quem tem entre 16 e 22 anos de idade.

As inscrições podem ser feitas de 9 de julho a 17 de agosto em uma das sete unidades do Senac Rio que receberão o Portal do Futuro. A novidade é que desta vez jovens de duas cidades do interior do Estado do Rio de Janeiro poderão participar. Serão abertas turmas nas unidades de Petrópolis e Resende.

Para participar, é necessário ter renda familiar per capita de até dois salários mínimos e cursar pelo menos o 1º ano do ensino médio. Na inscrição, o candidato deve apresentar originais e cópias dos seguintes documentos: RG, CPF, comprovante de escolaridade e de residência (menores de 18 devem apresentar, ainda, documentação do responsável). Após essa etapa, há um processo de seleção. As aulas começam no dia 27 de agosto.

O Programa
O Portal do Futuro existe desde 2000 e já formou mais de seis mil pessoas. O objetivo é atuar junto ao jovem para transformá-lo no convívio social e para a vida profissional. Esta é a primeira vez que o programa é exclusivamente direcionado para a área de gastronomia e turismo, e oferece, além da programação pedagógica, um curso de capacitação profissional. Em 2011, uma pesquisa do Senac Rio apontou que 97% dos alunos egressos do programa declararam ter percebido mudança em suas vidas profissionais.

Durante os sete meses do programa, os alunos têm 316 horas de aulas distribuídas em oficinas que compõem três projetos (Ser Pessoa, Ser Cidadão e Ser Profissional). Na primeira fase, atividades de autoconhecimento e reforço da autoestima auxiliam os jovens a traçar perspectivas concretas de futuro. Na etapa seguinte os focos são direitos e deveres, bem como o papel do indivíduo nas comunidades em que vivem. Na terceira fase, o aluno desenvolve competências pessoais e profissionais, como espírito de equipe, inovação, liderança e foco em resultados.

Após esta etapa, os jovens terão 160 horas de capacitação profissional no curso escolhido na área de hospitalidade. Para ficarem mais preparados para os eventos internacionais eles receberão 60 horas de aulas de inglês. Neste período, serão realizadas palestras com profissionais renomados e visitas guiadas a hotéis, agencias de viagens e bastidores de eventos. Por fim, o aluno passa por vivência em empresas para observar o cotidiano de trabalho ou podem já ser encaminhados para oportunidades de emprego pelo Click Oportunidades, programa do Senac Rio.

Mais informações pelo Disque Senac: 4002-2002

O Projeto Portal do Futuro, destinado aos jovens do Estado do Rio de Janeiro, foi desenvolvido como uma primeira e exemplar  aplicação da Proposta Pedagógica do Senac Rio. Tanto a elaboração da proposta quanto o desenho do Portal do Futuro contaram com o apoio da Germinal Consultoria. A experiência de elaboração da proposta e o currículo do Portal do Futuro estão registrados no livro A Construção da Proposta Pedagógica do Senac Rio. Para mais informações sobre a proposta pedagógica, o livro e o Portal do Futuro, clique aqui.

 

Projeto Trilha Jovem 28 de junho de 2012

 

O Projeto Trilha Jovem nasceu de uma proposta curricular desenvolvida, em 2001, pela Germinal Consultoria para o Instituto de Hospitalidade (IH), de Salvador, na Bahia.

Essa primeira versão foi alterada pelo IH nas primeiras implementações, em 2004. Depois, em 2006, a versão original e a inicialmente implementada foram fundidas na versão atual, que ganhou dimensão nacional. A Germinal contribuiu nesse trabalho.

A partir da crítica, sistematização, reformulação e ampliação dos planos de aula utilizados nas primeiras implementações, a Germinal criou também as Referências para a Ação Docente (Eixos I, II e III), que são manuais que apresentam sugestão, passo a passo, de desenvolvimento de todas as unidades curriculares do Projeto. As Referências para a Ação Docente facilitam e são fundamentais na manutenção da qualidade  da expansão nacional do Projeto.